Ética e criatividade
PublishNews, 03/11/2005
O Conar, Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária, nasceu de uma ameaça: no final dos anos 70, o governo federal pensava em impor uma espécie de censura prévia à propaganda em geral. Se a lei fosse implantada, nenhum anúncio poderia ser veiculado sem que antes recebesse um carimbo de "Aprovado" ou algo parecido, o que representaria um imenso retrocesso para um país que reconquistava a duras penas seu direito à liberdade de expressão. Diante dessa ameaça veio a resposta inspirada do setor: a auto-regulamentação, sintetizada num código solenemente entronizado em 1978 com a função de zelar pela liberdade de expressão comercial e defender os interesses das partes envolvidas no mercado publicitário, inclusive os do consumidor. Conar 25 Anos - Ética na prática (Terceiro Nome / Albatroz. 188 pp., R$ 68) de Ari Schneider, conta essa história, que completa 25 anos, e também resgata vários casos que a marcaram. Antes de mais nada, este é um livro sobre a defesa intransigente da liberdade de expressão e, como tal, poderá servir de exemplo para outros setores que volta e meia são ameaçados por tentativas de cerceamento.
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