Em Ero-Guro o erótico grotesco (Conrad, 224 pp., R$ 33) de Suehiro Maruo, na primeira metade do século XX, no Japão, famílias foram destruídas e jovens torturados à maneira insana dos contos do mestre do terror japonês Edogawa Rampo. Entre jovens dedicados à coprofagia e relações incestuosas, o espírito libertino do Marquês de Sade se funde ao erotismo extremo de Georges Bataille. Numa radicalização do sentimento de inadequação, grávidas arrancam a sangue-frio fetos indesejados de seu ventre e um garoto assassina brutalmente os pais. Uma traição cruelmente vingada. Um grupo de jovens envolvidos em perversões escatológicas. Um anão sádico que arruína a vida de uma jovem mãe. Uma coleção de atrocidades em nove histórias. Horror? Perversão? Arte? Poesia? Seja bem-vindo ao doce inferno de Suehiro Maruo, autor de O Vampiro que Ri (Conrad, 2004), referência japonesa dos mangás mais underground.