No Podcast do PublishNews desta semana conversamos sobre a renovação do fenômeno dos livros de colorir e seus números impressionantes. Desde a primeira onda, em 2015, com as obras de Johanna Basford – O jardim secreto e Floresta encantada (Sextante) – até o sucesso da série Bobbie Goods (HarperCollins), muita coisa mudou, exceto os números excepcionais de vendas. Para falar sobre esse mercado, suas estratégias e particularidades, conversamos com Daniela Kfuri, diretora de marketing e vendas na HarperCollins Brasil, e Nana Vaz de Castro, diretora de aquisições na Sextante. Segundo dados da Nielsen compartilhados a pedido de Kfuri, o mercado conta com 67 ISBNs de livros de colorir que já venderam 294,67 mil exemplares até a 12ª semana de 2025. Eles representam 2,09% do volume total de livros comercializados no primeiro trimestre. “Vi algumas pesquisas falando que essa questão de colorir traz quase que uma sensação de meditação para as pessoas”, compartilhou Kfuri. Nana chamou atenção para a importância das livrarias físicas nessa história. “Começamos a ver essa onda também através dos livreiros. É um fenômeno que a gente está vendo com muita força nas livrarias físicas – nas livrarias on-line, claro, vai bem – mas está sendo um movimento das livrarias físicas, o que é bem interessante também”, comentou. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota e ouvir o episódio.

