A Comic Con San Diego começa sua programação oficialmente nesta quinta-feira (25) nos EUA, e embora atualmente as principais atenções se voltem para produções audiovisuais, a publicação de quadrinhos continua sendo uma das estrelas do evento. Na sexta-feira (26) à noite, serão revelados os vencedores do Prêmio Eisner, o Oscar dos quadrinhos global, que volta e meia tem representação brasileira. Este ano não é diferente. Um dos finalistas é a obra Missing you (Oni Press), escrita por Phellip Willian e pela brasileira Melissa Garabeli, com tradução do também brasileiro Fabio Ramos, que concorre na categoria Melhor Publicação para Crianças. A obra foi publicada originalmente como Saudade (Jambô, 2018), ganhou o troféu Ângelo Agostini, o troféu HQmix e foi finalista do Prêmio Jabuti de literatura na categoria História em quadrinhos. Outros brasileiros também concorrem: Guilherme Grandizolli, Leonardo Romero, e Danilo Beyruth. Claro que nem tudo são flores nesta que é uma das principais reuniões de profissionais e fãs dos quadrinhos no mundo: há uma repercussão entre o setor de hotelaria da cidade (que fica no sul da Califórnia) porque a feira concede pacotes e descontos para visitantes e profissionais. Fora desse esquema, noites em hotéis na região central da cidade podem variar de US$ 2,5 mil a US$ 5 mil. De acordo com a Forbes, o chefe de comunicação e estratégia da SDCC, David Glanzer, admitiu que o evento pode procurar outra locação no futuro, contando que o contrato com San Diego vence em 2026. "Se não pudermos receber as pessoas interessadas no evento, aí ficamos numa situação bastante complicada", comentou. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas, publicou nesta quarta-feira (24) o terceiro bloco de editais do Fomento CultSP (com recursos do ProAC e da PNAB). Este bloco é voltado para teatro, dança, música, circo, artes visuais, produções voltadas ao público infantil, escrita, leitura e biblioteca, além de difusão. Para a área, o Fomento CultSP irá investir um total de R$ 18 milhões. Deste total, R$ 6 milhões serão para 60 projetos aprovados no edital de Realização e Publicação de Obra Inédita (Ficção, Poesia, Não ficção e obra teatral), fomentando 60 projetos; R$ 3 milhões para 10 projetos do edital de Manutenção de Atividades – Plano de Atividades de Incentivo à Leitura e Atualização de Acervo; e R$ 9 milhões para 30 projetos de Manutenção de Espaços – Requalificação e Modernização de Bibliotecas. Já no eixo Infâncias, um dos editais também é voltado a obras literárias (Publicação de Obra Literária Inédita para as Infâncias), e tem valor total de R$ 2 milhões para 20 projetos. Ao todo, são 14 editais, que juntos somam um investimento de mais de R$ 93 milhões de reais na cultura paulista. As inscrições podem ser realizadas até o dia 23 de agosto, são gratuitas e devem ser feitas pelo sistema. Cada proponente poderá inscrever um projeto em cada edital. Para mais informações sobre cada uma das linhas de editais, basta acessar o site. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O desastre climático que atingiu o Rio Grande do Sul no início de maio deste ano ainda vai deixar sequelas por algum tempo. Com a intenção de mitigar perdas e apoiar o estado, a Associação Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU) inicia uma campanha de doação de livros. Com apoio de suas diretorias regionais e editoras universitárias associadas, a ABEU tem o objetivo de ajudar a recompor o acervo das bibliotecas públicas gaúchas. As editoras universitárias doarão livros do seu catálogo para estas instituições e contam ainda com o apoio das comunidades locais das diversas regiões do país para oferecerem suas contribuições. As coletas vão acontecer em variadas universidades e institutos de pesquisa espalhados pelo Brasil. A ABEU solicita que o público interessado em apoiar busque doar livros em boas condições (que não sejam dicionários, enciclopédias ou livros didáticos). Jézio Bomfim Gutierre, presidente da ABEU, salienta que “como entidade do livro, nossa Associação não pode virar as costas neste momento, em que todo um patrimônio cultural e intelectual de um estado está em risco de se perder. Nosso papel e dever também é para com a sociedade, à qual nossas associadas servem através do conhecimento produzido nos institutos de pesquisa e instituições de ensino superior”. Veja os pontos de coleta e mais detalhes sobre a campanha no link da bio ou acesse https://abeu.org.br/campanha-a...

