As mil e uma noites talvez seja a coleção de histórias do universo árabe mais conhecida no mundo todo. Mas essa nota fala das 324 noites que faltam para a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, marcada para acontecer entre os dias 3 e 12 de agosto do ano que vem. O link entre as narrativas de Sherazade e a Bienal não é gratuito. É que, como já foi noticiado aqui no PublishNews, Sharjah, um dos Emirados Árabes Unidos, será o convidado de honra da Bienal. Uma comitiva de representantes da Sharjah Book Authority (SBA) esteve no Brasil para uma série de reuniões e encontros que vão dar o norte para a programação que o emirado prepara para o evento. Mas, por que razão foi feito o convite? O que Sharjah tem a apresentar para os leitores brasileiros? Quais oportunidades os editores brasileiros podem encontrar no emirado? E os árabes? O que eles esperam de nós? O PublishNews fez todas essas perguntas a Ahmed Al Ameri (na foto ao lado), CEO da Sharjah Book Authority. A entrevista pode ser acessada clicando no Leia Mais.

O Man Booker Prize anunciou hoje os seus seis finalistas. Continuam na disputa os veteranos Paul Auster (4 3 2 1), George Saunders (Lincoln in the Bardo), Mohsin Hamid (Exit West) e Ali Smith (Autumn), ao lado de novatos como a romancista britânica Fiona Mozley (Elmet) e Emily Fridlund (History of wolves). Nomes como o do americano Colson Whitehead, autor de The Underground Railroad: Os caminhos para a liberdade (HarperCollins) e da indiana Arundhati Roy, autora de O ministério da felicidade absoluta (Companhia das Letras), que foram citados como os favoritos para o prêmio ficaram de fora da corrida final. O prêmio reconhece livros escritos originalmente em inglês por autores de qualquer nacionalidade desde que já publicados no Reino Unido. O vencedor será anunciado em 17 de outubro.

A Almedina, editora especializada na publicação de obras jurídicas, está com uma vaga aberta para assistente de marketing para atuar em São Paulo. O contratado terá, entre outras funções, a responsabilidade pelo departamento de marketing da editora; a criação e planejamento das promoções semanais da loja on-line; o disparo da newsletter; o contato direto com autores para definir ações de marketing; analisar os resultados das promoções realizadas e definir os materiais promocionais e materiais internos. Pede-se que os candidatos tenham ensino superior completo e cursos na área de marketing ou publicidade; experiência com e-commerce e mídias sociais e domínio do pacote office. Os interessados devem enviar currículo para o e-mail brasil@almedina.com.br.

O Instituto Pro Livro (IPL) prorrogou as inscrições para o Prêmio Retratos da Leitura, que procura os melhores projetos de fomento à leitura promovidos por empresas da cadeia produtiva do livro, organizações sociais, mídia e bibliotecas públicas e comunitárias. Os interessados em concorrer à premiação podem se inscrever e cadastrar seus projetos na plataforma Pró-livro até o dia 17 de setembro. No ano passado foram contemplados projetos como Skoob; Expedição Vaga Lume; Companhia das Letras – Projeto Clube de leitura com remição de pena; Rede Bibliotecas Parque Estadual do Rio de Janeiro e Globo News Literatura.

Elfos, dragões, super-heróis, zumbis e assombrações irão invadir a cidade gaúcha de Canoas nesta quinta (14), durante a 2ª Conferência do Fantástico. Com a proposta de abrir as portas da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra) para que os jovens possam trocar experiências sobre o assunto, o evento reunirá ilustradores e escritores de gêneros como fantasia, ficção científica e terror para um bate-papo sobre a literatura fantástica e as narrativas transmídia. “Nós não queremos fazer uma palestra voltada apenas para a comunidade acadêmica. O objetivo é conversar sobre cinema, séries, quadrinhos e RPG com qualquer pessoa que goste do assunto”, garante o coordenador do Instituto de Línguas da Ulbra (Ilubra) e um dos organizadores do evento, professor Fabiano Silveira. Dentre os convidados estão o desenhista e ilustrador da Dínamo Estúdios, Daniel HDR; o finalista do Prêmio Nebula, o Nobel da Ficção científica Norte-americana, o professor Christopher Kastensmidt; além de Athos Beuren, jornalista brasileiro conhecido por obras como O senhor das sombras e Viver ou Morrer, ambos editados pela Jambô. O evento é aberto ao público e acontece no auditório 119 do prédio 6 da Ulbra Canoas (Av. Farroupilha, 8001, Bairro São José – Canoas / RS).

