O Podcast do PublishNews conversou com o agitador cultural, poeta e autor de oito livros, Sérgio Vaz. Fundador da Cooperifa e do Sarau Cooperifa, projetos que realizam encontros entre leitores e escritores e levam a poesia para escolas da periferia, Vaz falou da sua infância e de como iniciou o seu contato com os livros. “Meu pai veio de Minas Gerais para morar em São Paulo no início dos anos 1970 e ele trouxe com ele o hábito da leitura. A gente morava num cortiço, num lugar pequeno e ele estava sempre com uma vela lendo um livro e eu comecei a imitar ele”, lembrou. Passando pelos livros de contos de fadas, infantojuvenis, e clássicos da literatura, Vaz encontrou na leitura a sua companhia. “Por morar na periferia, num lugar violento, os livros faziam todo sentido de poder estar num lugar onde eu não tinha medo, que era na minha imaginação. Poder sair de um lugar de sair da pobreza e violência, foi paixão à primeira vista”, confessou. O Podcast do PublishNews é um oferecimento da MVB, a empresa que torna os seus livros visíveis com serviços como Metabooks e Pubnet; da UmLivro, novo modelo de negócios para o mercado editorial: mais livros e mais vendas; e da Câmara Brasileira do Livro (CBL), a entidade que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O escritor Itamar Vieira Junior utilizou sua coluna na Folha de S. Paulo para comentar a situação de Vini Jr. na Europa e para falar também da recepção do seu mais recente romance, Salvar o fogo (Todavia). "É claro que eu esperava racismo por minha insubordinação de continuar a escrever", escreveu Itamar. Em uma entrevista, o escritor afirmou também que prefere sempre escrever para encontrar leitores. "A crítica brasileira está sempre em busca de Proust e à espera de Beckett. Quando eles descobrem que não há nem Proust, nem Beckett, a coisa azeda", disse Itamar, segundo o Uol. A CNN Brasil entrevistou analistas de mercado para falar sobre a crise no varejo no Brasil. Segundo a reportagem, fatores como os juros altos, inflação e ainda efeitos da pandemia podem ser determinantes nessa discussão. O Globo entrevistou Wole Soyinka, prêmio Nobel de Literatura, sobre uma desventura sua que envolve o Brasil e que agora vai virar filme. A Zero Hora destacou o novo Leopold – Uma novela, de Luiz Antonio de Assis Brasil, que marca também a estreia da editora Zain no mercado editorial. O Estadão publicou uma resenha sobre o novo livro de Patti Smith, em que a autora reúne postagens e fotos que compartilha nas suas redes sociais. No caderno Pensar, do Estado de Minas, Mário Andrade em ênfase tripla: o autor será o homenageado do Fliaraxá deste ano, terá O turista aprendiz traduzido para o inglês, e teve recentemente republicada a reunião de suas cartas com o amigo Rodrigo Melo Franco de Andrade. Clique no Leia mais para ver a nota na íntegra.

Foi em Londres que eu contei para o Carlo Carrenho que também estaria na feira do livro de Abu Dhabi. Estávamos no estande do Brasil, entre uma reunião e outra, eu em busca de editoras interessadas em literatura brasileira, Carlo pronto para mais uma reunião sobre plataformas, audiobooks e catálogos com milhares de títulos sendo transmitidos de um país para o outro. Ele confirmou que também estaria por lá, e se interessou em saber quem havia me convidado. Expliquei meu contato com o pessoal do Arabic Language Center, e contei que viajaria de classe executiva pela primeira vez na vida, surpreso com o convite incluir discretamente essa informação. Carlo então comentou que eu conheceria o famoso bule de ouro. É claro que eu não sabia do que ele estava falando. Ele me explicou, é um diferencial da business class da Emirates Airlines. Segundo Carlo, uma vez no ar, o comissário de bordo abre um cofre e de lá retira o tesouro. Então, serve aos passageiros o café, passado na hora, usando o tal bule dourado. Empolgado com a viagem que se aproximava, contei para toda a família sobre isso. Pediram para que eu tirasse fotos. Contei também que o convite incluía um motorista, o que os parentes adoraram, pois foram poupados do famoso “me leva até o aeroporto?”. O que eu não disse é que pretendia, uma vez que não precisaria de carona, me desobrigar do “traz uma lembrancinha de Dubai!”. Não ter que comprar imãs de geladeira e miniaturas da mesquita pareciam uma boa. Clique no Leia mais para ter acesso à íntegra desta coluna.

