No episódio do Podcast do PublishNews desta semana, vamos até o 19º Flipoços – Festival Literário Internacional de Poços de Caldas, para ouvir a mesa "Revistas Literárias – Uma rede de apoio e de democratização da literatura". O encontrou reuniu fundadores e editores de revistas literárias fundadas em diferentes partes do país: Alex Brito, da Revista Aorta; Igor de Albuquerque, da Revista Canarana; Jorge Pereira da Revista Philos e Leopoldo Cavalcante da Revista Aboio. A mesa teve mediação de Guilherme Sobota, editor chefe do PublishNews. Na mesa, foi discutido como são produzidas, como é feita a curadoria, quem são os leitores e muito mais sobre as revistas literárias. Clique nos links para conhecer mais de cada revista: Revista Aboio; Revista Aorta; Revista Canarana; Revista Philos. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Você também pode ouvir o programa pelo Spotify, iTunes; Google Podcasts, Overcast e YouTube.

O jornal O Globo fez uma matéria destacando uma nova safra de livros sobre a crise ambiental, enquadrados em uma nova categoria chamada ficção climática. Esse subgênero vem ganhando cada vez mais destaque à medida em que a sociedade entra em um novo "regime climático". Para o jornal, o pesquisador André Araújo explicou que esses livros estão em alta no Brasil e na América Latina por conta dos países periféricos já estarem sofrendo com maior intensidade as consequências das mudanças climáticas. Um levantamento da Folha a partir da análise de dados da Nielsen Bookscan e da Lista de Mais Vendidos do PublishNews aponta que os livros "tijolões" perderam espaço. De acordo com a pesquisa, a porcentagem de obras com mais de 400 páginas entre os 20 títulos de ficção mais vendidos foi de 47% em 2013, para praticamente zero em 2023. A mesma pesquisa mostra também que George Orwell é o autor que está há mais tempo na lista de best-sellers de ficção no Brasil. O escritor inglês figura no topo de títulos vendidos há 9 anos por conta das obras A fazenda dos animais (publicada anteriormente com o título A revolução dos bichos) e 1984. E na coluna Era outra vez, uma lista com dez novos livros infantis com personagens que roubam a cena. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Shopee realizou um levantamento in app para conhecer os livros preferidos dos seus usuários. Por meio do Data Shopee, o marketplace descobriu os títulos mais buscados, as categorias mais populares e os livros mais vendidos. A busca considerou as informações do último ano. Entre os títulos mais pesquisados na plataforma está o livro Café com Deus Pai 2024 (Vélos), com um crescimento de mais de 500% nas buscas, seguido por Harry Potter (Rocco), que obteve um aumento de 100%. Já a Bíblia Sagrada registrou aumento de 249% e a Bíblia Infantil foi de 199%. A categoria de Livros de Colorir obtiveram 260% de crescimento, o livro Percy Jackson (Intrínseca) cresceu 139% e “livros infantis” também registraram um aumento de 135%, enquanto o Diário de Um Banana (VR Editora) cresceu 66%. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Reabriu no último sábado (11) o Museu Casa Mário de Andrade em São Paulo. Com investimento do governo do estado de R$ 7,7 milhões, o espaço, gerenciado em parceria com a Organização Social Poiesis, passou por completa reestruturação e ampliação, com a aquisição de dois imóveis que também fizeram parte da história da família do escritor, agora incorporados à residência principal. Entre os principais destaques dessa expansão estão novas salas para mostras, que na inauguração recebem a exposição imersiva A origem de Macunaíma, focada no personagem Macunaíma e na origem do mito indígena que inspirou uma das principais obras literárias do modernismo, escrita por Mário. A expansão física do museu conta, ainda, com espaço do café; loja e o novo auditório com capacidade para 83 pessoas — esses dois últimos espaços com abertura prevista para o 2º semestre de 2024, sendo o auditório com 100 m² voltado aos diversos tipos de eventos, como seminários, apresentações teatrais e musicais. O projeto de reforma também deixou o Museu totalmente acessível. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Feira do Livro, que chega à sua terceira edição de 29 de junho a 7 de julho, anunciou mais 11 autores confirmados na programação principal. Entre as novidades estão dois nomes da cena literária argentina: Betina González, autora de Las Poseídas (Bazar do Tempo) e ganhadora do prêmio Tusquets; e Michel Nieva, autor de Dengue Boy (Record), lançado em fevereiro deste ano no Brasil e contemplado pelo prêmio O. Henry, um dos mais reconhecidos dos EUA. Em busca pela bibliodiversidade, um dos princípios que norteiam o evento, figuram na programação o psicanalista e professor Christian Dunker, o expoente da literatura periférica no Brasil Sérgio Vaz e a psicóloga indígena Geni Núñez. As escritoras brasileiras Adelaide Ivánova, Lilia Guerra e Julia de Souza também estão confirmadas e comentarão seus últimos romances publicados, que partem de narrativas sensíveis para tratar de questões sociais e íntimas. Entre os estreantes na ficção estão Pablo Casella, autor de Contra fogo (Todavia), lançado em março, e Odorico Leal, autor de Nostalgias canibais (Âyiné), a ser lançado no final de maio. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O comitê Québec Édition, ligado à Associação Nacional de Editores de Livros do Québec (Canadá), anunciou o chamado para inscrições da décima edição do programa Rendez-vous éditeurs, que ocorrerá em Montreal (Quebec, Canadá), de 26 a 30 de novembro de 2024. Pelo menos dez editoras terão a oportunidade de descobrir os mercados de livros de Quebec e do Canadá francês enquanto desenvolvem relações comerciais com profissionais do livro de Quebec e de todo o mundo. O prazo para inscrições é 1º de junho de 2024. Clique aqui para acessar o formulário. O Québec Édition recebe editoras de todas as nacionalidades e de todos os campos editoriais (livros infantis, literatura jovem adulta, ficção, ensaios, livros científicos, editoras universitárias, etc). Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O 15º Festival de Leitura Infantil de Sharjah (SCRF 2024) chegou ao fim no último domingo (12) com mais de 157 mil visitantes ao longo de 12 dias, acumulando cerca de mil horas de programação. Organizado pela Sharjah Book Authority (SBA) sob o tema Once Upon a Hero, o festival realizado no Expo Center Sharjah, acolheu atividades como workshops, painéis de discussão e performances, abrangendo vários temas como literatura, artes, esportes, tecnologia, ilustração, música e outros. Ainda seguindo nessa direção e visando apoiar as indústrias do livro regional e global, o Governante de Sharjah ordenou a distribuição de AED 2,5 milhões (aproximadamente R$ 3,5 milhões) para comprar os títulos mais recentes das editoras e livreiros participantes do SCRF 2024. O festival acolheu 186 editoras de 20 países e a programação contou com vários painéis de discussão sobre o desenvolvimento das habilidades de comunicação das crianças, liderado por 70 especialistas de 25 países. Clique no Leia mais para saber outros detalhes do evento.

