A Associação Nacional de Livrarias (ANL) mostra — em primeira mão no PublishNews! — o filme da campanha #VivaAsLivrarias, um convite ao público para redescobrir as livrarias como espaços de convivência, acolhimento e inspiração. Criada em parceria com a agência Binder, a ação inaugura um novo momento de comunicação da entidade e reforça a ideia de que a livraria é o lugar onde o livro acontece — e onde leitores, personagens e autores se encontram. A foto que ilustra a nota é da abertura da terceira loja da Janela Livraria, ocorrida neste sábado (15). Foi um acontecimento, um bloco de Carnaval, uma espécie de Flip fora da hora, em uma das esquinas mais charmosas de Laranjeiras, no Rio de Janeiro. Leia a nota para saber mais da campanha da ANL.

No jornal O Globo, Bolívar Torres produziu uma reportagem em que entrevista personagens com tatuagens literárias. Os leitores e entrevistados têm frases, personagens e símbolos de autores da literatura contemporânea e clássica em seus corpos, de autores como Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade e Carla Madeira. O veículo carioca também reproduziu uma matéria do The New York Times em que detalha mais sobre o próximo livro de Salman Rushdie, A penúltima hora, nova coletânea de cinco contos, três deles inéditos, que refletem sobre a morte. A Forbes publicou uma matéria que detalha sobre a força que a Black Friday tem dentro do comércio do Varejo no Brasil. E uma reportagem na Folha coloca no centro a obra final de Mario Vargas Llosa (1936-2025). Entre no Apanhadão para ficar por dentro das notícias do mundo dos livros.

A 71ª Feira do Livro de Porto Alegre divulgou os número da edição: Ao todo, a edição registrou a venda de 245.425 livros — um aumento de 16,9% em relação ao ano passado, mesmo com três dias a menos de programação. A programação para adultos somou 237 atividades, distribuídas entre eventos artísticos, mesas e bate-papos, oficinas e vitrines de lançamento. Ao longo de 17 dias, a feira reuniu 384 participantes (331 autores gaúchos, ⁠39 convidados nacionais e 14 autores internacionais). Na programação escolar, a 71ª Feira do Livro de Porto Alegre registrou recorde histórico, com a visita de 23.310 alunos. Leia a nota completa para saber o que mais fez sucesso na terra de Mário Quintana!

Com a singular combinação de pensamento crítico, ativismo poético e construção de futuros pluriversais, Coral Michelin abre caminhos para um design que regenera. Autora do livro Design ecossistêmico: um caminho eco-decolonial para a regeneração (Bambual Editora), ela propõe uma mudança de paradigma: projetar não como exercício de controle, mas como gesto de cuidado, cura e reconexão com a vida. Ao articular teoria e poesia, pensamento e afeto, Coral enxerga o design como campo de imaginação coletiva — capaz de criar futuros que não pertencem apenas aos humanos, mas aos múltiplos seres e ecossistemas com os quais coexistimos. Nesta entrevista para Futuros Compostos, a autora explica o conceito de design ecossistêmico e reflete sobre o papel dos livros, da literatura e da linguagem na construção de mundos mais vivos e conscientes. Leia a coluna na íntegra.

A LVB&Co. Agência e Consultoria Literária está em busca estagiário em agenciamento literário. A agência busca estagiário para auxiliar nas tarefas cotidianas da agência, cuidar das redes sociais e escrever pitches (ou seja, apresentações curtas, diretas e estratégicas para vender uma ideia de livro) e enviar atualizações de livros para editores brasileiros. A vaga é para trabalhar remotamente, mas com eventuais idas presenciais, no Rio de Janeiro.

Essa semana a Livraria das Perdizes vai comemorar o seu primeiro aniversário. O público terá uma recepção na livraria, seguida pela apresentação da peça teatral Como um rio, que homenageia o fundador do ponto literário e da Cortez Editora, José Xavier Cortez, ex-lavrador nordestino que construiu uma trajetória de sucesso no mercado editorial brasileiro. A livraria foi recentemente revitalizada pelas filhas do fundador. Hoje, o empreendimento reafirma o seu papel como um espaço de cultura, afeto e continuidade do legado do editor. Desde a reabertura, em novembro de 2024, registrou a comercialização de mais de 10 mil livros e promoveu mais de 40 lançamentos literários. Leia a notícia completa e programe-se para brindar com a família Cortez.

