Intelectuais e política no Brasil
PublishNews, 22/12/2005
Há cinqüenta anos foi criado o Instituto Superior de Estudos Brasileiros – ISEB – que constituiu numa experiência cultural inovadora na história política nacional. O ineditismo do projeto isebiano constituiu no fato de que intelectuais – em sua maioria, não-acadêmicos – de várias orientações teóricas e distintas correntes ideológicas se reuniram não apenas para debater e refletir sobre os "problemas cruciais da realidade brasileira"; deliberadamente, visavam também intervir no processo político do país. Dentre os intelectuais presentes em Intelectuais e política no Brasil a experiência do ISEBOrg. (Revan, 264 pp., R$ 38) temos artigos de Candido Mendes de Almeida, Helio Jaguaribe, Joel Rufino dos Santos, Jorge Miglioli, Nelson Werneck Sodré, Alzira Alves de Abreu, Alexsandro Eugenio Pereira, Gérard Lebrun, Luiz Carlos Bresser-Pereira, Edison Bariani Júnior e de Caio Navarro de Toledo, organizador do livro. Desde o segundo governo Vargas até o golpe político de 1964, setores conservadores, liberais, nacionalistas, socialistas e comunistas – representados, entre outros, por entidades como FGV, CNI, BNDE, FIESP, CEPAL além de movimentos sociais, partidos e frentes partidárias (FPN e CGT) – formulavam publicamente suas propostas e se mobilizavam politicamente para defender seus projetos sociais e econômicos. O ISEB representou um desses projetos.
[22/12/2005 01:00:00]