Nesta semana, o grande destaque da lista geral de mais vendidos do PublishNews ficou em uma honrosa quarta colocação. Outros jeitos de usar a boca (Planeta), de Rupi Kaur ­– que estava na 11ª posição da lista anterior com uma venda computada de 1.898 exemplares –, alcançou 2.317 cópias comercializadas e avançou sete posições no ranking geral, mantendo a liderança em ficção. Os três livros mais vendidos do Brasil seguem inalterados esta semana. A atriz-mirim Larissa Manoela continua em primeiro lugar com O mundo de Larissa Manoela (HarperCollins), seguida de perto pelo padre Reginaldo Manzotti e seu Batalha espiritual (Petra), que perdeu a primeira posição por apenas 95 exemplares vendidos. Isolado na terceira posição está o master coach Paulo Vieira e seu O poder da ação (Gente), com 2.620 exemplares. Apesar do crescimento na lista do livro de poesias de Rupi Kaur em uma semana com queda nas vendas, Gerson Ramos, diretor comercial da Planeta, explica que na última semana não houve nenhuma ação de marketing específica que justificasse o crescimento. “Só reabastecemos o livro no mercado, o que ajudou a manter a visibilidade do mesmo nas livrarias”, comentou. “O livro é singular, é sensível e chegou no momento certo. Ele reflete esse momento de empoderamento feminino que virou um tema atual, e a ampla repercussão nas mídias sociais, principalmente pelas influenciadoras, ajuda muito na divulgação”, lembrou o executivo. Clique no Leia Mais para conhecer as outras novidades da lista e saber quais foram os best-sellers do mês de junho.

Toda sexta-feira, o PublishNews traz uma tirinha d'Os Passarinhos criada pelo capixaba Estevão Ribeiro. Nascido em uma família muito religiosa, desde cedo, Estevão, o sexto filho, tinha um apego especial aos quadrinhos. “Meu irmão mais velho era fã de super-heróis. O do meio, da Turma da Mônica e eu, recebi a influência dos dois. Aos 14 anos, entendi que queria ser roteirista de HQ”, lembra. Nessa altura da vida, Estevão já tinha certa independência e autonomia. “Na minha casa, minha mãe não era muito rigorosa com escola. Falava que depois da quarta série, ela já não tinha obrigações e quem quisesse estudar, que fosse por sua conta”. E Estevão insistiu mais um pouco. Estudou mais quatro anos e, aos 18, deixou a escola para seguir o sonho de fazer quadrinhos. Mais ou menos nessa idade, se lançou no mercado e foi criar os roteiros das tirinhas que eram publicadas no jornal Notícia Agora, do mesmo grupo do jornal A Gazeta, de Vitória. Formou-se um time: ele escrevia e outros três colegas desenhavam. “Foi uma experiência muito boa, mas também muito amarga. Eu não tinha o segundo grau completo. Por isso, não consegui o registro de jornalista e, portanto, não pude fechar contrato com o jornal”, conta. Esse episódio fez Estevão voltar à escola e foi para no curso de Artes Visuais na Universidade Federal do Espírito Santo. Clique no Leia Mais para conhecer a história do homem por trás do logo da 'Festa do Policarpo', patrocinada pela Bookwitty, Kobo e Bookwire e que acontece na Flip.

A 19ª edição do Salão FNLIJ do Livro para Crianças e Jovens, acabou nesta quarta-feira (28), e, segundo os organizadores, mesmo com um espaço menor e menos dias, conseguiu manter seus padrões. Ao todo, 11 mil pessoas passaram pelos oito dias do evento e participaram da programação que contou com bate-papos com autores, lançamentos e performances de ilustradores. O Salão recebeu ao todo 79 autores, entre eles Ana Maria Machado, Marina Colasanti, Roger Mello, Ciça Fittipaldi, Bia Bedran, Rui de Oliveira e Thalita Rebouças; e contou com 24 lançamentos de títulos inéditos. Já a Secretaria Municipal de Educação garantiu a presença de 232 escolas com cinco mil alunos, além da verba para que professores da rede municipal de ensino comprassem livros no evento. A entrega dos certificados aos vencedores do Prêmio FNLIJ 2017 também marcou o evento, que mesmo sendo menor, conseguiu garantir a tradição de presentear com um livro selecionado cada criança e jovem que foi ao Salão.

