O Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+ que reúne, semanalmente, informações sobre processos licitatórios para a compra e/ou confecção de livros, traz esta semana dois editais. O primeiro visa registro de preços para aquisição eventual de livros nacionais e estrangeiros disponíveis no mercado interno e livros importados mediante maior desconto. O pregão está marcado para 02 de setembro, e o valor total chega a R$ 1.906.137,00. O segundo edital tem como objeto o registro de preços visando futuras e eventuais aquisições de livros para atendimento às escolas de Ensino Fundamental. O valor estimado chega a R$ 3.587.799,00, com pregão marcado para 19 de setembro. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

O 17º Festival Literário Internacional de Poços de Caldas (Flipoços) começa neste sábado (03), com o objetivo de trazer ao público, até o dia 11 de setembro, discussões relevantes sobre literatura, música e temas atuais, lançamentos de livros, oficinas, shows e diversos autores e convidados especiais. Ao todo, o evento realizará 184 atrações culturais, tendo como expectativa de público a recepção de cerca de 80 mil pessoas. De acordo com a organização, depois das edições em formato virtual em função da pandemia, a programação deste ano foi cuidadosamente preparada para atrair um público amplo e, pensando em Minas Gerais como núcleo fomentador de cultura, diversas ações valorizam a relevância do Estado. Durante a abertura do evento, no dia 03, será assinado um protocolo para a realização do Mapeamento da Cadeia Produtiva do Livro de Minas Gerais. A iniciativa formaliza a criação da União Literária de Minas Gerais, uma iniciativa formada por Gisele Ferreira, curadora e idealizadora do Flipoços, Marcus Ferreira, diretor geral da Bienal Mineira do Livro. e Humberto Paes Leme, gestor da Elicer – Encontro Literário do Cerrado (triângulo mineiro). Clique no Leia mais para conferir os detalhes da iniciativa e outros destaques da programação.

Foram divulgados os semifinalistas da 19ª edição do Oceanos - Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa. Estão selecionados 65 títulos de autores de cinco países: 45 do Brasil, 12 de Portugal, cinco de Moçambique, um de Angola, um de Cabo Verde, além de uma autora luso-angolana. A premiação total do Oceanos é de R$ 250 mil, assim distribuídos: R$ 120 mil para o primeiro colocado, R$ 80 mil para o segundo e R$ 50 mil para o terceiro. Quatro autores podem vencer pelam segunda vez, algo inédito no Oceanos: Valter Hugo Mãe, Djaimilia Pereira de Almeida, Paulo Henriques Britto e Silviano Santiago. Os livros semifinalistas representam 40 editoras diferentes, 25 delas do Brasil. A Companhia das Letras tem o maior número de obras na lista, com 12 títulos. Quanto ao gênero, os semifinalistas reúnem 27 romances, 18 livros de poemas, 14 de contos, cinco de crônicas e uma dramaturgia. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A 5ª Bienal Internacional do Livro de Brasília (BiLB) está marcada de 21 a 30 de outubro. Enquanto o evento não chega, estão abertas até o dia 09 de setembro as inscrições, on-line e gratuitas, para seleção de 18 obras literárias de autores do Distrito Federal a serem lançadas na Bienal. “O edital de lançamentos da Bienal abre oportunidade para que autores e autoras do Distrito Federal participem ativamente dessa grande festa do livro, contando com a estrutura de um ambiente diverso e repleto de trocas culturais”, explica a curadora Paulliny Tort. Os títulos inscritos, divididos em oito categorias – biografia, conto, crônica, infantil, juvenil, poesia, romance e reportagem –, devem ter publicação registrada em primeira edição no período de 2020 a 2022. Para se inscrever, é preciso acessar o site da Bienal do Livro de Brasília. Depois de preencher os dados na página na internet, os interessados deverão enviar três cópias da obra literária à organização da BiLB para finalizar a inscrição. O envio de três cópias da obra deverá ser, exclusivamente por via postal, por meio de serviços de entrega rápida ou carta registrada. Clique no Leia mais para saber outros detalhes do edital e as datas com os resultados.

