Em 2017, a MVB, empresa irmã da Feira do Livro de Frankfurt e sócia – com a Câmara Brasileira do Livro (CBL) – da Metabooks no Brasil, comprou da Nielsen a Pubnet, serviço que organiza os processos entre editoras e varejistas de livros. Por meio de um protocolo de troca eletrônica de dados (EDI, do inglês eletronic data interchange), a Pubnet permite que varejistas façam seus pedidos e que eles sejam encaminhados, dentro de padrões globais, aos editores. A ideia é melhorar o desempenho e a eficiência: varejistas, por meio de um sistema simples, podem acessar todos os editores mais relevantes para o seu negócio, enquanto os editores terão a sua relação simplificada com estes players. Pela Pubnet, varejistas e editores podem acompanhar as encomendas, as confirmações de pedidos, o aviso de remessa e até a emissão da fatura. A aposta é que a automação do envio e do recebimento desses processos pode reduzir os custos e o tempo gasto com digitação de informações e com trocas de e-mails. Durante a Bienal do Livro do Rio, a Metabooks apresentou o serviço aos brasileiros. Editoras - independentemente se já fazem ou não parte do catálogo da Metabooks - já podem aderir à Pubnet mediante uma taxa anual baseada no uso. Para os varejistas, há uma taxa de instalação e estão livres de anualidades. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra desta nota.

O Grupo Autêntica aproveitou a Bienal Internacional do Livro do Rio para apresentar o seu novo selo: o Yellowfante, que vai reunir todo o seu catálogo infantil. Coordenado pela editora Sonia Junqueira, o novo selo vai abrigar os títulos já lançados nessa categoria e ainda receber 10 lançamentos até o fim de 2020. O primeiro título será Inventadeira de besteira, eu?!, da própria editora. O livro, aliás, foi o responsável pela escolha do nome Yellowfante. Foi tirado de uma brincadeira de adivinhação bastante conhecida que reúne palavras do inglês e do português para designar um ser fantástico, que ganha vida no imaginário infantil. Novidade também é que a editora passou a ter uma gestão comercial de seu catálogo, sob o comando de Telma Kobori, encarregada da divulgação escolar do Yellowfante e já contando com seis divulgadoras e parceiros em atuação no país.

Depois de ser processada por editoras americanas por conta do seu novo programa, o Audible Captions, que colocará legenda nos seus audiolivros, a Audible, plataforma de audiolivros da Amazon, vai excluir, por enquanto, o recurso de obras dessas editoras que foram autoras do processo. Para a Association of American Publishers (AAP) a Audible quer "forçar intencionalmente um produto não autorizado, a interferir e competir com os mercados já consolidados" infringindo assim, a lei dos direitos autorais. Por conta de uma medida apresentada no tribunal federal no dia 28 de agosto, a empresa aceitou excluir obras de um grande grupo de editoras do seu novo programa até que a questão dos direitos autorais seja resolvida. Além disso, a Audible apresentará sua resposta ao processo das editoras até 13 de setembro. O Audible Captions foi programado para começar a funcionar em 10 de setembro e ainda pode ser iniciado para trabalhos para os quais não há problemas de permissão (incluindo, por exemplo, títulos publicados pela Audible, da Amazon e trabalhos de domínio público). Títulos de editores que não fizeram parte da ação também podem ser usados no programa, embora seja possível que, se um editor contatar a Audible, eles possam excluir seus títulos do programa até que a questão legal seja resolvida.

O Booker Prize anunciou a lista dos seis finalistas da sua edição de 2019. Dentre os selecionados estão nomes de peso como Margaret Atwood, que já levou o prêmio em 2000 e Salman Rushdie, premiado em 1993. Atwood concorre com a obra The testaments, continuação de O conto da aia e que será lançado no próximo dia 10. Já Rushdie foi nomeado por conta do livro Quichotte, uma reformulação do clássico Dom Quixote onde o personagem principal é um vendedor ambulante que dirige pela América. Quem também está entre os finalistas é o autor Chigozie Obioma, dono da obra Uma orquestra de minorias (Globo Livros); Lucy Ellmann, com Ducks, Newburyport; a escritora britânica-nigeriana Bernadine Evaristo, com Girl, woman, other, que conta as histórias de 12 mulheres em uma mistura de poesia e prosa; e Elif Shafak com o livro 10 minutes 38 seconds in this strange world, no qual uma prostituta assassinada relembra sua vida enquanto ela está morrendo em um aterro sanitário. O vencedor do prêmio será conhecido no dia 14 de outubro e levará para casa £ 50 mil.

