Hoje, dia 14 de março, às 19 horas, acontece o lançamento da obra Palacete Santa Helena - um pioneiro na modernidade de São Paulo (Senac São Paulo e Imprensa Oficial do Estado, 254 pp., R$ 80), durante a Bienal Internacional do Livro (av. 1, ruas N/O). A obra remonta a trajetória do edifício que inovou a arquitetura paulistana da década de 30 e que foi demolido em 1971 para dar lugar ao metrô da Sé. Considerado o primeiro arranha céu em moldes europeus, o prédio foi ocupado pelo grupo de artistas Santa Helena, do qual faziam parte os pintores Alfredo Volpi, Aldo Bonadei e Francisco Rebolo. O livro é o primeiro sobre o edifício e mostra plantas e fotografias inéditas da época da construção, que pertenceram à Leonino Secondo Lembo, administrador da construção. A obra reúne seis artigos de especialistas em arquitetura, urbanismo e história, como Gilda Collet Bruna, Nadia Somekh, Carlos Guilherme Mota, Rafael Perrone, Roberto Righi, Fernanda Magalhães e os organizadores da obra, Candido Malta Campos e José Geraldo Simões Junior. Os textos pretendem resgatar a trajetória do prédio que foi considerado um marco arquitetônico para a época e um pólo cultural da cidade, num momento em que a elite cafeeira cedia espaço para a ascensão de operários imigrantes. Os textos tratam de assuntos relacionados ao aspecto arquitetônico do edifício, sua ocupação pelo grupo de artistas modernos intitulado Santa Helena e ainda seu processo de demolição e a necessidade da preservação do patrimônio histórico da cidade.