Na tarde desta terça (05), dentro da programação do Papo de Mercado da 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a Câmara Brasileira do Livro (CBL), o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL) e a Nielsen BookData apresentaram os números da série histórica da pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro. A pesquisa considera o comportamento das vendas nos últimos 16 anos em quatro subsetores: Obras Gerais, Didáticos, Religiosos e CTP (Científicos, Técnicos e Profissionais). Se na apresentação de 2020 a indústria do livro encolheu 20%, e na de 2021, 30%, nos últimos 15 anos, na apresentação de 2022 (referente sempre ao ano anterior) o que se viu foi que as editoras registraram R$ 3,9 bilhões de faturamento nas vendas ao mercado, o que representa queda acumulada de 39%, em termos reais (descontada a inflação do período) desde 2006. Segundo dados da pesquisa, é possível avaliar que a crise econômica foi fator determinante para o desempenho registrado a partir de 2015. Entre 2014 e 2021, as vendas reais das editoras ao mercado encolheram 37%. No pós-pandemia, a desaceleração nas vendas foi atenuada pela recuperação apresentada pelos subsetores Obras Gerais e Religiosos em 2021. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

O programa de fomento do Goethe-Institut, "Tradução de livros alemães em uma língua estrangeira", está com inscrições abertas para a sua quarta chamada do ano. O programa, que apoia editoras estrangeiras na publicação de literatura alemã, visa permitir o acesso de um círculo de leitores não falantes de alemão a obras de literatura contemporânea, livros infantis e juvenis, importantes títulos científicos e livros técnicos. O programa tem também objetivos culturais e políticos e é um importante instrumento da política cultural e educacional do Ministério das Relações Estrangeiras. Em quase 50 anos de existência do programa, foram fomentadas cerca de 6 mil obras em 45 línguas. Os interessados podem se inscrever até 15 de setembro clicando aqui. É preciso criar uma conta na página do Goethe-Institut para seguir o processo. Após a avaliação da obra, se o Instituto avalizar o apoio a seu projeto, ele enviará a recomendação à central do Goethe-Institut em Munique. A seleção das traduções a serem financiadas é feita por um júri de seis membros composto por dois críticos literários, um funcionário editorial departamento de Direitos & Licenças, que muda anualmente, e três funcionários do Departamento de Promoção de Literatura e Tradução do Goethe-Institut.

Nesta quarta-feira (06), a partir das 10h, o terceiro dia da sexta edição do InterLivro – Encontro Internacional de Profissionais do Livro, realizado pelo PublishNews dentro da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, destaca um nome que é hoje quase uma divindade entre os livreiros: o londrino James Daunt. Ele é a estrela do painel “Como salvar sua livraria”. Aos 58 anos, o fundador da rede Daunt Books é, desde 2011, CEO da maior rede britânica, a Waterstones. E, desde 2019, também é CEO da gigantesca rede americana Barnes & Noble. Em comum, além da enormidade de pontos de venda físicos, as duas redes foram abraçadas por Daunt nos piores momentos de suas histórias, com queda de vendas, fechamento de centenas de lojas e uma proximidade assustadora com a falência total. Daunt recuperou a Waterstones e vai pelo mesmo caminho com a Barnes & Noble. Ele gravou para o InterLivro um depoimento de quase 20 minutos sobre seus conceitos de como dirigir uma rede com sucesso, destacando pilares básicos dessa missão. O livreiro também respondeu a perguntas do editor-chefe do PublishNews, Thales de Menezes, numa entrevista em vídeo que será exibida após seu depoimento. Em seguida, às 10h40, as ideias de Daunt serão comentadas numa mesa com o editor e livreiro Alexandre Martins Fontes (Martins Fontes), Rui Campos (sócio-fundador da Travessa) e Solange Mazia (consultora empresarial, gestora da A Eólica Bookbar e ex-proprietária de loja da rede Nobel), que contam suas experiências no mercado editorial. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A Amazon lançou nesta terça (05), na 26ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a sétima edição do Prêmio Kindle de Literatura, em parceria com o Grupo Editorial Record. Escritores que desejam participar devem enviar seus romances inéditos em português usando o Kindle Direct Publishing (KDP), ferramenta de autopublicação da Amazon, e incluir #PrêmioKindle nas palavras chaves durante a publicação. As inscrições começam na próxima segunda (11). O prêmio promove autores independentes. Além de propiciar a versão impressa da obra vencedora, dá ao primeiro colocado R$ 50 mil, sendo R$ 40 mil em dinheiro e R$ 10 mil como adiantamento das vendas da versão impressa pela Record. Para completar, um vale de compras de R$ 5 mil para adquirir obras no site da Record. Como nas versões anteriores do prêmio, as obras serão avaliadas por um painel de especialistas editoriais. Cinco finalistas serão anunciados e então julgados por um júri especial. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A sexta edição do Interlivro – Encontro Internacional de Profissionais do Livro, realizado pelo PublishNews, vai até a próxima sexta-feira (08), dentro do Papo de Mercado by MVB, espaço de discussões na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Um dos patrocinadores do InterLivro deste ano, a Fundação Dorina Nowill para Cegos produziu um documento de áudio com a programação completa do evento. Ele pode ser acessado aqui. Até sexta, sempre a partir das 10h, as mesas de debates do InterLivro podem ser acompanhadas neste link de Zoom. Reúnem profissionais consagrados no mercado, como muito a oferecer para essa discussão. Entre eles, James Daunt, CEO da Barnes & Noble; Juergen Boos, presidente da Feira do Livro de Frankfurt; Margot Atwell, editora da Feminist Press; Ronald Schild, CEO da MVB; e Karine Pansa, vice-presidente da International Publishers Association. A eles se somam destacados editores, livreiros e distribuidores que atuam no país, compondo assim um panorama global de valiosas lições. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Nomes importantes da literatura infantil do Brasil e da China participam nesta quarta-feira (06), a partir das 9h, de um encontro que propõe uma aprendizagem mútua para criar uma ponte visando o entendimento entre jovens de culturas diferentes. “Infância sem fronteiras: diálogo virtual da literatura infantil sino-brasileira” é promovido pelo Consulado da China em São Paulo, pela Associação dos Escritores de Xangai, pela Academia Paulista de Letras e pelo Instituto Confúcio na Unesp, e será gratuito. Do lado brasileiro, Mauricio de Sousa [foto] traz a sua experiência de décadas falando para crianças e jovens, no Brasil e em vários países alcançados pela Turma da Mônica e e outros personagens. Os autores Ilan Brenman e Gabriel Chalita também participam. Do lado chinês, as autoras Qin Wenjun e Yin Jianling. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A editora britânica Bloomsbury anunciou que irá lançar em outubro You don´t know what war is: the diary of a young girl from Ukraine (na tradução literal, "você não sabe o que é a guerra: diário de uma jovem garota da Ucrânia"). A editora Sally Beets afirma que o relato de Yeva Skalietska pode tocar as pessoas profundamente. "Sua escrita é intensa, urgente, e nós estamos honrados em poder publicar o livro na Bloomsburry. É um livro que todos precisam ler." A autora e sua avó fugiram da Ucrânia e hoje moram em Dublin. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), um dos maiores escritores da literatura brasileira, era mestre em recontar o cotidiano. Com novo projeto e ilustrações de Mayara Lista, nessa nova edição de A cor de cada um (Record, 94 pp, R$ 44,90), que contém textos adicionais e ilustrações inéditas, as histórias do dia a dia se transformam em tesouros literários, selecionados para crianças e adolescentes. Na primeira parte do livro, Mil novecentos e pouco, os poemas retratam a infância e as relações familiares em uma cidadezinha do interior. A seção seguinte, Roendo o tempo, fala com poesia e lirismo dos problemas típicos das primeiras fases da vida – das brincadeiras de menino ao cotidiano dos colégios e aos amores de juventude. Por fim, a seção A cor de cada um reúne ficções curtas: um contador de histórias para o rei; um jardineiro maltratado pelas flores; uma república em que os partidos políticos se diferenciam pelas cores; um menino com fama de mentiroso; um futuro onde será Natal o ano inteiro; uma cidade sem meninos; os meninos que assistem a um filme de mocinho; dois gatinhos brigando na calçada; e a visita de Pedro, o amigo do poeta, de um ano de idade (na verdade, seu neto Pedro Augusto).

