Em 2015, o deputado Ezequiel Teixeira (SD/RJ) apresentou no Congresso Nacional projeto de lei (PL) que quer obrigar editoras e distribuidoras a disponibilizarem, sem custo adicional, a versão digital de livro físico adquirido pelo consumidor identificado na nota fiscal. Depois de um longo período de hibernação na Comissão de Cultura (CCULT) da Câmara, o deputado Celso Pansera (PT/RJ) apresentou relatório recomendando a aprovação da matéria. Demonstrando desconhecer o processo de produção e distribuição de um livro digital, o relator defendeu em seu voto que “a disponibilização gratuita em formato digital nada mais seria que um mero desdobramento do produto já adquirido pelo consumidor, sendo incapaz de gerar qualquer custo para a editora ou distribuidora nos casos em que há comercialização do formato digital”. A matéria foi aprovada em sessão. O PublishNews ouviu profissionais e especialistas no segmento para entender as consequências de uma possível aprovação do projeto. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra desta nota.

Já que o assunto é justamente a produção do livro digital, a Editora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (EDUERJ) prepara para os dias 6 e 7 de dezembro de 2018 o 1º Simpósio Internacional de Produção Digital. O objetivo do evento é falar sobre o âmbito da difusão e comunicação científica no meio acadêmico, o simpósio trará o debate acerca de temáticas importantes para a elaboração de e-books e periódicos científicos eletrônicos, e um plano de metas com foco na produção editorial digital. Os desafios para indexar periódicos em bases de dados; os formatos de publicação de revistas científicas; como selecionar textos de qualidade para a publicação; divulgação científica; além do debate sobre o direito autoral e quem tem direito a obra publicada também serão discutidos. Dentre os palestrantes estão nomes como Antonio Hermida, da Storytel; Leandro Müller, coordenador do Nespe; Amanda Ramalho, coordenadora do projeto SciELO Livros; e a mexicana Arianna Becerril-García, diretora executiva da Redalyc. O evento acontece no campus da UERJ (Rua São Francisco Xavier, 524 - Maracanã - Rio de Janeiro / RJ). Os interessados podem se inscrever clicando aqui.

Na tarde desta quarta-feira, Margaret Atwood, autora de livros como Vulgo Grace, Oryx e Crake e O ano do dilúvio, anunciou que está escrevendo a continuação do best-seller O conto da aia (The handmaid’s tale). A obra The testaments vai se passar 15 anos depois do final do último livro e será narrado por três personagens femininas. A publicação está marcada para setembro de 2019, mas ainda não há data prevista para o Brasil. A Rocco, editora responsável pela publicação dos títulos da autora por aqui disse apenas que ainda não tem previsão para publicar a obra e está negociando com os responsáveis. O conto da aia foi escrito originalmente em 1985 e é um romance distópico ambientado num Estado teocrático e totalitário em que as mulheres são vítimas preferenciais de opressão, tornando-se propriedade do governo. O livro também inspirou a série homônima The handmaid’s tale.

Estão abertas as inscrições das chapas para as eleições de Diretoria para o Biênio 2019/2021 da Câmara Brasileira do Livro. Os interessados têm até o dia 28 de janeiro para realizar a inscrição e para isso, os representantes legais terão que agendar horário com a Comissão Eleitoral composta por Carlos Taufik Haddad, Eunice Anoardo e a Isis Valéria Gomes, pelo e-mail: diretoria@cbl.org.br. Até agora, Vitor Tavares, diretor geral da Distribuidora e Livraria Loyola, é o único que já anunciou sua candidatura. As eleições acontecem no dia 26 de fevereiro de 2019.

Publicar livros é um negócio. É verdade que a escrita exige uma dose de técnica e muita criatividade e também é verdade que ter um bom conteúdo é fundamental, mas um componente importantíssimo do sucesso dos autores é uma gestão eficiente da carreira e um bom conhecimento do mercado editorial e de suas possibilidades. Pensando nisso, a LabPub, escola 100% EaD com cursos voltados para o mercado editorial, criou o curso Academia de Autores, que tem o intuito de mostrar aos autores, ou aspirantes a autores, como se orientar nesse mercado em constante processo de mudança e como trilhar os caminhos da publicação convencional e da autopublicação. O curso tem o objetivo de capacitar autores a formar uma trajetória sólida na produção de conteúdo editorial, conhecendo toda a cadeia do livro e as possibilidades de desenvolvimento de carreira e de produtos relacionados ao seu nicho. As aulas serão ministradas por nomes como Pedro Almeida, Felipe Castilho, Luciana Borges, Mariana Rolier, Luciana Fracchetta, Toni Brandão, Felipe Sali, André Castro e Camila Cabete. Até esta sexta (20), o curso sai por R$ 690. Para mais informações é só mandar e-mail para labpub@labpub.com.br.

Nesta quinta (29), a editora Positivo realiza o lançamento do livro Uma história pelo meio (56 pp, R$ 43,90), livro de Elvira Vigna, às 19h30, na Casa Tombada (Rua Min. Godói, 109 – São Paulo / SP). Publicado pela primeira vez em 1982, a nova edição em homenagem póstuma à Elvira ganha ilustrações de Raquel Matsushita, que usa três técnicas diferentes para diferenciar as narrativas que a história propõe. O livro começa e termina com páginas em branco, que também aparecem no meio da leitura e instigam o leitor a criar sua própria história, dando um novo começo ou até um novo fim para a narrativa. O evento de lançamento contará com uma conversa entre Cristiane Matheus, editora de Literatura da Positivo, e Raquel Matsushita sobre a construção da obra.