A 13° Semana Municipal de Incentivo e Orientação ao Estudo e à Leitura de São Paulo será realizada entre os dias 16 a 24 de maio de 2024. O tema central da Semana é “Histórias e Canções” e vai reunir atrações como os escritores Pedro Bandeira e Marcos Martinz, o escritor e cordelista Marco Haurélio, Banda Pollo (sucesso com a canção Vagalumes), Grupo Balaio de Doi2, Coral Sabiá, Poetas do Tietê, Sarau Peritrônica, Oboré, Imprensa Jovem, Cia Vip, do escritor e tenor Victhor Fabiano, Mirante Cultural, além da participação cultural de diversas escolas da rede pública. Já tradicional na cidade, o evento é gratuito para o público e traz atrações presenciais e online, como contação de histórias, teatro, sarau, bate-papo com escritores, podcast, apresentação de filmes e distribuição gratuita de livros. As apresentações vão acontecer nas redes sociais da Semana e em escolas, bibliotecas, parques, unidades do Sesc, Centro Cultural São Paulo e outros espaços. A programação completa pode ser acessada no link https://estudoeleitura.com.br/agenda-sel/. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

A Editora Griffo’s, dedicada ao universo operacional, está à procura de um diagramador freelancer apaixonado por design editorial para colaborar em projetos de livros e publicações. É preciso ter experiência em diagramação, criatividade e comprometimento com prazos. As funções do cargo incluem a diagramação de miolo; criação de capas; e a inserção de arte no miolo conforme diretrizes do projeto. O regime é em home office e os interessados devem enviar currículo e portfólio para contato@editoragriffos.com, destacando exemplos relevantes de trabalhos anteriores.

