A GfK e a Associação Nacional de Livrarias (ANL) acabam de publicar o segundo relatório de 2019 com os números de vendas de livros em livrarias, supermercados e lojas de autoatendimento. O relatório, que cobre o período de 4 de fevereiro a 2 de março, mostra que houve queda importante tanto em faturamento (-16%) quanto em volume (-20%). Em números absolutos, quer dizer que as varejistas monitoradas pelo instituto de pesquisa venderam no período 3,6 milhões de exemplares o que redundou em faturamento de R$ 191,2 milhões. Em igual período do ano passado, a GfK tinha apurado a venda de 4,6 milhões de unidades e faturamento de R$ 227,8 milhões. A queda acumulada em 2019 já é de 22,9% em volume e de 21,7% em valor. Clique no Leia Mais e confira a íntegra desta nota.

Escritora, teórica, psicóloga e artista interdisciplinar, Grada Kilomba é a quinta presença confirmada na 17ª Flip (10 a 14/07). A portuguesa – com origens em Angola e São Tomé e Príncipe – é autora de Memórias da plantação: Episódios do racismo cotidiano, que será lançado no Brasil durante a Festa Literária pela Editora Cobogó. O livro, publicado originalmente em 2008, analisa e desvela a atemporalidade do racismo cotidiano, preenchendo lacunas sobre o tema e estabelecendo conexões entre raça, gênero e classe. Importante representante do feminismo negro, Grada realiza um trabalho híbrido que usa como suporte livros, performances, leituras, colagens, filmes e instalações. “O trabalho de Grada Kilomba transita por muitos meios diferentes: está na academia e nos palcos de teatro, em bienais de artes plásticas e nos livros. De modo análogo, suas criações ocupam lugares dinâmicos, elas não se deixam fixar: passam por questionamentos sociais amplos bem como pela atenção às memórias, aos afetos e à intimidade. Além disso, sendo ao mesmo tempo europeia e filha de africanos, tem uma posição singular a partir de onde observar o mundo”, afirma Fernanda Diamant, curadora do Programa Principal.

A 10ª edição do Catálogo Ibero-América Ilustra 2019, que reúne os mais conceituados ilustradores e jovens talentos da área, está com inscrições abertas. Realizado pela Fundação SM, em parceria com a Feira Internacional do Livro de Guadalajara (FIL), a iniciativa pretende construir uma rede para propagar obras de ilustradores ibero-americanos de livros para crianças e jovens. Podem participar ilustradores com publicações infantis e juvenis, maiores de 21 anos e nascidos em território ibero-americano. O importante é que as séries de ilustrações (mínimo de três e máximo de cinco ilustrações) tenham uma sequência narrativa consistente. Além de US$ 5 mil, o vencedor realizará uma ilustração original para a capa do 10º Catálogo Ibero-América Ilustra e irá colaborar com o desenho da convocatória da 11º edição do catálogo, em 2020. O prazo para as inscrições vai até o dia 26 de abril e podem ser realizadas individualmente ou em grupo pelo site do catálogo. O vencedor será anunciado no dia 31 de julho de 2019 e a primeira exposição das obras selecionadas será realizada no México, entre os dias 30 de novembro e 8 de dezembro, durante a Feira Internacional do Livro de Guadalajara. Já a cerimônia de premiação acontecerá no dia 3 de dezembro, na FIL.

A Feira do Livro de Bolonha anunciou ontem (1º) os vencedores da sétima edição do Bologna Prize Best Children´s Publihshers of the year e, de novo, não foi a vez da Companhia das Letras. A editora brasileira concorria com outras quatro editoras da América Central e do Sul, e a escolhida foi a argentina Limonero. A Feira de Bolonha também anunciou ontem que se uniu à Feira Internacional do Livro de Moscou para realizar um novo projeto: realização da nova Feira Internacional do Livro Infantil da Rússia. A ideia é que a feira seja anual e que sua primeira edição seja realizada em 2021, tendo a participação de editores internacionais e empresas de educação e entretenimento de todo o mundo. Clique no Leia Mais para ter acesso à íntegra dessa nota.

