Marcelo, Marmelo, Martelo (Salamandra / Santillana), de Ruth Rocha, é um clássico da literatura infantojuvenil brasileira. Toda uma geração leu as histórias do esperto menino Marcelo que inventava palavras. Lançado originalmente em 1976, o livro foi revitalizado ao ganhar ilustrações de Mariana Massarani e marca agora o retorno de Ruth Rocha à lista dos mais vendidos do PublishNews. A autora não aparecia na lista desde 2012, quando emplacou O coelhinho que não era de Páscoa (Ática). Essa nova edição está na 12ª colocação da lista infantojuvenil dessa semana, com 595 exemplares vendidos. Marcelo e Ruth fazem companhia para outros clássicos da literatura infantojuvenil na lista: A droga da obediência (Moderna / Santillana), de Pedro Bandeira; Menina bonita do laço de fita (Ática), de Ana Maria Machado e O pequeno príncipe (Agir), de Antoine Saint-Exupéry. As vendas na semana se mantiveram estáveis, com ligeira queda de 2% na comparação com a semana passada. Autoajuda foi a única categoria que apresentou crescimento (5%). Nessa lista, destaca o livro O poder da ação (Gente), de Paulo Vieira, que encabeça Autoajuda e subiu para a segunda posição da lista Geral, com 2.820 exemplares vendidos. Na semana passada, o título estava na 17ª posição da lista Geral. Uma escalada e tanto. O ranking geral das editoras continua liderado pela Sextante, com 18 títulos. A Intrínseca, que na semana passada estava na terceira posição, subiu para a segunda, com 14. O Grupo Companhia das Letras completa o pódio, na terceira posição, com 11 títulos. Clique no Leia Mais e veja outros destaques da lista dessa semana.

A Livraria da Travessa comunicou essa semana que Renato Alcides não faz mais parte do time da livraria. Em seu lugar assume Breno Aouila, que começou seu trabalho na Travessa como livreiro há sete anos e essa semana assume o Departamento de Importações. “Assumo como chefe do departamento para implementar uma série de metas relacionadas com as possibilidades de crescimento que estamos percebendo notadamente no setor de livros didáticos, eventos e vendas institucionais”, acrescentou Breno em nota enviada ao PublishNews. Este ano, a Travessa será novamente a livraria da Flip e prepara para junho, uma nova loja no IMS Paulista. “O forte foco nos segmentos de arte e fotografia promete demandar muita dedicação do meu setor”, completou.

A Melhoramentos é a mais nova parceira do Ubook, plataforma de audiolivros por streaming. Para não perder a tradição de ser uma das principais editoras infantojuvenil do país, é justamente com obras desta categoria que a Melhoramentos inicia a inclusão de seus títulos no catálogo do Ubook. Dentre as obras que passam a fazer parte do catálogo do Ubook destaca-se o livro Menino da Lua, de Ziraldo. Neste primeiro momento, 22 títulos de três autores da Melhoramentos começam a integrar a plataforma do Ubook: além do criador do Menino Maluquinho, Ruth Rocha e Pedro Bandeira (na foto ao lado) também passam a contar com seus livros disponíveis no formato em áudio. Cada uma destas obras é narrada pelo seu próprio autor. “Desde sua fundação, a Melhoramentos preocupa-se com a difusão e o melhor acesso a seus livros e autores. A parceria com a Ubook, sem dúvida, é peça fundamental desta estratégia ampliando nosso alcance e possibilitando a novos e mais leitores o acesso aos livros”, afirma Breno Lerner, superintendente da editora.

O livro A garota do lago mal acabou de sair e o autor Charlie Donlea já fechou contrato com a Faro Editorial para o seu segundo livro de suspense. Segundo a editora, além da qualidade da história, outro motivo foi ver a tiragem de 15 mil exemplares evaporar dos estoques da editora em apenas 20 dias. Metade dela por reposição de vendas. Aqui no Brasil a negociação foi feita por intermédio da Bookcase, de Meire Dias e Flávia Viotti. O novo livro, The girl who was taken, será lançado nos EUA no próximo mês e conta uma história cheia de reviravoltas e alta tensão, acerca de duas meninas sequestradas - uma foge do cativeiro, outra não – e a irmã da desaparecida, uma perita forense em busca respostas. Um ano depois, Megan, lança um livro que rapidamente se torna best-seller para contar a sua história, o que a transformou numa celebridade nacional. É uma história triunfante e inspiradora, exceto por um detalhe inconveniente: Nicole, a outra garota, ainda está desaparecida. No Brasil, o livro sai em 2018.

