Em inglês, o termo buzz significa, literalmente, zumbido. Em tempos de redes sociais, a palavra ganhou novo significado e transformou-se em sinônimo para o barulho feito por determinado assunto. Por exemplo, o lançamento do novo livro da série Harry Potter gerou um buzz danado nas redes. Ou seja, muita gente comentou, curtiu, compartilhou esse assunto nos últimos dias. Pois este também foi o nome escolhido por Anderson Cavalcante para batizar a sua nova editora que chega oficialmente às livrarias nesta terça-feira (1º). Anderson – que acumula 22 anos de mercado, é autor de best-sellers e tem passagens pela Gente e Sextante – aposta alto na nova editora. "São 22 anos de livro. Nesse tempo, construí relações com os principais players do mercado e, claro, temos isso a nosso favor. Já começamos a jogar como jogam as grandes editoras", disse ao PublishNews. A previsão é alcançar um faturamento de R$ 20 milhões no primeiro ano de operações. "É um número ousado, mas falar essa cifra nos obriga a correr muito atrás desse objetivo", comentou. Para chegar lá, a Buzz criou uma programação de lançamentos com nomes que vendem muito, com forte foco nas áreas de autoajuda e negócios, como Flávio Augusto da Silva, da série Geração de valor (Sextante), que já vendeu mais de 178 mil exemplares nos últimos três anos pela apuração do PublishNews, e Carlos Wizard Martins, empresário que já tem livros publicados pela Gente e publicará Do zero ao milhão – como criar um negócio milionário, pela Buzz. Para o time da Buzz, Cavalcante convidou Simone Paulino (na foto ao lado de Anderson). “A Simone tem um cuidado especial com o texto e uma pegada mais literária. Eu acho que esse casamento entre a pegada da Simone e a minha experiência mais comercial pode dar um caldo bem interessante”, disse Anderson. Clique no Leia Mais e conheça mais dos planos da Buzz.

Enquanto brasileiros e alemães desciam até o chão na festa da Bookwire em Frankfurt (eu confesso que não fui até o chão. Era o terceiro dia de feira, se descesse até o chão lá ficaria o resto da noite) eu pensei por um momento que estava em Paraty, mas logo me assustei, pois lá se vão quase três anos que cheguei na Big Smoke. O que também quer dizer que lá se vão três anos que prometi uma coluna sobre o mercado inglês. Visto aqui as galochas da humildade, peço desculpas, e vamos lá ver o que aconteceu de bom aqui nas últimas semanas. [Nota do editor: nessa coluna da Iona, o assinante do PublishNews vai saber o que os editores procuraram em Frankfurt; conhecerão algumas ferramentas que estão na moda e conhecerão algumas datas importantes para a indústria do livro lá na Inglaterra. Tenha acesso à íntegra clicando no Leia Mais].

Com o objetivo de aumentar sua escala e produtividade em determinados nichos, a Holding BOOKPartners – através da Cia dos Livros, seu braço varejista, e da Vertice Books, que distribui livros para bibliotecas – firmou parceria com um dos maiores grupos de educação do mundo, a Pearson Clinical Brasil. Especializada em testes e ferramentas de avaliações psicológicas que podem ser aplicadas em diversos contextos da área da saúde emocional, a Pearson Clinical compreende ampla literatura técnica voltada aos profissionais de psicologia, RH e educação. Com o acordo, a BOOKPartners passa a comercializar os produtos da editora técnica. "Temos dedicado esforço em ampliar nossos títulos no segmento acadêmico e técnico, disponibilizando nas bibliotecas públicas, nas universidades e também no e-commerce e lojas físicas, os livros de maior relevância e procura para cada área", explica Carlos Henrique de Carvalho Filho, presidente da BOOKPartners. Clique no Leia Mais e saiba mais detalhes da parceria.

