O Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa anunciou nesta sexta-feira (23) os 60 títulos semifinalistas da edição de 2024. Neste ano, a premiação contou com 2.619 livros inscritos, submetidos a dois júris especializados, um de prosa e outro de poesia, formados por profissionais de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique e Portugal. Entre os finalistas, estão nomes como Mia Couto, Micheliny Verunschk, Germano Almeida, João Silverio Trevisan, João Tordo, Adilia Lopes e Nei Lopes. Um dos destaques da seleção é a quantidade e a diversidade de editoras entre os semifinalistas: as 60 obras foram publicadas por 37 casas editoriais – das grandes às independentes, de diferentes perfis e nacionalidades, como as brasileiras Aboio e Corsário-Satã, a angolana Kacimbo, a moçambicana Gala-Gala, e a portuguesa Poética, entre outras. Após o trabalho de leitura e avaliação das obras, ao fim de mais de quatro meses, cada júri elegeu 30 livros em prosa e 30 de poesia, de autoras e autores de quatro diferentes nacionalidades: Brasil, Portugal, Moçambique e Cabo Verde. Tanto o júri, quanto o resultado desta primeira etapa enfatizam a proposta do prêmio de valorização da língua portuguesa, segundo o comunicado da organização. O quesito diversidade também se verifica no perfil dos semifinalistas, composto por escritoras e escritores tanto veteranos com de obras publicadas, quanto por estreantes. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Pela terceira semana seguida, as livrarias medidas pela Lista de Mais Vendidos do PublishNews veem uma espécie de "segunda onda" nas vendas das obras da escritora norte-americana Colleen Hoover, desde uma semana antes da estreia do filme É assim que acaba, no dia 8. O livro que dá título ao filme chegou, depois de meses, novamente à primeira posição da Lista nesta sexta-feira (23), com 4,5 mil unidades vendidas nas 39 livrarias brasileiras que fazem parte da relação. Na categoria Ficção, esse título e É assim que começa, e suas versões de colecionador, ocupam quatro dos primeiros cinco lugares. Um livro que faz sua estreia na categoria é Jujutsu Kaisen: Batalha de Feiticeiros Vol. 25 (Panini), novo volume do mangá de Gege Akutami. Mangás em geral vêm ocupando posições na categoria com consistência – nesta semana, três títulos aparecem entre os mais vendidos. Na categoria Negócios, aparecem pela primeira vez na Lista dois novos títulos da Editora Gente e um da Labrador. Marketing ideológico (Gente), de Davi Ribas, explora o marketing no ambiente digital e aparece liderando a categoria, com mais de 3 mil unidades vendidas. A fórmula de milhões (Gente), de Alan Spadone, é o segundo colocado, e busca ensinar os leitores a coordenar negócios entre os ambientes digitais e físicos; e Aprenda a negociar com o Mundo Árabe (Editora Labrador), de Rafael Solimeo, busca esclarecer algumas diferenças culturais que podem se transformar em oportunidades de negócios. A categoria Infantojuvenil também tem um novo líder: é Marvin Grinn e a gaiola dourada (Vitrola Fic), de Armando Ribas Neto. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Um dos destaques da semana é a matéria do Globo desta sexta-feira (23) que coloca em foco a demora da execução dos PNLDs. Na reportagem, editores falaram ao veículo, reservadamente, sobre a demora do governo em dar andamento ao Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e classificaram o calendário da aquisição de livros como "desajustado". Em 2024, o governo é responsável por repor livros didáticos destinados ao Ensino Fundamental I e II. O contrato com os livros que seriam adquiridos deveria ter sido assinado em julho, mas até o momento nada foi concretizado. Ao jornal, o MEC e o FNDE afirmaram que a compra dos livros didáticos de reposição deve ser concluída em duas semanas. Já as aquisições do PNLD Literário 2022 devem ocorrer entre setembro e outubro. A Veja repercutiu as polêmicas do filme É assim que acaba, que adapta o livro homônimo de Colleen Hoover para os cinemas. O filme tem sido duramente criticado pela forma como aborda o tema da violência doméstica. A produção do filme foi adiada algumas vezes durante o processo de filmagens, por conta de problemas entre a atriz Blake Lively, que vive a protagonista Lily, e Justin Baldoni, que além de par romântico de Lively na trama, é também o diretor do filme. A coluna de Guilherme Amado no Metrópoles comentou o próximo livro de Annie Ernaux Olhe as luzes, meu amor (Fósforo), que chega no Brasil em outubro deste ano. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A Catavento Distribuidora apresentou ao mercado nesta semana o Ecossistema Catavento, seu novo projeto criado para ajudar as livrarias na gestão dos seus negócios. O projeto consiste em um conjunto de soluções que facilitam, dão transparência e suporte para a gestão da livraria e foi criado visando solucionar problemas que muitas lojas possuem: capacidade limitada de investimento e fluxo de caixa, falta de profissionalização e dificuldade de obter crédito e de acesso às editoras. “Decidimos juntar nossa expertise para elaborar os pilares mínimos que uma livraria precisa ter para se tornar sólida”, resumiu Wendel Almeida, head de estratégia da Catavento. Assim, o Ecossistema Catavento começou a ser desenvolvido há um ano para desenvolver soluções combinadas que permitem que o empreendedor invista seu tempo e capital "no que realmente importa", o cliente. Nesse conjunto de soluções a Catavento considera quatro pilares fundamentais e inegociáveis. Para implementá-los, a distribiudora se uniu a empresas especialistas no mercado para colocar o projeto de pé. Clique no Leia mais para conferir os detalhes do projeto.

