Houve mudança no pódio da Lista de Mais Vendidos do PublishNews desta sexta-feira (18): em terceiro lugar na Lista Geral, entrou o livro O verdadeiro Ho'Oponopono (Luz da Serra), de Amanda Dreher. A obra pertence à categoria de Autoajuda – que também registrou um salto de 83% em relação às vendas da semana passada nas livrarias contabilizadas pela apuração. A americana Colleen Hoover segue soberana, com É assim que começa e É assim que acaba (Galera Record) nos dois primeiros lugares – e agora com As mil partes do meu coração aparecendo também na Lista de Ficção. De acordo com a Luz da Serra, O verdadeiro Ho'Oponopono é um manual para “limpar as memórias limitantes do passado, destravar a sua vida no presente e começar hoje a manifestar o futuro que sonha, pode e merece realizar”. O livro havia entrado na Lista dos Mais Vendidos na última semana (11), quando vendeu 811 exemplares e aparecia no 18º lugar da Lista Geral. Essa semana, o livro vendeu 2.918 unidades. Outro destaque da semana é a editora Gente, que colocou cinco novos títulos nas listas: três em Autoajuda e dois em Negócios. Clique no Leia Mais para ler a matéria completa.

A Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL) começa no próximo dia 26 novembro – um sábado – e durante os nove dias de evento terá Sharjah como país convidado de honra. Este ano, Nara Vidal e Giovana Madalosso foram as convidadas da Embaixada do Brasil no México para participar da feira. Durante o evento, elas lançam seus romances traduzidos para o espanhol: Nara apresenta Sorte (Faria e Silva), terceiro lugar no Prêmio Oceanos, e Giovana lança Suíte Tokio (Todavia). Sorte (Suerte) é publicado pela Textofilia Ediciones, a mesma editora de Torto Arado, no México, e Suite Tokio é lançado pela Tusquets, do Grupo Planeta. Além delas, o romancista, contista, roteirista e jornalista Marçal Aquino também marcará presença na FIL participando da palestra O sentido do romance negro contemporâneo, ao lado da romancista mexicana Élmer Mendoza. O estande brasileiro estará localizado na rua LL6, na área internacional da Expo, oferecendo mais de 400 títulos de autores nacionais. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A quarta edição do Choix Goncourt du Brésil, prêmio literário afiliado ao prestigioso Prix Goncourt francês, criado para promover a literatura contemporânea francesa e incentivar a tradução, já tem os nomes dos seus quatro finalistas. Estão na disputa Christine Angot, com a obra Voyage dans l’Est; Mohamed Mbougar Sarr, com La plus secrète mémoire des hommes; Sorj Chalendon, com Enfants de salaud; e Louis-Philippe D’Alembert, com o livro Milwaukee Blues, único traduzido para o português por Paula Souza Dias Nogueira e publicado pela Malê. O vencedor será conhecido na segunda (21), às 17h, na BiblioMaison (Av. Pres. Antônio Carlos, 58 – Rio de Janeiro / RJ), com transmissão online clicando aqui. No dia seguinte, às 18h, na Livraria da Travessa de Ipanema (Rua Visc. de Pirajá, 572 – Rio de Janeiro / RJ), o público poderá participar de um bate-papo literário com o júri. Os leitores também poderão discutir sobre os livros que participaram da competição e o caminho que levou o júri à decisão final.

As notícias da semana em literatura foram variadas nos principais jornais brasileiros. Lançamentos, críticas, análises, prêmios e entrevistas, o cardápio foi feito para todos os gostos e preferências. O Estadão destacou três manchetes sobre literatura. Noticiou a premiação de Rafael Gallo, escritor paulista de 41 anos, com o Prêmio Literário José Saramago, o centenário de José Saramago e o leilão de sete livros raros da coleção mais valiosa dos Anos Dourados no Rio de Janeiro. A Folha investiu em críticas e análises de livros essa semana. No Valor, matérias interessantes que misturam mercado editorial e análises econômicas, como sobre o lançamento da biografia autorizada de Edmond Safra, sobre a autora Vanessa Passos e seu romance, A filha primitiva, e um questionamento ao leitor: O que prêmios como o Jabuti representam para a carreira de um escritor? Como destaques internacionais, The Guardian e TheBookseller, que publicaram sobre a novidade do TikTok UK em iniciar a venda de livros pelo app, também tema de matéria aqui no PublishNews. Clique no Leia mais para conferir a nota com todos os destaques na íntegra.