A ONG Worldreader anunciou mais uma iniciativa para levar a leitura para as crianças do mundo todo, dessa vez, com foco nos refugiados. A organização acredita que, à medida que os líderes mundiais fecham suas portas para os refugiados, cabe a nós acharmos novas maneiras de proteger as comunidades mais vulneráveis do mundo. Por isso, a Worldreader expandiu o programa Read to Kids para ajudar a promover a leitura e educação para os refugiados sírios e comunidades de acolhimento na Jordânia. O programa levará e-books para crianças de 50 mil famílias na Jordânia através do aplicativo de leitura móvel. Quem quiser doar é só clicar aqui.

Os amigos Marília Garcia, Fabiano Calixto, Leonardo Gandolfi e Tiago Marchesano, se uniram criaram a Desvairada- Feira de livros de Poesia de São Paulo. O evento é a proposta de um coletivo de editoras independentes para ampliar a difusão e a leitura da poesia. Ao todo, 24 editoras participarão do encontro que acontece nos dias 24 e 25 de março, no Aldeia (Rua Lisboa, 445 – São Paulo / SP), na sexta, das 17h às 22h e no sábado, das 11h às 21h. Além das obras das editoras, o evento também promoverá mesa de debates, leitura de poesias, cursos, performances, atividades para crianças, entre outras atividades. A programação completa será divulgada em breve na página do evento.

Na noite da última quinta-feira, os participantes do 15º Salão de Negócios da ABDL tiveram uma surpresa durante a animada festa de encerramento do evento. É que os ex-presidentes da entidade Luiz Antonio Torelli e Diego Drumond se juntaram para organizar um casamento surpresa, isso mesmo, casamento surpresa para Leandro Carvalho, atual presidente da associação, e Carolina Nascimento. Os dois já vivem juntos há 12 anos, mas nunca tinham tido uma cerimônia que selasse a união. Celebrada por Torelli, a consagração foi bem ao estilo ABDL: com os noivos fantasiados de príncipe e princesa, o celebrante de emoji e os convidados todos fantasiados de personagens infantis. Branca de Neve, Shrek, Fiona e até o Chaves foram testemunhas da união.

A humorista Bruna Louise lança neste sábado (18), às 16h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073 – São Paulo / SP), o livro Desbocada, desfocada e deslocada (Buzz, 160 pp, R$ 29,90). Em sua estreia como escritora, Bruna aborda a questão do empoderamento feminino de maneira cômica, além de dar dicas de relacionamento e comportamento. “Escrevi um livro de anti-autoajuda, no qual eu não ensino nada de bom, mas tiro sarro de tudo o que não presta”, brinca. A obra foi escrita baseada em histórias de amigas, reclamações de mulheres de todos os tipos, sejam contadas diretamente para Bruna, sejam ouvidas dentro de ônibus ou conseguidas indiretamente: com copos de vidro grudados na parede do vizinho ou escutas telefônicas. A entrada é franca.

O Parque Arqueológico e Ambiental de São João Marcos, em Rio Claro (RJ), espaço patrocinado pela Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, recebe no dia 18 de março, das 10h às 15h, o lançamento do livro Contos de São João Marcos. Doze contos de diversos gêneros literários foram eleitos em um concurso, realizado graças à conquista do Prêmio todos por um Brasil de leitores, concedido pelo Ministério da Cultura por meio da Diretoria de Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas. Além do lançamento haverá um simpático festival literário com sessão de autógrafos, coquetel, bate-papo com os escritores, exposição de obras de editoras e troca de livros em meio à Mata Atlântica e às ruínas da antiga cidade. O festival literário é aberto ao público que, desde já, está convidado a contribuir com um livro para a mesa de trocas e levar para casa outra obra, além de um exemplar da coletânea Contos de São João Marcos, que será ofertado a todos que comparecerem. Também serão doados exemplares para representantes de bibliotecas comunitárias e escolas públicas do estado do Rio de Janeiro.

Conhecida por seus livros infantis, a escritora Anna Claudia Ramos participa do projeto do empreendedor cultural, Roger Castro, o Literatura no ar ou em qualquer lugar. A apresentação lítero-teatral, escrita pelo autor Manuel Filho, quer, por meio de uma linguagem divertida, estimular o público para a prática da leitura e explorar os diversos suportes nos quais os livros são hoje publicados. Destinada a educadores, bibliotecários e interessados em geral, a apresentação tem como objetivo mostrar aos participantes as inúmeras práticas de incentivo à leitura e os elementos que compõem as obras literárias. Para os educadores, a apresentação oferece ainda uma didática que pode ser aplicada em sala de aula. Para mais informações ou para agendar uma apresentação é só mandar um e-mail para roger@rogercastroeventos.com.br .

