Organizada pela Edusp, a Feira do Livro da USP começa sua 20ª edição nesta quarta-feira (28) com o objetivo de aproximar editoras e leitores oferecendo livros de qualidade e com descontos de 50% a 90%. Até o dia 1º de dezembro a feira, que pela primeira vez irá terminar em um sábado, pretende receber milhares de visitantes que poderão conferir livros de mais de 230 expositores. Contando os selos e as editoras integrantes de grupos editoriais, esse número salta para 260. Novamente o evento irá acontecer na Travessa C (Av. Prof. Mello Moraes – Cidade Universitária – São Paulo / SP), ocupando um espaço de mais de 4 mil m². “Tivemos muitos benefícios com a definição desse espaço, que, de nossa parte, está consolidado como ideal para esse evento”, conta o diretor administrativo da Edusp, Luiz Carlos Santana. A feira acontece de 28 a 30 de novembro, das 9h às 21h, e no dia 1º de dezembro, das 9h às 19h. No site do evento é possível fazer o download do mapa das editoras que estarão presentes.

O presidente Michel Temer tem até o próximo dia 6 para sancionar ou vetar a Medida Provisória (MP) 846/2018 que garante repasses da arrecadação de loterias para os fundos Nacional de Cultura (FNC) e Nacional de Segurança Pública e para o Ministério dos Esportes. De acordo com a MP, serão destinados ao FNC, em 2019, 2,91% do percentual de arrecadação das loterias de prognósticos numéricos, como Mega Sena e Quina; além de 1% das loterias esportivas e 0,5% da Loteria Federal. O fundo também receberá 0,9% da arrecadação com a Loteria Instantânea Exclusiva (Lotex) – percentual alterado pelo Senado em relação ao texto da MP original, que previa 0,4%. A expectativa do Ministério da Cultura (MinC) é que, com isso, o FNC passe a receber, anualmente, cerca de R$ 444 milhões em recursos das loterias. O valor é R$ 2,4 milhões superior ao previsto no cenário anterior à medida. O assunto foi comentado pelo ministro Sérgio Sá Leitão em sua participação no Podcast do PublishNews em julho passado. Clique no Leia Mais para ter acesso à íntegra desta nota.

E por falar no MinC, nesta segunda-feira (26) o órgão divulgou, por meio do seu Departamento do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas (DLLLB), a lista das obras aprovadas para o Prêmio de Incentivo à Publicação Literária – 200 anos da Independência. Ao todo, foram selecionadas 25 obras sobre o tema que receberão aportes de R$ 40 mil, totalizando R$ 1 milhão em prêmios. A lista é encabeçada por Ovídio Poli Jr, idealizador da Off Flip, que levou a maior nota (48 pontos) com o livro Chronica da Independência do Brasil (em seus 200 anos). Bruno Ribeiro Pereira (46,5) ficou em segundo lugar, com Brigue como um morto, e Marcelo Duarte, em terceiro (43,5), com Memórias póstumas do burro da independência. A lista completa dos classificados e dos desclassificados pode ser acessada pelo Diário Oficial da União. O órgão já tinha divulgado, no dia 24, o resultado do edital de apoio financeiro a entidades para a realização de feiras literárias. Foram classificados 31 projetos dos quais 17 receberão aportes que totalizam R$ 3,75 milhões, sendo 10 deles que receberão R$ 125 mil; quatro que levam R$ 250 mil e três o valor de R$ 500 mil. Entre os ganhadores na faixa dos R$ 500 mil estão a Flip, a Feira Nacional do Livro e Leitura de Ribeirão Preto e a Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo. Na faixa dos R$ 250 mil, estão a Feira do Livro de Porto Alegre, Fórum das Letras de Ouro Preto e a Festa Literária de Pirenópolis (Flipiri). Na categoria R$ 125 mil, estão o Salão do Livro Infantil e Juvenil da Câmara Mineira do Livro, Festival Literário de Londrina e a Feira Literária Infanto-juvenil de Belém - FLIB. Para acessar a lista completa dos classificados, clique aqui.

