Um casamento organizado na Biblioteca Pública de Nova York, na ficção Sex and the City, no já distante 2008, retornou à minha memória em uma conversa com uma amiga, justamente em maio – tradicionalmente o Mês das Noivas. A filha dela, na casa dos 30 anos, está visitando uma série de bibliotecas, nos EUA, em busca do espaço ideal para suas bodas. A explicação: as bibliotecas oferecem espaços deslumbrantes que combinam arquitetura histórica com ambientes sofisticados e coleções literárias impressionantes; elas proporcionam cenários únicos e, muitas vezes, são templos onde residem os maiores romances de todos os tempos. Para casais que partilham o amor por livros, haveria melhor local para o sim?! Mas, o que há de futuro em uma movimentação que há tempos é capturada, inclusive, pela ficção em livros e filmes como a saga de Carrie Bradshaw? Digamos que, mais do que uma tendência, esse é um indício forte de que o futuro dos livros – e das bibliotecas – está, de certa forma, assegurado a depender da sua capacidade de reinvenção. À medida que diferentes gerações de leitores, mesmo imersos em transições culturais e reinvenção de vínculos (afetivos, sociais e urbanos), permanecem se conectando com esses espaços, ouso dizer que essa relação é reescrita. Esses “altares modernos do afeto” – gosto de pensar na biblioteca dessa forma, no contexto de espaço de celebração – promovem o encontro da linguagem com a memória e o conhecimento. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

No início de maio (7), Diogo Alves da Conceição Santana, da Livraria Córdula, no Rio de Janeiro, foi o vencedor da categoria Livreiro do Ano do Prêmio Catavento PublishNews. Diogo iniciou sua carreira na Livraria da Travessa, em 2011, na função de estoquista. Um ano depois, tornou-se livreiro nas filiais de Ipanema, Sete de Setembro e CCBB. Em 2019, começou a sua trajetória na livraria da UERJ, em paralelo, desenvolveu o projeto de uma livraria itinerante – a Livraria Córdula – até que, em 2025, decidiu assumir integralmente o projeto. O PublishNews perguntou o que ele está lendo. Clique no Leia mais para conferir sua resposta.

A HarperCollins abriu três vagas em seu time. A primeira, para o cargo de promotor de vendas que tem entre os requisitos experiência na área comercial/vendas, preferencialmente no setor editorial/livrarias; e vivência com organização de ponto de venda (PDV) em livrarias. As funções do cargo incluem, dentre outras ações, visitar regularmente pontos de venda para apresentar e promover o portfólio de produtos da empresa; realizar treinamentos com equipes de loja sobre os produtos e campanhas em andamento; e acompanhar e apoiar campanhas promocionais, eventos e ações de divulgação dos títulos. A segunda vaga é para analista administrativo de vendas em São Paulo, que deverá emitir acertos de consignação e pedidos de venda; apoiar e manter contato direto com os clientes; e realizar o suporte ao time comercial. A terceira oportunidade é para analista de produção gráfica com experiência em produção de materiais impressos e digitais. Conferir se os arquivos estão dentro dos padrões de impressão e fechar arquivos de capa, miolo, encartes, guardas, etc, no InDesign estão entre as atribuições da vaga. Interessados devem acessar os links correspondentes para conferir as informações completas e preencher os formulários de inscrição.

A Livraria Tutear – com previsão de abertura para junho e localizada na Vila Leopoldina – está à procura de um livreiro(a). A livraria busca de uma pessoa apaixonada por livros, simpática e cuidadosa com os detalhes, para atuar no atendimento ao público e na organização do espaço da livraria. É preciso ter experiência mínima de um ano em livraria; facilidade de comunicação e interesse genuíno por livros; organização e proatividade e morar na região ou ter fácil acesso à Vila Leopoldina. As responsabilidades do cargo incluem atender clientes presencialmente e via WhatsApp; organizar e manter a prateleiras, mesas e vitrines temáticas; auxiliar na reposição de estoque e recebimento de livros; participar de sugestões de curadoria e ações de encantamento no espaço; e colaborar com a criação de vitrines e temas mensais. Interessados devem encaminhar currículos para ina@tutear.com.br.