O escritor Jacques Fux conduz, neste sábado (1º), das 9h30 às 18h30, na Biblioteca de São Paulo (Av. Cruzeiro do Sul, 2.630 – São Paulo / SP) a oficina Autoficção e o lugar de fala na literatura. A partir de livros e teorias apresentadas pelo autor, os participantes serão convidados a refletir e compor textos que discutam a questão da autoficção, da memória e do lugar de fala. Fux é autor dos livros Literatura e matemática, Antiterapias, Brochadas, Meshugá e Nobel. Venceu também o Prêmio São Paulo de Literatura em 2013, na categoria Autor Estreante com menos de 40 anos. Os interessados podem se inscrever clicando aqui.

Todo mundo já deve ter visto alguma tirinha do Armandinho. Criado pelo cartunista Alexandre Beck, o personagem de cabelo azul é conhecido por suas sutis críticas políticas e sociais, mas na última semana, o autor recebeu diversas ameaças por conta de uma tirinha onde uma criança não queria correr perto de um agente de segurança. Em um comunicado publicado em suas redes sociais, Alexandre explica que a tirinha trouxe “uma nota de protesto da Brigada Militar-RS, seguida de diversas mensagens com ofensas e ameaças”. Dois dias depois, ao publicar uma tirinha em que outro personagem se mostrava preocupado com o atendimento de saúde à população mais carente, gerou mais uma nota de repúdio, dessa vez do Conselho Regional de Medicina-RS. Segundo Alexandre, “Tal nota – que seguiu o embalo da primeira, conforme registrado – reporta 'um ataque sem qualquer fundamento' e 'de forma injusta e cruel', enquanto o termo 'denegrindo' soa quase como confissão de culpa”. O autor, que tem diversos livros publicados pela Belas-Letras, disse ainda que os jornais para os quais ele colabora também sofreram pressão para censurá-lo e termina seu desabafo dizendo que com todo o apoio que recebeu, sentiu o “pulsante o significado de 'resistência', e 'ninguém solta a mão de ninguém'”. A carta na íntegra você confere clicando aqui.

A 13ª edição do Livro Livre, projeto que distribui gratuitamente exemplares com o objetivo de incentivar os usuários a aderirem a uma corrente de leitura, será realizada na Estação da Luz, nesta quinta-feira (29) até às 16h. A ação será no saguão principal da estação, onde três estantes cheias de títulos nacionais e internacionais estarão ao alcance do público. O BookCrossing baseia-se na prática de três pilares: “Ler, Registar e Libertar”. A iniciativa nasceu nos EUA em 2001 e desde então, o movimento tem crescido, tornando-se global com mais de 130 países engajados na ação. Para esta edição do Livro Livre, o Senac Santo Amaro doou 15 caixas de exemplares, com 455 livros, e a Fundação Logosófica, outros 220 títulos. Empregados também fizeram doações ao longo dos últimos meses. Além disso, a equipe do projeto "Adote um livro e transforme-se" contribuiu com cem livros e levará o autor Símon Bernardi para autografar 30 exemplares escritos por ele. Para quem quiser contribuir com a iniciativa, as doações podem ser feitas durante todo o ano nas estações da CPTM. Desde 2006, o projeto Livro Livre da CPTM já distribuiu mais de 200 mil exemplares.

Hoje as redes sociais são praticamente um segundo documento de identidade: não participar de determinada plataforma muitas vezes é sinônimo de total isolamento. Mas você já pensou como seria se deletasse os seus perfis na rede e levasse uma vida diferente? Jaron Lanier, considerado o pai da realidade virtual e uma das maiores referências (e críticos) do Vale do Silício, não tem conta em nenhuma rede social e deixa bem claro por quê: “Evito as redes sociais pela mesma razão que evito as drogas”. Em Dez argumentos para você deletar suas redes sociais agora (Intrínseca, 192 pp, R$ 34,90 – Trad.: Bruno Casotti), ele fala em detalhes sobre a intrincada engrenagem de algoritmos usada para alterar o comportamento dos internautas, transformando-os em alvos mais suscetíveis não só aos diversos tipos de propaganda, como também a ideias e ideologias obscuras. Ao longo do livro, ele lembra aos leitores que a prática da modificação de comportamentos está na base do modelo de negócios das redes sociais.

Segredos de ouro do lettering (G.Gili, 166 pp, R$ 99) é um manual básico que resgata os princípios e técnicas do desenho artesanal de letras para torná-los conhecidos entre estudantes, profissionais e admiradores da beleza dessa arte. Desde o que é o lettering e como ele se diferencia da tipografia e da caligrafia, passando pelos princípios da composição e pelos recursos ornamentais mais recorrentes, até os estilos artísticos e o processo de design, este livro revela os segredos necessários para aprofundar-se com rigor na técnica e na prática do desenho de letras feitas à mão.