*Um aviso às livrarias: esta sexta-feira (21) é o último dia para que lojas de livros, físicas ou virtuais, interessadas em terem seus números computados na Lista de Mais Vendidos do PublishNews, se inscrevam para participar da relação. Em parceria com a Bookinfo, a chamada busca dar mais um passo na direção de aumentar a representatividade entre as novas lojas do país. Podem se inscrever livrarias brasileiras físicas e/ou virtuais. Para participar do processo, é preciso que a empresa interessada preencha este formulário e cumpra os seguintes requisitos: ser uma livraria formalizada; ter sistema integrado à Bookinfo (o processo é gratuito); emitir nota fiscal. Mais informações aqui. Aproveite! No embate que promete embalar a Lista de Mais Vendidos do PublishNews em 2025 – livros de colorir e livros devocionais –, a principal novidade da semana na relação é um livro de Negócios: A arquitetura do varejo do futuro (Gente), de Rodrigo Waughan de Lemos. No livro, segundo a editora, o autor detalha técnicas e estratégias para sobreviver e prosperar no varejo contemporâneo. A Lista desta semana, que contabiliza as vendas entre os dias 10 e 16 de fevereiro, mostrou uma queda de 27% no volume de livros vendidos, frente ao aumento de 20% nas vendas na semana passada – estimulado pela entrada de livros de colorir que ficaram represados nas relações anteriores. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

O jornal O Globo fez uma entrevista com Charles Cosac, em que falou dos anos entre o fechamento da editora Cosac Naify e a nova fase da Cosac Edições, que irá investir em livros sobre história do Brasil, cinema e monografias de artistas. A revista piauí também publicou uma entrevista em vídeo com o editor. Diversos veículos divulgaram a notícia de que livro infantil da atriz estadunidense Julianne Moore, banido nas escolas dos EUA, foi traduzido por Fernanda Torres. De acordo com reportagem do Estado de S. Paulo, o banimento de Morango sardento ocorreu após uma revisão nos acervos das 160 escolas gerenciadas pelo Departamento de Defesa dos EUA, instituições frequentadas por filhos de militares. O veículo também publicou a coluna de Alice Ferraz sobre uma nova coletânea de contos, crônicas e poemas Machado de Assis da editora Fósforo, que tem como tema "resgatar o amor de Machado de Assis por pets". Na Folha, uma reportagem sobre o centenário de Marcos Rey, autor de livros infantojuvenis da coleção Vaga-Lume. O jornal também listou possíveis sucessores para ocupar a cadeira de Cacá Diegues, na Academia Brasileira de Letras. O portal DW publicou uma reportagem sobre o caso de preconceito em livro infantojuvenil na Alemanha. Após denúncias de brasileiros, a editora alemã mudou uma passagem que estereotipa pobreza no país. Uma coluna no Brasil de Fato falou sobre Bibliotecas Negras no Brasil, detalhando iniciativas de resistência e promoção da literatura afro-brasileira. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O I Prêmio Nacional de Literatura Infantojuvenil para Quilombolas e Ciganos tem o objetivo de fomentar as produções literárias infantojuvenis realizadas por pessoas quilombolas e ciganas de todo território brasileiro, no intuito de enfatizar a importância da memória, tradição, oralidade e esforço na produção de registros que assegurem a valorização da história e cultura dos respectivos povos e comunidades tradicionais. As inscrições estão abertas até o dia 15 de abril de 2025. É possível acessar o edital para mais informações. Com as 36 obras literárias que serão premiadas haverá oportunidade destas histórias chegarem a muitas pessoas, bem como a valorização e fortalecimento de autores ciganos e quilombolas que estão iniciando ou já tem uma carreira consolidada. A premiação irá contemplar 36 autores e autoras de livros infantojuvenil e o prêmio pode chegar até R$ 20 mil para cada pessoa contemplada. O Prêmio é promovido pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), por meio do DIVERSIFICA - Inclusão e Diversidade, e pelo Ministério da Igualdade Racial (MIR). Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Rocco passa agora a investir também nos livros devocionais e cristãos, segmento que vem registrando um crescimento consistente no período pós-pandemia. Em março, chega às livrarias Os tempos do destino, novo livro da jornalista Márcia Peltier, que inaugura o selo criado pela editora, com publicações destinadas à reflexão e ao acolhimento – o selo não tem um nome específico, apenas uma marca gráfica distinta. Conhecida por suas passagens pela TV Globo, Rede Manchete e ainda por apresentar o Sem Censura, Márcia apresenta no livro 15 reflexões sobre as fases da vida com citações do livro de Eclesiastes. No fim de março/início de abril, chega às lojas Novisalmos, do pastor Fábio Sombra. Em fevereiro de 2024, Sombra foi internado às pressas, em estado grave. Teve o pé direito amputado e um sério problema nos olhos. O projeto NoviSalmos começou nesse período em que passou no hospital, e que durou quase um mês. Novisalmos é um livro devocional, de meditações/reflexões diárias escritas em poesia de cordel, com linguagem popular. A edição traz uma carta de apresentação da pastora Helena Tannure. A Rocco trará ainda para esse semestre títulos como Ortodoxia, do autor clássico G.K. Chesterton, e 100 versículos bíblicos que todos deveriam conhecer, de Robert J. Morgan.

