No final de semana, mais uma vez o colunista Ancelmo Gois, do Globo, trouxe novidades no mercado editorial. Ele informou que branquitude e antirracismo são tratados no novo livro infantojuvenil da historiadora Lilia Schwarcz. Óculos de cor: ver e não enxergar é o novo trabalho da escritora, saindo pela Companhia das Letrinhas, e fala do improvável encontro entre Alvo, um garoto branco morador de bairro rico, e Ebony, uma menina negra que reside num bairro mais afastado e pobre da cidade. Na Folha, na coluna Painel das Letras, a discussão que vem à tona é Jabuti e Flip terem escolhido a mesma data e deixarem o mercado aflito com essa concorrência. O maior prêmio literário do país está marcado para novembro, durante a festa de Paraty, dividindo atenções de editores e agentes. A concorrência está centrada no dia 24, data da entrega do Prêmio Jabuti e segundo dia da feira. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

Eu estava conversando com o Carlo Carrenho havia alguns minutos quando ele disse, todo sem graça, “Desculpe, mas quem é você mesmo?”. Assim começou meu segundo dia em Frankfurt, encontrando por acaso o fundador do PublishNews no estande do Brasil. Pensei em responder “Sou o Schwarcz, da Companhia. Prazer!”, mas me contive. Estávamos numa conversa animada, falando sobre as tendências do mercado, discutindo as apostas das editoras estrangeiras, que trouxeram livros sobre bruxas e de RPG para a feira de Frankfurt. Será esta a nova tendência, depois dos vampiros românticos, dos cinquenta tons, do diário de um banana? Carlo comentou que, no trabalho que agora desenvolve, não lhe interessa tanto o que as pessoas vão ler, mas como vão ler. Sua preocupação, atuando no mercado global de áudio, está no modo como os leitores irão se relacionar com as plataformas. Ele precisava ir até o pavilhão 6 e eu me dispus a acompanhá-lo, para ganhar mais alguns minutos de conversa. Sim, ganhar, pois sempre podemos conseguir uma dica preciosa, ouvir um bom conselho, ou ter uma boa ideia quando conversamos com alguém que tem uma visão tão completa do mercado. Avançando pelos corredores de carpete vermelho de Frankfurt, confessei que estava me sentindo confuso; tantas reuniões, tantos stands, tantas oportunidades. Carlo me contou que a feira já foi muito maior, com o dobro do tamanho. Clique no Leia mais para conferir a íntegra deste artigo.

A editora Planeta abriu duas vagas, uma para assistente de design/produção gráfica e a outra para o cargo de analista de produção editorial sênior. Para a vaga de assistente de design/produção gráfica, o contratado terá conhecimento e participação em todo fluxo do setor: intermediação com os fornecedores, solicitação de orçamentos, recebimento de provas e fornecerá apoio para toda a área. É necessário ter nível avançado em programas do pacote Adobe: InDesign, Photoshop e Office; ter conhecimento em plataformas Mac e Microsoft e ser graduado na área de design gráfico, produção gráfica, editorial ou áreas afins e tenha nível de inglês intermediário. Pede-se ainda que a pessoa seja responsável, organizada e proativa. Já para a vaga de analista de produção editorial é preciso ter experiência anterior em editoras, de preferência em livros de interesse geral; e ter nível intermediário de inglês e espanhol. Pede-se ainda que a pessoa seja responsável, organizada e proativa. O regime de trabalho é presencial, CLT e o local de trabalho é na Rua Bela Cintra - São Paulo / SP. Já para o cargo de analista de produção editorial sênior, o contratado terá conhecimento e participação em todo fluxo: controlar a produção editorial de livros de diversas linhas editoriais, planejar e acompanhar o fluxo de trabalho de colaboradores freelancer, solicitar fichas catalográficas e ISBNs para órgãos responsáveis, validar e revisar provas - incluindo conferência de emendas, aprovar provas de gráfica junto aos editores, controlar qualidade do produto final. É necessário ter experiência anterior em editoras, de preferência em livros de interesse geral, além de nível intermediário de inglês e espanhol. A pessoa deve ser responsável, organizada e proativa. O regime de trabalho é presencial, CLT e o local de trabalho é na Rua Bela Cintra - São Paulo / SP. Os interessados para ambos os cargos devem enviar currículo para selecao@grupoplanetabrasil.com.br colocando no assunto o nome do cargo desejado.