A Elo Editora, que publica obras infantis, abriu uma vaga para editor assistente. É preciso ter graduação em Letras, Editoração ou Jornalismo; experiência em editoras de livros infantis e infantojuvenis; em edição, preparação e revisão de textos, além de todo o processo editorial; conhecimentos de gramática, ortografia e estilística; domínio dos softwares Word, Excel e Adobe Acrobat; organização, proatividade, facilidade de comunicação e relacionamento; inglês avançado, espanhol intermediário e residência em São Paulo ou Grande São Paulo. A pessoa contratada irá acompanhar o trabalho de autores, ilustradores, diagramadores, revisores, tradutores e preparadores de textos; apoiar a prospecção sistemática de fornecedores e prestadores de serviços nas áreas editoriais; coordenar e avaliar trabalhos de revisão, preparação e edição de textos; e estruturar as edições de livros e publicações. O tipo de contratação é CLT e os interessados devem encaminhar currículos para analista1@eloeditora.com.br até 30 de novembro.

Retomando as ruas e praças de Paraty, a Festa Literária de Paraty (Flip - 23 a 27/11) celebra seus 20 anos e retorna à sua programação presencial. Para discutir a literatura infantil, seus caminhos e tendências, a Casa Libre e Graviola Digital será a sede de uma série de mesas durante o período do evento. Com a já tradicional curadoria do Clube de Leitura Quindim, que ocorre desde 2018, os temas abordam assuntos atuais que refletem preocupações do cenário editorial e criativo brasileiro. A programação se concentra pela manhã, com duas rodas de conversa por dia, de quinta a domingo. Elas serão transmitidas ao vivo pelo Instagram do Clube Quindim e ficarão disponíveis no canal do YouTube. Para Renata Nakano, idealizadora do Clube Quindim, “a Casa Libre e Graviola Digital é um dos únicos espaços, senão o único, a promover reflexões sobre a literatura infantil em uma das mais prestigiosas festas literárias do Brasil”. Clique no Leia mais para conferir a programação completa da Casa Libre e Graviola Digital.

O PublishNews publica mensalmente a Área Indie, espaço que reúne mensalmente informações sobre livros lançados de forma independente ou autopublicados. Neste mês, são dois destaques. O livro Preparação para um romance é composto de treze minirromances que abordam temas variados, como a psicologia feminina, a perplexidade existencial, as contradições da vida, as ilusões e as ambições humanas, o sentimento de culpa, o fantástico e a religião. O autor, Edilson Gomes, nasceu em 16 de abril de 1963 em Brasília. Formou-se em Letras no CEUB (Centro de Ensino Unificado de Brasília) em 1986. Foi professor concursado da rede pública de ensino do Distrito Federal, mas se aposentou como auditor de controle interno do GDF. É casado, pai de dois filhos e avô. Seu hobby é ler e escrever obras de ficção, como romances e ensaios. Beltas & Brovanos é lançado pela BesouroBox, no selo Lua Média, como livro da autora estreante em literatura fantástica no Brasil, Maria Vitória Caselgrandi. A ficção traz uma história com protagonista feminina, intrigas, batalhas e reviravoltas de tirar o fôlego. O livro de estreia de Maria Vitória Caselgrandi abre as portas da imaginação em aventuras fantásticas de bravos heróis, com uma protagonista forte e sensível, tecendo uma fantasia muito bem amarrada. Beltas & Brovanos apresenta um mundo complexo e ricamente desenvolvido, que encanta o leitor com seus detalhes. Para saber como participar da seção Área Indie, escreva para a Karina Lourenço, no e-mail karina@publishnews.com.br. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A escritora e jornalista Lyssa Kay Adams lança no sábado (19), às 16h, seu terceiro romance Estupidamente apaixonados na Livraria da Vila no Shopping Center Norte, em São Paulo. O título, publicado pela Arqueiro, faz parte da aclamada série Clube do Livro dos Homens, sucesso internacional e que já vendeu mais de 100 mil exemplares para o público brasileiro. As senhas são numeradas e estão sendo distribuídas ao público desde quarta-feira (16), na própria unidade da Vila. A sessão de autógrafos será limitada a 500 senhas e não serão permitidos autógrafos fora do livro. O livro conta a história de Alexis Carlisle que se tornou conhecida depois de denunciar seu antigo patrão, um chef renomado, por assédio sexual. Com a fama, seu café se transformou em um espaço de apoio e acolhimento para vítimas de violência e assédio. Mas ela nunca poderia imaginar que a fama atrairia uma nova cliente, que alega ser sua irmã, com um pedido muito difícil. Clique no Leia mais para conferir a nota na íntegra.