A Fundação Dorina Nowill para Cegos irá participar, de hoje (13) até sexta (15), do Encontro Regional Pará Ler, em Breves, município da Ilha do Marajó (PA). Esta é a quinta etapa do encontro, que tem como objetivo o fortalecimento de bibliotecas públicas e comunitárias do Pará incentivando debates e atividades direcionados a profissionais da educação e da leitura. A instituição foi convidada pela Fundação Cultural do Pará (FCP) e pelo Instituto de Políticas Relacionais (IPR), organizadores do encontro que faz parte do Projeto Tô na Rede – Interiorização Pará. A parceria entre a FCP e a Fundação Dorina se dá pelo projeto Rede Nacional de Leitura Inclusiva, que incentiva e fomenta atividades sobre acesso à leitura e informação para pessoas com deficiência em todo o Brasil. Hoje, a Fundação Dorina será representada pela profissional Angelita Garcia, da área de Serviços de Apoio à Inclusão, na mesa “Biblioteca e Pará em Debate: roda de conversa sobre o papel da biblioteca para a transformação social na comunidade”. No dia 15, Angelita será facilitadora na oficina “Coleção Regionais – a inclusão através da cultura brasileira em suas expressões”. A atividade terá como material a Coleção Regionais – A cultura brasileira acessível a todos (foto ao lado), na qual o folclore, a culinária, o turismo, a literatura e música de cada região do País foram retratados em livros em formatos acessíveis às pessoas com deficiência visual. O Encontro acontece no Centro de Desenvolvimento e Educação (Av. Rio Branco, 1752, Bairro Aeroporto - Breves / PA). Os interessados em obter mais informações e se inscrever nas oficinas podem acessar o site da Fundação Cultural do Pará ou enviar e-mail para encontroregional@fcp.pa.gov.br.

Vai ao ar, logo mais, às 19h, a 21ª edição do talk show Epígrafes, veiculado pela internet. O entrevistado da vez é o escritor Pedro Bandeira, o autor de literatura juvenil com mais de 100 títulos publicados e 25 milhões de exemplares comercializados. Na pauta, jovens, educação, arte, esperança e, claro, literatura, numa entrevista com diversas histórias e reflexões sobre o futuro do Brasil. “O escritor pra criança é um plantador de esperança”, comenta ele. “Eu acho que sou isso”. A entrevista baseou-se em uma epígrafe do próprio Bandeira, extraída do livro A droga da obediência, um dos seus clássicos. No ar desde dezembro de 2016, no YouTube e no Facebook, o Epígrafes debate temas atuais com convidados de áreas diversas, tendo sempre como pano de fundo uma frase extraída de alguma obra literária

O Fórum Interuniversitário de Cultura do Rio de Janeiro - FIC/RJ lançou o primeiro Concurso FIC - Jovens Artistas do Rio de Janeiro, com objetivo de estimular e difundir a criação artística de jovens em diferentes campos e linguagens. Direcionado a jovens de 15 a 29 anos residentes no Estado do Rio de Janeiro, o tema será Jovens, Juventudes e poderão ser inscritos contos, poesias, fotografias e vídeos-minuto. As inscrições estão abertas até 15 de setembro e as obras devem ser enviadas conforme as condições explicadas no edital. O resultado do concurso será publicado na mesma página, até às 18h do dia 16 de outubro. A premiação será realizada durante o Festival Interuniversitário de Cultura do Estado – FestFIC, que acontece de 5 a 12 de novembro.

A Biblioteca Parque Villa-Lobos (Av. Prof. Fonseca Rodrigues, 2001, Alto de Pinheiros - São Paulo / SP) terá este mês um curso de contação de histórias, realizado em parceria com a Associação Arte Despertar. A atividade aborda as narrativas orais como uma ferramenta de aproximação, comunicação e expressão, e explora as diferenças entre lendas, mitos, fábulas, história de origem e contos de fadas. Também mostra a relação da literatura oral com a música, ensinando técnicas de interpretação, oralidade e improvisação, lembrando o papel do contador ao longo da história. O curso começa no dia 21 de setembro e segue até 9 de novembro, com aulas sempre às quintas-feiras, às 14h. As inscrições podem ser feitas no balcão de atendimento da biblioteca até o dia 14, ou até o preenchimento de todas as vagas.

O projeto No lugar da leitura, a biblioteca que tem como objetivo contribuir para a formação continuada dos profissionais da área, realiza no mês de setembro, um curso dirigido a profissionais que atuam na formação de leitores, especialmente em bibliotecas. O workshop vai discutir a importância desses espaços para acesso permanente ao conhecimento, abordando ainda práticas de leitura inclusiva. O primeiro módulo será realizado nos dias 15 e 16 de setembro, apresentando temas como o acesso ao conhecimento e à cultura escrita; a leitura como valor simbólico, econômico e social; formação de leitores; formação dos profissionais e mediação da leitura nas bibliotecas. Integrando a programação do Festival Literário Internacional de Belo Horizonte (FLI-BH), este módulo será ministrado pelo professor Luiz Percival Leme Britto, da Universidade Federal do Oeste do Pará. O segundo módulo acontece nos dias 28 e 29 e será apresentado pela coordenadora da ONG Mais Diferenças, Carla Mauch, que irá tratar dos conceitos para pensar uma biblioteca para todos. As inscrições são gratuitas, com vagas limitadas, e poderão ser feitas no blog do projeto. O curso acontece na Biblioteca Infantil e Juvenil de Belo Horizonte Centro de Referência da Juventude (Praça da Estação, s/nº - Belo Horizonte / MG).