A cadeia produtiva e de distribuição do livro estará reunida nos dias 26, 27 e 28 deste mês, no Royal Palm Plaza Resort, em Campinas, para discutir atualidades do setor editorial. Intitulado O livro que nos une, o evento terá mesas de debate que vão contar com a presença de especialistas e de nomes importantes do mercado livreiro e editorial. A programação traz temas atuais e urgentes para o setor como o cenário político-econômico para os próximos anos, o futuro da distribuição do livro, metaverso, Tiktok e suas oportunidades e ainda propõe a discussão para uma cadeia do livro mais saudável. O encontro será realizado pela Câmara Brasileira do Livro e conta com o apoio das principais entidades do setor. Com curadoria de Leonardo Neto, o evento tem como objetivo reunir todas as áreas da cadeia produtiva do livro, pensando em estreitar as relações e dialogar sobre os desafios e soluções para fortalecer o setor. As inscrições para participar dos três dias já estão disponíveis, interessados podem se inscrever clicando aqui. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota, com a programação completa do evento.

O Instituto de Leitura Quindim (ILQ), com apoio do programa Apadrinhe, lançou o Natal Literário Solidário 2022: a literatura e o afeto como um direito, que chega à sua 4ª edição com o objetivo de arrecadar R$ 25 mil, para a doação de livros selecionados às 400 crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social na cidade de Caxias do Sul, atendidos nas casas-lares e abrigos. As obras são escolhidas por uma equipe multidisciplinar do Instituto (pedagogos, psicólogos, escritores), que seleciona os livros a partir do processo de escuta dos sonhos e medos de cada criança, procurando a obra que melhor irá conversar com o que foi descrito por ela. Os livros são entregues acompanhados de um cartão de Natal escrito à mão, contendo uma mensagem afetuosa e o nome de quem apadrinhou o presente. Para participar, basta fazer uma doação na vaquinha online que está disponível no site do Quindim ou neste link. A arrecadação recebe doações iniciais no valor de R$ 50, para apadrinhar uma criança. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Casa Educação terá evento online com diretor geral da FTD Educação, Ricardo Tavares. Com o nome O setor editorial educacional boje: desafios e oportunidades, o bate-papo será pelo Zoom, hoje (24), das 19h às 21h, sobre ensino humanizado, tecnológico e com foco em bons resultados. O acesso à aula é gratuito e faz parte do curso Formação de Editores de Didáticos – Como Editar Materiais Didáticos e Sistemas de Ensino. As inscrições são limitadas e podem ser feitas neste link. “Estar há tantos anos no mercado editorial fez com que me apaixonasse ainda mais pela inovação como ferramenta para superar os desafios de um mundo que está em transformação numa velocidade assustadora. A ótima notícia é que tem muita gente séria e competente para viabilizar essa transformação”, afirma Ricardo.

A Peanuts, empresa da RedeTV! voltada para criação e gerenciamento de conteúdo para plataformas digitais, estreia Histórias Diversas Podcast, podcast que falará dos mais variados assuntos relacionados à literatura nacional e estrangeira, por meio de bate-papos descontraídos com convidados especiais. Francisco Custódio, publicitário apaixonado por leitura e literatura, será o responsável por comandar o podcast, que levará o universo literário ao alcance de todos, comentando e analisando as obras de célebres poetas, autores e escritores, abordando ainda nomes em ascensão no cenário cultural. Para o primeiro episódio, disponível desde sexta passada (21) no YouTube e Instagram, o convidado do dia é o advogado e entusiasta da leitura Pedro Pacífico, mais conhecido como Bookster. Todo conteúdo do Histórias Diversas Podcast poderá ser acessado nas páginas oficiais do podcast pelo YouTube e Instagram.

