O desafio de Lina Mayfleet e Doon Harrow, ambos de 12 anos, é nada menos do que achar uma solução para os apagões que deixam na escuridão total a cidade em que vivem, a estranha Ember, onde não há sol nem lua. A iluminação do lugar depende de um gerador, que, após dois séculos de uso, dá mostras de que não vai durar muito. É essa a história de A cidade das sombras (Nova Fronteira, 224 pp., R$ 26, trad. Mauro Pinheiro) o bem-sucedido livro de estréia de Jeanne DuPrau. Apesar de muito diferente das cidades comuns, Ember tem problemas muito parecidos com os nossos: os poucos recursos naturais - na verdade uma estufa onde se plantam alimentos - estão se esgotando, os mantimentos acumulados nas despensas pelos Construtores da cidade também estão nas últimas, as lâmpadas elétricas já podem ser contadas nos dedos e os apagões são constantes. Para completar o cenário, também existem políticos corruptos. A hiperativa Lina acredita que a única saída para os problemas de Ember está numa mensagem a ser decifrada. Para resolver esse grande mistério, ela se junta ao perspicaz Doon, seu colega de infância que também busca uma saída da cidade. A cidade das sombras ganhou fãs no mundo todo e também uma continuação, The People of Sparks, que a Nova Fronteira irá lançar em 2006.