A posse oficial de Marco Lucchesi na presidência da Fundação Biblioteca Nacional será realizada nesta terça-feira (30), às 11h, na sede da BN no centro do Rio de Janeiro. A solenidade será restrita para convidados e contará com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes. Segundo a instituição, novos projetos da BN serão anunciados no evento. O canal do YouTube da Biblioteca Nacional fará a transmissão ao vivo. À frente da instituição desde fevereiro deste ano, Marco Lucchesi assume o cargo oficialmente nesta terça, encerrando o ciclo de posses de presidentes dos órgãos ligados ao MinC. “A biblioteca nacional de um país traduz a diversidade, a profundidade e a riqueza de todas as memórias plurais que se realizam no território. Ela é como uma ‘pequena República’, que reproduz os grande ideais contrários à censura, na contramão das fake news, produzindo dados e metadados: uma riqueza fundamental para a consolidação do processo democrático, dentro dos parâmetros da racionalidade, da perspectiva ecumênica e abrangente. É a memória que se instaura para o futuro”, afirma Lucchesi, em nota. Em entrevista ao PublishNews em janeiro, quando foi anunciada sua nomeação, Lucchesi disse: "O presidente da FBN se não atrapalhar, já é ótimo". Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A LC – Agência de Comunicação está à procura de assessor de imprensa para trabalhar no escritório em Santa Catarina, com possibilidade de home office. O candidato deve ter experiência de pelo menos cinco anos na área de divulgação para a mídia e influenciadores. Além disso, deve ter experiência na produção de releases, pautas, follow-up, etc. Os interessados devem encaminhar currículos com cases profissionais para carolina@lcagencia.com.br. A contratação é imediata.

A Editora Escuta, especializada em títulos de psicanálise, psicologia, psiquiatria e filosofia, abriu uma vaga para assistente de vendas. Os requisitos incluem domínio do Pacote Office; ter flexibilidade de horário; disponibilidade para pequenas viagens; e experiência anterior no mercado de livros. Conhecimento do sistema ERIS será um diferencial. A pessoa contratada cuidará da emissão de notas fiscais e pedidos de compra; do controle de estoque e contato com transportadora; irá negociar e controlar compras, consignações, trocas e devoluções de mercadorias; efetuar compras com os fornecedores; e cuidar do atendimento ao público. Interessados devem encaminhar currículos com pretensão salarial para selecao20@editoraescuta.com.br.