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Nessa semana, o Próximo Capítulo traz as novidades que chegarão às livrarias entre 8 e 15 de setembro, durante a Bienal Internacional do Livro de São Paulo. Uma das novidades é um box da Galera Junior (Grupo Editorial Record) com obras de Roald Dahl, autor clássico de livros como A fantástica fábrica de chocolate, Matilda, As bruxas e Fantástico Sr. Raposo, em versões especiais com capa de Isadora Zeferino. Autora estabelecida na literatura brasileira, com obras premiadas publicadas por diferentes editoras independentes, Paula Fábrio estreia na Companhia das Letras com o romance Casa de família. A editora também publica Nexus, de Yuval Noah Harari, a história de como as redes de informação definiram nosso mundo. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

Memória, patrimônio e diversidade cultural são alguns dos assuntos abordados no quarto episódio da segunda temporada do Podcast do MinC, do Ministério da Cultura. O tema é a Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB), e o programa recebe como entrevistados o presidente da entidade, Alexandre Santini, e o secretário de Formação, Livro e Leitura da pasta, Fabiano Piúba. A FCRB é uma das mais importantes instituições brasileiras de cultura e preservação de documentos, além da divulgação de obras e acervos relacionados à literatura brasileira e outros estudos. Abriga um museu na casa que pertenceu ao jurista, político e advogado e intelectual Rui Barbosa de Oliveira, no Rio de Janeiro. “É o primeiro museu-casa do Brasil e uma referência dessa modalidade”, conta Santini. Ele destaca ainda o Arquivo Museu de Literatura Brasileira da Fundação, que reúne cartas, documentos, pinturas e objetos pessoais de escritores como Fernando Sabino, Maria Clara Machado, Vinicius de Moraes e Clarice Lispector. “A FCRB é um campus. Uma mistura de instituição de pesquisa, de difusão cultural e equipamento cultural”, conclui. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Festival Literário Internacional de Poços de Caldas lançou o Documentário Flipoços 2024, já disponível pelo canal do Youtube @flipocos-pc. O curta-metragem traz momentos marcantes da 19ª edição, que ocorreu de 27 de abril a 05 de maio de 2024, e fragmentos da agenda intensa e para todos os públicos oferecida nos nove dias de Festival. Nesta edição, o Flipoços levou mais de 160 convidados, 200 atrações, dois palcos e espaços parceiros com atividades simultâneas, shows todas as noites e mais de 40 expositores na Feira do Livro do Sul de Minas. Segundo a curadora do evento, Gisele Ferreira, graças à 1ª Vila Literária de Minas Gerais, o Festival recebeu um público de mais de 60 mil pessoas. "A população e visitantes ficaram encantados com a beleza da 1ª Vila Literária de Minas Gerais e elogiaram muito o novo formato e estrutura montada, que ficou mesmo parecida com uma pequena vila do interior de Minas, mas com a diferença de estar na maior cidade do sul de Minas, um polo turístico, com uma rede hoteleira invejável, ótimos restaurantes, dezenas de pontos turísticos fantásticos e excelente acesso viário”, enfatiza ela. A participação foi maciça da população e mais de 100 cidades entre sul de Minas, interior de São Paulo e outros estados passaram pela Vila e aprovaram o novo formato. Clique no Leia mais para ver o vídeo.

