Editoras já podem acessar o questionário da Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro, realizado pela Fundação Instituto de Pesquisa Econômicas (Fipe) por encomenda da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL). A pesquisa é um dos mais importantes levantamentos sobre a performance do mercado editorial brasileiro. A edição, que tem como base o ano de 2016, fará também o Censo do Livro Digital, estudo que buscará informações em todas as editoras em atividade no país sobre a produção de conteúdo digital. As informações declaradas no questionário são sigilosas e de uso exclusivo da Fipe. Editores que responderem ao questionário terão acesso gratuito ao relatório completo da pesquisa, cuja publicação está prevista para julho. O prazo final para input dos dados é dia 17 de fevereiro.

Encerrou nesta terça-feira (07) o prazo para inscrições de chapas que concorrerão para dirigir a Associação Brasileira de Difusão do Livro (ABDL) no biênio 2017 – 2019. A única chapa inscrita foi a Ação e Modernização, encabeçada por Leandro Carvalho (Templus Editorial), que já comanda a entidade que congrega os agentes de vendas diretas de livro, o famoso vendedor porta a porta. Diego Drummond (Girassol) sai candidato a vice-presidente de comunicação e Elias Antonio da Silva (Savoy) como vice-presidente financeiro. As eleições estão marcadas para o dia 9 de março, a partir das 10h30, na sede da ABDL (Rua Marquês de Itu, 408 – cjs. 71/72 – Vila Buarque – São Paulo / SP), quando acontecerá também a Assembleia Geral Ordinária para prestação de contas. Clique no Leia Mais para conhecer os demais componentes da chapa encabeçada por Leandro.

Com a decisão da Alta Books de absorver parte do catálogo de livros profissionais e de referência da Elsevier, a editora chamou de volta J.A. Rugeri, que trabalhou na editora de dezembro de 2013 até junho do ano passado. Ele agora retorna à casa para gerenciar o catálogo e novas aquisições. Em 2016, a Alta Books reportou crescimento de 10% no seu faturamento na comparação com o ano anterior e estima fechar 2017 com crescimento de 25% na comparação com o ano passado. Na programação de lançamentos para 2017 estão 130 novos títulos incluindo Blockchain para os negócios, sobre negócios na Internet e Previdência sem segredos, que trata do tema que vem gerando debates acalorados no Brasil. Já para o segundo semestre, a editora prepara o relançamento da série Pai rico, que completa 20 anos em 2017.

É quase que uma lei pétrea: títulos de livros estão sempre na capa. Mas a V&R resolveu quebrar essa regra ao editar Todos, nenhum: simplesmente humano, romance de estreia de Jeff Garvin, que chega às livrarias ainda neste mês de fevereiro pelo selo Plataforma 21. O título, para a estranheza de muitos, vem na quarta capa. É que o livro conta a história de Riley Cavanaugh, que ora se define como menino, ora, como menina. “Gênero fluido”, como ele explica no livro. A ideia da editora, então, é fazer um convite para que os leitores não julguem o livro (e nem as pessoas) pela aparência. Junto com o lançamento do livro, a V&R colocou no ar a campanha #NãoJulguePelaCapa.

Lançado no segundo semestre de 2016, o livro Por que fazemos o que fazemos?, o primeiro de Mario Sergio Cortella na Editora Planeta, atingiu, em janeiro deste ano, a marca dos 100 mil exemplares vendidos, segundo apuração da própria editora. O título, que desvenda as principais preocupações com relação ao trabalho, se mantém nas listas de mais vendidos desde seu lançamento. Entre os livros publicados pela Planeta em 2016, Mario Sergio atrás apenas do livro do papa Francisco, O nome de Deus é misericórdia, lançado em janeiro e que vendeu, até o momento, 120 mil exemplares.

