Saraiva teve o seu plano de recuperação judicial homologado pelo juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo. Depois de quatro tentativas, os credores, que pressionaram muito por uma mudança na governança da empresa, aprovaram o plano no fim de agosto. A dívida declarada à Justiça é de R$ 674 milhões. O magistrado, no entanto, não concordou com um item negociado entre credores e empresa: a parte em que os acionistas minoritários e preferencialistas deveriam escolher, entre os profissionais apresentados pelos credores, um integrante do Conselho de Administração da empresa. Em sua decisão, o juiz destaca que a Lei das S/A (Lei 6.404 / 1976) reza que “estes grupos de acionistas têm direito de eleger, em votação em separado, um representante do Conselho de Administração. Esse direito não pode ser limitado ou condicionado pelo controlador ou pela assembleia geral”. Clique no Leia Mais e confira a íntegra desta nota.

A Feira do Livro de Frankfurt (16 a 20/10) abriu espaço na sua programação para debater a "Arte em tempos de Bolsonaro" e elencou dois autores brasileiros para discutir o assunto. Um deles é Alexandre Ribeiro, autor do livro Reservado, cuja edição de autor vendeu mais de mil cópias, no boca-a-boca. Na última Flip, ele foi convidado pelo governo alemão para estudar no país. O outro convidado é Fred Di Giacomo, autor de Desamparo (Reformatório), em que faz uma denúncia do massacre de indígenas na região onde mora, no interior paulista, e da violenta colonização do campo. Na descrição do evento, a feira destaca que, no último ano, 57 mil pessoas foram assassinadas; mais de 66 mil mulheres foram estupradas e a força policial matou mais de seis mil cidadãos. O texto destaca ainda que o governo de "extrema-direita" promoveu cortes nos fundos de educação e cultura e que houve uma explosão no desmatamento desde a posse de Jair Bolsonaro. Na mesa, Alexandre e Fred procurarão responder como é possível produzir arte nesse cenário distópico? A mesa acontece no dia 18 de outubro, às 14h, no palco Frankfurt Authors (Pavilhão 3.0).

A Audible, plataforma de audiolivros da Amazon, viu a sua receita do Reino Unido crescer 38% em 2018 depois de registrar um aumento de 47% nas vendas no ano anterior, noticiou The Bookseller. Os lucros também dobraram, de 3,1 milhões de libras para 6,4 milhões de libras. O resultado mostra a força crescente do mercado de audiolivros e segundo a Audible, o seu bom desempenho foi resultado de "um aumento nos ouvintes". As vendas no Reino Unido aumentaram de £ 77 milhões para £ 106,3 milhões no ano encerrado em dezembro de 2018. Já as contas registradas na Companies House mostram que a receita total aumentou 13,5%, chegando a 112,7 milhões de libras (em 2017 esse valor foi de 99 milhões de libras). Em 2018, os audiolivros foram o formato de publicação que mais cresceu, com um aumento de 13% e representando 5% de todas as compras de livros. Além disso, esse mercado dobrou sua participação nas vendas de ficção com 40% das vendas de áudio através de assinaturas, de acordo com a Nielsen BookScan.

Isto é um texto sobre vídeo. E é um texto sobre livros. No último dia 5 de setembro, saiu no The Bookseller (veículo-colega do PublishNews na Inglaterra) um artigo intitulado O futuro do vídeo no mercado editorial. O texto traz depoimentos de Peter Rossiter, que cuida da produção de vídeos da Penguin Random House. Na apresentação do artigo, Francesca Pymm, da redação do site, começa perguntando aos publishers se estão dando mesmo a devida atenção ao contínuo crescimento do vídeo como ferramenta de marketing e sustenta que o YouTube é o segundo site mais acessado no mundo atualmente, só perdendo para o Google. Nessa abertura, apresenta Rossiter com números – em três anos dele no grupo editorial, o canal de YouTube da Penguin saltou de 40 mil para 250 mil visualizações por mês. Em certo ponto, Rossiter até afirma que a exibição de vídeos longos com autores da casa resultou em aumento de vendas, mas não apresentou números a respeito – duvido que haja meio de comprovar diretamente uma coisa com outra, a não ser em alguns casos. E ele mesmo diz: "Assim como em qualquer outra estratégia, seu canal deve ter um propósito maior do que o de vender produtos". [Nota do Editor: André Argolo, que comanda a PublishNewsTV desde a sua fundação há sete anos, não se limita a resumir as ideias de Rossiter, mas vai além: faz um verdadeiro manifesto sobre como é fundamental às editoras a utilização da ferramenta vídeo. Vale a leitura da íntegra que está disponível clicando no Leia Mais].

