Quem tem medo do lobo mau?
PublishNews, 09/12/2004
Nenhuma palavra, nenhum som. A história, simples e impressionante, se passa em uma floresta fria e cheia de neve. Lá, um garoto que pensava estar sozinho, percebe que está sendo seguido por um lobo negro. Assustado, então, começa a correr com medo do animal. O jogo de contrastes entre o preto e o branco e a diversidade de enquadramentos mantêm o suspense no livro todo. No final, o lobo salta da escuridão sobre o garoto, o inesperado acontece e a história ganha um novo sentido. O livro Lobo Negro (Melhoramentos, 32 pp., R$ 29,90) de Antoine Guilloppé, foi inspirado no teatro de sembras, que propõe uma brincadeira de luz e sombra, o que dá a idéia de contrariedade, mostrando, asssim, que o lobo pode não ser mau. O fato de não haver diálogos e textos, mas ilustrações bem elaboradas, implica em uma maior preocupação com o foco da história. Além disso, o jogo de imagens em duas cores permite que as crianças estimulem a imaginação, contando a história com as suas próprias palavras e fazendo com que elas percam o medo do lobo.
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