A Editora Ave-Maria comemorou os seus 125 anos de existência em um evento realizado no dia 19 de maio, durante a principal feira de produtos e serviços para a Igreja Católica no Brasil, a ExpoCatólica, em São Paulo (SP). A casa editorial tem mais de mil títulos publicados, além da Bíblia Sagrada Ave-Maria, a primeira Bíblia completa em língua portuguesa publicada no Brasil. Entre os livros, estão estudos bíblicos, de catequese, sobre espiritualidade, autoajuda, liturgia, teologia, mariologia, infanto-juvenil e educacional. A Editora Ave-Maria pertence à Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria (Missionários Claretianos), cujo fundador, Santo Antônio Maria Claret (1807-1870) – padroeiro dos livreiros –, tinha como proposta difundir sua crença e encontrou na imprensa o instrumento ideal para cumprir sua missão evangelizadora. O padre Luís Erlin, diretor-presidente da Editora Ave-Maria, recordou no evento que seu pai aprendeu a ler tendo contato com uma bíblia da Ave-Maria. “Eu percebo, diante de todo o trabalho que fazemos, o quanto bem essa Palavra produz na vida de tantas pessoas pelo Brasil afora e que a gente não se dá conta. Uma publicação, por mais simples que seja, como diz Santo Antônio Maria Claret, grita cada vez que a gente abre e se coloca a ler aquelas palavras. Sou grato em poder participar desta história”, afirmou. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Delirium Editora anuncia o seu novo selo literário, chamado Setsuwatteiru. A palavra é um neologismo. Setsuwatteiru — a transformação de um substantivo conjugado no gerúndio segundo as regras gramaticais da língua japonesa — teria por tradução, segundo a editora, algo como: "estorializando". O novo selo se propõe a publicar novelas inéditas inspiradas em histórias passadas de geração em geração, desde tempos remotos, no Japão. O primeiro título do selo é Certos monstros não cabem em armários, de Flavio P. Oliveira. A novela conta a história de uma adolescente espadachim, que, ao retornar do treinamento nas montanhas, se depara com o vilarejo do seu clã destruído, o povo, morto ou sequestrado, e jura vingança. Para tal, ela deseja a ajuda fantástica e aterrorizante de um monstro, um esqueleto gigante conhecido como Gashadokuro. Esse ser, quando visível, possui a aparência de um esqueleto, sem pele, sem cabelo, sem olhos, e é formado pela junção das várias almas que pereceram vítimas da fome, decorrente da escassez de comida, da guerra ou da peste. O lançamento oficial de Certos monstros não cabem em armários acontecerá n' A Feira do Livro, em São Paulo, na tenda da Delirium Editora, próxima à área de alimentação do evento. O autor estará presente na sessão de autógrafos oficial, na quinta-feira (08/06) às 18h. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Marcado para ocorrer entre os 23 e 27 de agosto, no Centro Histórico de Paracatu (MG), o Festival Literário de Paracatu deu início às atividades com uma ação especial: de maneira inédita, trouxe para a cidade a exposição Portinari Negro, que reúne 42 reproduções das obras de Candido Portinari, com seleção e curadoria do fundador e Diretor-Geral do Projeto Portinari, João Candido Portinari, filho do artista. Entre os destaques da exposição estão pinturas como "Retirantes" e "Cana de Açúcar", que mostram a dura vida dos trabalhadores rurais, muitos deles negros, que foram explorados durante séculos no país. Além de obras que retratam a cultura afro-brasileira, como "Samba" e "Festa de São João”. Há também obras que abordam questões mais profundas do racismo estrutural, como é o caso de "Café", de 1935, mas que nos chamam à atenção as dezenas de mulheres negra representadas por Portinari, em que na maior parte das obras são retratadas como o esteio e força familiar e das crianças. Para o curador Tom Farias, a exposição também é uma oportunidade única para os paracatuenses e visitantes se confrontarem com a realidade do racismo estrutural no Brasil e refletirem sobre o papel da arte e de cada um de nós no combate a esse perverso sistema. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Em comemoração aos 80 anos da publicação de Perto do coração selvagem, livro que marcou a estreia de Clarice Lispector na literatura, a editora Rocco e a Livraria da Vila realizam uma mostra de fotos da escritora em São Paulo. Expostas na Vila da Fradique Coutinho (Rua Fradique Coutinho, 915 – São Paulo/ SP), as imagens, que são de arquivos de família e fazem parte do acervo Clarice Lispector no Instituto Moreira Salles, apresentam a autora em diferentes fases da vida – às vezes sozinha, às vezes com outras personalidades. Quem visitar a Livraria da Vila da Fradique até o dia 31 de julho pode ver tudo gratuitamente. Lançado originalmente em 1943, Perto do coração selvagem causou grande impacto no cenário literário brasileiro, proporcionando à autora aclamação imediata da crítica e de seus colegas escritores. A obra tem como protagonista a personagem Joana, que destoava do sistema patriarcal em que se encontrava inserida, da mesma forma que Clarice se distanciava da literatura de seu tempo.

.Best-seller da autora gaúcha Lya Luft, morta em 2021, a obra Perdas & ganhos retorna em edição comemorativa da Record pelos 20 anos da publicação, com prefácio inédito de Fabrício Carpinejar. O lançamento do livro ocorre nesta terça (30), em Porto Alegre, com uma roda de leitura às 17h no Salão Mourisco da Biblioteca Pública do Rio Grande do Sul (Rua Riachuelo, 1.190). Às 19h, o Instituto Cultural Laje de Pedra promove uma conversa no auditório do Farol Santander com a jornalista Tania Carvalho e o escritor Fabrício Carpinejar. A mediação será do jornalista Roger Lerina. Perdas & ganhos foi traduzido para 13 países e vendeu quase um milhão de exemplares. Em 2015, foi adaptado para os palcos, em um monólogo de Nicette Bruno, com direção de Beth Goulart. A obra é um diário de reflexões da escritora gaúcha. Uma escrita aberta, franca, poderosa, conversando diretamente com o leitor”, escreve Fabrício Carpinejar, no prefácio da edição comemorativa. Poeta, cronista, contista, romancista e também exímia tradutora, Lya Luft fez sucesso com a narrativa que transita entre a ficção, a crônica e a reflexão, versando sobre o drama existencial humano.

