O compositor e escritor Chico Buarque foi o vencedor da 31ª edição do Prêmio Camões de literatura. O anúncio foi feito na sede da Biblioteca Nacional, no Rio, na tarde da última terça (21), pela presidente da instituição, Helena Severo, após quase duas horas de reunião do corpo de jurados. Chico, primeiro músico a ser eleito pelo prêmio literário, vai receber € 100 mil (aproximadamente R$ 452 mil), uma premiação oferecida pelos ministérios da Cultura de Portugal e do Brasil. O Prêmio Camões de Literatura foi instituído em 1988 com o objetivo de consagrar um autor de língua portuguesa que, pelo conjunto de sua obra, tenha contribuído para o enriquecimento do patrimônio literário e cultural de nossa língua comum. Em nota, o júri justificou a escolha de Chico por conta de sua "contribuição para a formação cultural de diferentes gerações em todos os países onde se fala a língua portuguesa". João Cabral de Melo Neto foi o primeiro brasileiro a ganhar o prêmio em 1990, seguido por Raquel de Queiroz (1993), Jorge Amado (1994), Antonio Cândido (1998), Autran Dourado (2000), Rubem Fonseca (2003), Lygia Fagundes Telles (2005), João Ubaldo (2008), Ferreira Gullar (2010), Dalton Trevisan (2012), Alberto da Costa e Silva (2014) e Raduan Nassar (2016).

A autora Jokha Alharthi e sua tradutora Marilyn Booth venceram o Man Booker International Prize 2019 por conta do livro Celestial bodies. A obra conta sobre as conexões familiares e a história de amadurecimento de irmãs omanis. A presidente da comissão julgadora, Bettany Hughes, disse que a obra de Alharthi conquista a cabeça e o coração em igual medida. “O entrelaçamento de vozes e cronogramas é muito bem servido pelo ritmo do romance. Sua arte delicada nos leva a uma comunidade ricamente imaginada. – abordando assim, questões profundas de tempo e mortalidade e aspectos perturbadores de nossa história compartilhada", definiu. Já Alharthi chamou o prêmio de "uma grande honra" e reconheceu que a questão da escravidão no passado recente de Omã, abordada no romance, era "sensível". "Mas a literatura é uma plataforma para discutir assuntos delicados", disse. Alharthi é a primeira escritora do Omã a ser traduzida para o inglês e a primeira autora do Golfo Pérsico a ganhar o prêmio. O prêmio de £ 50 mil será dividido igualmente entre autora e tradutora.

A PublishNewsTV recebeu a jornalista e Youtuber, Tatiany Leite para participar da nossa entrevista semanal. Taty está em todo lugar, além de comandar o canal Vá ler um livro, participa de podcasts, de outros canais no youtube - como é o caso dessa entrevista - já apresentou ao lado de Felipe Sali, a última edição do Jabuti pelas redes sociais, e foi convidada a pedido da Câmara Brasileira do Livro e Fundação Padre Anchieta para apresentar um programa na TV Cultura. Taty falou sobre a relação que tem com sua família e a importância dela na sua formação. “Sou muito ligada às questões da minha família porque foi por conta dela que eu me descobri na literatura, no jornalismo e em várias questões”, contou. Com tantos nomes de peso, não podia ser diferente: Seu avô é irmão da poeta Ana Cristina Cesar, os dois, filhos do sociólogo Waldo Aranha Lenz Cesar, e sua avó é Gabriela Leite, criadora da Daspu. Crescer numa família diversa, comunicativa e totalmente ligada à literatura fez diferença na vida de Taty que contou como decidiu que queria ser jornalista – profissão que escolheu aos sete anos de idade -. Ela também explicou detalhes de como é cuidar do seu canal no youtube e a importância de disseminar a leitura. Clique no Leia Mais para assistir ao programa.

A editora Globo Livros está à procura de um assistente de comunicação e marketing. Para vaga é necessário ter ensino superior completo em áreas de comunicação; inglês intermediário ou avançado; mais de seis meses de experiência na área; ter conhecimento de diferentes tipos de mídias; e ter disponibilidade para viagens. Dentre as responsabilidades do cargo estão o apoio à equipe de comunicação; no planejamento e implementação das ações para divulgação da marca; atualização do site; colaborar com a produção de eventos literários; elaborar briefings; e auxiliar no desenvolvimento de materiais de apoio para a área comercial. Os currículos devem ser enviados para o e-mail channoun@edglobo.com.br.