A Disal, editora especializada em materiais para o ensino de idiomas, reforçou seu catálogo com novos títulos da Helbling Languages, instituição que elabora conteúdos para professores e estudantes. Entre as novidades que trazem diversos recursos pré e pós-leitura, estão obras como Great expectations, Frankstein, The railway children, The bascombe valley mystery e Anne of Green Gables Anne Grows Up. A Helbling também possui três coleções que alcançam as diferentes fases do aprendizado: Helbling Readers Red Series, Blue Series e Helbling Young Readers. São materiais repletos de situações factíveis, com linguagem apropriada para cada público, elementos culturais que permitem um processo de imersão mais amplo, sem deixar a leveza e a diversão de lado. Além disso, o portal da Disal Editora dá acesso a um mundo de atividades extras como exercícios, instruções para usar os readers e audiobooks e todos os títulos em MP3. Para os professores, a Hebling disponibiliza o e-zone, uma plataforma educacional online exclusiva com ambiente intuitivo de gerenciamento de aprendizagem e inúmeras tarefas gratuitas para os alunos.

Nem uma semana depois de escolher Geraldo Carneiro como novo ocupante da Cadeira 24, a Academia Brasileira de Letras (ABL) já marcou para esta quinta (3), às 16h, uma nova eleição, agora para escolher o novo ocupante da Cadeira 40, vaga com o falecimento do Acadêmico e jurista Evaristo de Moraes Filho, em julho passado. Concorrem à sucessão sete candidatos e será eleito aquele que conquistar a maioria absoluta dos votos em, no máximo, quatro escrutínios. Os candidatos, por ordem de inscrição, são: Edmar Lisboa Bacha, Eros Roberto Grau, Raimundo Carrero, Carlos Alves Jr., William Douglas, Felisbelo da Silva e Eliana Machado. Já ocuparam a Cadeira 40 o fundador Eduardo Prado, que escolheu como patrono Visconde Rio Branco; Afonso Arinos, Miguel Couto e Alceu Amoroso Lima.

Depois de seis anos, a cartunista Laerte lança neste sábado (5), o livro Modelo vivo (Barricada / Boitempo). Recorte da multiplicidade artística de Laerte, fruto de sua trajetória de livre experimentação, o livro traz um mergulho em sua obra através de tiras, HQs clássicas, além de uma inédita, e desenhos de nus humanos. Com entrada gratuita, o evento acontece na Comix Book Shop (Al. Jaú, 1998, Cerqueira César – São Paulo / SP), das 15h às 17h, com sessão de autógrafos. E até o dia 10 de novembro, o fotógrafo e jornalista Rafael Roncato apresenta uma exposição de fotos de Laerte na Ugra Press (Rua Augusta, 1371, Consolação - São Paulo / SP), também com entrada gratuita, a exposição segue o horário de funcionamento da loja, das 12h às 20h, e aos sábados das 10h às 19h.

O escritor português Gonçalo Tavares dará nos dias 19 e 20 de novembro, das 10h às 17h, no Quintal Amendola (Rua Carlos Rath, 142 - São Paulo / SP), o curso Literatura em diálogo com grandes temas da cultura contemporânea. Na aula Gonçalo analisará textos atravessados por estas questões, explorando as relações entre literatura, pensadores e artistas de outras áreas. Autores diversos, como Baudelaire, Fernando Pessoa, Clarice Lispector e até Oliver Sacks estarão em diálogo com pensadores como Nietzsche, Artaud e Umberto Eco, e com artistas de outras áreas, como Heiner Muller e Marina Abramovic. No curso, também serão exibidos vídeos e os alunos farão alguns exercícios de escrita a partir dos conceitos trabalhados. Para mais informações e inscrições é só mandar um e-mail para quintalamendola@gmail.com.

O corredor amador Afonso Cappai de Castro, de 71 anos, lança, nesta quinta (3), o livro Paixão por correr (Autografia). No livro, o autor conta os benefícios da prática, enaltecendo sua paixão pela vida. Corredor amador há 36 anos, Afonso compartilha também sobre sua pretensão de percorrer a distância da Linha do Equador, ou seja, 40.075 km. Contando sua própria história e experiências com as corridas em primeira pessoa, Afonso passa um ensinamento através de seu livro: é preciso, literalmente, correr atrás da vida, que pode passar num piscar de olhos. O lançamento acontece na Livraria Leitura do BH Shopping (Rodovia BR-356, 3049, Belvedere - Belo Horizonte / MG), às 19h.