A 18ª Bienal Internacional do Livro Rio (31/08 a 10/09) iniciou hoje (30) a venda de ingressos pela internet. As entradas custam R$ 24 (R$ 12 meia) e podem ser adquiridas pelo site da Bienal, com validade para um dia de evento. Ao realizar a compra antecipada o visitante pode imprimir o bilhete em casa ou apresentar o QR Code direto no celular, podendo também retirar o ingresso durante a Bienal. “A venda pela internet é uma forma de oferecer mais conforto ao público, que poderá entrar direto mesmo em dias de mais movimento como fins de semana e feriado. Por isso, incentivamos que o visitante leve o bilhete ou apresente o QR Code”, explicou Tatiana Zaccaro, Diretora da Bienal.

A 25ª edição da Bienal Internacional do Livro de São Paulo já tem data marcada. O evento acontecerá do dia 3 a 12 de agosto, no Parque do Anhembi e terá o emirado de Sharjah, que faz parte dos Emirados Árabes Unidos, como convidado de honra. A iniciativa tem como objetivo a aproximação dos mercados editoriais e o intercâmbio cultural entre escritores e editores brasileiros árabes. A última edição da Bienal recebeu 684 mil visitantes, 280 expositores e um investimento de R$ 34 milhões.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) anunciou ontem (29), o vencedor do Prêmio Machado de Assis de 2017. A láurea ficou com o historiador baiano João José Reis, considerado uma referência mundial para o estudo da história e da escravidão no século XIX no Brasil. João é autor de diversos livros, dentre eles A morte é uma festa (Companhia das Letras), que lhe rendeu o Prêmio Jabuti de 1992 na categoria Melhor Ensaio e Biografia. O presidente da ABL, acadêmico e professor Domício Proença Filho, logo após a divulgação do nome do vencedor, informou que João José Reis receberá o prêmio em solenidade no Salão Nobre do Petit Trianon, no dia 20 de julho, quando a Academia estará comemorando seus 120 anos de fundação.

A Saraiva lançou no início da semana mais uma novidade em seu site de e-commerce: uma loja exclusiva de quadrinhos e mangás. Na nova página, os fãs deste universo têm acesso a uma seleção especial de produtos nacionais e importados, bem como colecionáveis relacionados ao tema. “O mercado de quadrinhos e mangás é muito expressivo e conta com um público fiel de fãs. Nos últimos anos, vimos um crescimento significativo pela busca desses produtos e itens correlacionados. Para atender essa demanda entendemos que era o momento de criar um canal exclusivo voltado para esse público e que entregasse conteúdo atrelado a valor”, completou Adriano Tavolassi, diretor de e-commerce da Saraiva. A loja traz diversas categorias, como lançamentos, mais vendidos, mangás, HQs e coleções especiais.

A Biblioteca Mário de Andrade (Rua da Consolação, 94 – São Paulo / SP) recebe hoje (30), às 19h, o rapper, romancista e poeta Ferréz, para uma conversa sobre os seus 20 anos de carreira, marcada por livros que focalizam a cultura marginal e a realidade da periferia. Antes de se dedicar exclusivamente à escrita, Ferréz trabalhou como balconista, auxiliar-geral e arquivista. Seu primeiro livro, Fortaleza da desilusão, foi lançado em 1997. Mas foi com Capão Pecado (2000) que se firmou como escritor. Com mais outros seis livros publicados, Ferréz teve suas obras publicadas na França, Itália, Espanha, Portugal, México, Argentina, Estados Unidos, Alemanha e Inglaterra. Com trabalhos realizados no Haiti, Estados Unidos, Jamaica e Argentina no primeiro trimestre de 2017, Ferréz prepara mais um livro, a ser lançado ainda este ano.