A Feira do Livro – que vai ocorrer em São Paulo (SP) entre os dias 14 e 22 de junho – anunciou no fim da semana passada uma nova lista de autores confirmados para a sua quarta edição e o novo Espaço Rebentos, dedicado à programação infantil. Entre os autores que agora se juntam à programação estão nomes como Raphael Montes, Luís Henrique Pellanda, Bruna Dantas Lobato, Fabrício Corsaletti, Mario Prata, Cecilia Arbolave e Sofia Mariutti, entre outros. Com os 25 nomes recém-divulgados, já são 65 os convidados confirmados d’A Feira do Livro, de um total que deve chegar a 200, entre escritores e mediadores. Novas levas de autores confirmados serão anunciadas nas próximas semanas, de acordo com a organização. São esperados mais de 150 expositores, entre editoras, livrarias e instituições ligadas ao livro e à leitura. As atividades são gratuitas. Além dos já conhecidos Palco da Praça e Auditório Armando Nogueira, A Feira agora vai contar com o novo Espaço Rebentos, que inaugura a programação infantil oficial do festival literário e vai receber bate-papos com autoras e autores, contações de histórias e outras atividades ligadas à literatura, à ilustração e ao livro. A curadoria do palco infantil será da jornalista e produtora cultural Juliana Vettore e da jornalista Jaqueline Silva, editora-assistente da revista Quatro Cinco Um, que coedita a seção de literatura infantojuvenil. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Estadão publicou uma matéria por dentro de uma das livrarias mais antigas do mundo. A Livraria Bertrand do Chiado está localizada em Lisboa e foi inaugurada em 1732. Ela é, de acordo com o Guinness Book, a livraria mais antiga do mundo em funcionamento. O veículo também publicou um webstories com sete frases célebres de William Shakespeare. O jornal O Globo entrevistou a autora filipina Renren Galeno, por trás da HQ de terror Sa Wala: tudo por nada (Pipoca e Nanquim). O título é a primeira graphic novel da autora, que ganhou o National Book Awards local de Melhor Graphic Novel em Inglês com seu livro de terror em preto e branco. No episódio do podcast Ilustríssima conversa, o antropólogo Juliano Spyer comenta achados do livro Crentes: pequeno manual sobre um grande fenômeno (Record), publicado em coautoria com Guilherme Damasceno e Raphael Khalil. No g1 do Rio de Janeiro, uma lista traz dez livros cujo cenário é a Cidade Maravilhosa, entre clássicos de Lima Barreto e Clarice Lispector e outros títulos. A Veja destacou o livro Ozymandias (Rocco), de José Roberto de Castro Neves, que tece uma narrativa que expõe as culturas formadoras do Brasil. O Valor Econômico publicou uma resenha de livro sobre um dos maiores adversários políticos de Putin. Natalia Timerman foi tema no Estado de Minas. A autora está relançando Desterros: histórias de um hospital-prisão, pela editora Todavia. E no Nexo, o escritor e cineasta Marcio Pitliuk indicou cinco livros que tratam dos traumas deixados pela Segunda Guerra Mundial. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A segunda edição da Festa Internacional da Palavra promete transformar Itaúnas, no Espírito Santo, em um polo de literatura entre os dias 21 e 24 de maio de 2025. Com programação gratuita, o evento busca firmar um compromisso com a descentralização do acesso à cultura e a valorização da literatura produzida por autores negros, quilombolas e indígenas. Com idealização e direção artística da escritora e atriz capixaba Elisa Lucinda, a Festa da Palavra reúne autores e autoras como Ailton Krenak, Teresa Cárdenas, Itamar Vieira Junior, Chico César, Sandra de Sá, Fabiano Piúba, Kiusam de Oliveira, Estevão Ribeiro, entre outros. A 2ª Festa Internacional da Palavra visa explorar a pluralidade de vozes e a inclusão cultural, dando protagonismo às narrativas decoloniais, indígenas, afro-brasileiras e quilombolas. "Ler amplia nossos recursos para interpretar melhor a vida. Nos dá repertório. Nosso lema deste ano é: Ler a vida! A Festa da Palavra leva esse nome porque ali ela é a protagonista. Tão sutil, tão intensa, tão banal, tão discreta, tão densa… a palavra nos une e tem um grande potencial antibélico”, diz a atriz e diretora artística Elisa Lucinda. Ao longo de quatro dias, escritores, poetas, artistas, educadores e leitores se reúnem para debates, oficinas criativas, lançamentos de livros e apresentações musicais. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Editora Escala está à procura de um assistente fiscal. São requisitos ter conhecimento em empresas de lucro presumido; conhecimento nos ramos de indústria, comércio e serviço; e habilidades com Excel. Conhecimento em empresas do Lucro Real será um diferencial. As funções do dia a dia incluem o lançamento e importação de notas fiscais; auxiliar na apuração de impostos diretos e indiretos; auxiliar na entrega de obrigações acessórias (GIA, DIME, EFD Contribuições, EFD ICMS IPI, DIRF, REINF, DCTFWeb, MIT, GEIS etc.); emissão de CNDs; e demais obrigações pertinentes ao setor. Interessados devem encaminhar currículos para rh@escala.com.br até 10 de maio.

A Prefeitura de Porto Alegre divulgou os finalistas do Prêmio Açorianos de Literatura de Literatura Adulta e Infantil 2024, um dos mais tradicionais troféus literários do Rio Grande do Sul. São oito categorias - conto, crônica, dramaturgia, ensaio de Literatura ou Humanidades, especial, infantil, juvenil, narrativa longa (ficção: romance ou novela) e poesia - com três finalistas em cada uma. A editora Dublinense concorre com três obras, e a Bestiário e Zouk com duas cada. Entre os autores finalistas há nomes como Natália Borges Polesso (Foi um péssimo dia); Marcelo Pires (Confissões de um pires); Luiz Maurício Azevedo (A costura invisível de uma bola); Caio Ritter (Dois pinguins por aí); Jorge Rein (Inventário da casa abandonada) e Henrique Schneider (A solidão do amanhã).cEntre os vencedores das categorias, será indicado o Livro do Ano, e ainda poderão ser premiados os destaques literários. A premiação será entregue na segunda quinzena do mês de maio, em data e local a serem divulgados. Clique no Leia mais para conferir a lista completa.

