A Câmara Brasileira do Livro (CBL) divulgou nesta quarta (10) as listas com os dez semifinalistas de cada categoria do Prêmio Jabuti Acadêmico. Ainda neste mês, no dia 18, às 12h, serão anunciados os cinco finalistas. O anúncio dos semifinalistas foi feito durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada em Belém, Pará. No total, foram 1.953 obras inscritas para esta primeira edição do prêmio dedicado às áreas científicas, técnicas e profissionais, visando valorizar, reconhecer a excelência e divulgar os autores e editores que se dedicam a esses segmentos no Brasil. Os autores premiados em cada uma das 29 categorias receberão a estatueta em cerimônia especial, além de um prêmio de R$ 5 mil. "É com grande alegria que anunciamos os semifinalistas desta primeira edição do Prêmio Jabuti Acadêmico. Finalmente, vamos poder conhecer os melhores trabalhos da produção acadêmica brasileira. Esses resultados são essenciais para a CBL, pois, por meio do JabutiAcadêmico, podemos conhecer e valorizar ainda mais obras das áreas científicas, técnicas e profissionais. É fundamental para a CBL contribuir com o seu papel central na promoção da cultura e do conhecimento, cada vez mais baseada no saber", afirma Sevani Matos, presidente da CBL. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Sete poetas brasileiros embarcam nos próximos dias para a China a convite da Associação Chinesa de Escritores (中国作家协会) para o Festival Internacional de Poesia Jovem na China, que ocorre entre os dias 18 a 24 de julho de 2024. São eles: Ana Rüsche, Cida Pedrosa, Júlia de Carvalho Hansen, Lubi Prates, Luiza Romão, Rodrigo Luiz P. Vianna e Thiago Ponce de Moraes. A programação será realizada em Pequim e em Hangzhou. O evento, em sua primeira edição, conta com a presença de autores de países que formam o BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, hoje com outras nações). “Os jovens poetas, a principal força atual da criação poética em todo o mundo, representam a esperança e o futuro da literatura", afirmam os organizadores. De acordo com a organização, o evento receberá cerca de 80 poetas: 30 chineses e 50 de outras nações. Com a participação dos sete escritores brasileiros, o festival tem como mote um verso do poeta clássico Zhang Jiuling (673–740), "Time Together Across The World". “Esta citação representa a nossa grande expectativa pela poesia, os nossos votos apreço pela juventude e o desejo de amizade”, explica o comitê organizador. A seleção de poemas dos participantes será reunida em antologia, com tradução ao chinês. Além de leituras, os participantes visitarão museus e localidades históricas, como a Grande Muralha e a Cidade Proibida. A programação ainda reserva espaço para um seminário para discutir inovação na poesia. Os participantes foram convidados a escrever um ensaio sobre o tema para debaterem. Clique no Leia mais para ler a matéria na íntegra.

O Coninler (Congresso Internacional de Leitura) vai reunir de 15 a 19 de julho mais de 28 escritores e artistas de países de língua portuguesa em 15 lives gratuitas e on-line. O tema central deste ano do evento – que ocorre desde 2016 como Conaler e mudou de nome para alcançar abrangência internacional – é “Histórias, Leitura Literária e Transformação” e a programação ainda terá eixos temáticos para cada um dos cinco dias de evento. O evento, em formato on-line, acontecerá das 19 às 21h30 (horário de Brasília) e será transmitido pelo Canal do Galeno no YouTube. Para se inscrever, basta acessar o link. “O objetivo dessa abordagem é apoiar professores, bibliotecários e outros mediadores de leitura a trabalharem, a partir da literatura, temas como enfrentamento do racismo, da homofobia e dos preconceitos em geral, como o que é praticado contra refugiados e imigrantes”, afirma o curador do evento, Galeno Amorim. Ele, que é presidente do Observatório e ex-presidente da Biblioteca Nacional do Brasil, também se encarregará das mediações. Para as 15 horas de programação já estão escalados escritores brasileiros como Fernando Morais; Mary Del Priori; Muniz Sodré; Paulo Roberto Padilha, diretor pedagógico do Instituto Paulo Freire; Fernanda Paraguassu; Carolina Montenegro; Luiz Antônio Aguiar; Auritha Tabajara; André Gravatá; e o educador César Nunes, entre outros. O elenco estrangeiro conta com o angolano Pau de Cabinda; Teolinda Gersão, uma das mais premiadas escritoras portuguesas; Dany Wambire, de Moçambique; Dina Salústio, de Cabo Verde, e muito mais. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O Grupo Autêntica se uniu ao conjunto de empresas brasileiras que vêm testando a semana de quatro dias. A experimentação está sendo feita de maneira gradual, para promover a adaptação de todos os setores à nova rotina: no primeiro semestre de 2024, foi concedida uma sexta-feira de folga por mês. A partir deste mês de julho, serão duas sextas-feiras. A expectativa é que a partir de 2025, a semana de quatro dias já esteja implementada. O Grupo atualmente trabalha com 57 funcionários. Até o momento, os resultados têm sido bastante positivos, na avaliação da diretora-executiva do Grupo, Rejane Dias. “Uma iniciativa como esta demanda esforços e organização de todos os setores para dar certo. Mas entendemos que há uma motivação legítima de toda a equipe para que esse projeto se torne realidade. Por enquanto, o que podemos perceber é que é possível otimizar processos e garantir resultados, de modo a oferecer aos funcionários um equilíbrio mais saudável entre o tempo dedicado ao trabalho, ao descanso e aos interesses pessoais”. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