A Pearson vai apresentar um conjunto de soluções digitais que foram desenvolvidas para ampliar a capacidade da Biblioteca Virtual (BV) como um ecossistema completo de aprendizagem, durante o XXIII Seminário Nacional de Bibliotecas Universitárias (SNBU), realizado essa semana em São Paulo. Além de apresentar as novas ferramentas Study Prep e Track, a companhia discutirá o papel estratégico das bibliotecas digitais no desenvolvimento de competências para o trabalho, a vida e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Além das inovações didáticas, a Pearson também destacará suas estratégias de proteção de acervos digitais contra cópias ilegais, um problema que afeta diretamente o setor editorial. Leia a nota completa para saber mais.

A terra da doce eternidade (José Olympio, 160 pp, R$ 69,90, traduzido por Marina Vargas) revela textos recém-descobertos de Harper Lee (1926-2016), autora de O sol é para todos. Além de contos, este livro reúne ensaios que foram publicados em revistas como Vogue, McCall’s e Oprah Winfrey Magazine, além de palestras e cartas, oferecendo, assim, uma nova perspectiva sobre a produção da escritora estadunidense. A terra da doce eternidade apresenta histórias e textos que nos levam dos pátios escolares do Alabama de sua juventude aos cafés e cinemas de Manhattan, com temas que abrangem questões universais e pessoais: a desigualdade e o racismo, os desafios de conviver com familiares de visão oposta, a cultura sulista norte-americana, a educação responsável, o brilho inquieto da mente infantil e o sentido de uma vida criativa e engajada. A introdução fica a cargo de Casey Cep, biógrafa oficial de Harper Lee, que contextualiza a obra, conectando-a à vida da autora, de modo a ampliar a compreensão do seu talento extraordinário.

Mesmo com a morte precoce aos 33 anos, António de Alcântara Machado (1901-1935) produziu muito. Foi jornalista, cronista, crítico literário e teatral, historiador, fundador dos periódicos Terra Roxa, Revista de Antropofagia e Revista Nova, deputado federal eleito em 1934. Brás, Bexiga e Barra Funda por António de Alcântara Machado (Editora 34, 320 pp, R$ 79), cujo título remete a três bairros operários da capital paulista, com forte presença de imigrantes italianos, traz onze contos escritos em uma linguagem veloz e precisa, incluindo clássicos como “Gaetaninho”, “Carmela” e “Corinthians (2) vs. Palestra (1)”, além de um prefácio intitulado “Artigo de fundo”. Este texto, espécie de manifesto do autor, aponta as diretrizes de uma nova prosa, acompanhando as revoluções modernistas que haviam ocorrido nas artes plásticas, na música e na poesia. A presente edição, fac-similar (mas que respeita a ortografia atual), foi organizada pelo editor e crítico francês Antoine Chareyre, também autor do posfácio. O volume inclui notas explicativas aos contos, cinco textos adicionais de Alcântara Machado, bibliografia e uma fortuna crítica que apresenta um verdadeiro achado do organizador: uma resenha de Carlos Drummond de Andrade, inédita em livro, de 1927, assinada com o pseudônimo de Antônio Crispim.

Em seus contos de Contos completos (Mundaréu, 224 pp, R$ 78), o romancista, contista, professor e jornalista chileno José Donoso (1924-1996) revela temas e obsessões que, reencenados e aprofundados, se tornarão marcas distintivas de sua produção literária — as minúcias da vida privada, os contrastes de classe, incursões psicológicas, o purgatório de algumas instituições sociais, a observação fina do chiaroscuro humano, o ruído branco ao fundo do cotidiano mais banal. Neles, Donoso testa sua musculatura e estilo literários. "Ninguém tornou as rígidas hierarquias sociais da América Latina e a crueldade do sistema de classes no Chile mais evidentes do que José Donoso. Da mesma forma, ninguém experimentou a terrível injustiça com uma imaginação literária mais corrosiva", afirma Carlos Fuentes