De uma forma ou de outra, Fernando Gabeira é figura importante do debate político e social brasileiro nos últimos 60 anos – atualmente colunista d'O Globo e comentarista da Globo News, o jornalista é referência para pensar as questões abrangentes do país. Nos próximos dias, ele é homenageado durante a 16ª edição da mostra “O Amor, A Morte e As Paixões”, no Cinex, em Goiânia (GO). Gabeira participará de encontro com o público no sábado (1º), às 19h30. Ele é também o autor de dez livros, entre eles o incontornável O que é isso, companheiro? (atualmente publicado pelo selo Estação Brasil, da Sextante). Gabeira começou sua carreira jornalística como repórter do Jornal do Brasil. Em 1970, preso em São Paulo pela ditadura militar, foi para o exílio e passou por vários países, entre eles o Chile, a Suécia e a Itália. Em 1979, ano em que retornou ao Brasil, voltou a atuar como jornalista e escritor. Foi candidato ao governo do Rio de Janeiro em 1986. Em 1994, foi eleito deputado federal, sendo reeleito em 1998 e 2002. Gabeira dedicou-se a uma intensa produção literária, construindo as primeiras análises críticas da luta armada e impulsionando discussões sobre temas como as liberdades individuais e a ecologia. O PublishNews perguntou a Fernando Gabeira o que ele está lendo, e esta foi a resposta: "Estou lendo o livro Um cogumelo no fim do mundo (n-1 edições), de Ana Tsing". Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Madras Editora está à procura de um auxiliar de expedição que tenha experiência com almoxarifado e estoque. A editora ressalta que a vaga exige força bruta/física e, portanto, seria para candidatos do sexo masculino. A pessoa contratada cuidará fará separação e conferência de mercadorias; separação de produtos e separação de pedidos. A vaga é CLT e os benefícios incluem assistência médica e odontológica, vale-refeição e vale-transporte. Interessados devem encaminhar currículos para assistente@madras.com.br.

Com atuação, direção e adaptação de Beth Goulart, e supervisão de direção de Amir Haddad, o espetáculo Simplesmente eu, Clarice Lispector, retorna aos palcos após dez anos. Agora, o espetáculo chega ao Teatro I Love PRIO (Av. Bartolomeu Mitre,1110 – Rio de Janeiro / RJ), como celebração aos 50 anos de carreira de Beth Goulart, entre os dias 14 e 30 de março, de sexta a domingo (sexta e sábado às 20h e, domingo, às 19h) como parte da programação do Mês da Mulher. É possível adquirir ingressos pelo link. “Simplesmente eu, Clarice Lispector é uma ode ao amor, quando vou de encontro ao viés mais presente e importante da obra da Clarice na busca por esse sentimento, o mais sublime do ser humano”, reflete Beth Goulart, premiada como “Melhor Atriz” com o “Shell 2009”, “APTR”, “Revista Contigo” e “Qualidade Brasil”, este último, que também premiou a montagem como “Melhor Espetáculo”, que passou dois anos debruçada na obra da autora. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Livraria Miúda (Rua Coronel Melo de Oliveira, 766 – Pompéia, São Paulo / SP) recebe, neste sábado (22), a partir das 15h, o lançamento do livro Encaramujado. Escrito por Vana Campos, ilustrado por Raquel Matsushita e publicado pela PeraBook, a obra conta a história de um caramujo que, após muitas aventuras no mar, se vê obrigado a mudar sua jornada e navegar para dentro de si mesmo. O evento contará com sessão de autógrafos e um bate-papo especial com a autora Vana e Raquel proporcionando ao público a oportunidade de conhecer mais sobre o processo criativo da obra. O evento gratuito e aberto ao público geral.

Neste quarto volume da coleção Histórias de ninar para garotas rebeldes o leitor encontrará vivências de garotas pretas que venceram desafios e chegaram ao topo. Foram selecionadas 100 mulheres negras que ousaram mudar o mundo e deixaram um grande legado para todas nós. Como a diversidade sempre foi algo presente nesta coleção, não poderia ser diferente em 100 mulheres negras extraordinárias (Outro Planeta, 240 pp, R$ 145,90 – Trad.: Flávia Yacubian): aqui, é possível encontrar as mais variadas histórias, seja de mulheres contemporâneas como a jogadora de tênis Naomi Osaka, ou de figuras históricas como a aviadora Bessie Coleman, chegando até a cineasta Ava DuVernay, a musa do soul Aretha Franklin, a ativista Angela Davis, a política e ativista brasileira Erika Hilton e mais. Com edição assinada por Lilly Workneh, a obra traz fatos e curiosidades, além de apresentar os ideais e objetivos que contribuíram para a formação dessas mulheres extraordinárias e para a construção de seus legados nas mais distintas áreas de atuação.