O trabalho de escrever e publicar um livro envolve muitas etapas. Depois da escrita vem a reescrita, a edição e a preparação. E depois da publicação vem a divulgação, o boca a boca em torno do livro. Foi pensando nisso que surgiu a Assessoria Trampolim, idealizada pela jornalista e crítica de literatura Ana Luiza Rigueto. “Trabalho com comunicação e literatura há algum tempo. De repente percebi que o que eu fazia nos bastidores, ou seja, as edições e leituras, além de encontrar caminhos para que os novos livros tivessem espaço na imprensa, era uma grande necessidade de quem está escrevendo e publicando agora”, comentou Ana Luiza. A assessoria foi criada para atender a duas necessidades fundamentais de quem escreve: primeiro, organizar e preparar um texto literário para publicação. E, depois, fazer com que o livro encontre mais leitores por meio da imprensa e das mídias digitais. Os serviços oferecidos pela Assessoria Trampolim são assessoria de imprensa e de mídias digitais, com planos mais enxutos, que contam com o clássico contato com a imprensa e os influenciadores, até os planos mais completos, que incluem lista de envios de livros para leitores estratégicos e planejamento da rede social do autor. Já na assessoria editorial e criativa, há serviços de leitura crítica e edição de originais de poesia, prosa e não ficção. Além de oficinas de escrita poética direcionada para grupos pequenos ou individuais. A parte dos serviços editoriais e criativos está dividida em duas editorias: prosa e poesia. Mais informações no site: www.assessoriatrampolim.com.br Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Editora Typus, voltada ao lançamento de autores independentes e de literatura contemporânea, lança a 1ª edição do Prêmio Literário Outono em Vários Tons, um concurso nacional voltado à valorização de obras avulsas nos gêneros conto, crônica e poesia. Com inscrições abertas até o dia 10 de maio de 2025, o prêmio contempla autores iniciantes ou experientes, maiores de 16 anos, que desejem inscrever textos inéditos e não publicados anteriormente. A premiação total soma R$18 mil, distribuída entre os três primeiros colocados de cada categoria. Vencedores serão anunciados no dia 18 de julho. No link é possível acessar o regulamento completo. As inscrições têm uma taxa única de R$50 por obra e devem ser realizadas por meio de formulário disponível no site da editora. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Romance de estreia que rapidamente se tornou um sucesso de público e crítica em Portugal, além de ser saudado por organizações que combatem a violência doméstica, Leme (Todavia, 136 pp, R$ 64,90) é a história de uma menina que cresce à sombra de um padrasto violento, irascível e cheio de contradições. Madalena Sá Fernandes conta a história de uma menina que cresce à sombra de um padrasto violento, irascível e cheio de contradições. Paulo, o novo companheiro de sua mãe, chega quando a protagonista contava apenas seis anos de idade. A princípio, parecia alguém que cuidava dela, presenteando-a com livros e tratando de seus pequenos acidentes infantis. Aos poucos, contudo, esse homem começa a dar sinais de uma brutalidade jamais vista — metódico ao extremo, explodia por causa de pequenos deslizes, era violento e ofensivo, convertia aquilo que deveria ser um lar familiar na sucursal de um inferno construído pelo medo e pelo ressentimento.

E se as tragédias gregas ocorressem no interior do Brasil? Em Ozymandias (Intrínseca, 256 pp, R$ 59,90), forças ancestrais, cruéis e implacáveis selam a sorte dos habitantes da pequena e esquecida Ateninhas. À medida que a intrincada trama do romance vai se descortinando, somos apresentados a dezenas de personagens – uma jovem mulher que tenta fugir de sua realidade miserável e acaba, sem saber, indo ao encontro de uma verdade trágica; uma imigrante italiana dividida ente o marido e o amante; uma parteira, refém de um segredo, que vive para se vingar; uma família poderosa que há gerações manda e desmanda na população. Em sua estreia na ficção, o advogado e professor José Roberto de Castro Neves, autor e organizador de diversas obras sobre direito, história e literatura, apresenta um caleidoscópio fascinante, entrelaçando referências literárias, mitologias grega e iorubá, mitos brasileiros e momentos centrais da construção do país, como a colonização, a escravidão e a imigração. Em todas as tramas, o leitor é sempre confrontado pela mesma questão: afinal, quem está no comando? Nós ou o destino?