O evento Língua Mãe é descrito pelo curador Ailton Krenak e pelas curadoras Suely Rolnik e Andreia Duarte como um “encontro-ritual”. A partir dessa ideia, querem “mobilizar”, nas palavras de Krenak, e apontar dois pontos importantes e cada vez mais discutidos no Brasil e no mundo: de um lado, a afirmação das diversas línguas indígenas na cena da disputa política pelos territórios originários e seu apagamento ao longo dos séculos; de outro lado, quer evidenciar os esforços para revitalização dessas línguas. O evento ocorre nos dias 18 e 19 de maio, em São Paulo, no Museu das Culturas Indígenas do Estado de São Paulo (Rua Dona Germaine Burchard, 451 –São Paulo / SP), e dia 22, no Rio de Janeiro, no Centro Cultural Banco do Brasil (Rua Primeiro de Março, 66 – Rio de Janeiro / RJ), com realização do Prince Claus Fund e da Outra Margem. Os ingressos são gratuitos. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A 8ª Feira Literária de Bonito vai ocorrer de 3 a 6 de julho de 2024, com o tema "Literatura: Fronteiras e Travessias", em Bonito (MS). O evento anual, que vem se consolidando como um marco cultural da região, tem como objetivo promover a literatura em suas diversas formas, além de estimular o debate e a reflexão sobre questões que permeiam as fronteiras literárias e as travessias culturais. Neste ano, três grandes nomes da literatura brasileira serão homenageados: Hélio Serejo, escritor nascido em Nioaque (MS), Graciliano Ramos, cujas obras são representativas das diferentes nuances culturais do país, e Aglay Trindade, autora de Morro azul (Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso do Sul), uma obra significativa na literatura sul-mato-grossense. Além disso, o evento terá a presença de renomados autores como Jeferson Tenório, Bráulio Bessa, Kaká Werá, Douglas Diegues, Janaina Tokitaka, Socorro Acioly, Geovani Martins e Jô Freitas, entre outros, que participarão de palestras, mesas-redondas e sessões de autógrafos. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

A cidade de Taubaté (SP) receberá, de 7 a 16 de junho de 2024, a FLIRT (Feira de Livros da Rodoviária Nova de Taubaté), organizada pela Editora Letra Selvagem, com apoio da empresa Tarobá Empreendimentos. Além da organizadora do FLIRT 2024, já estão confirmadas as seguintes editoras parceiras: Editora 34, Escala, Lafonte, Lexicon, Ciranda Cultural, Oficina Raquel, Anita Garibaldi, RHJ/Baobá/Aluar, Kotter Editorial, Valentina, Contracorrente, Ave Maria, Matrioska, entre outras. Durante a Feira, serão realizadas palestras, lançamentos de livros, exposições e apresentações no espaço da Rodoviária. O Vale do Paraíba situa-se entre as duas maiores capitais brasileiras, São Paulo e Rio de Janeiro, e é composto por 39 municípios, uma das regiões metropolitanas do Estado de São Paulo, participando do PIB nacional com indústria, comércio, serviços e agricultura. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Em seu segundo romance, Marana Borges (vencedora do Prêmio Minas Gerais de Literatura e semifinalista do Prêmio Oceanos) apresenta uma história onde o espaço e a arquitetura — desta vez de um casarão colonial do século XIX — voltam a recobrar vida. Com uma prosa de lirismos, a escritora retrata a derrocada dos “barões do café” – no caso, baronesa – no Vale do Paraíba, entre o sul fluminense e o leste paulista. Em Dentro de tudo, a noite (Reformatório, 239 pp, R$ 58), o leitor acompanha a vida da pequena Aparecida, neta de uma baronesa tuberculosa que vive recolhida no quarto. Trata-se do início do século XX, quando boa parte da riqueza da região, erguida com mão de obra escrava, já havia colapsado. O cotidiano da menina muda quando a mãe, obstinada com as infiltrações causadas pelas chuvas, decide reformar o velho palacete onde vivem e, assim, reaver a glória da antiga fazenda de café. O pai, aristocrata à moda antiga, árduo defensor da razão e da extinta monarquia, se a princípio é contra a reforma do solar, acaba por embarcar no delírio magnânimo da reconstrução. Inspirado em livros de arquitetura renascentistas, ele projeta lareiras, corrimões, sala para orquestra – enquanto as paredes vão se esfacelando e cobrindo de poeira branca os cabelos de Aparecida. Este cenário rural e isolado é também habitado por mucamas e capatazes. Nanan, com seus olhos grandes, consegue ver tudo de longe. De sua boca protuberante saem histórias de seus antepassados. Vista pelos patrões com desconfiança, é ela quem conta histórias para Aparecida, ligadas à natureza, ao ciclo da vida e a um conhecimento que se conecta com a literatura oral africana. Mas, como a menina, não sairá ilesa do casarão. Dentro de tudo, a noite oferece um olhar para uma incômoda faceta da existência. Em ruínas, a casa senhorial espelha o declínio da infância, de uma família reticente à modernidade e de um projeto de sociedade que, fundado na violência, pretendeu ser civilizatório.

