Desde o ano passado, o National Book Awards, uma das premiações literárias mais tradicionais dos EUA, criou um prêmio específico para livros traduzidos. A vencedora da primeira edição foi a romancista polonesa Olga Tokarczuk, autora do livro Flights, traduzida pra o inglês por Antonia Lloyd-Jones. Nesta terça-feira (17), a fundação responsável pelo prêmio divulgou os indicados para a edição de 2019 e o nome de uma brasileira aparece na lista. É a jornalista e escritora Eliane Brum, que concorre com o livro The collector of leftover souls - Field notes on Brazil’s everyday insurrections, uma coletânea pensada especialmente para o público norte-americano que inclui textos publicados no Brasil em livros como A vida que ninguém vê e O olho da rua, ambos publicados aqui pela Arquipélago Editorial. Nos EUA, o livro foi traduzido por Diane Grosklaus Whitty e publicado lá pela Graywolf Press. Eliane Brum está na disputa com nomes como Naja Marie Aidt (Dinamarca), Scholastique Mukasonga (Ruanda), Nona Fernández (Chile), Vigdis Hjorth (Noruega), Khaled Khalifa (Síria), Yoko Ogawa (Japão), László Krasznahorkai (Hungria), Olga Tokarczuk (Polônia) e Pajtim Statovci (Finlândia). Os finalistas serão anunciados no dia 8 de outubro e os vencedores serão anunciados no dia 20 de novembro, em uma cerimônia em Nova York. Clique no Leia Mais para conferir a íntegra desta nota.

A PublishNewsTV dessa semana recebeu Fernando Nuno, músico, jornalista e - por um acidente do destino, como ele mesmo faz questão de dizer – editor. Nuno foi editor do Círculo do Livro, que lá em 1973, funcionava como um clube de assinatura de livros e que hoje serve de inspiração para modelos como o da TAG e Leiturinha. No bate-papo com André Argolo, ele falou sobre sua paixão pelos Beatles, pela escrita literária, pelas pessoas com quem convive e conviveu no mundo do livro. O Círculo do Livro, aliás, não poderia ficar de fora da conversa, já que foi um marco para a história do livro no país. O programa traz também Leonardo Neto em uma conversa com Bernardo Gurbanov, nos intervalos da Convenção Nacional de Livrarias e o fim do desafio de leituras de Maju Alves. Clique no Leia Mais para assistir ao programa.

Desde 2016, editoras ligadas à Liga Brasileira de Editoras (Libre) podem concorrer a um espaço no estande brasileiro em Frankfurt, montado pelo Brazilian Publishers (BP), projeto setorial fruto da parceria entre a Câmara Brasileira do Livro (CBL) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). O BP cede o espaço gratuitamente e a editora pode explorar esses espaço para mostrar seu catálogo e ainda agendar reuniões. Para esse ano, a editora selecionada foi a Dublinense. Gustavo Faraon, editor da casa, adianta que a sua expectativa é apresentar alguns títulos de autores do catálogo da Dublinense ao mundo. “Boto fé em livros como Setenta, do Henrique Schneider, vencedor do Prêmio Paraná de Literatura e que aborda a tortura no Brasil, e também Os donos do inverno, romance do Altair Martins que é um livraço sobre relação entre irmãos e que percorre Brasil, Uruguai e Argentina”, completou. Por falar em Libre e na internacionalização de suas editoras, a entidade organiza o Dia do Editor, que abre a Primavera Literária do Rio de Janeiro, marcada para acontecer de 3 a 6 de outubro, no Museu da República (Rua do Catete, 153). Na programação, está prevista a mesa Meu livro imigrante: apresentando o cenário e soluções para internacionalização do livro, que reunirá Fernanda Dantas (BP / CBL), André Bacil (Bibliomundi), Sintia Mattar (Trevisan & Mattar) e Beatriz Alves (HaperCollins). A mediação fica por conta de Ricardo Costa (Metabooks).

O Prêmio IPL – Retratos da Leitura escolheu Pedro Bandeira como patrono da sua quarta edição. Organizado pelo Instituto Pró-Livro (IPL), o prêmio busca dar reconhecimento a projetos de incentivo à leitura e de formação de leitores nas categorias Empresas da cadeia produtiva do livro; Organizações sociais; Mídias; Bibliotecas públicas e comunitárias. Em entrevista ao Portal do IPL, o escritor comentou: “Minha vida sempre foi dedicada ao livro. Portanto, este convite veio ao encontro do meu trabalho, não só como autor, mas também como divulgar do saudável hábito da leitura. Sempre fui um soldado raso, e passar dois anos como general da banda da luta pela leitura dos brasileiros só pode me orgulhar”. As inscrições poderão ser feitas por meio da Plataforma Pró-Livro até o próximo dia 26. Projetos já cadastrados ou finalistas nas edições anteriores podem concorrer novamente, mas não estão automaticamente inscritos. É necessário fazer a inscrição para concorrer à edição de 2019. A entrega do prêmio acontecerá em dezembro.