O compositor baiano Quito Ribeiro lançará seu primeiro romance hoje (24), a partir das 19h, na Livraria LDM do Shopping Bela Vista (Alameda Euvaldo Luz, 92 - Salvador / BA). Romance original sobre raça, identidade e classe social no Brasil, No canto dos ladinos seduz pelo texto que mistura fabulação e tintas ensaísticas. O autor participará de um bate-papo com o também escritor Franciel Cruz, seguido de sessão de autógrafos. No canto dos ladinos, da Todavia, enfeixa e dá sentido a um conjunto de histórias de personagens que vivem em bairros afluentes, viajam para conferências no exterior, frequentam bons restaurantes ou trabalham no comércio. Um traço em comum é sua negritude. O outro, o fato de serem figuras difíceis de acomodar nos padrões sociais — e ainda racistas — do Brasil. Quito Ribeiro nasceu em Salvador, em 1971. Formado em letras pela PUC-RJ, é compositor com dezenas de músicas gravadas por artistas como Gilberto Gil, Moreno Veloso, Roberta Sá e Daniela Mercury, entre outros. Trabalha no cinema e na TV como montador. Mora no Rio. Este é seu primeiro romance. Clique no Leia mais para acessar a íntegra desta nota.

A editora Penalux completa 10 anos no mercado editorial, e quer crescer mais. Consolidando sua atuação no cenário independente do mercado editorial, tem como objetivo ultrapassar, em 2023, 1.500 títulos publicados. Até o final de 2022, a ideia é atingir 150 obras publicadas no ano. Para isso, a editora está com chamada aberta para envio de originais, dando preferência a romances, crônicas, poesia e contos. As obras selecionadas serão publicadas ainda no primeiro semestre de 2023. Originalidade, inventividade, propriedade e certo domínio sobre a arte de escrever são os principais critérios de avaliação dos originais. O contato para envio é por e-mail (originais@editorapenalux.com.br e penaluxeditora@gmail.com). Em resposta, a editora mandará um documento explicando seu modelo de publicação. O prazo de envio termina em dezembro de 2022. Clique no Leia mais para conferir a íntegra desta nota.

A Academia Brasileira de Letras fechou uma parceria com o Sebrae do Ceará, com o objetivo de desenvolver estudos, pesquisas, publicações e eventos relacionados à produção da Literatura de Cordel. A cooperação tem como intuito fomentar a economia criativa e a preservação do patrimônio cultural. A cerimônia de assinatura da parceria, que foi na última quinta-feira (20), contou com a presença do residente da ABL, Merval Pereira, e do acadêmico Gilberto Gil, além do diretor da Sebrae, Joaquim Cartaxo. Instituída como patrimônio cultural imaterial brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2018, a Literatura de Cordel possui uma contribuição relevante para a geração de trabalho e renda, e a Academia Brasileira de Letras contribui de modo significativo na ampliação do alcance e no seu reconhecimento devido à trajetória de preservação da memória e da cultura brasileira. "Incluir formalmente o cordel na política cultural é fundamental", afirmou Merval Pereira. Gilberto Gil disse que o cordel pode ser considerado um meio entre a oralidade e a escrita.

O caçula Pedro é filho de motorista de ônibus. O garoto passa grande parte da infância nas viagens com o pai, já que não tem com quem ficar em casa após a escola. A mãe e os irmãos mais velhos trabalham fora. Sentado no banco logo atrás do condutor, o menino presencia conflitos, aprende o que é o preconceito e violência, e compreende a divisão brasileira de classes. Um livro sensível e comovente, com narrativas sobre a vida comum, de pessoas comuns que se oferecem e se juntam como em um mosaico e nos dizem quem somos, o que tememos, com o que sonhamos e como vivemos. Assim é o romance Entre pontos (Maralto, 168 pp, R$ 44,90), do publicitário e escritor J. L. Amaral. A obra – que concorreu com outras 1.700 histórias e foi finalista do Prêmio Kindle 2017 - ganhou novo projeto gráfico e é publicada pela primeira vez pela Editora Maralto. Até então, o livro existia na versão digital e havia sido impresso ocasionalmente, de maneira independente.