Daphne sempre adorou a maneira como seu noivo, Peter, contava a história deles. Como eles se conheceram, se apaixonaram e voltaram para a cidade natal dele à beira do lago para começar a vida juntos. Ele era muito bom em contar tudo isso... até o momento em que percebeu que estava apaixonado por sua melhor amiga de infância, Petra. É assim que Daphne começa sua nova história: presa na bela cidadezinha de Waning Bay, no Michigan, sem amigos nem família, mas com o emprego dos sonhos como bibliotecária infantil (que mal paga as contas) e morando no apartamento da única pessoa que consegue entender sua situação, o ex de Petra, Miles Nowak. Desalinhado e caótico — e com uma queda por canções de amor de partir o coração —, Miles é o exato oposto da prática e discreta Daphne, de quem os colegas de trabalho sabem tão pouco que apostam que ela é do FBI ou está em um programa de proteção a testemunhas. Daphne e Miles conseguem evitar um ao outro na maior parte do tempo, até que um dia, enquanto afogam as mágoas, fazem uma tênue amizade e um plano. Se esse plano envolve a publicação de fotos sugestivas dos dois juntos em aventuras de verão, bem... quem pode culpá-los? Mas é tudo fingimento, claro, porque não tem como Daphne começar o novo capítulo da sua vida se apaixonando pelo ex da atual noiva do seu ex-noivo. Escrito por Emily Henry, Nem te conto (Verus, 448 pp, R$ 59,90 – Trad.: Ana Rodrigues) é um romance radiante e divertido sobre uma mulher e um homem que são opostos — mas têm a coisa errada em comum.

Boulder (Dublinense, 112 pp, R$ 64,90 - Trad.: be rgb e Maritxell Hernando Marsal) é uma rocha em alto-mar. O trabalho na cozinha de um navio mercante é ideal para ela, afeita à solidão, vagando de porto em porto. Quando conhece Samsa, porém, é arrebatada por uma paixão que a faz retornar à terra firme e se entregar a uma vida conjugal que não estava nos planos. Até que surge na companheira a vontade de ser mãe, o que a transforma numa mulher bem diferente da que tinha conhecido. Boulder, na sua frieza, mergulha em sentimentos novos e na ambivalência entre o conforto do pertencimento e o desejo de fuga. O que essa nova vida pode fazer com um animal selvagem enjaulado em uma casa em Reykjavik? Tudo pode mudar, menos seu apelido, Boulder: aquelas enormes rochas isoladas no meio da paisagem, expostas a tudo sem que ninguém saiba de onde vieram ou por que estão ali. A obra da autora catalã Eva Baltasar foi finalista do International Booker Prize 2023 com tradução para o inglês feita pela brasileira Julia Sanches.

Uma jovem socialite cujas únicas preocupações eram escolher o próximo evento social e falar com o noivo ausente uma vez por mês, Dallas Townsend de repente se vê presa a outro noivo, tudo por causa de um beijo clandestino um pouco quente demais. Só que este noivado é muito mais perigoso. Praticamente prisioneira em um castelo, longe de tudo e todos que conhece, ela vai ter que descobrir até onde está preparada para se libertar. Imensamente poderoso, rico e implacável, Romeo Costa não aceita desordem em sua vida: a carreira bilionária envolve um esquema de anos, a rotina não permite variações e até o plano para roubar a noiva de seu arqui-inimigo foi cuidadosamente calculado. Mas ele não estava preparado para o caos que a presença de Dallas irá trazer em seu trabalho, em sua casa e, acima de tudo, em seus sentimentos. Em Meu Romeu sombrio (Harlequin Books, 384 pp, R$ 59,90 – Trad.: Laura Pohl), a relação dos dois não tem nada do amor puro de Romeu e Julieta, mas não é menos intensa. Vale tudo na guerra, inclusive a sedução, mas ambos vão precisar se perguntar do que estão dispostos a abrir mão para vencer.