No mês de novembro, entre os dias 1 e 29 de novembro, sempre às 19h30, o Sesc Bom Retiro (Al. Northmann, 185, Bom Retiro - São Paulo / SP) realiza uma serie de contações de histórias realizadas pelo grupo As Doloridas, gratuitamente na biblioteca da unidade. A ideia é discutir questões sobre gênero e diversidade sexual em sociedade. Farão parte do repertório Os papais de Lulu, Com-pipi ou Sem-pipi, Sombra de menino, Será João ou Joana? e A calça azul de Lulu, todas com o objetivo de oferecer novas referências a respeito de heróis, heroínas, finais de histórias e famílias felizes. Já do dia 2 ao dia 20 de novembro, o Sesc Bom Retiro também promove contações de história com Kiara Terra e que tratarão de temas sociais e de cidadania com as apresentações As mulheres e os homens, O que são classes sociais?, A democracia pode ser assim, A ditadura é assim e Monstro rosa. A programação completa você confere no site do Sesc.

A Biblioteca Pública Mário Lobo (Rua dos Expedicionários, 269 — Paranaguá / PR), sucursal da Biblioteca Pública do Paraná, realiza no dia 19 de novembro a primeira edição do projeto Uma noite na biblioteca, projeto que já é sucesso na biblioteca matriz, em Curitiba. A programação tem início às 16h do sábado e termina na manhã de domingo (20) com um café da manhã para as crianças, seus familiares e os funcionários da Biblioteca. Durante a noite, serão realizadas atividades culturais como dança, música, teatro, oficinas e gincanas. Com nove edições realizadas na BPP, o projeto também já foi levado para as cidades da Região Metropolitana de Curitiba, como Campina Grande do Sul. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas diretamente na Biblioteca Mário Lobo.

Neste sábado (5), o projeto O Autor na Praça promove o sarau Para conhecer o azul. O evento será um tributo ao poeta Rafael Gombez (1984 - 2009) e apresentará leituras de seu livro póstumo Aonde o corpo se põe (Patuá). O sarau terá a presença de amigos e parceiros de Rafael como Bia Lopes, Diogo Cardoso, Marcia Matos e Ricardo Silva e será aberto ao público. O encontro acontece no Espaço Plínio Marcos (Tenda na Feira de artes da Praça Benedito Calixto – São Paulo / SP), às 15h.

Os museus têm como pressuposto guardar objetos de valor histórico ou científico para fins de exibição pública, de modo a registrar à posteridade a importância que eles tiveram para a humanidade num período determinado. Mas como seria no caso de um museu que tivesse como objetivo preservar lembranças de pessoas que morreram? Essa é a essência da trama proposta pela japonesa Yoko Ogawa em O museu do silêncio (Estação Liberdade, 304 pp, R$ 49 – Trad.: Rita Kohl). O sonho de dar cabo ao Museu do Silêncio é de uma velha que vive com a jovem filha e um casal de empregados. Um museólogo – narrador da história – é contratado por ela para tirar o projeto do papel. De personalidade hostil e sem o menor traquejo social, a velha tem lá suas idiossincrasias, sobretudo em relação ao tipo de conteúdo que planeja para o museu: as lembranças dos mortos precisam ser representativas do que eles foram em vida. Uma peça de roupa, uma fotografia sorridente – nada disso. Não se trata de preservar lembranças afetivas. Cada objeto do museu precisa ser a metáfora perfeita da existência do finado. E o museólogo – nenhum dos personagens do livro é nomeado – tem que se virar para recolher esse tipo de “relíquia” dos corpos moribundos.