No último episódio da Audioteca Paraty, projeto que trouxe os áudios das mesas que compuseram a programação da Casa PublishNews este ano na Flip e deu mais uma chance para quem não pôde estar no evento de ouvir o que foi discutido por lá, você ouve a mesa Os segredos da autopublicação. Essa mesa reuniu os autores Luisa Peleja, que escreveu a obra Em busca da nossa melhor versão; PJ Maia, autor de Espírito perdido; Patrícia Pappalardo, autora do livro Adonis & Afrodite, e A. N. Bruno, autor da obra A escolha de Gundar. Os quatro decidiram seguir pelo caminho da autopublicação e escolheram a editora Labrador para ajudar nesse processo. Nessa conversa, mediada pela gerente de marketing da editora, Stephanie Winkler, eles falaram sobre suas experiências nessa modalidade, contaram o porquê de optaram por esse modelo, se o investimento realmente valeu a pena e se o resultado atendeu às suas expectativas. Uma mesa para entender melhor sobre a autopublicação e o papel da Labrador nesse processo. Clique no Leia Mais para ouvir o programa.

Taty Leite, uma das ganhadoras do Prêmio Jovens Talentos 2019, é a coordenadora da segunda turma do curso de Marketing digital para editoras da LabPub, escola 100% EaD com cursos voltados para o mercado editorial. O enfoque das aulas está nas redes sociais, no planejamento, nas métricas e na parte prática da divulgação e venda. Todo mundo usa internet e redes sociais, mas ainda usamos muito do “achismo” e vamos fazendo conforme a necessidade. No curso, o aluno aprenderá, de forma prática, a usar números, planejamento e comunicação para divulgar e vender seus livros. Sempre com muitos cases de editoras, que deram certo ou errado. Até esta terça-feira (03), os interessados em se inscrever no curso terão desconto, de R$ 1.290 por R$ 690 dividido em seis parcelas. As aulas começam no dia 14 de outubro e acontecem às segundas e quartas-feiras, das 19h às 21h10. Além da Taty Leite, o curso terá professores como Luciana Fracchetta, Pedro Pacífico, Felipe Brandão e Andréia Custódio.

Dos maiores autores da ficção especulativa mundial, Mundos apocalípticos (Minotauro / Planeta, 496 pp, R$ 89,90 – Trad.: Rogerio Galindo e Rosiane Correia de Freitas) explora o científico, o psicológico e o filosófico do que é permanecer humano diante do Armagedom, Fome, Morte, Guerra e Peste: os Quatro Cavaleiros do Apocalipse, o presságio do Fim dos Dias. Esses são os pilares das histórias contidas nesta coletânea. Desde Blade Runner a Mad Max, passando por Cântico para Leibowitz e Black Mirror, escritores e roteiristas de todos os cantos como Stephen King, Octavia E. Butler, George R. R. Martin, Orson Scott Card, Cory Doctorow, Gene Wolfe, Jonathan Lethem, entre outros, se dedicaram a especular a respeito do fim do mundo. Ao longo de muitos anos, imaginaram cenários catastróficos, onde imperam o caos, o desespero e a calamidade. Seja falando de uma hecatombe nuclear, da iminente mudança climática ou de um cataclismo vindo do espaço, esses visionários abordaram um dos mais desafiadores e permanentes temas da ficção especulativa: a natureza da própria vida, posta à prova diante de um colapso social completo. A obra foi organizada por John Joseph Adams.

Em Inspeção (Intrínseca, 416 pp, R$ 49,90 – Trad.: Carolina Selvatici), novo livro de Josh Malerman, autor de Caixa de pássaros, rapazes vivem confinados em uma realidade artificial, na qual não existem mulheres, com o objetivo de que se transformem em gênios em diversos campos do conhecimento. No alto de uma torre, situada nas entranhas de uma floresta no Michigan, J é um desses 26 meninos trancafiados que só podem ter contato com as outras pessoas que vivem ali. A vida acadêmica é tudo o que conhecem — e tudo o que lhes é mostrado como realidade possível. Mas J suspeita da existência de algo mais fora dali, para além da torre em que vive, algo que não querem que ele veja. É então que começa a se questionar: qual é o verdadeiro propósito daquele lugar? Por que os alunos não podem sair? E que segredos estão escondendo deles? Enquanto isso, do outro lado da floresta, em um internato muito parecido com o de J, uma jovem chamada K vem se fazendo as mesmas perguntas. Ao investigar os mistérios por trás de suas estranhas escolas, talvez os dois acabem descobrindo algo que não deveriam.