Fim de ano, hora de fazer aquela retrospectiva. Para o PN, 2017 foi especialmente bom. Não só por ter sobrevivido às tempestades, mas também por ter tirado da gaveta projetos especiais como foi o caso do Prêmio Avena PublishNews e do Pub-Livro - Encontro PublishNews de Profissionais do Livro, cuja primeira edição aconteceu em Porto Alegre. Além disso, projetos que já existiam e já eram vencedores cresceram e ganharam relevância em 2017, como foi o caso da Casa PublishNews em Paraty, o Prêmio Jovens Talentos e o InterLivro, que chegou a sua segunda edição dentro da programação da Bienal Internacional do Livro do Rio de Janeiro. E, em 2017, viajamos muito. Numa conta rápida, foram mais de 75 mil quilômetros, o que dá quase duas voltas em torno da Terra. Tudo isso para realizar a cobertura de eventos não só literários, mas também - e sobretudo - aqueles voltados para o mercado, como foi o caso da Jornada Profissional de Buenos Aires, da Feira do Livro de Frankfurt - ambos que já estão encravados no nosso calendário anual - da Feira do Livro de Sharjah e a de Guadalajara. E não vamos parar por aqui. Para o ano que vem já estamos planejando novos projetos e já aproveitamos para anunciar a data da entrega da segunda edição do Prêmio Avena PublishNews, que será no dia 19 de março, em São Paulo. Clique no Leia Mais e confira a retrospectiva de como foi o ano do PublishNews e celebre conosco essa conquista.

A Livrarias Curitiba inaugura nesta sexta (22), sua 28ª loja dessa vez na cidade de Diadema, São Paulo. A unidade que fica no Shopping Praça da Moça (Rua Manoel da Nóbrega, 712 – Centro) recebeu investimentos de R$ 3 milhões, conta com uma área total de 600 m² e vai gerar 25 empregos diretos. A inauguração segue o planejamento estratégico da empresa que pretende conquistar novos mercados. O grupo é líder em vendas no Sul do Brasil e em novembro abriu outra unidade na cidade de Taboão da Serra, no Shopping Taboão. Em breve a Livrarias Curitiba abrirá mais uma loja na capital paulista, no Shopping Metrô Tucuruvi. Com isso, os investimentos no estado de São Paulo somam R$ 9 milhões em 2017. Em 2016, a rede vendeu 5,6 milhões de livros e para 2017 e a intenção é crescer 5% na comercialização dos produtos.

Dois mil e dezessete foi um ano de consolidação da Metabooks no mercado brasileiro. A empresa alemã que prepara, padroniza e fornece metadados de livros fechou, durante o ano, com importantes players do varejo brasileiro, como a Saraiva, Mercado Livre, a Livraria Martins Fontes e com o representante comercial Ivo Camargo. Para fechar o ano com chave de ouro, a empresa acaba de finalizar a integração com a Livraria Cultura. Quem fala da importância dessa parceria é Sérgio Herz, CEO da rede: “um banco de metadados qualificado é base fundamental para que as empresas envolvidas no mercado editorial consigam oferecer bons serviços a todos. A integração com a Metabooks Brasil irá facilitar de maneira significativa o trabalho que nós temos na organização das nossas operações e, por consequência, poderemos melhorar ainda mais nossos serviços aos leitores”. Até o momento, a plataforma já conta 50 mil títulos cadastrados.

Aproveitando o bom momento dos clubes de livros e de assinatura, o Clube Adoletra aparece no mercado com o objetivo de abrir mais espaço para a leitura infantil e juvenil, trabalhando com a seleção dos melhores títulos da literatura que são indicados por sua curadoria especializada. “A proposta é criar uma rede real de leitura com objetivo de disseminar o amor pelo livro e pela literatura”, explica Fernando Morato, um dos fundadores do Adoletra. O próximo passo da empresa é deixar a livraria mais próxima de seus assinantes. Isso porque o Clube desenvolve um projeto junto a ANL (Associação Nacional de Livrarias), que tem como objetivo fechar parceria com livrarias para gerar benefícios, como descontos e promoções, aos seus assinantes, o que segundo o clube, também é essencial para aproximar as crianças e jovens das livrarias. O diferencial do Clube Adoletra é permitir que seus assinantes escolham quais livros querem receber, o que acontece através de uma lista preparada previamente pelo clube. Além disso, o Adoletra permite que seus clientes e futuros assinantes indiquem livros diretamente pelo blog. A curadoria avalia as indicações e, uma vez selecionado, quem recomendou ganha uma mensalidade ou, caso não seja assinante, recebe um kit em sua casa.