A inteligência artificial (IA) continua sendo notícia e causando preocupações nos corredores das editoras brasileiras. Os avanços são rápidos e muitas vezes envolvidos em uma névoa de hype e marketing que deixa a IA com um ar esotérico ou amedrontador. A realidade é mais complexa! Vamos explorar alguns pontos importantes sobre esse tema. Estamos vivendo grandes e rápidas transformações, não apenas causados pela IA, mas por uma transformação digital mais ampla que vem acontecendo há anos. Como seres humanos temos muita dificuldade em nos adaptar a este mundo digital e ainda estamos aprendendo a lidar com essas mudanças. Encontrar um equilíbrio entre o uso saudável e o exagero, creio eu, ainda vai levar tempo. Por outro lado, se pensarmos bem, em qual setor das nossas vidas somos equilibrados? Muitas vezes, atribuímos problemas como cansaço excessivo, aumento de déficit de atenção e deterioração das relações sociais ao uso de tecnologia. Alguns estudos dizem que é verdade, outros nos fazem entender que a questão é mais complexa. Acho que é importante lembrar que a tecnologia potencializou comportamentos que já existiam, tanto positivos quanto negativos. Nossa vida pouco saudável pode ter uma causa na nossa alimentação industrializada, mais do que no uso de telas. Ou ambos. Como disse antes, lidamos com problemas complexos. Clique no Leia mais para acessar a íntegra deste artigo.

A editora Novo Século está à procura de um promotor para atuar na Bienal Internacional do Livro de São Paulo. É preciso ter experiência como promotor de eventos e identificação com o segmento editorial. As funções da vaga incluem atendimento ao público; atendimento no caixa; reposição de livros nos estandes; empacotamento de livros; suporte para descarregar e transportar os livros até o estande; monitoramento das filas internas e externas de acesso às portas do estande; e suporte geral na montagem e distribuição de brindes. O valor da diária e da ajuda de custo com transporte e refeição será informado durante o processo seletivo. Interessados devem enviar currículos até 22 de julho para o e-mail rh@gruponovoseculo.com.br com o assunto: “Bienal SP” e aguardar o contato da editora.

Nos dias 23, 24 e 25 de julho, a escritora e especialista em marketing literário Lilian Cardoso realiza a 6ª edição da Maratona do Escritor, evento online e gratuito para autores nacionais que querem desenvolver a carreira. As aulas ocorrem sempre às 20h, com transmissão pelo YouTube, e têm proposta interativa, com exercícios práticos ao fim de cada encontro. A imersão é voltada a escritores que planejam a primeira publicação e a autores independentes, que não conhecem os meandros do setor editorial e o que precisam fazer para seu livro chegar aos leitores. Os participantes vão aprender a identificar seu público-alvo a partir de pesquisas de mercado e a viabilidade comercial do projeto. As aulas também vão aprofundar duas áreas estratégicas para a carreira de escritor: o marketing pessoal e o literário. O primeiro visa trabalhar a imagem do autor antes mesmo de publicar o livro e o segundo deve ser executado durante todo o percurso, especialmente após o lançamento e por meio de diferentes canais. Os conteúdos incluem ainda a etapa de desenvolvimento, impressão e publicação. As inscrições para a Maratona do Escritor 2024, que reuniu mais de 40 mil participantes em todas as edições, podem ser feitas gratuitamente pelo site da Maratona. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

