No último dia 19/10, estive pela primeira vez em uma Biblioteca Parque, no caso a unidade do centro do Rio. Faço aqui um mea culpa, pois já deveria ter visitado o espaço muito antes. Meus filhos com sotaque carioca, no entanto, já foram várias vezes, algumas com a mãe e muitas com a escola. Era um sábado e fui assistir ao espetáculo Parada Shakespeare, da Cia iLtda, junto com a Tarsila e o Lorenzo, e seus esses e erres puxados. A biblioteca estava cheia e com muitas atividades. Fui atendido logo de cara por uma recepcionista que, atenciosamente, me indicou o caminho para o teatro. Andei até o local observando jovens que ocupavam todos os espaços da biblioteca. Como chegamos cedo, pudemos participar de uma contação de histórias. Honestamente, uma das melhores que já vi, com direito a tradução para surdos. Mais importante: Tatá e Lolô adoraram... “Iraaado, papai!” O teatro era ótimo. A lojinha era linda. Tudo organizado e de alta qualidade. A internet, gratuita, era mais rápida que a da minha casa. Me lembrou as bibliotecas suecas que frequentei quando morei em Estocolmo. Mas parece que o sonho acabou. Drömmen är över, diriam os suecos. "Deu ruim, papai", diriam Tarsila e Lorenzo. Clique no Leia Mais para ler e compartilhar a íntegra deste texto em defesa destas importantes bibliotecas fluminenses.

Desde ontem, as Bibliotecas Parque de Manguinhos, do Centro e da Rocinha, no Rio de Janeiro, alteraram o seu horário de funcionamento. A medida foi tomada depois do fim do contrato firmado entre a Secretaria Estadual de Cultura e o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG), Organização Social (OS) que administrava o equipamento público. De acordo com a revista biblioo, funcionários das bibliotecas assinaram, ontem mesmo, aviso prévio. Ainda de acordo com a revista, a Secretaria de Estado de Cultura está tentando um acordo junto a Prefeitura do Rio para manter as bibliotecas parque abertas, mas muito provavelmente o fechamento das bibliotecas deve ocorrer pelo menos por um período até que o prefeito eleito recentemente tome posse e consiga a liberação de recursos. Representante da direção da Biblioteca Pública de Niterói, Luci Meri Oliveira comunicou nesta quarta-feira (30) ao presidente da Academia Fluminense de Letras, Waldenir de Bragança, que o IDG, que também administra a biblioteca, determinou o fechamento ao público, a partir de ontem, às 17h, do prédio histórico que abriga as duas instituições, no Centro de Niterói, reduzindo em duas horas o tempo de atendimento ao público. A medida foi tomada pelo IDG por conta do atraso de dois meses nos repasses, pela prefeitura de Niterói, no valor mensal de R$ 160 mil, conforme compromisso assumido pelo prefeito Rodrigo Neves há cerca de um ano para que a biblioteca permanecesse aberta.

Eles nunca sumiram totalmente das listas de mais vendidos, mas os livros de colorir, fenômeno de vendas no ano passado, viram suas vendas caírem pouco a pouco. No entanto, nessa semana, eles voltaram a mostrar a sua força. A Coleção livros de colorir (Sextante), que reúne os mega-sellers Jardim secreto, Floresta encantada e Reino animal em um único box, conquistou, nessa semana, o quarto lugar na lista de Não Ficção e a 15ª posição na lista Geral ao vender 2.474 unidades. A Black Friday, na última sexta-feira (25), também mostrou a sua cara na lista. As livrarias monitoradas pelo PublishNews reportaram um aumento no volume de vendas em 33.224 unidades vendidas a mais na comparação com a semana anterior. O campeão de vendas continua sendo Harry Potter e a criança amaldiçoada (Rocco), que continua encabeçando a lista geral, com 19.230 unidades vendidas. Se somados os outros livros da franquia e produtos afins, foram vendidas 30.476 unidades nessa semana. Entre as novidades da semana estão: Maior que a tempestade (Mundo Cristão), de Rinaldo Seixas, na 15ª colocação da lista de autoajuda, com 790 unidades vendidas; O advogado rebelde (Rocco), de John Grishman, na 18ª colocação da lista de ficção, com 711 exemplares vendidos; Maus – a história de um sobrevivente (Quadrinhos na Cia), na 15ª posição da lista de não ficção, com 623, e Diário de P. Landucci (hoo), na 20ª posição da lista de não ficção, com 420 unidades vendidas. Clique no Leia Mais para ver os outros destaques da lista de mais vendidos.

“A literatura pode ser tão forte quanto um rinoceronte e tão doce quanto um quindim”, declarou Volnei Canônica no lançamento do Clube de Leitura Quindim realizado na noite desta quinta-feira (1º), em São Paulo. A mascote do clube é um rinoceronte amarelo. A iniciativa nasce da união de Volnei com Renata Nakano e Ana Lucia Castro e tem o suporte de grandes nomes da literatura infantojuvenil brasileira como Ziraldo, Marina Colasanti, Roger Mello, João Luís Ceccantinni e Walcyr Carrasco como curadores dos livros que serão distribuídos via assinatura. “O Clube nasce como objetivo de desenvolver uma ação sustentável a longo prazo e que contribua na superação das enormes dificuldades em se fazer do Brasil um país mais leitor, como a falta de bibliotecas públicas, comunitárias e escolares e de livrarias em todo o país; o pouco ou nenhum espaço para a literatura infantil de qualidade nas livrarias e a deficitária distribuição de livros”, disse Canônica durante o seu discurso de lançamento. Clique no Leia Mais e conheça melhor o Clube de Leitura Quindim.