A menina some por dentro. Alma, esse nome que já é prenúncio, começa a ausentar-se sem explicação. Pequenas falhas no tempo, buracos na presença. E a mãe, mulher só, começa a cair junto: no vazio da filha, no silêncio do corpo, nas memórias das mulheres que vieram antes. A avó. A mãe. A filha. Três gerações e um mesmo cansaço costurado a ferro e leite. Valeria Macedo escreve com a escuta de quem já chorou no escuro. Em A falta que ela faz (Patuá), não há respostas prontas. Há perguntas que doem. E há a coragem de permanecer nelas. Como conciliar a mãe que sonhamos ser com a mulher que somos, com a filha que fomos, com o amor que não coube nas palavras? Neste romance sutil e poderoso, a maternidade não é um altar. É uma travessia. E ser mãe, aqui, não é destino nem vocação: é reinvenção diária entre culpa, desejo, esgotamento e afeto. A autora nos conduz por esse labirinto com uma prosa que pulsa como carne viva: fluida, íntima, quase sussurrada. Clique no Leia mais para ler a coluna na íntegra.

No dia 29 de maio (quinta-feira), às 19h30, será realizada mais uma edição da série de bate-papos Confra Ria – Livros, Biritas & Ideias, na Ria Livraria. As escritoras Izabella Cristo, de mãezinha (Dublinense), Tatiana Nascimento, de água de maré (Pallas) e Bethânia Pires Amaro, de O ninho (Record), conversam sobre seus romances vencedores e como a vitória nos prêmios literários contribuiu para as suas trajetórias. As escritoras também vão autografar seus livros, que estarão à venda na Ria Livraria (Rua Marinho Falcão, 58 — São Paulo / SP). A conversa terá mediação do escritor, colunista do PublishNews e diretor do Instituto Caminhos da Palavra Henrique Rodrigues, que foi curador dos prêmios que revelaram as três participantes. “Essas autoras, que são mães e acumulam funções na vida diária, venceram prêmios voltados para inéditos. Não chegaram aqui por indicação, mas pela qualidade do seu texto”, pondera Rodrigues. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Em Receita fatal (Labrador, 144 pp, R$ 39,90), seu mais novo livro, Jacyr Pasternak conduz o leitor em uma trama intrigante e mordaz ao longo de 16 capítulos. Tudo começa com a misteriosa morte de quatro membros de uma família da classe média alta paulistana dos Jardins, a família Marques da Cruz: o pai, Carlos, a mãe, Maria Olímpia, o primogênito, Henrique, e a caçula, Laura. A cena do crime – digna de um filme de horror – intriga os delegados Francisco (que odeia ser chamado de Chico, diga-se) e o recém-chegado assistente, Gilberto. Logo após a descoberta dos cadáveres pela empregada doméstica Emerenciana que, diante da cena, saiu desesperada pelo lobby do prédio gritando por ajuda, os investigadores foram chamados, e, por conseguinte, a perícia, composta pela bela e loira Marisa e por seu colega, João Almino. O mistério é constatado. Não há sinais de violência, nem indícios de suicídio. Restam apenas duas hipóteses: uma infecção por vírus, bactéria ou fungo, ou uma reação a algum veneno ou toxina.

Em dezembro de 2003, Luke Ryder é encontrado morto no jardim de sua casa. No momento do crime sua família estava em casa mas nenhum deles notou qualquer coisa. Uma investigação policial é realizada, a imprensa cobre cada nova descoberta… mas o crime permanece um mistério. Anos depois, uma produtora decide criar uma série de true crime sobre o caso. Jornalistas, detetives e antigas testemunhas trabalham em grupo para desenvolver o roteiro e trazer à tona pistas e antigos arquivos sobre o crime. Mas alguns membros da equipe parecem saber mais sobre o caso do que deveriam. Da autora best-seller Cara Hunter, Assassinato na família (Trama, 512 pp, R$ 89,90 – Trad.: Edmundo Barreiros) é um thriller que combina true crime com os bastidores de uma investigação e a produção de uma série de TV: tudo para convidar o leitor a desvendar um crime chocante o suficiente para ser esquecido.