Nos últimos meses a Alta Books fez algumas aquisições editoriais importantes, incluindo obras recentes da lista do The New York Times, o que trouxe para o catálogo da editora autores renomados, como Ben Shapiro com o best-seller O Lado certo da história e as obras A segunda montanha: a busca por uma vida moral e a A estrada para o caráter, ambas escritas pelo influenciador e colunista internacional, David Brooks. Outras grandes apostas da mesma lista incluem as obras Hábitos atômicos, escrito por James Clear; O meu melhor, de Mike Bayer; Minimalismo digital: vivendo melhor com menos tecnologia, obra de Cal Newport; O complô para destruir a democracia, do autor Malcolm Nance; Nunca o Suficiente, de Judith Grisel; MAID, de Stephanie Land, entre outros. Além de todas as novas obras, a Alta Books destaca a aquisição dos direitos novo livro Beyond Mere Order, nova obra do Dr. Jordan Peterson (foto ao lado), autor do best-seller mundial 12 regras para a vida. Sobre os autores nacionais, a editora prepara o novo livro dos palestrantes José Salibi e Sandro Magaldi, O que as escolas de negócios não ensinam e o novo livro do autor, palestrante e influenciador Walter Longo, que será lançado durante a Bienal do Rio. A meta da Alta Books é publicar 220 novos livros nos próximos 12 meses e projeta crescer 40% em 2019. Ao mesmo tempo, as aquisições de catálogo e ativos editoriais de outras editoras continuam nos planos da editora.

A Associação Brasileira das Editoras Universitárias (Abeu) elegeu na última semana, durante a 32ª Reunião Anual da Abeu, sua nova diretoria para o biênio 2019-2021. Na presidência, no lugar de Marcelo Di Renzo, assume Rita Virgínia Argollo, da Editus - Editora da UESC. A nova diretoria assume com o compromisso de manter as ações de apoio ao livro universitário, propagando a troca de experiências entre as editoras associadas. Clique no Leia Mais para conferir a composição completa da diretoria

A Kapulana noticiou na manhã desta quarta o falecimento do escritor e ativista queniano Binyavanga Wainaina, de 48 anos. A Kapulana publicou, em novembro de 2018, a obra Um dia vou escrever sobre este lugar, em que ele entrelaça suas memórias de infância, adolescência e vida adulta à história contemporânea do continente africano. Wainaina estudou Administração na África do Sul, mas desistiu do curso, lendo vorazmente e fazendo trabalhos temporários até perceber que sua vocação era, de fato, a escrita. Seu texto “Discovering home”, sobre uma viagem com a família para Uganda, ganhou o “Caine Prize for African Writing”, em 2002, importante prêmio que reconhece o talento e a promessa de autores africanos de língua inglesa. O autor faleceu na última terça (21) e o motivo não foi revelado.

As personagens dos vinte e um contos magistrais reunidos em Mulheres difíceis (Globo Livros, 240 pp, R$ 44,90) vivem tanto cercadas por privilégios quanto na pobreza, estão em casamentos amorosos ou criminosos, são assombradas pela chantagem emocional ou pelos fantasmas que habitam suas próprias mentes. Entre elas, estão uma mulher casada que finge não ver quando o marido troca de lugar com seu irmão gêmeo; uma universitária que faz um bico como stripper e tenta afastar um cliente “excessivamente zeloso”; uma engenheira negra que se muda a trabalho para uma cidade majoritariamente branca e enfrenta a perversa curiosidade de seus colegas e a dificuldade de deixar o passado para trás. De um clube da luta para garotas a um condomínio de luxo na Flórida, onde a principal ocupação dos vizinhos é investigar a vida alheia, Roxane Gay, uma das principais vozes do feminismo atual, dá voz a um coro de mulheres inesquecíveis — muitas das quais refletem traços da sua própria trajetória —, compondo um panorama impressionante e ousado do que é ser mulher nos dias hoje.

De que maneira a literatura infantil contemporânea está dialogando com os conflitos de agora através da questão da mulher? Hoje, mais do que nunca, é preciso saber pensar e recuperar a capacidade de reconstruir conceitos em uma perspectiva humanista. Ao privilegiar três nomes da literatura infantil brasileira – Lygia Bojunga Nunes, Marina Colasanti e Ciça Fittipaldi –, O renascimento de Vênus (Sesi-SP, 160 pp, R$ 64) de autoria de Gloria Pondé, ilustra como o atributo masculino e o feminino disputam entre si, além de trazer informações que possibilitam o entendimento dos papéis da mulher em várias situações históricas e apontar caminhos para a reconstrução de práticas sociais e políticas mais justas e harmoniosas.