A LabPub está com as inscrições abertas para a segunda edição do curso Fundamentos de Roteiro de Narrativa. Ministrado pelo cineasta e escritor, Marcos DeBrito, o curso é destinado para quem já pensou em escrever um roteiro para cinema, quem já imaginou transformar seu livro num filme ou até para quem gostaria de aprender como construir uma boa narrativa. O propósito é que o aluno termine o curso não apenas com toda a base narrativa para contar uma ótima história, mas que também consiga escrever sua ideia como roteiro cinematográfico e entender todos os processos de uma produção audiovisual. No formato EaD gravado, o aluno tem o prazo de 60 dias para assistir as aulas e fazer os dois exercícios propostos. Marcos DeBrito analisará o roteiro escrito pelo aluno e fará seus comentários por escrito. O aluno também receberá como parte do material do curso o e-book exclusivo Criando mundos, escrito pelo professor e que traz os principais pontos que serão vistos nas aulas.

Os professores que atuam na Educação Básica ou os estudantes de graduação das áreas de Letras e Artes que desejam conhecer novas estratégias para aplicar em sua sala de aula, já podem se matricular no curso Leituras indicadas: Estratégias para a sala de aula. Ministrado pela professora Alessandra Magalhães, o curso dividido em dois módulos apresentará as metodologias ativas para motivar a leitura e análise aprofundada dos livros indicados para o vestibular da Uerj 2020. No primeiro, serão apresentados os livros exigidos nos exames de qualificação, e no segundo os exigidos no exame discursivo. Haverá sugestões de atividades criativas, interdisciplinares e elaboração de questões. As aulas acontecem nos dias 4 e 11 de abril, das 19h às 21h, no Espaço Tribo Coworking (Av. Nossa Sra. de Copacabana, 1072 – Rio de Janeiro / RJ). Para mais informações é só mandar e-mail para alessandrademagalhaes@yahoo.com.br.

No Centro Hospitalar Psiquiátrico de Barbacena, conhecido apenas por Colônia, ocorreu uma das maiores barbáries da história do Brasil. Fundada em 1903, a instituição recebeu por décadas centenas de pessoas diariamente para uma viagem sem volta. Os pacientes, muitas vezes sem diagnóstico de doença mental, eram submetidos a condições desumanas com o consentimento do Estado, de médicos, funcionários e sociedade. Pelo menos 60 mil pessoas morreram entre os muros do Colônia, a maior parte entre as décadas de 1960 e 1970. Holocausto brasileiro (Intrínseca, 288 pp, R$ 49,90) vendeu mais de 300 mil exemplares no Brasil e Portugal e agora ganha uma nova edição, pela Intrínseca, com posfácio escrito pela autora e novo projeto gráfico. O centro recebia diariamente, além de pacientes com diagnóstico de doença mental, homossexuais, prostitutas, epiléticos, mães solteiras, meninas problemáticas, mulheres engravidadas pelos patrões, moças que haviam perdido a virgindade antes do casamento, mendigos, alcoólatras, melancólicos, tímidos e todo tipo de gente considerada fora dos padrões sociais. Para o livro, a jornalista Daniela Arbex entrevistou ex-funcionários e sobreviventes para resgatar de maneira detalhada e emocionante as histórias de quem viveu de perto o horror perpetrado por uma instituição com um propósito de limpeza social comparável aos regimes mais abomináveis do século XX.

Século XVII, baía de Massachusetts, Nova Inglaterra. A puritana aldeia de Salem assistiu à execução de 14 mulheres, cinco homens e dois cachorros – todos acusados de bruxaria. A feitiçaria se materializou em janeiro, o primeiro enforcamento ocorreu em junho, tudo terminou em setembro. Depois dos julgamentos, fez-se um silêncio crivado de culpa. Com base em meticulosa pesquisa, a renomada jornalista Stacy Schiff, vencedora do Pulitzer, reconstitui com precisão histórica e prosa vibrante os acontecimentos daquele ano sombrio e o surto coletivo que desencadeou o drama das bruxas de Salém. As bruxas (Zahar, 324 pp, R$ 89,90) é a história verídica de um episódio incontornável, aqui revelado em detalhes por uma das mais aclamadas escritoras da atualidade. Um retrato vívido e emocionante de uma época e um capítulo distópico do passado norte-americano.