Em High Hitler (Planeta, 384 pp, R$ 59,90), o jornalista e escritor alemão Norman Ohler, delineia uma perspectiva pouco explorada a respeito da Segunda Guerra Mundial: a dependência de drogas de Adolph Hitler e seus comandantes nazistas. Segundo a pesquisa do autor, o regime que pregava uma ideologia de pureza física, mental e moral estava, na verdade, viciado em narcóticos. Os estudos sobre o tema foram iniciados nos porões do Arquivo Federal da cidade alemã de Koblenz. A investigação chegou a informações deixadas por Theo Morell, médico particular de Hitler, que, volta e meia, se referia a um misterioso “paciente A”. As páginas – escritas de maneira que beirava o ilegível – foram se tornando claras: tratava-se de receitas de injeções diárias de substâncias estranhas em doses crescentes ao líder nazista. O livro aborda como, às vésperas da Segunda Grande Guerra, a Alemanha se tornou uma força produtora de fármacos e como as empresas Merck e a Bayer preparavam cocaína, opiáceos e, sobretudo, metanfetaminas, para serem consumidas por todos – de trabalhadores de fábrica até os soldados do Terceiro Reich. Com base em acuradas pesquisas, High Hitler lança luz sobre uma história que, até agora, permaneceu nas sombras.

C. G. Sweeting, especialista em história militar alemã, resgata nas páginas deste O piloto de Hitler (Jardim dos Livros, 440 pp, R$ 46) o testemunho privilegiado de um homem fiel ao ditador alemão mesmo depois dos dez anos de sofrimento em masmorras e campos de prisioneiros da União Soviética. Piloto do ditador a partir da ascensão do nazista, Hans Baur era a sombra de Hitler no céu e viveu os momentos infernais que incendiaram a Europa. Ele amava o Führer e os aviões. Sweeting relata em detalhes todos os dias de Hitler – de glória, delírios diabólicos e megalomaníacos, e do humilhante fracasso – desde a Primeira Guerra Mundial e sobretudo durante a Segunda. O autor segue os voos de Baur ao mesmo tempo em que registra a evolução do nazismo e o progresso da aeronáutica a serviço da guerra. Hitler, que temia ser morto e escapou de alguns atentados, se sentia mais seguro no ar do que na terra. De 1932 até o fim fez um único voo sem Baur, a quem promoveu a general de brigada da SS.

Ao longo dos últimos dois séculos, o capitalismo passou por incontáveis mutações – ciclos econômicos que oscilam entre picos de euforia e crises agudas -, mas sempre emergiu fortalecido. Após refazer os passos dessa história turbulenta, Paul Manson, argumenta no livro Pós-Capitalismo (Companhia das Letras, 472 pp, R$ 69,90), que estamos diante de uma transformação tão grande e profunda que desta vez o próprio sistema atingiu seu limite e está se tornando algo inteiramente novo. A tecnologia da informação transformou o mundo contemporâneo. Trata-se uma revolução conduzida pelo capitalismo, mas com potencial para reduzir ao mínimo o valor de mercadorias que no passado valiam milhões — e com isso destruir uma economia baseada em mercados, salários e propriedade privada. De maneira quase imperceptível, em nichos e lacunas do sistema de mercado, setores da vida econômica começam a se mover num ritmo diferente. Muitas pessoas, em várias partes do mundo, estão mudando o modo como vivem e se comportam. À medida que o terreno se move, novos caminhos se abrem para o futuro.

Desde a antiguidade, as maiores mentes da humanidade tentam dar sentido ao universo observando muito além da capacidade de ver ou mesmo tocar – desde minúsculos átomos até a estrela mais distante. Abrangendo, em ordem cronológica, as principais descobertas dos pensadores mais prolíficos em cada campo científico, incluindo Aristóteles, Darwin, da Vinci, Newton, Descartes e Hawking, A história da ciência para quem tem pressa (Valentina, 200 pp, R$ 34,90), escrito por Nicola Chalton e Meredith MacArdle, também inclui destaques da vida e dos trabalhos dos cientistas mais influentes: como Ptolomeu teve de corrigir seus resultados para de harmonizar com suas teorias; como Freud usou a cocaína para expandir a própria mente; e como Tim Berners-Lee, inventor da World Wide Web, foi banido de usar computadores universitários depois de ser apanhado hackeando o sistema. Este livro mostra como os visionários que se atreveram a questionar as “verdades” estabelecidas e cujas terias moldaram como agora olhamos para o mundo.