O Instituto Estadual do Livro do Rio Grande do Sul (IEL - RS) divulgou as obras finalistas do Prêmio Minuano de Literatura 2019, em dez categorias, publicadas no decorrer do ano passado. O prêmio tem como objetivo ressaltar e reconhecer a produção literária gaúcha, contribuindo para sua divulgação e para o incentivo à leitura e à produção escrita. Em sua 2ª edição, a iniciativa, realizada em parceria com o Instituto de Letras da UFRGS e com apoio da Fundação Theatro São Pedro (Praça Mal. Deodoro, s/n - Porto Alegre / RS), terá o resultado conhecido durante a Feira do Livro de Porto Alegre no dia 6 de novembro, às 19h, na Sala de Música do Theatro São Pedro. Na categoria Crônica, Martha Medeiros concorre com o livro Quem diria que viver ia dar nisso (L&PM), junto com Emir Rossoni e o livro Caixa de guardar vontades (Telucazu), e Vitor Necchi com a obra Não existe mais dia seguinte (Taverna). Em romance, concorrem as obras Tupinilândia (Todavia), de Samir Machado de Machado; Brava Serena (Não Editora), de Eduardo Krause; e Estela sem Deus (Zouk), de Jeferson Tenório. Em quadrinhos, a editora Avec é a única da categoria concorrendo com as obras Adagio, Silas e Born Cartolla e a categoria especial conta ainda com a participação de Cristovão Tezza, que concorre com a obra Literatura à margem (Dublinense). Clique no Leia Mais para conferir a lista completa dos finalistas.

Estão abertas até esta sexta (20), as inscrições para o II Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantojuvenil e para o V Prêmio Cepe Nacional de Literatura. O primeiro prêmio selecionará obras na categoria Infantil (para leitores iniciantes, de 6 a 8 anos) e Infantojuvenil (para leitores fluentes, de 10 a 12 anos). Já o V Prêmio Cepe selecionará obras nas categorias Romance, Conto e Poesia. Os certames são realizados pela Companhia Editora de Pernambuco, que destinará um total de R$ 90 mil em premiações, além da publicação das obras vencedoras. Poderão concorrer aos prêmios literários escritores brasileiros, residentes no país, ou no exterior, bem como estrangeiros naturalizados que vivam no Brasil. Cada candidato poderá inscrever apenas uma obra que deverá ser inédita. A quinta edição do Prêmio Cepe Nacional de Literatura prevê o pagamento de R$ 20 mil para cada vencedor nas categorias previstas no concurso. Já para o II Prêmio Cepe Nacional de Literatura Infantojuvenil os valores são de R$ 10 mil para cada categoria. Os interessados podem acessar os editais clicando aqui. O anúncio dos resultados será feito até o dia 20 de fevereiro de 2020.

Apesar de ocuparem lados opostos do espectro político, Winston Churchill e George Orwell compartilhavam um valor em comum: a defesa da liberdade individual. Escrita pelo vencedor do Prêmio Pulitzer Thomas E. Ricks, essa atualíssima biografia dupla se concentra no período crucial da vida de Churchill e de Orwell: os anos 1930 e 1940, da ascensão dos nazistas até o rescaldo da Segunda Guerra Mundial. Hoje, impressiona testemunhar quão solitária era a posição dos dois num momento em que a Europa parecia destinada à ditadura, fosse nazifascista ou comunista. Churchill & Orwell (Zahar, 352 pp, R$ 69,90 – Trad.: Rodrigo Lacerda), mostra que apresentados como um par complementar, o político marginalizado em busca de redenção e o grande escritor ainda em formação trabalharam pelo mesmo objetivo, embora nunca tenham se encontrado.

Quem foi o homem e o imperador D. Pedro II? Que anseios e frustrações se escondiam por trás da aparência impassível e ascética do monarca, que assumiu o trono aos 14 anos? Que impacto teve a partida de D. Pedro I para Portugal sobre o herdeiro do Império, então com apenas seis anos e já órfão de mãe? Como ele enfrentou o exílio e morreu pouco tempo depois de deixar o Brasil, em 1889? Qual foi o legado de seu longo governo? Munido de vasta documentação, o historiador brasilianista Roderick Barman reconta na obra Imperador cidadão (Imprensa Oficial / Editora Unesp, 624 pp, R$ 98 – Trad.: Sonia Yamamoto) a vida do último imperador do Brasil, D. Pedro II – para ele o responsável pela construção do Estado nacional brasileiro. O livro, Barman enfatiza a longevidade e a firmeza da gestão do monarca, relacionando-as à sua personalidade e ao sistema de governo.