Todos os anos, o PublishNews homenageia um ou uma profissional do mercado editorial por sua trajetória na indústria do livro no país, com o troféu Contribuição ao Mercado Editorial. Em 2023, a escolhida foi a editora carioca Maria Amélia Mello, por conta de sua extensa e constante presença criativa no setor, com um trabalho marcante na editora José Olympio por cerca de 30 anos e passagens por outras casas e projetos. Maria Amélia estará presente na cerimônia de premiação do Prêmio PublishNews 2023, que ocorre no dia 4 de abril, no Goethe-Institut São Paulo (Rua Lisboa, 974), a partir das 18h30. A cerimônia é sujeita à lotação do espaço e os interessados devem se inscrever para participar neste formulário. Atualmente, Maria Amélia conta que trabalha por conta própria, criando projetos e sugerindo autores e livros para diversas editoras. "Costumo brincar que sou uma espécie de mascate, saio com minha valise de projetos e vou mostrando meu catálogo de ideias e novidades", comenta. "Não é fácil, como sabemos, mas não posso me queixar. Tenho emplacado projetos bem legais!" Embora viva no Rio, ela estará em São Paulo na semana da premiação participando de alguns eventos. "Fico muito contente com a lembrança de meu nome, com a premiação", comenta. "É sempre um reconhecimento ao nosso trabalho, a todos que atuam no mercado editorial". Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

Quando a Lote 42 estava surgindo, o autor do livro Manual de sobrevivência dos tímidos – um dos primeiros a serem lançados pela então incipiente editora paulistana – sugeriu aos editores João Varella, Thiago Blumenthal e Cecilia Arbolave que a capa do livro fosse feita sem o título. Mesmo para uma editora que depois se tornaria conhecida pelas ousadias gráficas, a ideia não pareceu correta e o título foi aproveitado na capa, muito bem, obrigado. Agora – quando a Lote 42 completa 10 anos de existência com uma celebração no mesmo dia do IndieBookDay, neste sábado (25) –, o quadrinista e artista plástico Bruno Maron pintará ao vivo as capas de uma edição comemorativa do livro, com uma tiragem limitada de 42 exemplares, em capa dura e lombada exposta. Sem o título. A ação – que ocorre na calçada da Banca Tatuí (Rua Barão de Tatuí 275, São Paulo / SP) – faz parte da programação de aniversário da editora. O ateliê da Livraria Gráfica estará aberto para visitação, e a editora promete que será possível imprimir, com Kaique Xavier, um cartaz em serigrafia criado por Gustavo Piqueira exclusivamente para a festa. Todo o catálogo da Banca Tatuí estará com 15% de desconto, haverá ainda lançamentos da Entretantas Edições, uma ecobag comemorativa e, às 16h20, pizza. A programação começa às 14h e o evento faz parte do Circuito SP–Arte, agenda oficial de eventos da SP–Arte. Clique no Leia Mais e leia a matéria completa.

As editoras Gente e Alta Books dominaram as novidades da Lista de Mais Vendidos do PublishNews divulgada nesta sexta-feira (24). A Gente – recordista em número de livros na relação anual de 2022 e por isso vencedora da categoria Editora do Ano no Prêmio PublishNews, que ocorre no dia 4 de abril em São Paulo – emplacou quatro novos títulos, dividos entre as categorias Autoajuda, Não ficção e Negócios. Já a Alta colocou três novos livros nas listas – a Literare Books também apareceu com um novo título. Mesmo com essas novidades, o Top 5 da lista Geral aparece sem grandes mudanças. Em ordem: Café com Deus Pai (Vida), É assim que acaba e É assim que começa (Galera Record), O poder da autorresponsabilidade (Gente) e Mentes saudáveis, lares feliz (Dreamsellers Editora). A relação diz respeito às vendas nas maiores livrarias do país entre o período de 13 a 19 de março de 2023. No ranking das editoras, um empate no primeiro lugar: os grupos Companhia das Letras e Record estão cada um com 13 livros distribuídos entre as listas. Em terceiro, empatam o Grupo Editorial Alta Books e a Sextante, com nove cada um, e em quinto vem a Gente, com oito livros. Clique no Leia Mais para ler a notícia na íntegra.

O Presidente Lula assinou nesta quinta-feira (23) um decreto que altera parte da Lei Rouanet, com o objetivo de descentralizar projetos e oferecer, para mais regiões do país, auxílios nas políticas públicas ligadas à Cultura. Nomeado “Ato Pelo Direito à Cultura, Novo Decreto do Fomento”, o documento é uma das mudanças incentivadas pela ministra Margareth Menezes, que tem como foco levar recursos de fomento a cultura para todos os Estados do país. A notícia foi publicada por grandes veículos de notícias, como a CNN Brasil, o Uol, O Globo, Folha a Rede Brasil Atual. Outro um destaque na área política foi noticiado pela Folha: o pedido da vereadora Luna Zarattini (PT) para que o imóvel da Livraria Cultura em São Paulo seja tombado pela Justiça. O colunista Bruno Molinero listou na Folha 10 livros para ler com as crianças e, também, sozinho. E uma história ficou famosa na internet: uma livraria infantil na Itália, chamada Giannino Stoppani, renasceu depois de um incêndio destruir o acervo. Na verdade, o esforço conjunto da reconstrução foi feito a partir de crowdfunding e higienização de quase 30 mil livros. O portal Terra e o Estadão destacaram essa “fênix literária”. Clique no Leia mais e confira o Apanhadão na íntegra.