Uma biblioteca sobre rodas para empréstimos gratuitos de livros, alimentando o desenvolvimento e incentivando a leitura na sociedade brasileira. Este é o principal o objetivo do ônibus biblioteca “Livros nas Praças”, projeto que comemora 10 anos agora em novembro. Para homenagear essa iniciativa, serão realizadas diversas ações no próximo dia 29 na Praça Almirante Júlio de Noronha, no Leme, Rio de Janeiro. Além da presença do aniversariante, o ônibus-biblioteca, os Irmãos Brothers se apresentam com o espetáculo “Circo Literário”. O evento é aberto ao público, e lá serão distribuídos gratuitamente 400 exemplares do livro Entre cores e olhares, da autora Tatiana Kauss. O projeto ônibus biblioteca “Livros nas Praças” é uma iniciativa aprovada pela Lei Rouanet de Incentivo à Cultura e é organizado pela empresa cultural Korporativa Marketing Cultural, Social e Ambiental. A principal premissa do projeto é permitir o acesso das classes menos favorecidas à informação, através da circulação de um ônibus-biblioteca em bairros ou praças de comunidades onde não existam bibliotecas públicas. Ao longo dos 10 anos, o ônibus biblioteca “Livros nas Praças” já percorreu o Brasil e atendeu 427. 301 visitantes leitores. Clique no Leia mais para conferir a nota na íntegra.

Na tradição da crônica no Brasil, Cidinha da Silva é autora de voz singular. Ao construir seus textos a partir de um ponto de vista essencialmente feminino, preto e periférico, Cidinha oferece ao gênero uma abordagem diferenciada. Mas Cidinha não é só cronista. Suas diversas facetas desembocam em gêneros como o conto, a poesia, a literatura para crianças e o texto teatral. Em A menina linda (Oficina Raquel, 140 pp, R$ 49), reunião de crônicas da autora acrescida de quatro textos inéditos (O caso da escritora que espionou Emanoel Araújo, A vida por um telefonema, Santo e O novo normal), o leitor tem acesso a uma obra que, embora seja devedora a nomes canônicos da crônica brasileira, rasura essa tradição. Sendo assim, são colocadas em primeiro plano personagens – reais e fictícios – que abordam questões étnicas, sociais e de gênero. O livro traz questões importantes para a crônica contemporânea: é o século XXI, com todos os temas debatidos na sociedade, transportado artisticamente para a Literatura em textos curtos, acessíveis e, sobretudo, atraentes. A menina linda tem textos construídos a partir de uma tessitura ao mesmo tempo delicada e contundente. Numa dicção original, Cidinha da Silva toca em temas sociais candentes, como racismo, periferia, relações trabalhistas, africanidade, sem nunca descuidar dos aspectos estéticos. No texto A menina linda, que abre o livro e lhe dá título, o leitor vê uma professora que precisa se educar diante das surpresas indigestas que o racismo pode trazer.