A “inteligência a serviço da inteligência” é parte do tema da mesa-redonda que abre as discussões sobre Inteligência Artificial: Caminhos para inovação, colaboração e inclusão, eixo que norteará toda a programação do 15º Seminário Internacional Biblioteca Viva, nos dias 10 e 11 de setembro no Centro de Convenções Rebouças (Av. Rebouças, 600 – São Paulo / SP), e em 12 de setembro na Biblioteca de São Paulo (Av. Cruzeiro do Sul, 2630 – São Paulo / SP) e Biblioteca Parque Villa-Lobos (Av. Queiroz FIlho, 1205 – São Paulo / SP). Promovido pela Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, pelo SisEB (Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São Paulo) com gestão da SP Leituras, o objetivo do encontro é proporcionar reflexões sobre os desafios contemporâneos, fomentar a troca de experiências com quem advoga a favor das bibliotecas, além de permitir a apresentação de ideias criativas apoiadas na inovação da tecnologia para fortalecer esses espaços de cultura e conhecimento. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A HarperCollins Brasil está com processo seletivo aberto para estágio em tesouraria. O estagiário dará auxílio em atividades como conciliação e tarifas bancárias, fechamento de câmbios e lançamentos financeiros, na contabilização das movimentações financeiras e no recebimento de cadastros e atendimento de clientes internos e externos, além de dar suporte na atualização de saldos, pagamentos e recebimentos diários. Os candidatos precisam estar cursando graduação em Administração, Ciências Contábeis ou Economia, ter conhecimento intermediário em Excel, além de boa comunicação, organização e habilidade para trabalhar em equipe. Os interessados podem se inscrever clicando aqui.

A Intrínseca estará presente na 27ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo (6 a 15 de setembro) com grandes autores de diversos gêneros literários, que participarão de uma programação plural. Neste ano, a editora trará o seu maior número de escritores internacionais ao evento. Muito aguardada pelos fãs, Lynn Painter, autora de Melhor do que nos filmes, que já se tornou queridinha dos brasileiros, volta ao país para lançar seu novo livro, Apostando no amor. Já Hayley Kiyoko, que se inspirou em seu videoclipe de sucesso para escrever o romance Girls Like Girls: uma história de amor entre garotas, e Hwang Bo-reum, autora do fenômeno de healing fiction Bem-vindos à Livraria Hyunam-dong, desembarcarão no Brasil pela primeira vez e serão os destaques da programação da Bienal deste ano ao lado de Lynn. Entre os escritores nacionais, a Intrínseca contará com nomes já consagrados pelo público e laureados com diversos prêmios. Entre eles, Daniela Arbex, autora dos livros-reportagem Longe do ninho e Holocausto brasileiro, que retratam grandes tragédias da história recente do país, e a jornalista Míriam Leitão, que lançou recentemente Amazônia na encruzilhada e a edição comemorativa de dez anos de Tempos extremos. O casal de influenciadores Viih Tube e Eliezer também lançarão a obra Tô grávida! O que a gente faz agora?, um relato sobre parentalidade. Clique no Leia mais para conferir a programação completa da editora na Bienal.

A Labrador, primeira editora de autopublicação premium do país, participará pela primeira vez diretamente da Bienal do Livro de São Paulo (6 a 15 de setembro). Com um estande de 30m2, localizado na Rua F81, o espaço contará com sessões de autógrafos de mais de 60 autores, entre eles finalistas do Prêmio Jabuti, como Marília Passos, S. Ganeff e Sonia Fernandez. Além disso, quatro autores da casa farão parte da programação oficial da Bienal. No dia 6, às 11h, Luisa Peleja fala sobre seu livro Eu depois de amanhã, no Salão de Ideias. No dia 8, às 11h30, Jane M. G. Lutti fala sobre Ensaio sobre a cozinha afetiva e Comida é Memória, no Espaço Cozinhando com Palavras. No dia 11, às 10h, Cristina Cezar fala sobre O mundo de Cacau, no Espaço Infâncias. Já no dia 13, às 14h, Kleiton Ferreira, autor de A espada da justiça e Na última vaga, fala sobre como simplificar o mundo das leis, na Arena Cultural. A programação completa da Labrador será divulgada em breve, em sua conta no Instagram (@editoralabrador).