De acordo com a pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, o porta a porta é o terceiro maior canal de distribuição e venda de livros no Brasil. Por ele, foram comercializados 18,5 milhões de exemplares em 2016, segundo apuração da Fipe para a pesquisa. Editores interessados em conhecer melhor esse segmento têm encontro marcado entre os dias 26 de fevereiro e 3 de março. É que nesse período, acontece, em Foz do Iguaçu (PR), o 16º Salão de Negócios da ABDL, evento organizado pela Associação Brasileira de Difusão do Livro que reúne, de um lado, editores que estão de olho no potencial desse mercado, e de outro, profissionais e empresas que fazem a roda girar Brasil adentro. O objetivo do evento é promover a indústria e o comércio de venda de livros porta a porta e a valorização da imagem do vendedor deste segmento, o ambiente perfeito para troca de experiências, negócios e networking para editoras, varejistas, revendedores, gráficas, feirantes e outros profissionais do mercado editorial. O 16° salão ainda está com alguns estandes disponíveis, para mais informações é só mandar e-mail para abdl@abdl.com.br ou ligar para (11) 3337-7933.

A prefeitura de São Paulo publicou, nesta quarta-feira (20), um decreto para regulamentar o Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais (Pro-Mac), que tem como objetivo modernizar a política de incentivos fiscais para a área cultural na cidade de São Paulo, substituindo a antiga Lei Mendonça. Para que os projetos consigam o apoio por meio do Pro-Mac, os produtores culturais deverão se cadastrar como proponentes na Secretaria Municipal de Cultura e enviar seu projeto, que será analisado por uma comissão. Com a aprovação, o produtor poderá buscar investimentos de empresas privadas ou pessoas físicas que poderão abater a integralidade ou parte dos impostos municipais (IPTU e ISS) a pagar. Uma das inovações desta nova legislação é o escalonamento de benefícios fiscais à empresa contribuinte, que poderá variar de 100% a 40%, de acordo com três critérios: a exposição da marca (quanto mais exposta for a marca do patrocinador, menos ele poderá abater do imposto devido), preço do ingresso e orçamento previsto. Cada item soma um ponto e definirá um grau menor ou maior de benefício fiscal. O teto inicial para o Pro-Mac, que entra em funcionamento em janeiro, é de R$ 15 milhões.

A Universidade do Livro realiza uma nova edição do curso Gramática para preparadores e revisores de texto. Dentre os assuntos abordados, estão os problemas de comunicação, os níveis de intervenção editorial, a coesão e a coerência textual, uso dos verbos, concordância verbal e concordância nominal, uso de pronomes no português do Brasil, regência verbal, utilização de artigos e crase. Também serão esclarecidas as dúvidas mais frequentes sobre o emprego da vírgula e outras questões de linguagem. Com coordenação da revisora e editora, Ibraíma Dafonte Tavares, o curso on-line começa no dia 23 de janeiro e segue até 3 de abril. O investimento é de R$ 400.

Para presentear seus clientes nesse fim de ano, a Saraiva e a marca de roupas Reserva fecharam uma parceria para a venda do best-seller de negócios Rebeldes têm asas (Sextante), na versão digital. A ação foi idealizada para que consumidores de todo o Brasil tenham acesso à obra que será vendida por R$ 4,99 até esta sexta-feira (22). "Saber que a história da Reserva tem inspirado pessoas de todo o Brasil e que a Saraiva se interessou em promover essa venda promocional como um presente de Natal para todos os consumidores, é a união de dois propósitos: fomentar o empreendedorismo brasileiro e tornar o conhecimento e o aprendizado cada vez mais acessíveis. É um prazer imenso fazer parte desse projeto", comemorou Rony Meisler, autor da obra e fundador da grife.

A Companhia das Letras reuniu no Box – Guerra e Paz (1544 pp, R$ 149,90 – Trad.: Rubens Figueiredo) a principal obra do escritor russo. “O que é Guerra e paz?”, questiona ele em um texto que detalha o processo de pesquisa e de criação de sua obra-prima. “Não é um romance, muito menos uma epopeia, menos ainda uma crônica histórica”, define. Ao acompanhar o percurso de cinco famílias aristocráticas russas no período de 1805 a 1820, Tolstói narra a marcha das tropas napoleônicas e seu impacto brutal sobre a vida de centenas de personagens. Em meio a cenas de batalha, bailes da alta sociedade e intrigas veladas, destacam-se as figuras memoráveis dos irmãos Nikolai e Natacha Rostóv, do príncipe Andrei Bolkónski e de Pierre Bezúkhov, filho ilegítimo de um conde, cuja busca espiritual serve como espécie de fio condutor e o torna uma das mais complexas personalidades da literatura do século XIX. Ao descrever o cotidiano e os grandes acontecimentos que se sucederam à invasão de Napoleão em 1812, Tolstói retrata uma Rússia magistral, imponente e, sobretudo, profundamente humana.