Para Michel Serres, devemos pensar em crise para além dos desastres financeiros e econômicos que perturbam o mundo desde 2008. O filósofo afirma, então, que “a crise que hoje nos sacode, sem sombra de dúvida, esconde e revela rupturas que transcendem no tempo”. Serres aborda, em Tempo de crise (Bertrand / Record, 96 pp, R$ 27,90 – Trad.: Clóvis Marques), as mudanças decisivas pelas quais a sociedade ocidental passou nos anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial e analisa as alterações observadas na agricultura, nos transportes, na saúde, nas relações entre os homens e nos conflitos mundiais. O autor chama atenção para o fato de estarmos em um movimento de metamorfose antropológica, cultural e de conduta, sem que, no entanto, haja mudanças nas instituições. Ele argumenta que a crise não afeta apenas o mercado financeiro, o trabalho e a indústria, mas o conjunto da sociedade.

Montaigne (Figuras do Saber / Estação Liberdade, 248 pp, R$ 46 – Trad.: Guilherme J. F. Teixeira) traz uma introdução à vida e à obra de Michel de Montaigne (1533–1592), jurista, político e escritor francês. Montaigne é célebre por ter sido o criador do ensaio pessoal como gênero de escrita. A proposta da criação deste estilo que lhe daria fama por toda a posteridade era a de abordar quaisquer assuntos que considerasse relevantes, sem uma preocupação formal ou estética, e sem mirar um tipo específico de leitor. Ao contrário: interessava a Montaigne oferecer seu ponto de vista pessoal, registrando os assuntos à maneira de um observador arguto. Seus Ensaios, publicados em três volumes, acabaram por apresentar uma linguagem refinada, de uma infinita riqueza, tendo seduzido um amplo escopo de leitores exigentes. Filósofo da comparação, da descrição e da sugestão, Montaigne concentrou sua atenção na história e na poesia, nas guerras civis e religiosas, na tensão entre os impérios, assim como nas opacidades da consciência ou nas digressões da mente.

Conhecemos o Eliot poeta, mas em A ideia de uma sociedade cristã (É Realizações, 216 pp, R$ 49,90 – Trad.: Eduardo Wolf), podemos apreciar a obra ensaística do escritor norte-americano que se ocupa de uma temática particular: o que tem a fé cristã a dizer sobre aspectos como a sociedade e a política? As conferências que T. S. Eliot apresentou em Cambridge, em março de 1939, e publicou sob o título A ideia de uma Sociedade cristã, estão no campo da crítica social. Eliot não endossa 'qualquer forma política particular'; defende apenas 'qualquer Estado que seja adequado para uma Sociedade Cristã'. O cristianismo não deve ser imposto ao povo pelo governo; pelo contrário, o 'temperamento e as tradições do povo' devem ser suficientemente cristãos para impor aos políticos 'uma estrutura cristã na qual seja possível realizar suas ambições e fazer avançar a prosperidade e o prestígio de seu país'.

Em 1887, Durkheim foi indicado para ministrar aulas de Pedagogia e Ciência Social na Faculdade de Letras de Bordeaux, na França. E foi em função de um dos cursos, ministrado entre 1895 e 1896, que nasceram as lições aqui compiladas, sob o título de O socialismo (Edipro, 240 pp, R$ 45 – Trad.: Sandra Guimarães). Este livro reúne uma preciosa definição do socialismo, uma reflexão sobre as suas origens, além de um estudo muito bem elaborado sobre a obra de Saint-Simon. Um trabalho marcado pela preocupação com a harmonia da nova estrutura social que emergia, com o advento do capitalismo, em uma era de ruptura dos laços sociais e religiosos tradicionais. Para entender seu próprio tempo, Durkheim visitou um vasto campo conceitual que envolve pensadores como Platão, Thomas More, Campanella, Saint-Simon, Proudhon, Fourier e Marx, dentre outros. E, vislumbrando um mundo atravessado pelos egoísmos individuais e pelos apetites desenfreados que a emergência do capitalismo exortou, passou a conceber a sociedade como um fato moral e o surgimento do socialismo como o reflexo da necessidade de uma reforma moral.