Com certeza você já viu em algum app de streaming a lista "livros que viraram filmes". Sei que você também já viu em alguma livraria um livro com a capa de alguma série, que dizia: livro que originou a série de sucesso na Netflix. Esse é o poder dos IPs. Começando do começo, o que é um IP: uma propriedade intelectual (do inglês Intellectual Property) e que no nosso caso aqui trata-se de um conteúdo de ficção ou não ficção, originalmente lançado - às vezes pensado - em um formato específico. Alguns IPs não são expansíveis, ou seja, não se adaptam da forma como foram concebidos a outro formato que não seja o original. Um exemplo bem claro: um livro de fotos. Ele poderia ser um e-book: sim (mas talvez não tenha a função de ficar na mesa de centro da sala), poderia ser um filme ou série audiovisual: vai ser chato e ficar parecendo uma apresentação de powerpoint, poderia ser um audiobook ou um podcast: quase impossível. Já outros IPs podem ser expandidos para muitos outros formatos e é aí que a coisa fica interessante: primeiro porque você criador expande as possibilidades de monetização do seu conteúdo e a presença dessa mesma história em múltiplos players e plataformas; segundo porque com isso você alavanca audiência e potencializa acesso. Quer um exemplo bem famoso: Harry Potter. Clique no Leia mais para ter acesso à íntegra deste artigo.

A editora Gente abriu uma vaga de designer para a área de marketing. Os requisitos incluem domínio do pacote Abobe, especialmente InDesign, Photoshop e Illustrator, e experiência em desenvolvimento de campanhas on-line e off-line e materiais promocionais. A editora procura alguém criativo, proativo, ágil nas suas entregas, organizado, que saiba trabalhar em equipe e seguindo cronogramas e que tenha facilidade para desenvolver novas competências. Fazem parte das atribuições do cargo: ajudar a criar uma comunicação eficiente; criação de campanhas publicitárias; desenvolver os materiais de lançamento de livros, produtos e serviços; tratar imagens; criar e desenvolver artes para as redes sociais, e-mail marketing e newsletters; criar páginas de vendas e materiais para eventos; dentre outros. Interessados devem se inscrever clicando aqui até 09 de setembro.

A Revista Philos, casa editorial que transforma as afinidades literárias e artísticas em instrumentos de cooperação entre os povos latinos, estará presente pela primeira vez na 12ª edição da Feira de Arte do Rio de Janeiro - ArtRio 2022. O evento acontece na Marina da Glória entre os dias 14 e 18 de setembro, e a Philos estará na programação com debates e lançamentos. Para Jorge Pereira, editor-chefe da Philos, estar num evento como a ArtRio é uma oportunidade de fomentar debates importantes para o público consumidor de arte: “A ArtRio é o evento mais importante para a arte brasileira porque mostra a diversidade da nossa produção e dos nossos artistas. Vamos lançar o nosso catálogo de livros de arte com os autores e artistas, a nossa sétima edição impressa, falar sobre curadoria e decolonialidade. Vamos agitar esse carnaval das artes no Palco Proa, com o projeto todo especial que o evento terá esse ano”, comenta animado. A programação da Philos debate o papel da curadoria em artes e literatura na condução de narrativas sociais e políticas em processo no Brasil. Para além das mesas de lançamentos de livros e da sétima edição da Revista com o tema – Como incorporar a revolta?, nomes como Marcela Cantuária, André Di Kabulla, Wallace Pato, Flávio Morgado, Nalü Romano, Chris Facó, Sabrina Fidalgo, Samuel de Saboia e Thaís Zaki participam da programação, que terá também uma performance do Slam das Minas de São Paulo. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

Numa noite insone de 1912, Franz Kafka começou a compor a história que daria origem à novela O veredicto. Entusiasmado pelo processo da escrita, o jovem de 29 anos atravessaria a madrugada, colocando o ponto final na história quando os primeiros raios de sol apareciam do outro lado da janela. Esse momento é narrado com rigor informativo por Reiner Stach neste volume da trilogia biográfica de Franz Kafka. Em Kafka: Os anos decisivos (Todavia, 656 pp, R$ 134,90 - Trad.: Sofia Mariutti), o biógrafo alemão, um dos maiores especialistas mundiais na obra do autor tcheco, concentra-se no período entre 1910 e 1915, em que o jovem advogado experimenta a vida e a literatura. Trata-se de uma época movimentada para o autor de A metamorfose. Stach o captura durante suas incursões — nunca bem-sucedidas — no mundo sentimental de Kafka, com destaque para o relacionamento tortuoso com Felice Bauer, a relação com sua herança judaica, a vida social nos cafés literários e a chegada da Primeira Guerra Mundial. Reiner Stach revisita vida e obra com cuidado e sempre evitando oferecer uma chave interpretativa. Está interessado nos fatos. Fugindo do clichê do kafkiano, ele se dedica a esquadrinhar as pistas de como o próprio Kafka enxergava suas obras para além da vontade de leitores e críticos.

