As imagens de Claudio Tozzi são como um eletrocardiograma, um mergulho no coração da cidade de São Paulo. Assim os organizadores do livro Artistas Brasileiros (Imesp/Edusp, 224 pp., R$ 94), Claudio Tozzi, Leila Kiyomura e Bruno Giovannetti, definem a obra ilustrada em muitas formas e cores que terá lançamento amanhã, dia 26, das 12h às 14h, na livraria da VI Bienal Internacional de Arquitetura, no Parque do Ibirapuera (SP). O artista e arquiteto Claudio Tozzi tem um olhar peregrino. São mais de 40 anos de convívio registrados em centenas de imagens. Desde os tempos difíceis da década de 60, quando saía às ruas para fotografar os protestos dos estudantes e transformar essas imagens em grandes painéis, ele conseguia unir a liberdade do artista à técnica e disciplina de arquiteto e professor da FAU/USP e construir uma São Paulo paralela. O livro não é uma tese ou uma pesquisa, mas uma referência para conhecer a história da arte contemporânea brasileira, contextualizada também com a história da cidade de São Paulo. O perfil e o trajeto de Tozzi aparecem em diferentes perspectivas, ora por meio de fragmentos críticos, ora por depoimentos. Para os organizadores da publicação, Bruno Giovannetti e Leila Kiyomura, as obras dele ganham a liberdade de arte pública: "Este livro procura apresentar o artista entre sonhos, ideais e trabalho. Propositadamente, os artigos e as imagens não foram organizados cronologicamente, seguem os caminhos de Tozzi buscando uma arte não linear, que está sempre em movimento livre no tempo e no espaço".