A Casa Educação, que oferece cursos presenciais e EaD para formação de editores, comemora esse ano cinco anos de atuação com MBA e Cursos Livres de formação, preparação e revisão. Atualmente sob a direção acadêmica de Lauri Cericato, a Casa abriu as matrículas para a nova turma do curso de Formação do Editor de Livros. Com grade de 64 horas, esta edição do curso terá o seu conteúdo reformulado para atender as demandas do mercado. Assuntos como Economia do Livro, Metadados, Clubes de Assinatura, Audiolivros e Podcasts, Conteúdo para redes sociais e convidados de editoras independentes que tem feito barulho no mercado, foram inseridos na nova grade, que tem a curadoria de Maria Borin, ex-aluna da Casa, que agora auxilia os novos cursos na área de Publishing. Entre os profissionais confirmados estão nomes como: Sandra Espilotro, Paulo Verano, Wilma Moura, Laura Bacellar, Cassiano Elek Machado, Márcia Signorini, Cauê Ameni, Mônica Souza, Daniela Senador, Mila Paes, Fábio Uehara, Lilian Gaspari, entre outros, que se dividirão em 32 aulas, transmitidas ao vivo, a partir do dia 6 de novembro. As aulas acontecem às quartas e quintas, das 19h às 21h. Mais informações sobre inscrições e investimento é só clicar aqui.

A Livraria da Travessa (Rua dos Pinheiros, 513 – São Paulo / SP) recebe logo mais, às 19h, Beatriz Alves e Camila Cabete, criadoras do podcast As Desqualificadas, para um bate-papo. O tema da conversa será o livro Uma mulher não é um homem (Primavera Editorial), de Etaf Rum, e que em sua história, dá voz aos gritos reprimidos. O livro fala ainda sobre a família e as formas como o silêncio e a vergonha podem destruir aqueles que juramos proteger. A discussão sobre a obra foi iniciada no episódio 43 do podcast e será aprofundada no encontro que acontece mais tarde. O evento é gratuito.

No livro Feminismo no cotidiano (Contexto, 160 pp, R$ 33) o feminismo não é apenas mais uma teoria defendida na universidade, nem uma trincheira de políticos em busca de votos. Marli Gonçalves, combatente de primeira hora, sai uma vez mais em campo para ajudar mulheres e homens a praticar o feminismo, a lutar por uma sociedade mais justa. Marli foge dos teóricos da moda, assim como do(a)s político(a)s oportunistas. O feminismo que prega é o vivido, não apenas o pensado. A obra é ideal para mulheres e homens que queiram – ou precisem – aprender o que é mesmo esse tal de feminismo. “o feminismo é um ideal e um movimento real, uma forma de pensamento e busca de ação abrangente para promover cada vez mais a igualdade de oportunidades entre mulheres e homens.” “para começar, homens e mulheres podem e deveriam se declarar feministas. A sociedade justa precisa ser construída por todos. Feminista é adjetivo bom para se definir, para chamar alguém, seja mulher ou homem.” “as mulheres querem ter o direito de escolher. As lutas feministas começam, entendam todos, definitivamente, por uma palavra só, comum: liberdade.”

No livro Guia da garota boazinha para ser uma escr*ta (Gryhus Geek, 176 pp, R$ 34,90 – Trad.: Miguel Damian Ribeiro Pessoa), a escritora Alexandra Reinwarth ensina às leitoras a colocarem suas vidas nos eixos, indicando como parar de procurar desculpas para tudo, preocupando-se menos em ser mais agradável, mais calma ou mais paciente. “Aprenda a dizer o que você quer, peça o que você precisa e obtenha a vida que você merece”, diz a autora. O guia mostra como coisas aparentemente pequenas podem ter um impacto enorme na qualidade da vida diária. Neste livro, o leitor aprenderá a sair da zona de conforto e conseguir ser a própria solução de seus problemas. Alexandra aponta como abraçar suas próprias necessidades e desejos e como ter coragem para alcançar o sucesso pessoal.