Em O quarto escuro (A Girafa, 341 pp., R$ 29), de Louise Welsh, Rilke é um homem que se aproxima da meia-idade e trabalha na decadente casa de leilões de Rose Bowery. Certo dia ele recebe uma chamada que pode ajudar muito os negócios de Rose e garantir para si um lucro rápido e fácil. Uma senhora pede ao especialista para avaliar a casa de seu recém-falecido irmão e se livrar de todos os objetos no prazo máximo de uma semana. Parece a tão sonhada oportunidade de ouro: o falecido senhor Roddy McKindless vivia numa mansão cheia de objetos de arte e de extremo bom gosto. No sótão da casa, num quarto escuro, Rilke encontra uma vasta coleção de primeiras edições e raros livros pornográficos. Em meio a essas preciosidades, descobre uma seqüência de fotografias eróticas tão perturbadoras que não consegue tirar as imagens da cabeça. Nelas, uma modelo ostentava ferimentos que pareciam reais. Mas quem era o fotógrafo? Será que aquela mulher estava morta? Para desvendar o mistério, Rilke resolve mergulhar no submundo da cidade. Ele usará todos os seus contatos na polícia e no mundo gay, e acabará chegando a um pornógrafo, a uma modelo e aos decadentes sex shops de Glasgow.