A Biblioteca Nacional divulgou na tarde de ontem (26), o resultado final com os nomes dos vencedores nas nove categorias do Prêmio Literário Biblioteca Nacional. Na categoria romance, o vencedor foi Evandro Affonso Ferreira, com a obra Nunca houve tanto fim como agora (Record); em Poesia, quem ganhou o prêmio foi Francesca Angiolillo, com a obra Etiópia (7 Letras); e em Conto, o vencedor foi Gustavo Pacheco, com o livro Alguns humanos (Tinta-da-China). A cerimônia de entrega dos prêmios será realizada em 4 de dezembro, na sede da Biblioteca Nacional (Av. Rio Branco, 219 – Rio de Janeiro / RJ) e a lista completa com os vencedores você confere clicando aqui.

O júri do Prêmio Ibero-americano SM de Literatura Infantil e Juvenil 2018, criado pela Fundação SM, elegeu por unanimidade a escritora argentina Graciela Montes como vencedora de sua 14ª edição. Em sua justificativa o júri disse que Graciela é uma "escritora pioneira” e que “influenciou várias gerações de escritores e especialistas de toda a região". Destacou ainda os personagens criados pela autora, sempre “valentes e que resolvem conflitos pessoais e sociais com recursos próprios” e sua capacidade de compreensão da literatura infantil, suas possibilidades e sua função na sociedade. Graciela receberá o prêmio no valor de U$ 30 mil, hoje (27), durante a Feira do Livro de Guadalajara (24/11 a 2/12). Três escritores brasileiros já venceram o prêmio: Bartolomeu Campos de Queirós, em 2008; Ana Maria Machado, em 2012; e Marina Colasanti, em 2017.

Logo mais, às 19h, as editoras da Imprensa Oficial-SP e da Unesp lançam o livro A técnica do livro segundo São Jerônimo (248 pp, R$ 90), de autoria de dom Paulo Evaristo Arns (1921 - 2016). São Jerônimo foi um dos doutores da Igreja, tendo traduzido a Bíblia para o latim. No Renascimento, foi considerado o patrono dos humanistas, admirado por Erasmo de Roterdã. Foi também um dos santos ao qual se dedicaram grandes artistas, enquanto objeto de sua pintura. A técnica do livro segundo São Jerônimo é o resultado da tese de dom Paulo Evaristo Arns, defendida na Sorbonne, quando lá se doutorou nos anos 1940. Trata-se de um importante trabalho dedicado à evolução da construção do livro, sobre o tipo de suporte utilizado desde os seus primórdios, a autenticidade dos livros e a adulteração dos escritos, suas cópias, preservação, a publicação, à revelia do autor, e tantos outros tópicos que servem à discussão da natureza dos livros até nossos dias. O evento acontece no Tucarena da Pontifícia Universidade Católica (PUC - Rua Monte Alegre, 1024 - São Paulo / SP).

Já nos preparativos para o fim do ano, a Casa das Rosas organizou diversas atividades gratuitas para o público. A programação reúne cursos, feira de zines, fórum sobre gerenciamento de projetos culturais e encontro sobre escrita criativa, que acontecem entre hoje e o dia 15 de dezembro. Logo mais, a partir das 19h, acontece o Fórum de gestão e financiamento de projetos culturais, durante o qual os participantes poderão tirar suas dúvidas sobre leis de incentivo, bolsas, programas de financiamento e de patrocínio coletivo de projetos literários. Para celebrar os 14 anos de Casa das Rosas como Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, no dia 8 de dezembro, às 19h o evento Paulista poética: Oswald na mira traz à Casa um show especial de José Miguel Wisnik, que apresenta versões musicadas de poemas do modernista Oswald de Andrade. A atividade pertence ao programa Devorando Oswald. No dia 9, acontece uma feira de zines e pequenas editoras. No evento, que está marcado para começar às 10h30, estarão editoras como Córrego, Quelônio, Corsário Satão, Nosotros e Uirapuru. Outro ponto alto da programação é o III Encontro de Escrita Criativa, que acontece 15 de dezembro, às 11h, quando será apresentado um amplo painel sobre a atuação e as estratégias de oficinas e cursos de criação literária que se propagam pelo país. A programação completa da Casa você confere aqui.