Em nova pesquisa divulgada nesta quarta-feira (22), a Nielsen Books concluiu que a influência do TikTok nas vendas diretas de livros no Reino Unido ainda é relativamente pequena, mas está crescendo rapidamente. O diretor de pesquisas da instituição, Steve Bohme, fez uma apresentação sobre o mercado na ilha britânica e revelou que os consumidores do Reino Unido compraram um total de 348 milhões de livros em 2022, em todos os formatos, incluindo e-books. Porém, apenas 3% de todos os livros comprados, cerca de 9 milhões, foram descobertos originalmente nos aplicativos de vídeo (YouTube e TikTok). Este número é relativo aos usuários que não conheciam o livro e, pela influência das plataformas, realizaram a compra. Além disso, as vendas impulsionadas por apps de vídeos têm um alcance maior em um grupo demográfico altamente influente de compradores de livros: os jovens. Clique no Leia mais e confira o artigo na íntegra.

Sucesso no Brasil, com mais de 160 mil exemplares vendidos, Ryan Holiday traz em seu novo livro O chamado da coragem (Intrínseca, 240 pp, R$ 54,90 – Trad.: Marcelo Schild) um verdadeiro tratado sobre a coragem, uma virtude celebrada ao longo dos séculos, mas que parece estar em perigo de extinção. Seja na filosofia, na poesia, na literatura ou no cinema, basta prestar atenção para perceber que as grandes histórias são protagonizadas por indivíduos que conseguiram demonstrar coragem em situações difíceis. A partir de exemplos como Martin Luther King Jr., Abraham Lincoln, Rosa Parks e muitos outros, da Antiguidade aos tempos atuais, Ryan Holiday nos mostra como responder ao chamado do destino e tomar atitudes enquanto os outros recuam. Afinal, ser corajoso não significa apenas lutar em um campo de batalha ou resgatar pessoas de um prédio em chamas, mas também desafiar as normas, resistir à tirania, perseverar em meio às dificuldades e tomar decisões arriscadas mesmo quando poucos confiam no nosso potencial. Um verdadeiro manual de como agir com bravura e dar propósito à nossa vida, O chamado da coragem revela que, muitas vezes, nós sabemos exatamente o que devemos fazer, só temos medo de colocar em prática.

Durante sua vida, o filósofo Jean-Jacques Rousseau foi um entusiasta das caminhadas. Os longos passeios feitos por paisagens campestres as mais diversas se fazem presentes em múltiplas passagens de sua produção, sobretudo a de teor autobiográfico. Para ele, o ato de andar, além das disposições física e mental, trazem o “prazer de viver”. Ele chegou a escrever numa descrição de si no livro IX das Confissões: “só posso meditar enquanto caminho; mal paro e não penso mais; minha cabeça só funciona com meus pés”. Pois muitos esses pensamentos nascidos de suas caminhadas podem ser conhecidos em Devaneios do caminhante solitário (Editora Unesp, 184 pp, R$ 48 - Trad.: Jacira de Freitas, Claudio A. Reis), sua última obra, agora lançada em português.

Quarenta delicadas aquarelas e elegantes ilustrações originais com uma seleção de fragmentos da sabedoria chinesa, indo de provérbios antigos às máximas de Confúcio. Os gatos, em sua serena liberdade, são os modelos escolhidos para traduzir em imagens esses conhecimentos ancestrais, que apresentam os princípios da vida em harmonia. Com pitadas de bom humor tanto nos textos quanto nas imagens, As quatro estações do gato (Estação Liberdade, 96 pp, R$ 39,90 – Trad.: Denise Bottmann) traz reflexões sobre como o caminho percorrido desde o nascimento varia conforme primavera, verão, outono e inverno. As pinturas, reproduzidas a cores, são da artista Kwong Kuen Shan, natural de Hong Kong e residente na Grã-Bretanha. Para As quatro estações do gato, as palavras dos mestres chineses foram cuidadosamente escolhidas pela autora para complementar suas calorosas aquarelas de gatos. O resultado encantará amantes dos felinos de todos os tipos.

Penso em ti, logo existo (Folhas de Relva, 88 pp, R$ 49,90) é um exercício de ideias em que o leitor tem a oportunidade de refletir sobre um dos aspectos mais fascinantes da condição humana: as relações. No título podemos notar a singela homenagem ao psicanalista português António Coimbra de Matos, que parafraseia Descartes, incluindo em primeiro plano, ‘o outro’ como premissa vital para nossa própria existência. O autor, Ricardo Przemyslaw Pessoa, é um apaixonado pela vida, que busca entender a humanidade em todos os seus processos. Tópicos como a massificação do pensamento, a padronização, o homem máquina são percorridos com uma escrita ágil, através da invisível linha do panorama civilizatório (desde os primórdios, até a Aldeia Global descrita por McLuhan). Esse intrigante microensaio se debruça sobre o passado, o presente e também dirige seus questionamentos ao futuro. Afinal, para onde estamos indo? Estamos mesmo evoluindo? Perguntas que se inserem e se repetem eternamente nessa grande e misteriosa viagem rumo ao desconhecido.