Para incentivar a compra de livros em sua loja virtual, a Dublinense preparou uma promoção para seus clientes. Durante todo o mês de fevereiro, quem comprar qualquer livro no site, de qualquer valor, ganhará de graça os três volumes da coleção Contém 1 drama: Van Gogh Dylan, Caligrafia do espanto e Aquilae non gerunt columbas. A série de livretos lançados pela Não Editora, contém um texto de ficção cada, sempre de autores brasileiros. A promoção vale até às 23:59 do dia 28 de fevereiro.

A Casa das Rosas abriu as inscrições para a segunda turma do curso Cooperativa da invenção, laboratório de experimentação, criação e realização poética. O curso tem como proposta fazer com que os participantes trabalhem de forma colaborativa em torno de projetos, orientados por professores / estimuladores. Os projetos explorarão novas possibilidades de criação poética a partir de artes e técnicas verbais e vocais e as atividades estarão voltadas às potencialidades expressivas da palavra, do som e da imagem e, nesta edição, para suas interações em suportes digitais como aplicativos e programas de computador para trabalhos nos formatos de GIF, jpg, mp3, mp4, avie muito mais. O workshop é gratuito e acontece entre março e junho, em dois encontros semanais: às terças, das 19h30 às 21h30, e aos sábados, das 15h às 18h. O resultado da seleção será divulgado no dia 24 de fevereiro.

A Aletria abriu as inscrições para a sua primeira oficina do ano sobre Produção de livros artísticos e lúdicos a partir de materiais acessíveis. Ministrado pela professora e escritora, Ana Paula Paiva, os alunos da oficina serão orientados no passo a passo a feitura de objetos culturais editoriais que motivem a leitura e o prazer de contato com o suporte livro. A oficina acontece neste sábado (11), das 9h às 12h, na sede da Aletria (Praça Comendador Negrão de Lima, 81-D, Floresta - Belo Horizonte / MG). O investimento é de R$ 140 e os interessados devem enviar e-mail para aletria@aletria.com.br.

Já em clima de Carnaval, nesta quinta-feira (9), às 19h, a Livraria da Vila da Fradique (Rua Fradique Coutinho, 915 – São Paulo / SP) recebe o lançamento do livro Amores Carnavais (Laranja Original, 160 pp, R$ 29,90). Organizada pelo fundador do bloco Casa Comigo, Raphael Guedes, a obra reúne contos de 12 autores e imagens de dois fotógrafos que fogem dos estereótipos dos pierrôs e das colombinas, e retratam não só o amor que une e separa os amantes, mas também as complexas relações entre um filho e um pai, entre amigas distantes, entre uma senhora e um bloco de rua. A coletânea também fala do amor gay, do amor traiçoeiro, do amor erótico e das transformações da cidade de São Paulo como alegoria e ainda faz citações em homenagem a alguns blocos paulistanos.

A escritora Cristina Porto lança no próximo sábado (11), na Livraria NoveSete (Rua França Pinto, 97 - São Paulo / SP), o livro Caderno alado (Barbatana, 64 pp, R$ 38). A obra conta a história de 12 passarinhos que vão visitar Cristina em sua casa — onde nasceu e para onde voltou a morar anos depois —, no bairro do Infinito, em Tietê (SP): o bem-te-vi, o canário-da-terra-verdadeiro, a garça-branca-pequena, o joão-de-barro, o pardal, o periquitão-maracanã, o pica-pau-do-campo, a pipira-vermelha, o sabiá-laranjeira, a saíra-amarela, o sanhaçu-cinzento e o tico-tico. Para cada um deles, há um texto com as informações principais do passarinho (características físicas, hábitos, onde aparece, dados biológicos, curiosidades), um poema, uma colagem feita por Cristina e uma ilustração realista feita pelo ilustrador Ricardo Costa. O lançamento com sessão de autógrafos acontece a partir das 15h e contará exposição de artes do livro e apresentação musical de Ademar Farinha, do grupo Tarancón.

