A Storytel aportou no Brasil em novembro de 2018, apostando forte no crescimento do mercado de audiolivros no país. Tem construído um catálogo competente nesses anos, inclusive com conteúdos originais, e, segundo dados da própria empresa, quadruplicou o número de assinantes no último ano. E quer mais. Para isso, resolveu derrubar o preço da sua assinatura mensal de R$ 27,90 para R$ 14,90. O propósito por trás disso é, claro, ampliar a sua base de assinantes. O novo valor, aplicado a partir desta quarta-feira (1º), vale tanto para novos usuários quanto para os que já assinam a plataforma. Clique no Leia Mais e confira a íntegra desta nota.

O Radar de Licitações, seção fixa do PublishNews+, traz mais dois editais essa semana. O primeiro deles visa a contratação de empresa especializada para edição e produção de livros digitais. A licitação é dividida em dez lotes e o valor estimado chega a R$ 159.675,74. O pregão acontece no dia 08 de dezembro. Já o segundo edital tem com o objeto a aquisição de obras técnicas e o valor chega a R$ 42 mil. A disputa acontece no dia 07 de dezembro. A seção, exclusiva para os assinantes do PN+, é alimentada pelo Radar de Licitações, consultoria de Natália Vieira que, além de buscar novas licitações, presta um serviço de apoio aos editores e distribuidores interessados em vender para governos, nas mais diversas esferas de poder. Para acessar o Radar dessa semana, clique aqui.

A Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro divulgou, nesta terça-feira (30), os projetos selecionados para o seu programa de Fomento à Cultura Carioca (Foca). Ao todo, foram escolhidas 304 propostas que receberão R$ 20 milhões até o fim do ano. Dez dos projetos são na área de literatura. A Biblioteca Marginow, do Centro Revolucionário de Inovação e Arte, e a 10ª Flup ficaram aptas a receber aportes de R$ 200 mil cada. Já os projetos Literamundo, No Ponto!, Vozes Fundamentais – Oficinas Literárias e Identificando a Biblioteca Comunitária foram selecionados na faixa de R$ 100 mil. Outros quatro projetos deverão receber R$ 50 mil: Prêmio Conceição Evaristo, da Metanoia Editora; Nossas artérias, Nossas Raízes, do Imotirô; Maré de Histórias e Caravana Literária do Museu de Santa Cruz. O resultado é preliminar e os proponentes devem esperar a homologação dos seus projetos.

Depois de dez anos à frente do editorial da Alaúde, Bia Nunes de Sousa deixa o cargo de editora-sênior da empresa. O diretor da Alaúde, Antonio Cestaro, disse ao PublishNews que “Bia é uma excelente profissional, cujo comprometimento, flexibilidade e resiliência são admiráveis” e a agradeceu pelo tempo dedicado à empresa. “Cuidei de centenas de livros em diversas linhas da não ficção, desde a prospecção até o prelo, construindo um catálogo sólido e de referência do qual tenho muito orgulho. Mas chegou a hora de buscar outros desafios no mercado editorial e me dedicar a novos projetos, seja traduzindo ou editando livros por encomenda, seja organizando clubes de escrita e leitura”, explicou Bia. O primeiro passo já foi dado no primeiro semestre deste ano, quando conduziu os debates do Fiandeiras, grupo criado para discutir atualidades sob o ponto de vista da mulher. Bia também está terminando uma pós-graduação em Gastronomia, História e Cultura e desenvolvendo um projeto de pesquisa sobre a publicação de livros de culinária. Antes de sair, Bia deixa no prelo da Alaúde três livros que merecem destaque: Contagem regressiva, da médica estadunidense Shanna Swan, sobre os efeitos nocivos do plástico na fertilidade humana; História do Brasil em 12 ingredientes e uma dose, de João Luiz Máximo e Sandro Marques, projeto desenvolvido em parceria com o Itaú Cultural; e Alimentando ideias, da pesquisadora Camila Perussello, livro-denúncia sobre os abusos da indústria alimentícia. Todos estão previstos para sair em 2022.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) elege, nesta quinta-feira (02), a sua nova diretoria para o ano de 2022. A chapa-única que concorre à presidência da entidade é encabeçada por Merval Pereira e tem Nélida Piñon como secretária-geral; Joaquim Falcão, como primeiro-secretário; Celso Lafer, como segundo-secretário, e Evaldo Cabral de Mello, como tesoureiro. A votação será para cada cargo, separadamente. Estarão eleitos os acadêmicos que alcançarem a maioria dos votos. Tal como na eleição para a admissão de novos membros, prevê-se a possibilidade da realização de até quatro escrutínios, se algum dos candidatos não atingir a maioria estabelecida. A posse se dará em duas etapas. No dia 9 de dezembro, acontece a posse administrativa e em março de 2022, a cerimônia oficial de posse.

A Galera Record, selo jovem do Grupo Editorial Record, lançou no último mês uma websérie inédita sobre o processo de criação dos livros. Idealizado por Rafaella Machado, editora-executiva da Galera Record e Everson Chaves, gerente de Marketing da casa editorial, o programa Galera a Bordo pretende revelar em 12 episódios, os bastidores de cada etapa da produção editorial na editora, desde a escrita até a chegada do livro nas mãos dos leitores. "Vamos mostrar o valor do livro de forma divertida e lúdica", conta Rafaella. Apresentado pela dupla de funcionários do marketing da editora e influenciadores Ana Rosa e Lucas dos Reis, o programa vai ao ar no canal do Grupo Editorial Record no YouTube com novos episódios a cada 15 dias. Já o roteiro é assinado pela dupla de apresentadores e pelo escritor Juan Jullian, autor da casa. Clique aqui para conferir o piloto do projeto. A websérie contará detalhes da produção de projetos especiais, como a edição em capa dura de Corte de espinhos e rosas, da autora best-seller Sarah J. Maas, e de outros títulos aguardados pelo público como Sangue e cinzas, de Jennifer L. Armentrout, e O primeiro beijo de Romeu, de Felipe Cabral. Toda a série terá tradução em libras para tornar a informação acessível. Para este ano já estão previstos quatro episódios: Autores, Aquisição, Tradução e Copidesque e Leitura Sensível e Revisão. Para 2022, estão previstos os episódios de Design, Produção, Impressão, Distribuição, Comercial, Livrarias, Marketing e Leitores. O Instagram e TikTok da Galera Record vão apresentar conteúdo extra.