Para comemorar seu aniversário de 43 anos, Tati decide organizar uma festa em seu apartamento, na rua Maranhão, em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo. Durante a celebração, ela recebe uma mensagem preocupada de uma amiga contando que errou o endereço e foi parar em “um lugar medonho”: o Largo do Maranhão, no Tatuapé, bairro onde Tati cresceu. O pavor da amiga desencadeia em Tati uma crise de pânico, o que a obriga a deixar a sala, os convidados e a certeza momentânea de seu pertencimento de classe. Com o humor habitual já conhecido pelos leitores de Depois a louca sou eu e Você nunca mais vai ficar sozinha, a escritora, roteirista e podcaster Tati Bernardi entrelaça, em A boba da corte (Fósforo, 118 pp, R$ 69,90), questões sociais, políticas, amorosas e familiares, expondo feridas comuns a todos aqueles que ascendem socialmente, com uma dose divertidade de ambiguidade. Além de um relato autoficcional, o livro é também um retrato ácido da elite progressista brasileira e suscita uma questão inadiável: o que os bem-nascidos e herdeiros deixam de legado para o país?

O rochedo de Tânios (Vestígio, 240 pp, R$ 74,90 – Trad.: Julia da Rosa Simões), vencedor do Prêmio Goncourt de 1993, é um romance que entrelaça história e lenda no cenário montanhoso do Líbano do século XIX. Em um tempo turbulento, marcado pelas disputas entre o Império Otomano, o Egito e as potências europeias, o leitor acompanha Tânios, um jovem aldeão cuja ascendência é envolta em rumores. O assassinato de um líder religioso desencadeia uma sequência de eventos que levam Tânios ao exílio, lançando-o numa jornada pelo Mediterrâneo, onde se torna intermediário entre poderes rivais e figura central de uma lenda. Amin Maalouf conduz o leitor por um mundo onde o amor, a vingança e o destino moldam o curso de vidas e nações. Tânios, o jovem de cabelos precocemente brancos, é o símbolo de uma fatalidade que “passa e repassa por nós como a agulha do sapateiro através do couro”. Ao lado de personagens inesquecíveis – um xeique ambicioso, um monge cronista, uma prostituta georgiana e um patriarca à espera da morte –, o romance reflete sobre as origens das lendas e a fragilidade da experiência humana. Uma narrativa rica em mistério e emoção que, ao acompanhar a trajetória de Tânios, desvenda um Oriente em conflito, onde lendas nascem das cinzas de vidas despedaçadas e o destino se impõe como uma força inevitável.

Publicado em 1963, O muro de pedras (José Olympio, 208 pp, R$ 89,90) rapidamente angariou críticas elogiosas de alguns dos grandes intelectuais de seu tempo e conquistou prêmios relevantes como o Coelho Neto, da Academia Brasileira de Letras. Neste grande monólogo, o leitor conhece Marta, uma mulher em conflito que se tornou refém de seu casamento tedioso e de sua complexa relação com a mãe. Para se ver livre de sua rotina aprisionante, ela pede o divórcio, sem contar, porém, que tamanha liberdade a levaria à paralisia. Frustrada, Marta traça então um novo plano: se isolar no sítio da família e se tornar mãe. Elisa Lispector apresenta com originalidade e maestria a angústia de uma mulher que, desejando encontrar sua autonomia, caminha em direção ao próprio isolamento. A partir dos ciclos de recomeços de Marta, esta narrativa aborda temas considerados difíceis, como o desamparo, a solidão e a liberdade, mas que constituem o cerne dos sentimentos humanos. A presente edição conta com apresentação inédita de Nádia Battella Gotlib – escritora e biógrafa da irmã Lispector mais nova, Clarice –, além de prefácio de Jeferson Alves Masson – especialista na obra de Elisa Lispector.