Os brilhos todos (Companhia das Letras, 288 pp, R$ 54,90) reúne 36 textos de Alexandre Eulalio (todos inéditos em livro) produzidos ao longo de mais de 30 anos, entre 1952 e 1987. São ensaios, crônicas, artigos, entrevistas, apresentações, notas, críticas, resenhas e poemas que atestam a variedade de interesses e a erudição de um dos grandes intelectuais brasileiros da segunda metade do século XX. Em comentários sobre a obra de Graciliano Ramos, Jorge Luis Borges, Clarice Lispector, Guignard ou Lewis Carroll, transparece a atenção para o detalhe e a fineza de estilo e análise. A coletânea foi organizada por Carlos Augusto Calil e traz prefácio inédito de Vilma Arêas. Em vida, Alexandre Eulalio publicou apenas um livro: A aventura brasileira de Blaise Cendrars, em 1978. Em 1979, passou a lecionar na Unicamp e morreu em 2 de junho de 1988.

Joaquim Nabuco foi uma figura dominante na vida literária, intelectual e política brasileira na última fase do Império e, após 1889, nas duas primeiras décadas da República. Foi defensor dedicado da abolição e sua atuação na diplomacia brasileira deu ao país lugar de destaque na política internacional. Entretanto, passou quase metade da vida adulta fora do Brasil: viveu na Europa – a maior parte do tempo em Londres, mas também Paris e Roma – e nos EUA, entre Washington e Nova York. O britânico Leslie Bethell é um brasilianista que estuda a personagem histórica e sua trajetória há 40 anos: diversos aspectos de sua biografia já foram abordados pelo pesquisador em textos publicados ao longo desse período. Agora, a trajetória do político e intelectual é reunida no livro Joaquim Nabuco no mundo (Bem-Te-Vi, 232 pp, R$ 55). A publicação traz em quatro capítulos versões revisadas e ampliadas de artigos e ensaios de Bethell sobre Nabuco.

A história de mulheres confrontando seus monstros. De jovens em colônias de férias com nomes indígenas a poetas de saraus em cafeterias antiburguesas e profissionais bem-sucedidas dos escritórios de Toronto, Margaret Atwood apresenta em Dicas da imensidão (Rocco, 240 pp, R$ 39,50 – Trad.: Ana Deiró) dez contos que, ao recuperarem acontecimentos transformadores do passado – recente e distante – de cada uma de suas protagonistas, e seus ecos no presente, convidam a uma reflexão sobre escolhas, chances perdidas e sobrevivência. Em Dicas da imensidão, que dá nome à coletânea, Portia, uma mulher de cortesia, tato e de poucas palavras, lida com seu amor incondicional por um marido que destila charme para todas ao redor, incluindo as duas irmãs da esposa – uma delas, com quem mantém um caso extraconjugal. Como em outras de suas obras, a autora canadense aborda no livro a complexidade das relações de suas protagonistas com os homens ao redor – de chefes e mentores a amigos, maridos e amantes -, dando atenção particular à experiência e à fala da mulher.

O verão é a época do ano em que tudo parece possível. O sol traz uma energia extra que deixa as pessoas mais alegres; os corações ficam mais leves e abertos às novidades. Talvez por isso, as situações mais inesperadas e os romances mais intensos costumam acontecer nessa estação. A autora Stephanie Perkins reuniu algumas histórias dessa estação na coletânea Aconteceu naquele verão (Intrínseca, 384 pp, R$ 39,90 – Trad.: Ana Rodrigues, Flora Pinheiro e Larissa Helena). São doze contos de doze escritores renomados que exploram esse sentimento tão controverso – o amor -, nas suas mais diversas formas. Tudo em meio a bastante calor. Mas essa coletânea tem algo ainda mais especial. Algumas histórias têm uma pitada de estranheza, de mistério, um toque sobrenatural. Em Cabeça, escamas, língua, calda, por exemplo, a lagoa de uma cidadezinha é morada de um monstro marinho que só uma menina vê. No intrigante Inércia, dois grandes amigos há muito afastados vão se encontrar num quarto de hospital para uma última visita.