Tattoo e piercing: estilo e rebeldia
PublishNews, 16/02/2006
"O primeiro homem, ao peder o pêlo, descobriu a tatuagem" - o escritor e jornalista João do Rio foi certeiro ao reconhecer nesses desenhos que há 5 mil anos marcam a pele de povos do mundo inteiro um dos mais expressivos ícones da cultura. A tatuagem chega ao novo milênio não apenas como sinal distintivo de grupos marginais ou minorias étnicas, mas também como símbolo de rebeldia, moda e estilo. Tatuagem, piercing e outras mensagens do corpo (Cosac Naify, 88 pp., R$ 49), de Leusa Araujo, combina o sabor de almanaque a uma rigorosa pesquisa histórica sobre as "mensagens do corpo", dos antigos rituais das sociedades tradicionais às mais recentes tribos urbanas. A autora conta como a tatuagem se transformou sem deixar de leado o refinamento artístico, ganhou novos significados e ocupou territórios a ponto de quase "cobrir a pele do planeta". Os nove capítulos do livro percorrem os mares do Sul, onde o famoso capitão Cook foi o primeiro ocidental a ouvir a palavra maori tattoow; o Japão do período Edo, quando o mito dos guerreiros do Suikoden popularizou a tatuagem entre os camponeses e trabalhadores em geral; o Brasil dos índios Kadiwéu e dos Yanomâmi; e chegam ao mundo sem fronteiras dos hippies, punks e do hip hop. Todos os capítulos trazem epígrafes de autores brasileiros e estrangeiros sobre a tatuagem, como José de Alencar, Jorge de Lima, Arnaldo Antunes e Julio Cortázar. O lançamento acontece hoje, dia 16, a partir das 18h30, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (av. Paulista, 2073 - tel: 11- 3170-4033 -SP).
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