Ágata, Cíntia e Mirela formam um grupo de amigas que estão entrando na quinta-série. Na nova turma de alunos, conhecem Alexandra, que, por ser repetente, assume a posição de líder do grupo. Como em um verdadeiro rito de passagem, cada uma se depara com os novos padrões de comportamento que confirmam sua condição de ginasianas. Elas tem que abandonar lancheira, usar um novo corte de cabelos, lidar com os meninos e se habituar a uma coleção de professores novos. Entre os assuntos com que as meninas têm que lidar está a religião, que surge no contexto de um trabalho em grupo em que os alunos devem pesquisar sobre diferentes religiões. As meninas, encarregadas de pesquisar o hinduísmo, passam a incorporar a filosofia dessa religião e começam a fazer meditação, passam a evitar carne e outros comportamentos que confundem ainda mais a sua já instável identidade. Perdendo perninhas (Hedra, 204 pp., R$ 25) de Índigo, é a história da transformação sofrida por todo adolescente no caminho de tomar posse da própria vida, pensar e agir com autonomia. No começo da história as meninas imaginam-se como lagartas que vão perdendo as perninhas para tornar-se borboletas e arriscarem os primeiros vôos em direção ao crescimento.