A leitura é um direito tão importante que se iguala às necessidades mais básicas do ser humano – sendo assim, deve ser garantida a indivíduos de todas as idades, raças, credos, orientações sexuais e classes sociais. Hoje, porém, o Brasil vive uma guerra contra o livro. A reforma tributária, que pretende taxar sua produção e venda, pode encarecer o produto final e limitar seu acesso, é um exemplo disso. Em Livros para todos (Nova Fronteira, 288 pp, R$ 39,90), profissionais do mercado editorial e amantes das letras se juntaram para refletir sobre esse retrocesso e mostrar que não se faz um país sem editoras, livrarias e leitores. A obra é organizada por Daniel Louzada, proprietário da livraria Leonardo da Vinci, no Rio de Janeiro. Em suas páginas, editores, escritores, livreiros, jornalistas e pesquisadores se propõem a analisar historicamente a situação do livro no país, a refletir sobre o mercado editorial hoje e a difundir dados para ampliar o debate sobre o acesso à cultura. Nomes como Vitor Tavares (CBL), Marcos da Veiga Pereira (SNEL), Allan Rocha (professor de direito da UFRRJ), Martha Ribas (Janela Livraria), Ketty Valencio (Livraria Africanidades), Luiz Antonio Simas (escritor), Jorge Carrión (escritor), Xico Sá (escritor), Cidinha da Silva (escritora), Tarso Genro (ex-ministro da Educação) e Tadeu Breda (da editora Elefante) são alguns dos que colaboraram com a obra.

O Correio literário – ou simplesmente Correio, para os próximos – era uma seção do semanário Życie Literackie [Vida Literária] em que a poeta Wisława Szymborska, vencedora do Nobel de Literatura 1996, respondia às cartas dos autores estreantes que enviavam seus primeiros escritos com a esperança de serem publicados e entrarem para o panteão literário polonês. As respostas tinham por objetivo orientar e comentar os textos para além do “não publicaremos” protocolar. Para atenuar a negativa, a poeta se valia de uma peculiar ironia, como se tentasse, de um só golpe, fincar novamente ao chão os pés dos sonhadores diletantes. Mas esse tom nunca impediu reflexões profundas sobre arte, escrita e o comportamento daqueles que vivem escravos das palavras. Agora, as declarações da Nobel de Literatura estão reunidas na obra Correio literário (Âyiné, 132 pp, R$ 59,90 – Trad.: Eneida Favre), organizada por Teresa Walas. Para Szymborska, sua tentativa era fazer com que seus interlocutores refletissem “sobre o texto recém-escrito”, como também “a terem um pouco de atitude crítica em relação a si próprios”. Correio literário não é apenas uma coleção de conselhos valiosos e dicas para escritores, mas também uma ótima leitura para amantes da literatura e leitores das obras de Wisława que desejam conhecer mais suas opiniões, preferências literárias e escritores favoritos.

Considerado pelo The New York Times "a bíblia de uma geração de escritores à procura de dicas para uma prosa límpida e atrativa", Como escrever bem (Fósforo, 280 pp, R$ 69,90 – Trad.: Bernardo Ajzenberg), de William Zinsser, é mais que um manual para jornalistas, autores de não ficção e profissionais de texto: é uma boa ferramenta para todos que se manifestam pela forma escrita, seja numa reportagem, num livro ou num simples e-mail. Levando a sério os próprios ensinamentos – que já lhe renderam mais de um milhão de exemplares vendidos –, Zinsser alia no livro a precisão do texto, a força do estilo e a profundidade das ideias para transmitir aos leitores um método eficiente de lidar com as complicações da escrita. Esta tradução se baseia na edição comemorativa dos 30 anos do livro, revista à luz das inovações trazidas pela escrita na internet, e contém um capítulo sobre a redação de histórias de família e de memórias.

A definição do que seja uma boa tradução chega a ser quase um lugar comum: equivaleria a um texto fluente, transparente, livre de peculiaridades linguísticas ou estilísticas a tal ponto que reflita a personalidade, ou a intenção, ou o sentido-chave da obra correspondente na qual se baseia. Em suma: quando ele chega a fazer com que o leitor se esqueça por alguns momentos de que está lendo uma tradução. É na investigação dessa imagem aparentemente plácida, mas marcada por dificuldades e complexidades de diversas ordens, que Lawrence Venuti se detém na obra A invisibilidade do tradutor (Editora Unesp, 704 pp, R$ 159 - Trad.: Valeria Biondo, Laureano Pellegrin, Lucinéia Marcelino Villela e Marileide Dias Esqueda), desenhando um panorama do mundo das traduções, do século XVII ao presente. “Meu projeto é traçar a origem da situação em que todo tradutor para língua inglesa trabalha hoje, embora de uma perspectiva oposta, com o objetivo explícito de localizar alternativas, de mudar tal situação”, explica o autor.