O Selo Off Flip está com inscrições abertas para o Prêmio Off Flip de Literatura, que completará 20 anos em 2025. Os autores dos melhores textos dividirão 33 mil reais e ganharão estadia durante a Flip 2025. O tema é livre e podem ser enviados textos inéditos, nas categorias de contos, crônicas e poemas, com até 30 linhas. Os textos selecionados serão publicados em coletânea (e-book e versão impressa) e os cinco melhores de cada categoria publicados em plaquete, com distribuição gratuita em vários pontos da cidade histórica durante a festa literária. As inscrições podem ser feitas até 21 de agosto no site da editora. O evento de premiação e lançamento das coletâneas da edição 2024 vai ocorrer na programação do Sesc Paraty durante a Flip 2024, em outubro deste ano. O Prêmio Off Flip de Literatura é realizado pelo Selo Off Flip – editora sediada em Paraty – e tem por objetivo estimular a criação literária no cenário lusófono. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A La Luna Editorial foi fundada em maio de 2024 com a proposta de publicar narrativas de ficção, começando com a publicação de antologias que podem ser a porta de entrada no mercado para novos escritores. Com as antologias, a editora procura destacar novas vozes da literatura contemporânea, como uma plataforma para escritores emergentes compartilharem suas obras com um público mais amplo. A La Luna Editorial visa a publicação de uma literatura mística, que envolve gêneros como terror, sobrenatural, suspense e magia. A primeira antologia da editora está com o edital aberto até dia 24 de agosto. Além do véu será a primeira publicação da editora e será uma coletânea focada na temática do sobrenatural. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A atualidade é cheia de incertezas e dificuldades resultantes da crescente do neoliberalismo na sociedade. Essa realidade caótica e seus efeitos na psique humana são abordados no livro de contos Dentes de leite, do escritor catarinense Antonio Pokrywiecki, publicado pela Cachalote, selo do grupo editorial Aboio criado em parceria com a Lavoura Editorial. O livro tem evento de lançamento no sábado, dia 27 de julho, a partir das 18h, na Ria Livraria (Rua Marinho Falcão, nº 58, Sumarezinho – São Paulo / SP). No lançamento, haverá um bate-papo entre o autor e Leopoldo Cavalcante, fundador e editor das editoras Aboio e Cachalote. Na obra, que conta com a orelha assinada pelo escritor Joca Reiners Terron, Antonio utiliza-se da sátira, da fragmentação narrativa e do potencial inventivo do conto para forçar as barreiras entre realidade e ficção, criando um retrato certeiro da realidade contemporânea. Natural de Joinville (SC), Antonio Pokrywiecki vive atualmente na capital paulista. Clique no Leia Mais para ler a nota na íntegra.

Ao longo das páginas de Deusas, bruxas e feiticeiras (Planeta, 218 pp, R$ 57,90), Julia Myara reúne 10 anos de pesquisa sobre cultura, história e papéis de gênero, e analisa os mecanismos que apagaram grandes figuras femininas, resgatando e recontando narrativas mítico-religiosas que evidenciam o protagonismo da mulher. De acordo com a professora, por meio dessas histórias desordenadas, é possível encontrar a presença social da figura feminina, como elas próprias se viam e como eram vistas. É no movimento de recuperação de narrativas apagadas e esquecidas que a autora propõe uma reflexão sobre a representação da mulher no passado e nos dias de hoje. “Resgataremos histórias que talvez iluminem o nosso caminho; narrativas que nos deem dicas e nos revelem outros modos de vida, outros afetos, outras formas de organização política e social, outras maneiras de existir neste planeta.”, escreve. Durante a obra, a professora passa pela Deusa neolítica, pela cultura que a desenvolveu, por conceitos como matriarcado e matrilinearidade, revolução neolítica, paz primitiva, pelas mulheres nas narrativas sumérias, babilônicas, canaanitas e bíblicas, além de, pela figura da bruxa. Para Julia Myara, Deusa, bruxas e feiticeiras é a primeira publicação de um amplo estudo, o resultado da união entre pesquisa acadêmica, arte e reflexão.

Na série de ensaios de Sobcomuns – Planejamento fugitivo e estudo negro (Ubu, 224 pp, R$ 69,90 – Trad.: Mariana Ruggieri, Raquel Parrine, Roger Melo, Viviane Nogueira), Fred Moten e Stefano Harney recorrem à tradição radical negra para pensar questões candentes relacionadas à proliferação da lógica e da logística capitalista no universo acadêmico e no mundo social. Partindo da experiência de exclusão social e existencial das pessoas negras, indígenas, queers e pobres, os autores teorizam sobre as possibilidades criativas de vida nos “sobcomuns”, entendido como o espaço ocupado por aqueles espoliados da subjetividade mesma e defendido como uma espécie de reduto das rupturas históricas provocadas pelo capital. Os “sobcomuns” são aqueles que permanecem sob o radar do controle capitalista, às margens da ordem social, refratários à assimilação pelo sistema e lutando por outras formas de conviver, sentir e trabalhar. Ao recorrer a esse repositório, Moten e Harney encontram experiências como a quilombagem, os protestos e manifestações de massa, os boicotes, a desobediência civil, as revoltas de escravizados e as insurreições anticoloniais, e a partir delas propõem repensar toda uma gramática estabelecida pelo capitalismo contemporâneo: dívida e crédito; vigilância e controle; o sentido de diretivas e da governança; as noções de estudo e planejamento coletivo; o lugar da Universidade e das instituições educacionais; os limites das estruturas administrativas e governamentais existentes. Afinal, é no rastro das estratégias “fugidias” dos sobcomuns, defendem os autores, que poderemos encontrar princípios anticapitalistas de recusa das injustiças, resistência coletiva e auto-organização.

