Esta semana, o Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+, traz dois editais. O primeiro deles visa a contratação de serviços de impressão de livros, com valor estimado em R$ 54.600,00 e com pregão marcado para 13 de abril. O segundo edital é para a aquisição de livros de diferentes editoras para Educação Infantil e Ensino Fundamental, com valor estimado de R$ 486.898,10. A disputa está agendada para 18 de abril. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

Quem aparece agora em O que estou lendo, espaço do PN que traz sempre uma personalidade indicando a sua leitura do momento, é o jornalista e apresentador da BandNews FM Luiz Megale. Ele indica um livro escrito em 1947, É isto um homem? (Rocco), de Primo Levi (1919-1987). O autor italiano escreveu memórias, contos, poemas e novelas, com muitos trabalhos sobre o Holocausto. “Primo Levi descreve com distanciamento histórico, mas com detalhes assombrosos, o cotidiano de um prisioneiro do campo de Auschwitznos últimos meses antes do fim da Segunda Guerra. O mérito do autor, ele próprio o prisioneiro 174.517, é escrever um relato desapaixonado - muitos dirão, pragmático - dos dias em que, em suas próprias palavras, deixou de ser humano. Uma descrição crua e chocante do cotidiano das vítimas de uma das piores violências coletivas da história”, opina Megale.

A Saber, que faz parte da holding Cogna Educação – uma das principais organizações educacionais do mundo – abriu mais uma vaga para o cargo de editor sênior de história. É preciso ter ensino superior completo, preferencialmente em História; conhecimento com Microsoft Office e Adobe Acrobat; e quatro anos de experiência na área. As funções do cargo incluem a elaboração de paletas de estilo de acordo com o plano de obra da coleção; elaboração ou orientação para elaboração de pautas de imagem, cartografia, ilustração, entre outros pedidos; orientação para elaboração de originais de materiais digitais, como roteiros de OEDs e de widgets; e seleção de imagens de acordo com orientação autoral e de acordo com as regras estabelecidas pelos editais do PNLD. Interessados devem se inscrever clicando aqui.

O premiado escritor libanês Amin Maalouf lança mais uma narrativa que atravessa séculos e continentes, seguindo a Rota da Seda, uma série de percursos interligados na Ásia para transportar seda em caravanas e embarcações até o Ocidente. O romance histórico Samarcanda (Tabla, 352 pp, R$ 82 – Trad.: Marília Scalzo) traz como personagem o poeta e sábio persa Omar Khayyam, acusado de zombar dos códigos do Islã. Mas o juiz da cidade reconhece talento naquele homem e dá a ele um caderno em branco para escrever seus versos. A jornada do poeta encontra as figuras de Nizam Al-Mulk, vizir do sultão Malikchah, e Hassan Sabbah, fundador da Ordem dos Assassinos, que depois esconderá o manuscrito de Khayyan em sua fortaleza. No século XX, o americano Edward Fitzgerald recupera o manuscrito, com a ajuda de uma princesa persa.

E se lhe pedissem para pular de um precipício? E se exigissem que matasse homens e mulheres sem hesitar? Sua resposta mudaria se você tivesse certeza de que isso o levaria ao paraíso? Em Alamut (Morro Branco, 642 pp, R$ 74,90 - Trad.: Alexandre Boide), Vladimir Bartol reimagina a história de Hasan ibn Sabbah, conhecido como “o velho da montanha”, que no século XI fundou A Ordem dos Assassinos, uma tropa suicida de elite alimentada por uma intensa paixão religiosa e pela promessa de paraíso que os aguardava. Ambientada na imponente fortaleza de Alamut, situada nas montanhas de Elburz no atual Irã, a narrativa aborda questões como fé, retórica, fanatismo e a real finalidade do poder. Publicada originalmente em 1938, a obra é constantemente utilizada na análise de novos levantes totalitários e também ganhou os holofotes nos eventos de 11 de Setembro. Mas, muito além de uma religião ou regime específicos, o livro se propõe a examinar como ideologias podem ser manipuladas por um líder carismático e transformar crenças individuais em fanatismo. Alamut é considerada a obra de ficção eslovena mais popular de todos os tempos e serviu como inspiração para a criação de diversas outras mídias, como a série de jogos Assassin’s Creed.

Água fresca para as flores (Intrínseca, 480 pp, R$ 69,90 - Trad.: Carolina Selvatici) tem como personagem central Violette Toussaint. Com quase 50 anos, a zeladora coleciona fantasmas – uma infância conturbada, um marido desaparecido e feridas ainda mais profundas –, mas encontra conforto entre os rituais e as flores de seu cemitério. Sua rotina é interrompida, no entanto, pela chegada de Julien Seul, um homem que insiste em deixar as cinzas da mãe no túmulo de um completo desconhecido. Logo fica claro que essa atitude estranha está ligada ao passado difícil de Violette, e esse encontro promete desenterrar sentimentos há muito esquecidos. À medida que os laços entre os vivos e os mortos são expostos, o leitor acompanha a história dessa mulher que acredita de forma obstinada na felicidade, mesmo após tantas provações. Com sua poética ode ao cotidiano, o romance é um relato íntimo e atemporal sobre a capacidade de redenção do amor.

A jornalista Tatiana Lazzarotto apresenta, em prosa poética, no seu primeiro livro, Quando as árvores morrem (Claraboia, 164 pp, R$ 49,90), a história de um pai, uma filha e uma árvore. Após a morte repentina do pai, a narradora retorna à cidade de Província para cumprir os últimos desejos dele: recuperar a casa da família e proteger a velha árvore do quintal, já condenada, que ele não queria ver cortada. Misturando uma história ficcional de luto com suas próprias memórias (o pai morreu em 2018), a autora mostra um personagem que deixa a profissão de comerciante, quando os filhos ainda são pequenos, para trabalhar como Papai Noel profissional. A proposta de Tatiana Lazzarotto é uma narrativa madura e afetuosa sobre o luto.