Em Sob a capa vermelha (Verus, 264 pp, R$ 39,90), livro de Mariana Vitória, Norina sempre temeu os Indomados, mesmo nunca tendo visto um deles. Criada em um casebre por toda sua vida, a garota os imaginava como monstros, tomados por sua besta interior e abandonados pelos 12 deuses. Até o dia que sua mãe adotiva, Ros, conta a menina que ela é um deles. Desde então, as cinzas das Domas, rituais onde os Indomados são queimados, são um lembrete constante do perigo que ela e sua mãe correm. A garota precisa continuar escondida. Viira, a Rainha imortal e filha dos 12 deuses, tem outros planos para Norina e a envolve em uma trama para conquistar o reino dos homens-lobo. Com a mãe em uma masmorra, Norina não tem outra escolha a não ser embarcar para o país inimigo, com a capa vermelha da falecida princesa Mirah, esperando que o plano elaborado pela Rainha funcione. A garota então precisa atravessar um mundo que ela achou que nunca veria, onde aqueles como ela são odiados e mortos todos os dias.

Um livro perturbador baseado numa história real vivida pela própria autora, Tarryn Fisher, Stalker (Faro Editorial, 256 pp, R$ 39,90 - Trad.: Elenice Barbosa de Araujo) conta a história de uma amizade e obsessão que passaram dos limites. Fig Coxbury era uma mulher comum, sem grandes atrativos, mas que estava vivendo seu melhor momento até que tudo em sua vida muda. Quando ela compra uma casa na West Barrett Street, sua maior motivação não é o amor pelo bairro, ou ter se apaixonado pelo imóvel. É para ficar mais próxima de tudo o que ela deseja: o marido, a criança e a vida que pertence a outra pessoa. Com os olhos fixos na família Avery, Fig se insere gradualmente na rotina de Jolene, Darius e sua filha, Mercy. E não para por aí... Fig invade a privacidade familiar, e logo acredita que pode assumir, definitivamente, o lugar de Jolene. Ela persegue. Copia. Manipula. Cobiça. Usa táticas e cenas a cada momento. Toda stalker tem um objetivo. Para Fig, nada deve ficar em seu caminho.

Nos livros de mitologia, aprendemos que Eros, filho de Afrodite, usa suas flechas para iniciar histórias de amor. Quem nunca ouviu a expressão “fui flechado pelo Cupido”? Porém, passada a fase de encanto, como fazer uma história de amor ir adiante quando a realidade bate à porta? Contas, compromissos, pequenas e grandes frustrações... são muitos os desafios. O que ninguém contou até agora é que Eros tem um irmão, tão bonito quanto ele, mas com a missão de dar sequência às histórias, apesar do cotidiano nem sempre tão instigante. Agros é um jardineiro por vocação. E aplica o mesmo cuidado que tem com as flores aos relacionamentos humanos, mesmo que a maioria das pessoas não tenha paciência para esperar e ver o jardim florir. A falta de importância que deuses e humanos dão à sua missão cria um conflito na casa de Afrodite e, agora, Agros está disposto a deixar as suas tarefas de lado para viajar com seu amigo Baco e aproveitar a sua vida de imortal. Na jornada para entender qual dos irmãos tem a missão mais importante, Eros e Agros (All Print, 320 pp, R$ 39,90), livro de Renata Busch, conta com diversas histórias de amor, de deuses e anônimos, através dos tempos.

Os irmãos Ross vivem em uma pacata cidade no interior da Inglaterra, mas sua história não é nada corriqueira, especialmente após o encontro com duas figuras repletas de mistérios e segredos do passado: Arianna King e Elizabeth Tate. Uma guerra, uma estranha encomenda recebida na porta de casa e o nascimento de Benjamin, filho primogênito de Jasper Ross e Emily Tate, são o pano de fundo para um embate entre luz e sombras que conduz os personagens a uma série de aventuras e passagens insólitas. Escrito por Jose Eduardo Kalil e Nuria Basker, o livro Benjamin Ross e o bracelete de Tonåring (Laranja Original, 832 pp, R$ 55) tem na trama espíritos, alquimia, mistério e fantasia. Primeiro livro da saga que deve contar ainda com outros quatro volumes, a história se passa em uma vila da Inglaterra dos anos 1980 e traz os personagens da família Ross (Richard, Jasper e sua esposa Emily), as misteriosas Arianna King e Elizabeth Tate, e espíritos Aliados que se reúnem na batalha final, quando alguns segredos da Profecia, ponto-chave da trama, virão à tona.