O psiquiatra sueco Anders Hansen inspira leitores a lidar melhor com a depressão e a ansiedade. Nunca antes a espécie humana experimentou tanta qualidade de vida — basta lançar um olhar curioso para o nosso passado de guerras, pestes e recursos tecnológicos limitados. O que parece ser inquestionável, no entanto, é a grande crise coletiva que a falta de saúde mental causa na sociedade atualmente. Diante desse cenário aparentemente paradoxal, em Felicidade não é cura (Intrínseca, 208 pp, R$ 49,90 – Trad.: Paula Diniz), Anders Hansen se aprofunda nos processos científicos das emoções que movem o ser humano para ajudar as pessoas a entenderem por que felicidade e evolução não caminham juntas. O psiquiatra aborda no livro os sentimentos de uma perspectiva evolutiva, dando dicas práticas sobre como lidar com os transtornos mais comuns — ansiedade, síndrome do pânico, depressão.

Os temas que pautam as discussões da atualidade nas esferas individual e coletiva são aprofundados pelos escritores best-sellers Clóvis de Barros Filho e Ilan Brenman em Filosofia ao pé do ouvido: Felicidade, ética, amizade e outros temas (Papirus 7 Mares, 224 pp, R$ 64,90). A obra faz parte da coleção Papirus Debates, criada para dialogar sobre assuntos globais que envolvem o modo de viver em sociedade. Nesse livro, os pensadores refletem a respeito de justiça, felicidade, ética, conduta, liberdade e igualdade, também opinam sobre a coragem de ser sábio e a importância da amizade. Em leitura agradável e provocadora, os autores questionam se é possível ser justo e debatem o papel da educação, entre outros assuntos. “Uma das interpretações da etimologia da palavra ‘educação’ vem do latim e significa ex ducere. Para travar um diálogo aberto e dinâmico, Clóvis e Ilan inserem seus relatos pessoais na narrativa e utilizam recursos que aproximam e divertem o leitor. Trazem, por exemplo, comentários que comparam o ator Reynaldo Gianecchini às tantas “beleza alternativas” que se vê por aí – e assim comprovam que a natureza nem sempre é legal com todos. Também usam um meme do Big Brother Brasil para tratar da diferença entre inteligência e sabedoria. Com livros publicados no campo da ética, filosofia e educação, os autores convidam os leitores a tomarem consciência do tipo de sociedade em que desejam viver. Alertam sobre a necessidade de identificar aquilo que é mais importante preservar: os valores, que definem a decência existencial e, de certa maneira, permitem uma vida mais próspera com os demais.

Ao longo da história, o ceticismo e a inclinação para questionar verdades estabelecidas têm sido forças poderosas para promover mudanças e crescimento. Atualmente, as pessoas são constantemente bombardeados por anúncios, estudos científicos exaltando os mais recentes superalimentos e discursos políticos, tornando uma dose saudável de ceticismo amplamente recomendada. No entanto, quando esse ceticismo é legítimo – atuando como um catalisador para novas ideias – e quando se torna problemático? E qual o papel que adotar uma perspectiva cética pode desempenhar na busca de uma vida intelectualmente virtuosa? É a essas perguntas que Duncan Pritchard busca oferecer respostas em Ceticismo: uma brevíssima introdução (Editora Unesp, 164 pp, R$ 52 – Trad.: Alexandre Skvirsky, Rodrigo Pinto de Brito). Neste livro curto, mas potente, Duncan Pritchard investiga as vantagens do ceticismo, especialmente quando desafia noções ultrapassadas, e destaca também as consequências sociais prejudiciais que podem surgir de posturas céticas que promovem a desconfiança. Ele examina o ceticismo como uma fonte de movimentos sociais e políticos contemporâneos, mas também como a base da negação das mudanças climáticas, da política da pós-verdade e das fake news. Além disso, ele explora os argumentos filosóficos de uma forma radical de ceticismo que afirma ser o conhecimento impossível, e discute algumas das principais respostas a essa perspectiva.