Da mesma série best-seller de Aparecida, Maria, Jesus, Francisco, Milagres e Redentor, agora, o mais famoso traidor da história, Judas Iscariotes ganha uma biografia histórica e cultural. Em Judas (Globo Livros, 328 pp, R$ 49,90 - Trad.: Rafael Longo), o jornalista britânico Peter Stanford analisa e desconstrói o mais polêmico dos personagens bíblicos, o homem que traiu Jesus com um beijo. Seguindo uma cronologia que tem como ponto de partida os relatos dos Evangelhos, Stanford debate como, mesmo após mais de dois mil anos, o nome de Judas ainda é sinônimo de falsidade, cobiça e comportamentos condenáveis. Aliando pesquisas acuradas a recortes históricos e culturais, Peter Stanford apresenta um retrato amplo e com forte apelo pop dessa figura que representa a incorporação de todo o mal da humanidade, ao mesmo tempo em que ainda carrega consigo diversas perguntas sem respostas. O foco de Judas é apresentar aos leitores, mesmo aos que não são religiosos, de que maneira esse personagem sobreviveu na cultura popular.

Em Tudo o que eu sei sobre o amor (Intrínseca, 384 pp, R$ 59,90 - Trad.: Ana Guadalupe), a jornalista e colunista do The Sunday Times Dolly Alderton conduz o leitor em um divertido passeio pela sua vida desde a adolescência até os fatídicos 30 anos. No caminho, a autora britânica mostra que um pouco de loucura e inconsequência podem ser atitudes de empoderamento feminino. Por sua narrativa autêntica e corajosa, o livro foi eleito pela revista Stylist um dos melhores escritos por mulheres da última década. Alderton sabe bem do que está falando. Ela sobreviveu aos seus vinte anos com dignidade (mais ou menos), e todo mundo que já passou (ou está passando) por essa década decisiva da vida sabe que chegar inteiro aos trinta é um feito e tanto. São muitas descobertas, experimentações, romances intensos, porres homéricos, empregos estranhos, autossabotagem, mágoas e, o mais importante, amigos imprescindíveis, que estão sempre ali para ajudar a passagem por todas essas coisas sem grandes traumas (ou quase isso). Um misto de sessão de terapia e muita fofoca, o livro narra desde flertes constrangedores por mensagens na adolescência à experiência de seguir solteira quando o resto do mundo parece composto por casais, passando por diversas decepções e humilhações.

A história da tecnologia que você provavelmente conhece é a de homens e máquinas, garagens e riquezas, alpha nerds e brogrammers, o estereótipo do homem programador ― mas ela é muito mais ampla. Ela vai de Ada Lovelace, que criou o primeiro programa de computador na Era Vitoriana, às webdesigners cyberpunk dos anos 1990. Mulheres visionárias sempre estiveram na vanguarda da tecnologia e da inovação. A verdade é que elas estão presentes no início de cada onda importante na história da tecnologia. Suas criações e contribuições afetam nossas vidas de maneiras que nem percebemos. Sua existência pode ter sido invisibilizada, mas sempre fizeram parte da história. Em A história desconhecida das mulheres que criaram a Internet (BestSeller, 308 pp, R$ 59,90 - Trad.: Giu Alonso), Clare L. Evans apresentas histórias desses nomes não tão conhecidos. É possível buscar inspiração em Grace Hopper, a matemática que democratizou a computação ao liderar a demanda por linguagens de programação independentes após a Segunda Guerra Mundial. O leitor conhece também Elizabeth “Jake” Feinler, a pioneira cientista da computação que manteve a primeira versão da internet no ar; e Stacy Horn, que administrou uma das primeiras redes sociais com pouco dinheiro de seu apartamento em Nova York, na década de 1980.