Quantos horrores podem ser guardados entre quatro paredes? Em Casas estranhas (Intrínseca, 176 pp, R$ 49,90 – Trad.: Jefferson José Teixeira), o misterioso autor Uketsu mostra que até mesmo as histórias mais impensáveis podem ser encontradas se bem procuradas. Fenômeno editorial japonês, com mais de 1,8 milhão de exemplares vendidos no mundo e adaptado para filme e mangá, o livro é a estreia do autor na literatura de horror. Na história, em busca de um imóvel para abrigar a família em crescimento, um casal encontra aquela que parece ser a casa perfeita no subúrbio de Tóquio. No entanto, um detalhe intrigante na residência faz com que hesitem: a existência de um espaço secreto no térreo. Em busca de explicações, os potenciais compradores pedem a opinião de um escritor fascinado por ocultismo, que, auxiliado por um especialista em arquitetura, se debruça sobre a planta baixa do local. Ao descobrirem que a casa esconde outros pontos bizarros — portas duplas, quartos sem janelas, cômodos com disposições estranhas —, os dois especulam sobre os acontecimentos que podem ter se passado no local. Quando os arredores da residência se tornam a cena de um crime perturbador, o escritor e o arquiteto percebem que a verdade sobre a casa pode ser ainda mais aterrorizante do que suas teorias. Determinados a descortinar os mistérios que rondam o imóvel e seus antigos moradores, os dois conduzem uma investigação nada convencional, que envolve a meticulosa análise de plantas baixas, interrogatórios com vizinhos e pesquisa de pessoas ligadas às vítimas.

Para os vizinhos e amigos, Susan Jackson, a Sue, parece ter tudo: uma família amorosa, um marido bem-sucedido profissionalmente e uma belíssima casa. Porém, quando Charlotte, sua filha, uma adolescente de 15 anos, após aparentemente ter tentado se matar se atirando na frente de um ônibus, acaba em coma, Sue, a princípio com motivos de sobra para acreditar que a filha seria incapaz de cometer tal desatino, se vê forçada a se perguntar se tudo aquilo que a rodeava era verdade. Só que ela está sozinha nessa; ninguém, nem mesmo seu marido, Brian, dá crédito às suas suspeitas devido ao seu histórico de surtos psíquicos originados de traumas do passado. Investigando o celular de Charlotte, ela descobre detalhes até então ocultos da vida da filha e, então, arrisca tudo em busca da verdade, imergindo em um mundo sinistro que ela não imaginava existir e se obrigando a mergulhar nas sombras de sua própria história conforme um relacionamento abusivo de outrora vem à tona. Em O acidente (Bertrand, 308 pp, R$ 59,90 – Trad.: Daniel Estill), de C. L. Taylor, quanto mais fundo ela cava à procura de respostas, mais o seu mundo se torna sombrio… e em mais perigo ela se coloca.

Em Não pisque (Suma, 408 pp, R$ 109,90 – Trad.: Regiane Winarski), mais um romance protagonizado por Holly Gibney, Stephen King retorna com uma história que entremeia duas linhas narrativas: a primeira sobre um assassino em busca de vingança, e a segunda sobre um justiceiro cujo alvo é uma celebridade feminista. Izzy Jaynes é uma investigadora experiente de Buckeye City que, ainda lidando com traumas de ocorrências pregressas, depara-se com uma carta contendo uma grave ameaça: em breve, o texto alerta, pessoas inocentes serão assassinadas. Buscando desvendar o caso e descobrir quem está por trás disso, ela recorre à detetive e amiga Holly Gibney. Em pouco tempo, no entanto, a ameaça se torna real: uma mulher é morta de forma aleatória num parque de subúrbio, e elas têm de correr para que o assassino não execute outras pessoas. Enquanto isso, uma controversa defensora dos direitos das mulheres está em turnê pelos Estados Unidos para promover seu trabalho, mas há alguém em seu encalço que não concorda com suas ideias. Quando a perseguição começa a ficar mais perigosa, Holly Gibney é convocada para cuidar de sua segurança, mas o trabalho logo se torna um risco que ela não calculava, e a detetive se vê no centro de uma caçada assustadora.