O Ministério da Cultura (MinC) divulgou dois modelos de editais direcionados para apoiar projetos e ações que envolvam Livros, Leitura, Literatura e Bibliotecas no âmbito da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). Os modelos são voltados para gestores públicos aplicarem nas suas regiões. Uma das minutas sugere um edital para repassar apoio financeiro a ações literárias, com o objetivo de incentivar a leitura e a valorização da literatura e da escrita nos territórios. De acordo com o modelo, eventos como festas e feiras literárias, bienais do livro, saraus, oficinas de escrita criativa e publicações literárias seriam exemplos de projetos que poderiam concorrer. Na outra, a sugestão é lançar um edital para selecionar bibliotecas comunitárias, criadas e mantidas pelas comunidades, sem intervenção do poder público, para receberem subsídio mensal como forma de apoio à manutenção dos espaços. Clique aqui para acessar a íntegra dos modelos e anexos de editais temáticos da PNAB. "Com esses editais, nós entendemos que podemos aproveitar esse grande investimento, que é a PNAB, para a qualificação das bibliotecas comunitárias, das ações literárias e para a economia do livro. E a literatura brasileira nessa sua diversidade, compondo um acervo cada vez mais rico, regionalizado e com uma uma importância também de entender isso dentro da bibliodiversidade brasileira”, avaliou o diretor de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas do MinC, Jéferson Assumção. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

O PublishNews+, área exclusiva para assinantes do PN, tem adiantado, semanalmente, os livros que só chegarão às livrarias em 45 dias. O serviço, chamado de Próximo Capítulo, é realizado graças a uma parceria com a MVB / Metabooks e tem por objetivo municiar livreiros de informações do que está no prelo das editoras. Nessa semana, o Próximo Capítulo traz as novidades que chegarão às livrarias entre 25 a 31 de agosto de 2024. Entre elas estão Imagens da branquitude (Companhia das Letras), livro no qual Lilia Moritz Schwarcz analisa uma iconografia múltipla, do século XVI ao presente, para contar como a branquitude se manifestou simbolicamente, em especial por meio da visualidade, de modo a estabilizar um ambiente de hierarquização ou estruturas de subordinação; a edição especial de O processo (Companhia das Letras), de Franz Kafka; Combina? (Seguinte), novo romance de Casey McQuiston; e A casa dos sonhos (Trama), thriller de Claire Douglas. Confira todas as novidades clicando aqui. Por enquanto, o Próximo Capítulo está aberto para todos os que se cadastrarem na plataforma, mas em breve o serviço ficará exclusivo para os assinantes do PN+. A nova seção se soma a outros serviços oferecidos aos assinantes do PN+, como o Radar de Licitações. Clique aqui para saber como ser um assinante do PN+.

A Faro Editorial comprou os direitos de publicação do aguardado livro da autora emergente do terror colombiano Carolina Flórez-Cerchiaro. Distintiva em sua abordagem da ficção sombria latino-americana, Carolina traz Bochica para o público brasileiro, com lançamento programado para 2025. Intrigante e sobrenatural, Bochica tece a narrativa de Antonia, cuja família é atormentada por uma maldição visceral que enraíza seus horrores no coração de Bogotá. Dentro de uma casa emaranhada em mistério e tragédia, as linhas entre o passado e o futuro se cruzam em um bairro que compartilha o seu nome sinistro com o livro. Perseguida pela memória de uma mãe perdida e pelos segredos escuros que guardam as paredes de seu lar ancestral, Antonia enfrenta uma luta implacável para limpar o nome de seu pai e desvendar verdades que oscilam precariamente entre o sagrado e o profano. Bochica promete ser uma jornada perturbadora que explora o legado de uma família, a profundidade da natureza humana e os conflitos entre fé e escuridão, tudo sob o olhar da literatura de terror sobrenatural.

Compositor com mais de quatrocentas canções gravadas por vozes consagradas como as de Simone, Fagner, Zélia Duncan, Elba Ramalho, Filipe Catto e Amelinha, o pernambucano Juliano Holanda – que alcançou visibilidade nacional ao compor a elogiada trilha musical para a série Amorteamo, de João Falcão, na TV Globo – estreia na literatura, pela Maralto Edições, com o livro Outras armadilhas desejáveis. O livro será lançado nesta quinta-feira (11), às 19h, na Livraria da Vila (Alameda Lorena, 1501, Jardim Paulista – São Paulo / SP). Com uma vasta bagagem de referências literárias, que incluem influências de nomes como Marco Polo, Lucila Nogueira, Philippe Wollney, Gleydson Nascimento, entre outros, Holanda entrega em Outras armadilhas desejáveis – que tem orelha da cantora Zélia Duncan – uma coleção de poemas narrativos, com percursos ora tensos, ora reflexivos. “Uma canção geralmente surge de um suporte harmônico/melódico. É possível escrever uma letra puramente para canção, mas daí há um certo acento rítmico específico e uma tendência formal para que a canção soe desenhada”, explica o autor. Clique no Leia mais para ler a nota na íntegra.