“O lugar perfeito para recomeçar”, é o que pensa Jack Torrance ao ser contratado como zelador para o inverno. Hora de deixar para trás o alcoolismo, os acessos de fúria, os repetidos fracassos. Isolado pela neve com a esposa e o filho, tudo o que Jack deseja é um pouco de paz para se dedicar à escrita. Mas, conforme o inverno se aprofunda, o local paradisíaco começa a parecer cada vez mais remoto e mais sinistro. Forças malignas habitam o Overlook, e tentam se apoderar de Danny Torrance, um garotinho com grandes poderes sobrenaturais. Possuir o menino, no entanto, se mostra mais difícil do que esperado. Então os espíritos resolvem se aproveitar das fraquezas do pai. Um dos livros mais assustadores de todos os tempos, O iluminado (Suma / Companhia das Letras, 520 pp, R$ 48,90) é um clássico de Stephen King. Edição especial com tradução revisada e prólogo e epílogo inéditos.

Não durma (Bertrand / Record, 378 pp, R$ 44,90), de Michele McCulloch, conta a história de Elliott. Há alguns meses, ele sofreu um grave acidente que quase o matou. Desde então sofre com problemas para dormir. Às vezes, o jovem fica em um estágio meio adormecido, meio acordado e se vê cercado por silhuetas em movimento. Como se esta situação não fosse ruim o suficiente, tem momentos em que ele percebe estar andando pela casa, mas seu corpo permanece inerte na cama. Os sintomas apontam para um caso de paralisia do sono, o que para os médicos e algo inofensivo, mas para Elliot é algo mais. Determinado a descobrir o que está acontecendo, ele consegue um emprego em um museu conhecido por ser mal-assombrado. É onde conhece Ophelia. Mas à medida que os dois ficam mais próximos, Elliott se torna mais vulnerável às ações sobrenaturais.

Na noite mais fria do ano, na cidade mais fria do Brasil, um pai de família volta para casa. Pintor de sucesso, passa boa parte de seu tempo em feiras e exposições no exterior. E na sua cidade natal, na Serra Catarinense, se depara com o inesperado. Enquanto a neve cai lá fora, sua família dorme, um estranho ronda a casa e uma pastora-belga agoniza sangrando no quintal. Mas quando seu filho de sete anos desperta é que começa um pesadelo que acabará com o aconchego do lar. Neve negra (Companhia das Letras, 248 pp, R$ 39,90) é a nona obra de Santiago Nazarian. Nesse misto de terror psicológico e drama familiar, o leitor se depara com paranoias e dúvidas ancestrais da paternidade: estou perdendo a infância do meu filho? Há algo de errado com ele? O filho é mesmo meu?

A história de Pela boca da baleia (Tusquets / Planeta, 207 pp, R$ 39,90 - Trad.: Luciano Dutra), do autor irlandês Sjón, começa em 1635, ano em que a Islândia se via obscurecida pela combinação de superstição, pobreza e crueldade. Nesse lugar, a curiosidade científica dos homens se confundia com a magia e o misticismo: enquanto alguns admiravam o chifre dos unicórnios, os mais pobres idolatravam a Virgem em segredo. É nesse cenário, onde livros e pessoas eram lançados à fogueira, que o velho curandeiro Jónas Pálmason recorda passagens dramáticas de sua vida, como a morte de três de seus filhos, o exorcismo de um cadáver ambulante e o doloroso fim de um grupo de baleeiros espanhóis. Condenado ao exílio por heresia, após entrar em conflito com o magistrado local por atrever-se a curar certas “doenças femininas”, o personagem tece um enredo repleto de elementos fantásticos da mitologia nórdica. Publicado em 2008 na Islândia, Pela boca da baleia foi finalista do Independent Foreign Fiction Prize, prêmio inglês que deu lugar ao Man Booker International Prize, e do Icelandic Literary Prize.

Políticos corruptos estão sendo assassinados em série, de forma violenta, dolorosa e sem piedade. Como reagir a uma notícia dessas? Vibrar com a eliminação de indivíduos que, com seus crimes egoístas, destroem a vida dos menos favorecidos? Ou respeitar os direitos não importa de quem, e repudiar tamanha brutalidade? Em 2900 graus (Panda Books, 320 pp, R$ 49,90) novo romance policial de Adilson Xavier, um jovem delegado tenta cumprir seu papel enquanto crimes cometidos a pretexto de punir a corrupção provocam grande polêmica e conquistam o apoio popular. Hermano, protagonista da obra, está longe de ser um policial carioca típico. Filosofa sobre a verdade, gosta de poesia. Inexperiente e orgulhoso por jamais ter usado sua arma, ele recebe a missão de investigar a morte de um deputado federal acusado de desviar verbas destinadas às vítimas de uma grande inundação. A arma do crime foi um maçarico, usado com impressionantes requintes de crueldade. Em pouco tempo, mais políticos se tornam vítimas do mesmo ritual de tortura. Assim como vemos acontecer na vida real, o livro traz à tona escândalos políticos, o envolvimento da polícia em esquemas de corrupção, a desonestidade dos mais poderosos e o descaso com a população mais carente.