Da crônica da província à guerra civil, da sátira mais mordaz ao intenso lirismo. A produção multifacetada do russo Ievguêni Zamiátin (1884-1937) se encontra em toda sua força em Xis e outras histórias (Carambaia, 328 pp, R$ 129,90), com cinco novelas escritas entre 1917 e 1921. As histórias permitem conhecer de perto a prosa experimental do escritor, vívida e moderna, mesmo depois de um século, e evidente na tradução de Irineu Franco Perpetuo, que também fez a seleção e o posfácio da edição. O volume conta ainda com uma autobiografia singela de Zamiátin (1928) e a carta que escreveu ao ditador Josef Stálin para pedir a permissão de emigrar (1931). Como a maioria dos bons escritores de sua geração, Zamiátin foi duramente perseguido e difamado por Stálin e seus asseclas – uma ironia trágica, já que tinha sido alvo também do regime czarista. A postura crítica talvez seja o único traço comum presente nas histórias dessa edição. Em Da província, um herói picaresco, péssimo aluno e açoitado pelo pai, ganha o mundo com mais sorte do que em casa. Os ilhéus satiriza os rapapés e moralismos da alta burguesia britânica em um enredo atropelado pelos signos da era da velocidade. O Norte é uma história de pescadores em meio a paisagens geladas. E em Xis, a história de um diácono “arrependido” – um daqueles “vira-casacas” abominados por Zamiátin – que abandona a religião para pregar o marxismo.

A inteligência e o bom humor ajudam a manter a cabeça erguida em meio ao caos político do dia a dia. É nessa esperança que Antonio Prata, colunista da Folha de S. Paulo, lança sua coletânea de textos publicados no jornal de junho de 2013 a fins de 2021. Intitulada Por quem as panelas batem (Companhia das Letras, 320 pp, R$ 59,90) o autor define as colunas como "instantâneos ou esquetes do desmantelo social e político da última década" que compõem uma espécie de "diário da queda". Em suas palavras, os textos trazem "um olhar pessoal, subjetivo, com todos os recortes, vantagens e limitações do ponto em que me encontro no tecido social". Além da perspicácia para revelar as misérias de nossa experiência contemporânea, o autor mantém uma espécie de militância renitente em defesa da poesia do cotidiano e do maravilhoso potencial da sociedade brasileira. Em seus textos, oscila entre o pavor pessimista e o otimismo de acreditar que o descalabro representado pelo bolsonarismo é "o grunhido do velho mundo, agonizante, sendo arrastado para o passado".

Ocupante da cadeira de número quatro da Academia Brasileira de Letras, Carlos Nejar apresenta no livro Crônicas de um imortal ou (in)vento para não chorar (Bertrand Brasil, 266 pp, R$ 59,90), uma reunião de textos inéditos que dialogam sobre política, religião, literatura e sociedade. Autor de romances, poemas, ensaios, contos, críticas literárias, traduções e literatura infantojuvenil, Carlos Nejar tem uma escrita que sobressai a visão poética, costumeiramente envolta nas tradições e na realidade social dos pampas, de onde contempla o mundo em mais de 100 textos inéditos. Durante a narrativa, saúda os mestres Olavo Bilac, Mario Quintana, Machado de Assis e tantos outros. Escreve não só sobre a literatura, mas discorre sobre a religião, a política e a sociedade. Seus pensamentos sobre o mundo seguem o fio da memória; um convite à reflexão. Há textos para celebrar o passar dos anos, enfrentar o peso da perda, reencontrar a nostálgica infância, contemplar os mistérios do divino. Assumindo um tom de confissão em uns, e de ficção em outros, Nejar agrupa recortes de toda sua trajetória nestas crônicas inesquecíveis. “Os textos seguem uma linha introspectiva de “memórias do pensamento”. Como se fosse um diário da vida intelectual, uma biografia das ideias. Os acontecimentos são internos, estalos da reflexão. Não tem como não sublinhar metade do livro”, diz Fabrício Carpinejar sobre a obra.