Depois de 12 anos preso, o whistleblower mais famoso do mundo, o australiano Julian Assange, foi solto em junho deste ano, após acordo com o Departamento de Justiça americano. Assange fundou em 2006 o grupo ativista WikiLeaks, que ficou mundialmente conhecido pelo Cablegate, o maior vazamento de documentos da história, com cerca de 700 mil arquivos confidenciais e militares dos EUA divulgados em 2011. Em O vazamento (Fósforo, 344 pp, R$ 89,90), Natalia Viana, uma das vozes mais importantes do jornalismo brasileiro, conta sua experiência como a única brasileira a ter participado do Cablegate. Ela era uma repórter independente quando se tornou a responsável por elaborar e coordenar a divulgação em primeira mão dos telegramas das embaixadas estadunidenses relativos ao Brasil. Durante os dias intensos que antecederam o vazamento, um esforço coordenado entre publicações de calibre mundial foi realizado para dar o cobiçado furo. Ao lado de The New York Times, The Guardian, Le Monde, El País e Der Spiegel, estavam os jornais brasileiros Folha de S.Paulo e O Globo, graças a um delicado e custoso trabalho de articulação feito por Viana. Com a propriedade de quem esteve no olho do furacão, ela reconstitui com vivacidade um momento de efervescência política e otimismo incendiário, quando a internet parecia abrir novas possibilidades na luta por um mundo melhor.

Uma análise implacável do poder de classe e da informatização, Ciberproletariado (Funilaria, 288 pp, R$ 72,50 – Trad.: Dafne Melo) mostra o lado sombrio da revolução da informação. Das minas de Coltan no Congo às fábricas de eletrônicos na China e bairros devastados em Detroit, este livro mostra como a tecnologia facilita a crescente polarização entre elites ricas e trabalhadores precários. Nick Dyer-Witheford revela o domínio da classe por trás de tudo, desde a expansão da vigilância online até a intensificação da robotização. Ao mesmo tempo, analisa as possibilidades da tecnologia da informação no âmbito de movimentos radicais – as lutas contemporâneas são refletidas no brilho azul da tela do computador. Ciberproletariado traz análises marxistas heterodoxas sobre os desenvolvimentos tecnológicos modernos. E é uma leitura essencial para quem deseja compreender como o Vale do Silício molda a maneira como vivemos hoje.

Durante a pandemia, o isolamento nos fez refletir sobre a casa como um lugar de afeto e conexão criativa com o mundo, e desde então o gosto por decoração e design de interiores tem se ampliado pela facilidade do acesso on-line a produtos e informações. Mas afinal o que nos faz investir tanto tempo, atenção e dinheiro na escolha de cada objeto e peça de mobiliário para a nossa casa? Ou melhor, por que decoramos? Com o intuito de responder essas perguntas, o designer de interiores Fábio Galeazzo escreveu O designer que habita em nós (Editora Senac, 192 pp, R$ 80). Para ele, “nós nunca moramos tanto” ao mesmo tempo que ainda não nos demos conta do protagonismo que a casa pode ter em nossas vidas como um espaço de resgate da identidade, expressa por meio dos móveis e objetos que a decoram. O livro explora a construção simbólica entre a nossa maneira de habitar e a psiquê, convidando-nos a refletir sobre temas como a colaboração, o amor, a sustentabilidade, a beleza, o ecocentrismo e a nossa relação com o cosmos. Por meio de uma linguagem leve são sugeridos caminhos e inspirações capazes de despertar no leitor um senso crítico-estético, a fim da decoração deixar de ser uma ação passiva limitada a ideias prontas, para tornar-se uma ferramenta de conexão interior, tendo como matéria prima as próprias histórias que carregam consigo.

Com narrativas inspiradoras e comoventes, baseadas em sua experiência de mais de 30 anos como professora e conselheira apoiando pessoas neurodivergentes, Jodi Rodgers compartilha com o leitor em seu livro Únicos e extraordinários (Faro Editorial, 224 pp, R$ 59,90 – Trad.: Fábio Alberti) tudo o que aprendeu ao longo de sua carreira, incentivando a construção de uma sociedade mais acolhedora e inclusiva. Ela traz histórias que desafiam o leitor a abrir o horizonte para novas ideias sobre a imensa diversidade humana e demonstra como aqueles que se dispõem a compreender a neurodivergência podem adquirir um conhecimento profundo e superior da nossa própria humanidade. Ao longo do livro, Rodgers explora o impacto de abraçar o conceito de que há variações no cérebro de cada indivíduo tanto na forma de absorver conhecimento quanto em estabelecer conexões significativas com aqueles que os rodeiam. Cada capítulo destaca uma história distinta e um aspecto do comportamento humano do nosso cotidiano.