A primeira singularidade das Novelas trágicas (Carambaia, 328 pp, R$ 104,90 – Trad.: André Luiz Barros) é que são textos do Marquês de Sade (1740-1814) destituídas de descrições de atos sexuais e torturas. Foram escritos entre 1787 e 1788, enquanto ele estava preso na Bastilha, onde se originaram também algumas de suas obras libertinas mais conhecidas, como 120 dias de Sodoma. Ao que tudo indica, Sade escreveu essas novelas em busca de reconhecimento literário e para tentar convencer seus leitores de que não era o autor de livros obscenos que circulavam clandestinamente e sem assinatura. O projeto de narrar histórias “contidas nas regras do pudor e da decência” rendeu dezenas de novelas, das quais onze foram publicadas apenas em 1799, com o título de Crimes do amor: novelas heroicas e trágicas. Cinco desses textos, inéditos no Brasil, compõem o volume lançado pela editora Carambaia, além do ensaio que Sade escreveu sobre a história e as características do gênero romance, que serviu como prefácio ao conjunto original.

William Shakespeare, sem dúvida, fez história. Sua obra tem um caráter universal e eterno, subvertendo o tempo e atravessando gerações. Para reverenciar este mestre, a Nova Fronteira preparou o box especial Grandes obras de Shakespeare (1664 pp, R$ 189,90 – Trad.: Barbara Heliodora), que reúne suas obras mais famosas, divididas em três volumes. Esta edição especial em capa dura conta com organização de Liana de Camargo Leão. No primeiro volume do box estão contempladas as peças mais icônicas no gênero que o consagrou, a tragédia: Romeu e Julieta, Hamlet, Otelo, o mouro de Veneza e Macbeth. Já o segundo volume é dedicado às comédias: A megera domada, Sonho de uma noite de verão, O mercador de Veneza e A tempestade. E no volume que encerra a criteriosa seleção de suas grandes obras, estão as peças históricas inglesas e romanas do dramaturgo: Ricardo III, Ricardo II, Júlio César e Antônio e Cleópatra.

O terror (Rocco, 752 pp, R$ 94,90 – Trad.: Alexandre Martins), de Dan Simmons, remonta com toques ficcionais a história real do evento conhecido como Expedição de John Franklin, ocorrida em 1845, uma das mais alucinantes odisseias marítimas da história, envolvendo uma tripulação de mais de 100 homens da marinha britânica em uma grande tragédia. Na tentativa de exploração da ainda desconhecida travessia entre os oceanos Atlântico e Pacífico, acima do Círculo Polar Ártico, os navios Terror e Erebus são inicialmente comandos pelo capitão John Franklin, que leva a empreitada como uma busca obsessiva por redenção pessoal. O livro se desenrola de forma não linear entre cenas do primeiro inverno vivido pela equipe no mar e o período limite após uma decisão equivocada do comandante, em que os tripulantes acabam enfrentando barreiras gigantescas de gelo. Após uma série de acontecimentos sinistros, com o ambiente já beirando a insanidade, os navios passam a ser capitaneados por Francis Crozier, que precisa enfrentar, além do frio, da escassez de mantimentos e do desespero da própria tripulação, um inimigo perturbador. Uma criatura começa a forçar passagem no fundo do navio, mesmo com espessas camadas de gelo.

O maravilhoso bistrô francês (Record, 280 pp, R$ 39,90 – Trad.: Petê Rissatti) conta a história de Marianne. Antes de morrer, o pai dela fez com que a filha prometesse ser feliz. Ela tinha apenas 19 anos e pouco tempo depois se casou com Lothar, um alemão sargento-mor da artilharia. Ele amava seu trabalho, sua casa, seu carro, tudo menos Marianne. Por anos ela se prendeu a este casamento abusivo e sofreu calada nas mãos de um marido egoísta e controlador. Mas, durante suas férias em Paris, Marianne decide colocar um ponto final em tudo. Na Ponte Neuf, ela se joga no rio Sena, preparada para abraçar a morte. Porém, é salva por um homem, que a leva para o hospital. É lá que Marianne encontra um azulejo pintado com uma paisagem de uma cidade portuária na Bretanha. Inspirada pela imagem, decide embarcar em uma derradeira aventura em busca do seu merecido recomeço. Aos sessenta anos, Marianne mostra que não há idade para ser feliz. Segundo a autora Nina George, a personagem representa diversas mulheres.

Inicialmente ambientado na Inglaterra, nos idos de 1847, Nas montanhas do Marrocos (Edição do autor, 564 pp, R$ 44,90), de Luisa Bérard, conta a história da bela e impetuosa lady Katherine Hartington. A narrativa construída em torno da jovem protagonista apresenta as relações familiares e a suntuosidade da época vitoriana, descrevendo o estilo de vida da aristocracia inglesa e os obstáculos sociais impostos às mulheres, impedidas de aspirar a algo além de um promissor casamento. Nesse universo sobressai a figura da poderosa duquesa de Melbourne, que não se amolda a esse papel socialmente pré-estabelecido e transmite à sobrinha seus conhecimentos sobre o instigante mundo dos negócios, potencializando o seu natural desejo de liberdade. Mas um revés do destino fez com que Katherine aportasse em Tânger em um contexto completamente inesperado e de uma hora para outra, a inglesa se vê obrigada a viver no Marrocos. Nesta exótica jornada, ela se depara com o mais importante: o amor. Assim, Katherine se defrontará com novas e impensáveis realidades, sem suspeitar das guinadas que o futuro ainda lhe reserva.