No livro Trilogia Brasil (Record, 532 pp, R$ 89,90), são contadas histórias dos três romances de Antônio Torres. Essa terra (1976) conta a vida de Totonhim, que relembra sobre o retorno do irmão ao Junco, uma pequena cidade do interior da Bahia onde moravam. O irmão havia fugido para São Paulo em busca de melhores condições de vida. Depois de muitos anos de fracasso na cidade grande, decide voltar a sua cidade de origem, no interior do sertão nordestino. Lá chegando, desilude-se com tudo que encontra e reencontra. Já em O cachorro e o lobo (1997), o autor refaz a viagem em sentido inverso: regressa ao Junco, numa visita relâmpago ao pai que acaba de completar 80 anos. É o mesmo pai que deixou vinte anos antes, mas mais sereno, talvez, e mais solitário. Nas três etapas de um dia que segue o trajeto do sol – manhã, tarde, noite –, o narrador tenta recuperar a posse de um lugar onde estão suas raízes. Cerca de uma década mais tarde, em Pelo fundo da agulha (2006), Totonhim está sozinho no mundo. Aposentou-se, separou-se da mulher e dos filhos, perdeu o melhor amigo e faz uma outra viagem de volta – totalmente interior. Embalado pela imagem da mãe velhinha, mas ainda com visão boa para enfiar a linha pelo fundo da agulha, sem usar óculos, ele repassa vários lances de sua vida, como se a olhasse por esse orifício.

Durante os loucos anos 1920, um magnata de Wall Street e uma herdeira excêntrica de linhagem aristocrática constroem, juntos, uma fortuna inimaginável — e que intriga a alta sociedade nova-iorquina. Com o passar das décadas, a escalada do imponente casal até o topo vai ganhando novas nuances, na medida em que é apresentada sob diferentes pontos de vista. Esse embate de narrativas, meticulosamente embasado por cada narrador, é o que move o segundo romance de Hernan Diaz, escritor argentino radicado nos EUA. Confiança (Intrínseca, 416 pp, R$ 89,90 – Trad.: Marcello Lino) é dividido em quatro partes. Na primeira, o casal Benjamin e Helen Rask se torna inspiração para os protagonistas de um romance que supostamente disseca as verdades por trás do império e das relações pessoais do milionário — e que, além disso, acende uma grande polêmica no coração financeiro dos EUA. Ao longo do tempo, outras versões dessa história vão vindo à tona: um manuscrito em defesa do magnata, as memórias de uma pessoa próxima ao casal e um diário perdido com muitas revelações. Tudo que até então parecia consolidado como fato passa a ser questionado. Afinal, se a verdade sempre resulta da soma das faces de uma pirâmide, Confiança é a prova de que mesmo a mais sólida e monumental delas é frágil em um solo de areia. Entre tantas versões e pontos de vista, em qual acreditar?

Escrito por Susan Wiggs, O clube de costura dos corações remendados (Harlequin, 384 pp, R$ 49,90 – Trad.: Daniela Rigon e Isabela Pacheco) começa com Caroline Shelby chegando em Oysterville, uma pequena vila no litoral do Pacífico, também conhecida como casa. Uma casa que ela achou ter deixado para trás, que sempre guardaria o coração e as lembranças dela, mas nunca seu futuro. Dez anos antes, Caroline se mudou para Manhattan para dar início a sua carreira como estilista no glamuroso mundo da moda nova-iorquino. Mas, quando seu sucesso é destruído em uma onda de escândalo e tragédia, ela é obrigada a fugir para o único lugar seguro que conhece. E, no banco de trás do carro, estão duas crianças órfãs, Addie, de cinco anos, e Flick, de seis, das quais ela agora é a guardiã legal. Mas Oysterville mudou. Seus irmãos têm vidas complicadas, os pais querem passar o restaurante da família para a nova geração e Will Jensen, seu melhor amigo de infância, está de volta, depois de ter se ferido numa operação militar. Em meio a tantas mudanças, Caroline busca abrigo em seu lugar favorito: a loja de costura de Lindy Bloom, a pessoa que a inspirou e a ensinou a costurar. Lá, ela descobre que até nas cidades litorâneas mais idílicas há mulheres que guardam segredos sombrios. E é assim que o Clube de Costura de Oysterville é inaugurado, um lugar em que mulheres podem unir forças para lidar com os problemas que mantêm escondidos.