Tudo começou com um caroço de abacate... O caroço virou um abacateiro, que, por sua vez, virou um pomar de abacateiros que, por fim, inspirou um projeto maravilhoso para florescer uma cidade inteira! Em O incrível espetáculo da natureza (Editora do Brasil, 40 pp, R$ 54,30), depois de Miguel ver o pomar de seu avô tão cheio de plantas e frutas e depois ver a sua rua, tão cinza e sem cor, ele decide que quer plantar árvores por toda a cidade. O menino então, faz amizade com o jardineiro da sua escola e aprende a germinar sementes, usar as ferramentas necessárias e criar mudas para plantio. Com a ajuda do avô e do jardineiro, Miguel inicia o projeto de florescer uma cidade inteira, contando com cada vez mais ajuda. Escrito por Jonas Ribeiro e ilustrado por Rodolfo Melo, a obra ensina os pequenos leitores sobre a importância da natureza e como a união entre as pessoas pode fazer a diferença.

Medo, tédio, ansiedade, solidão, raiva, tristeza… para O menino que não se achava (PeraBook, 35 pp, R$ 67), tudo isso é uma coisa só! Para resolver essa grande confusão, ele parte em uma jornada: onde irá se procurar? Com medo, debaixo da cama. Com raiva, na gaveta. Entediado, na cozinha. Triste, no quartinho. Ansioso, por todo lugar. Sozinho, na casa do vizinho. Será que o menino vai se achar? Autora de diversos livros infantis, Blandina Franco nasceu em Barretos, interior do estado de São Paulo, e se mudou com a família para a capital quanto tinha um ano de idade. Filha do dramaturgo Jorge Andrade, cresceu entre livros, mas só descobriu a vocação para a escrita quando se aproximava dos 40 anos. Seu primeiro livro foi publicado em 2009. A autora trabalha em parceria com o marido, o ilustrador paulista José Carlos Lollo, que atua paralelamente como publicitário. Blandina e Lollo, como se tornaram conhecidos, consolidaram uma obra criativa. O casal já publicou mais de 40 livros e recebeu diversos prêmios literários, entre eles o Jabuti e uma Menção Honrosa do Prêmio Bologna Ragazzi Digital Award, concedido pela Feira de Bolonha, pelo livro digital Quem soltou o pum? A obra deu origem a uma série temática publicada pela Companhia das Letrinhas, que se tornou um fenômeno editorial, com mais de 500 mil cópias vendidas. Seus livros foram também publicados no exterior, caso, por exemplo, de A raiva (Pequena Zahar), editado na China, Turquia e em Portugal.

Neste livro-poema, Carlos Drummond de Andrade recorre a esta figura que, para muitos, parece grotesca e de pouca sensibilidade, para apresentar tudo o que falta no mundo corrido e insensível de hoje. O elefante (Reco-reco, 32 pp, R$ 54,90) é a projeção dos sonhos e desejos de cada pessoa, é também um animal abarrotado de sentidos e descobertas: texturas, sabores, cheiros e sons; sensações, sentimentos – dores e alegrias. A alegoria criada pelo autor prepara o leitor, de pouca ou muita idade, a entender o que está em jogo na vida, ou seja, na fronteira da realidade com a fantasia. Também as ilustrações da artista argentina Raquel Cané ajudam a dar forma aos elefantes que existem em cada um de nós – além daquele que existiu em Drummond –, todos diferentes entre si, mas sempre dispostos a reformar este mundo que já não acredita na sabedoria dos bichos.

"Um dia eu vi a Morte, e a Morte olhou para mim. Ela sorria para mim, e eu sorria para ela de volta. Os adultos também viam a Morte, mas rapidamente viravam a cabeça e fingiam que ela não estava ali." Assim começa O dia em que eu entendi o adeus (Yellowfante, 36 pp, R$ 59,80 – Trad.: Victoria Koki), obra escrita por Sophia Nogueira. Apesar de ter aprendido com os adultos a não encarar a Morte, ao encontrá-la, um menino resolve não fazer isso, e os dois têm uma longa conversa. Ele aprende então que a Morte vem para todos os seres vivos e faz parte da vida. E o que importa é o que vivemos, as experiências que temos e, depois da morte, as memórias que construímos junto das pessoas que amamos. Ao final dessa conversa, o menino entende que a Morte é um adeus a quem continua dentro de nós.

Os ciclos de Lila (Escrita fina, 24 pp, R$ 52,70) é uma obra lúdica e educativa que aborda de maneira delicada a primeira menstruação de uma menina. A narrativa é centrada em Lila, que compartilha sua experiência de forma envolvente, sobre temas como cólicas, tipos de absorventes e o apoio das amigas. “Meninas de nove, dez, 11 anos já estão próximas de sua primeira menstruação. Isso pode ser um momento assustador, cheio de incertezas e vergonha. Eu acredito que é muito mais fácil aprender do que desaprender – que sejam informações incorretas sobre menstruação, tabu, e demais mitos que podemos ouvir desde cedo. Meu objetivo com Os ciclos de Lila é simples: fazer com que este momento tão significante na vida das meninas seja leve e tranquilo, e que todos nós passemos a ver a menstruação como nada mais que um sinal de saúde”, explica a autora. O livro, além de abrir espaço para a discussão sobre equidade menstrual e educação sobre o ciclo menstrual, traz também a conscientização sobre a pobreza menstrual, um problema que afeta diretamente milhões de meninas e mulheres em diferentes geografias.