Cada vez mais lida, pesquisada e homenageada, Lélia Gonzalez tem se consolidado como uma referência fundamental no pensamento social brasileiro e na tradição radical negra. Diante da grandiosidade de seus feitos, é difícil não se perguntar, considerando as tantas Lélias que ficaram pelo caminho num país que lhes reservou, como dizia, a lata de lixo da sociedade brasileira: como ela conseguiu? Em Lélia Gonzalez: Um retrato (Zahar, 128 pp, R$ 49,90), Sueli Carneiro traça um perfil biográfico que parece contar a história de muitas mulheres negras no Brasil. Filha da classe trabalhadora em Belo Horizonte e com um irmão que fez sucesso como jogador no Flamengo, viabilizando sua mudança para o Rio de Janeiro, a trajetória de Lélia é ainda mais impressionante por ser trilhada num momento em que ainda não havia ações afirmativas. Não à toa, o engajamento de Lélia no movimento negro e feminista traduz um anseio por transformação social pautada na garantia de direitos à população negra, conferindo contornos coletivos e políticos a sua experiência ao narrá-la em público.

Reverenciada por suas passagens em grandes veículos da imprensa brasileira, a jornalista Barbara Gancia se tornou símbolo da luta contra o alcoolismo com o lançamento de A Saideira (Matrix, 318 pp, R$ 55). O testemunho da própria jornada com a doença que mata 12 pessoas por hora no país, segundo dados da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ganha agora uma nova edição. Nas páginas, Gancia compartilha relatos íntimos e, muitas vezes desconfortáveis de suas experiências como dependente, como ter provado bebida alcoólica pela primeira vez aos três anos de idade, os apagões de memória após as ressacas, as escapadas durante o expediente para encher o copo, as “grandes cagadas” que marcaram suas bebedeiras, o consumo de drogas e os flertes com a morte quando dirigia embriagada. A obra não apenas conta uma história, mas também abre espaço para discussões importantes sobre aceitação, mudanças e as nuances das relações humanas. Ao mesmo tempo envolvente e provocador, A Saideira é uma leitura que nos relembra do poder de enfrentar nossas próprias batalhas com autenticidade, paciência e compaixão.

É não apenas a imagem, mas sobretudo a voz de Claudia Wonder, multiartista, travesti e militante paulistana, que povoa as páginas de Flor do asfalto (Ercolano, 184 pp, R$ 89,90). Claudia foi plural: dublou divas em cabarés, gravou canções de rock, participou de montagens no teatro de vanguarda com José Celso Martinez Corrêa, posou nua em revistas masculinas, atuou em pornochanchadas e filmes pornográficos, além de ter revolucionado o rock nacional com uma performance antológica. Além disso, teve um filho e se empenhou na luta por direitos LGBTI+ e de pessoas que convivem com o vírus HIV. Flor do asfalto percorre vida e obra de Claudia desde seu nascimento em São Paulo, em 1955, visitando o período em que ela frequentou os palcos e inferninhos da cidade, nos últimos anos da ditadura militar, e viaja também para a Europa, onde a artista passou algumas temporadas. Sets de cinema, a redação da revista G Magazine e a própria capital paulistana são outros cenários por onde Claudia desfila ao narrar sua história. Organizado a partir de entrevistas concedidas a Dácio Pinheiro, o livro nasce do encontro do cineasta com Claudia, que resultaria no primeiro longa-metragem de Dácio, Meu amigo Claudia.

Estocolmo, inverno de 1962. Arturo Pomar, que um dia foi o menino prodígio espanhol, um peão nas mãos de Franco, encara Bobby Fischer, um jovem excêntrico e ambicioso, o peão estadunidense no xadrez político da Guerra Fria. Diante de um tabuleiro de xadrez, dois homens de mundos opostos se enfrentam. Mas nunca é apenas um jogo. Tendo o jogo entre Pomar e Fischer como fio condutor, O peão (Manjuba, 256 pp, R$ 78 – Trad.: Marina Waquil) traça a vida de numerosos peões dedicados a uma causa política na Espanha de Franco e nos Estados Unidos de Kennedy naquele turbulento 1962. Comunistas, trabalhadores, socialistas, membros da ETA, cristãos, republicanos, estudantes, falangistas, afro-americanos, pacifistas, indígenas, ativistas antinucleares, esquerdistas ou soldados cegamente obedientes. Pessoas que se sacrificaram diante de seus governos, pagando o preço da morte, da prisão, do exílio ou da solidão. Como uma colagem estruturada nos 77 lances do jogo Fischer-Pomar, Paco Cerdà tece uma história original sobre o comprometimento pessoal, o xadrez e o poder de refletir sobre duas questões: o lugar ocupado pelos pequenos na História em letras maiúsculas e o sacrifício individual nas lutas coletivas.