Em Contos de fadas & poemas vorazes para alimentar a alma (DarkSide, 176 pp, R$ 59,90 – Trad.: Ana Guadalupe), Nikita Gill dá ao conhecido “era uma vez” uma voz moderna e muito necessária. Através de uma releitura de contos de fadas e poemas originais clássicos, ela desmonta os clichês antiquados que ficaram enraizados em nossas mentes por séculos. Neste livro, não há mulheres dóceis e homens salvadores, mas princesas destemidas que derrubam monstros sozinhas e agarram seus sonhos com os dentes. Contos de fadas clássicos se transformam em versos sobre empoderamento, feminismo, amor, imagem corporal, autoestima e relações tóxicas, ressaltando as dualidades de uma vivência que nem sempre é plena. Tudo isso emoldurado por ilustrações feitas à mão pela própria autora. Nikita Gill é poeta e escritora, e se tornou um fenômeno na internet com seus versos afiados sobre viver em um mundo que silencia tantas vozes.

Escrito por Stephanie Garber, Era uma vez um coração partido (Gutenberg, 352 pp, R$ 59,90 - Trad.: Lavinia Favero) conta a história de Evangeline Fox. Criada na loja de antiguidades de seu pai, cercada por lendas de seres poderosos e imortais, Evangeline cresceu acreditando em histórias de amores verdadeiros e em finais felizes. Mas essas crenças se veem abaladas quando a jovem descobre que o amor de sua vida está prestes a se casar com outra pessoa. Seu desespero é tamanho que ela aceita fazer um acordo com o charmoso e perverso Príncipe de Copas, famoso por seu poder mítico. Dizem que seu beijo é tão encantador que vale a pena morrer por ele, e é justamente isso que o príncipe pede em troca: três beijos de Evangeline a serem dados no momento e no local escolhidos previamente. Logo, Evangeline descobre que negociar com um imortal é um jogo muito perigoso. Afinal, o Príncipe de Copas quer muito mais dela do que apenas beijos. Ele tem outros planos para a jovem, e tais intenções podem tanto se tornar o tão sonhado “felizes para sempre” quanto uma tragédia.

Mesmo após o fim da série Magnus Chase e os deuses de Asgard, os personagens criados por Rick Riordan continuam vivendo muitas aventuras. Em Magnus Chase e os deuses de Asgard: 9 contos de nove mundos (Intrínseca, 176 pp, R$ 54,90 – Trad.: Regiane Winarski), os fãs da série farão um passeio pelos nove mundos da mitologia nórdica. Cada conto é situado em um mundo e narrado por um personagem já conhecido pelo público. Enquanto Magnus visita sua prima Annabeth, seus amigos se envolvem em missões nada fáceis: Alex precisa socorrer Amir em um desastre fashion quase fatal, Samirah tenta roubar a harpa de um gigante, Mallory ensina um dragão a xingar com propriedade e até Odin precisará lidar com valquírias agressivas. Será que eles conseguirão impedir a chegada do Ragnarök mais uma vez? E, mais importante: será que vão conseguir desviar de Thor, que está correndo por aí e deixando um cheiro nada agradável no caminho?