Lançado originalmente em 2006 e ainda inédito no Brasil, A filha perdida (Intrínseca, 176 pp, R$ 34,90 – Trad.: Marcello Lino), terceiro romance da autora que se consagrou por sua tetralogia napolitana acompanha os sentimentos conflitantes de uma professora universitária de meia-idade, Leda, que, aliviada depois de as filhas já crescidas se mudarem para o Canadá com o pai, decide tirar férias no litoral sul da Itália. Logo nos primeiros dias na praia, ela volta toda a sua atenção para uma ruidosa família de napolitanos, em especial para Nina, a jovem mãe de uma menininha chamada Elena que sempre está acompanhada de sua boneca. Cercada pelos parentes autoritários e absorvida pelos cuidados com a filha na praia, Nina parece perfeitamente à vontade no papel de mãe e faz Leda se lembrar de si mesma quando jovem e cheia de expectativas. A aproximação das duas, no entanto, desencadeia em Leda uma enxurrada de lembranças da própria vida — e de segredos que ela nunca conseguiu revelar a ninguém. No estilo inconfundível que a tornou conhecida no mundo todo, Elena Ferrante parte de elementos simples para construir uma narrativa poderosa sobre a maternidade e as consequências que a família pode ter na vida de diferentes gerações de mulheres.

Em uma nova versão exclusiva, bilíngue e ilustrada para comemorar os 200 anos da escritora inglesa, Charlotte Brontë, o livro Jane Eyre (Landmark, 656 pp, R$ 57 – Trad.: Doris Goettems) é a autobiografia ficcional da personagem principal que apresenta-se como Jane, órfã de pai e mãe, vivendo infeliz em companhia de parentes que a detestam. Crescida e formada como professora, decide procurar uma nova posição, encontrando-a no Solar de Thornfield, como tutora da jovem Adèle, pupila de Lorde Rochester, onde virá a descobrir que o destino lhe reservará surpresas e reviravoltas em sua vida. O romance retrata a emancipação da mulher e de seu espírito, escrito em um tempo em que não eram permitidas experiências às mulheres. Neste livro, através de elementos simbólicos, Charlotte Brontë prova que as mulheres eram perfeitamente capazes de trabalhar e de lutarem por uma vida, independentemente de se casarem ou não.

Há menos de duas semanas para o asteroide Maia atingir o planeta, as pessoas vivem atrás de barricadas, entocadas em porões e abrigos de emergência, o dinheiro se tornou inútil e água é a moeda mais valiosa. Em Mundo das horas finas (Rocco, 320 pp, R$ 39,50 – Trad.: Ryta Vinagre), enquanto todos esperam o fim, o detetive Hank Palace ainda tem um último caso para resolver. Sua irmã Nico está envolvida com um grupo radical que possui um plano para salvar a humanidade. Hank então embarca numa jornada por uma América destruída, na tentativa de encontrar a irmã e descobrir mais sobre o suposto plano. De Massachusetts para Ohio, o detetive passa por zoológicos abandonados, restaurantes desertos, encontra gente de todos os tipos em diferentes graus de desespero, até chegar a uma central de polícia vazia, onde as evidências de um crime brutal mexem com seus instintos investigativos. Com o tempo se esgotando, Hank segue as pistas, mas não tem certeza se está preparado para o que pode encontrar, no desfecho da premiada trilogia O último policial, escrita por Bem H. Winters.

A autora paraibana Myrna Andreza traz uma narrativa sobre amor, superação e vontade de vingança no seu livro de estreia Até o limite (Pandorga, 384 pp, R$ 34,90). Na história, a jovem Nicole Sullivan, estudante de Administração de empresas, passou por muitas dificuldades na vida. Após a oportunidade de trabalhar nas Indústrias Campbell, ela vê a ocasião como o momento perfeito para se vingar por tudo o que passou. Mas seu plano vai por água à baixo quando ela se apaixona por seu chefe, Daniel Campbell. Com uma narrativa cheia de reviravoltas, o leitor vê a vontade de vingança de Nicole sair do seu controle após o envolvimento dela com Daniel – e ele nem imagina os tantos segredos guardados por trás do rosto inocente da jovem. Até o Limite é a obra que vai desafiar o leitor a perceber que nem tudo é o que parecer ser.