Em A mulher do padre (Todavia, 216 pp, R$ 69,90), Carol Rodrigues conduz o leitor pelos momentos de desbravamento e introspecção que acompanham o amadurecimento de Lina, uma menina ocupada em observar o que acontece e o que não acontece ao seu redor. Enquanto mora com seus pais na Inglaterra, ela apresenta a seu dia a dia, suas comidas preferidas, seus brinquedos. De volta ao Brasil com a família, Lina vivencia momentos marcantes da história, sempre com o olhar curioso de quem ainda está tentando entender o mundo. Ao longo dos capítulos, o leitor caminha com Lina até a adolescência, os primeiros interesses românticos, as provas na escola, e aquele sentimento de deslocamento e confusão que acompanha esse período formativo.

Basta um (Roça Nova, 192 pp, R$ 63 – Trad.: Ana Meira e Lubi Prates), romance escrito por Flora Nwapa – uma das maiores expoentes da literatura nigeriana moderna –, se passa na Nigéria dos anos 1970 e narra a história de uma mulher à procura de protagonismo e independência apesar da sociedade patriarcal que a cerca. A busca pela emancipação desejada por Amaka tem início em uma situação difícil: casada há seis anos, ela não pôde engravidar. Aqueles de seu entorno, seja o marido ou a sogra, não se preocupam em apaziguar a situação, mas, ao contrário, a deixam ainda mais insegura e pressionada — a jornada de Amaka começa neste ponto e é a partir daí que o leitor passa a acompanhá-la. A obra conta com prefácio de Maria Carolina Casati e orelha de Alexandre dos Santos. A capa é de Manuela Navas.

Em O barulho do fim do mundo (Bertrand, 168 pp, R$ 54,90), Denise Emmer entrega aos leitores uma narrativa que mescla o imaginário e o real, uma trama de fantasia e horror tecida com seu lirismo de poeta, sua musicalidade de violoncelista e sua perspectiva cósmica de física. Na trama narrada por uma casa com vida própria, o leitor conhece uma mãe cruel, um padrasto abusador e uma menina vítima dos dois. Amiudinha, obrigada a trabalhar e servir, tratada como uma escravizada para que lhe permitissem usufruir de teto e comida. Abandonada pelo pai ainda bebê — pelo simples fato de nascer mulher — cresceu sem saber o que era o amor materno, não teve uma mãe, apenas uma sanguessuga que a explorava nos trabalhos domésticos. A casa é tudo que ela conhece e sua grande companheira e aliada. E, pela menina, a casa é capaz de tudo. Uma edificação de 200 anos, isolada de tudo e de todos, mas cheia de histórias para contar. Num raio de cem quilômetros não há outra morada com quem possa compartilhar as aventuras de abrigar criaturas mágicas, como o mestre e o piano que hospedou, com melodias que alcançavam os astros mais remotos, ou o circo que ocupou seus aposentos e lhe arrancava boas gargalhadas. Agora abrigava uma pequena família que corroía seus alicerces.

Escrito pelo angolano Boaventura Cardoso, Margens e travessias (Kapulana, 448 pp, R$ 89,90) é um romance cujo protagonista é o povo de Angola. Nesta narrativa ficcional, a história da formação de Angola e da identidade de seu povo é contada por meio das lembranças de dois “mais-velhos”: Kitekulu, um soba (chefe tradicional) e Manimaza, filho das águas. As conversas entre eles acontecem enquanto percorrem os rios de Angola e suas aldeias ribeirinhas. Desse modo, fatos e mitos do país, desde os tempos pré-coloniais e da luta de libertação, até o período pós-independência, chegam ao leitor pelas vozes das personagens do romance. A capa é de Mariana Fujisawa, e o projeto gráfico é de Daniela Miwa Taira.