Seu nome, Juan Pujol García, provavelmente não sugere ao leitor nenhum dado relevante, nem o leva a relacioná-lo com nenhum acontecimento histórico. Mesmo o apelido, Garbo, não será mais revelador do que um nome misterioso de referências cinematográficas. Para a maioria, continua um desconhecido. No entanto, esse notável catalão se tornou o agente duplo mais importante da Segunda Guerra Mundial e o espião que mais contribuiu para o sucesso do desembarque na Normandia e para a vitória final dos aliados. Através de documentos, correspondências, entrevistas e informações do MI5, recentemente abertas ao público, o jornalista Javier Juárez reconstrói em Garbo - o espião que derrotou Hitler (Relume Dumará, 340 pp., R$ 49,90, trad. Luciana Aché) a vida fascinante de Juan Pujol García. Mostra a sua complexa personalidade, a natureza clandestina da sua missão e o sigilo com que sempre ocultou parte de suas atuações. A maioria delas permaneceram ligadas às várias incertezas e contradições de sua vida e atividade como agente duplo.