Ciência, magia e misticismo
PublishNews, Redação, 13/09/2017
Publicado pela Tusquets, livro conta a história de um velho curandeiro que recorda passagens dramáticas de sua vida

A história de Pela boca da baleia (Tusquets / Planeta, 207 pp, R$ 39,90 - Trad.: Luciano Dutra), do autor irlandês Sjón, começa em 1635, ano em que a Islândia se via obscurecida pela combinação de superstição, pobreza e crueldade. Nesse lugar, a curiosidade científica dos homens se confundia com a magia e o misticismo: enquanto alguns admiravam o chifre dos unicórnios, os mais pobres idolatravam a Virgem em segredo. É nesse cenário, onde livros e pessoas eram lançados à fogueira, que o velho curandeiro Jónas Pálmason recorda passagens dramáticas de sua vida, como a morte de três de seus filhos, o exorcismo de um cadáver ambulante e o doloroso fim de um grupo de baleeiros espanhóis. Condenado ao exílio por heresia, após entrar em conflito com o magistrado local por atrever-se a curar certas “doenças femininas”, o personagem tece um enredo repleto de elementos fantásticos da mitologia nórdica. Publicado em 2008 na Islândia, Pela boca da baleia foi finalista do Independent Foreign Fiction Prize, prêmio inglês que deu lugar ao Man Booker International Prize, e do Icelandic Literary Prize.

[13/09/2017 07:00:00]