Trivialidades essenciais
PublishNews, 22/12/2005
TimesLlanfairpwllgwyngyllgogerychwyrndrobwllllantysiliogogogoch é o mais longo nome de uma localidade britânica, na verdade um vilarejo situado no País de Gales. O verdadeiro nome de Hitler era Adolf Schicklgrüber. As últimas palavras de Luís XIV na hora da morrer foram "por que está chorando, pensou que eu fosse imortal?" E Machado de Assis se referia assim aos cadáveres recentes: "Está morto. Podemos elogiá-lo à vontade". Este pequeno conjunto incoerente de informações distintas dá apenas uma pálida idéia sobre o conteúdo de: A Miscelânea Original de Schott, de Ben Schott (Editora Intrínseca, R$ 32,90, trad. Cláudio Figueiredo), dois milhões de exemplares vendidos na Inglaterra, já foi incluído no respeitado ranking do "The New York Times" e figurou durante três meses em primeiro lugar na lista dos mais vendidos da Alemanha, onde permaneceu por um ano. O livro é isso mesmo: uma fabulosa cornucópia de trivialidades essenciais. Parece estranho, por reunir 160 páginas de informação úteis e inúteis, sérias e engraçadas, tradicionais e inéditas. E é. O leitor percorre as páginas para frente e para trás, encontrando algo de seu interesse em cada canto. Afinal, que outro livro pode se vangloriar de ter um índice do qual fazem parte os comprimentos de cadarços de sapatos, as mortes prematuras de astros do rock e os sete pecados capitais; as formas raras de delírio, as divindades greco-romanas e o cardápio do último jantar do Titanic?
[22/12/2005 01:00:00]