A Diretoria da Academia Brasileira de Letras (ABL) foi reeleita ontem (1º) por unanimidade para o exercício de 2017. Foram reconduzidos a seus cargos Domício Proença Filho (presidente), Nélida Piñon (secretária-geral), Ana Maria Machado (primeira-secretária), Merval Pereira (segundo-secretário) e Marco Lucchesi (tesoureiro). A cerimônia de posse para o novo exercício será no dia 15 de dezembro, às 17h, no Salão Nobre do Petit Trianon (Av. Presidente Wilson, 203 - Rio de Janeiro / RJ).

Quando lançou a Buzz, no início do mês passado, Anderson Cavalcante prometeu fazer barulho com a nova editora e previu um faturamento de R$ 20 milhões no primeiro ano de vida da editora. Para chegar lá, o editor criou uma programação de lançamentos com nomes que tem a capacidade de reunir milhares de pessoas e, consequentemente, vender muito. Uma provinha disso foi o lançamento do livro Sacadas de empreendedor, de Erico Rocha, na última segunda-feira (28). O autor reuniu quatro mil pessoas dentro do Credicard Hall, em São Paulo, que compraram seis mil exemplares, de acordo com a editora. Na ocasião, foi gravado o que os organizadores acreditam ser o maior Mannequin Challenge da América Latina. O vídeo pode ser conferido na página do autor no Facebook.

O Grupo GEN está com mais uma vaga, dessa vez para analista de Marketing Editorial. É obrigatório que o candidato tenha graduação em marketing, além dos conhecimentos técnicos obrigatórios, ótima organização e boa gestão de tempo. O analista será responsável pelo cadastro e ativação de obras nos sistemas; criação de fichas de produtos; briefings, acompanhamento de desenvolvimento de peças e execução de ações; acompanhamento e suporte nas ações de parcerias; acompanhamento de ações nas redes sociais e suporte na preparação de eventos. A vaga é para atuar no Rio de Janeiro e os interessados devem enviar currículo para o e-mail recrutamento@grupogen.com.br até o dia 7 de dezembro.

Na edição da última quinta-feira, o PublishNews noticiou que o livro Crônica da casa assassinada, de Lucio Cardoso, foi indicado pela BBC como um dos livros para se ler em dezembro. Na mesma nota, informamos que a edição brasileira do livro, que saiu pela Civilização Brasileira, estava esgotada. Para chegar a essa conclusão, o PublishNews consultou os principais varejistas de livros do Brasil (Saraiva, Cultura, Amazon e Travessa) onde o livro aparece como esgotado desde a sua edição de 1999. O Grupo Editorial Record, do qual a Civilização Brasileira faz parte, no entanto, informou que o livro teve a 14ª edição feita em 2015 e que não está esgotado, mas, como há poucos em estoque, a reedição já foi solicitada. A editora informa ainda que, em 2009, foi feita uma recomposição do miolo, para modernizar o projeto, e em 2012 a capa foi trocada, para adequar o livro ao projeto gráfico das capas do autor, que são feitas por Rico Lins. A informação foi imediatamente corrigida na nota original.

Lira Neto é o convidado deste mês do bate-papo Segundas Intenções, na Biblioteca do Parque Villa-Lobos (Av. Queiróz Filho, 1.205, Alto de Pinheiros – São Paulo / SP). O encontro, mediado pelo jornalista e escritor Manuel da Costa Pinto acontece neste sábado (3), às 11h, com entrada gratuita e aberta ao público. Lira Neto é formado em Filosofia pela Faculdade de Filosofia de Fortaleza, Letras pela Universidade Estadual do Ceará e Jornalismo pela Universidade Federal do Ceará. Publicou artigos, perfis e reportagens nos principais jornais e revistas do país e escreveu obras como Castello: A marcha para a ditadura (2004); Maysa: Só numa multidão de amores (2007) e Padre Cícero: Poder, fé e guerra no sertão (2009).

No Hosana Brasil, evento promovido anualmente no primeiro fim de semana de dezembro pela Canção Nova, em Cachoeira Paulista (Rua João Paulo II / SP), o padre Fábio de Melo e o jornalista Rodrigo Alvarez irão autografar o livro Humano demais - A biografia de padre Fábio de Melo (Globo Livros), escrito por Alvarez. A primeira sessão de autógrafos será com os dois, neste sábado (3), das 13h às 16h, e a outra no domingo (4), das 8h às 11h, apenas com o autor da obra. No livro, Rodrigo revela o religioso que buscou na própria história a inspiração para pregar, escrever, cantar e, assim, mudar a vida de seus seguidores – até mesmo aqueles que só o conheceram quando ele virou “o padre do Snapchat”. Uma história rara, narrada de forma corajosa e franca por um dos maiores jornalistas da atualidade.

A Editora Enkla lança neste final de semana o segundo livro da série Um cartão, ideia do carioca Pedro Henrique de apresentar sentimentos através de frases simples e que já chamou a atenção de mais de 1,2 milhão de perfis no Instagram. O novo livro apresenta um editorial criativo, em formato de cartões postais serrilhados que podem ser lidos como uma grande coleção de frases inspiradoras ou destacados para serem compartilhados de forma avulsa. No verso de cada cartão, o leitor também encontra um pequeno texto com reflexões e um espaço para inclusão do destinatário. Pedro lança o livro nesta sexta (2), às 19h, na Loja do Fashion Mall da Livraria Cultura (Estrada da Gávea, 899, Gávea - Rio de Janeiro / RJ) e no domingo (3), às 15h, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073 – São Paulo / SP).

As compras para o Natal têm uma opção diferente, criativa e econômica para o público que prefere garimpar um bom achado. Do dia 5 (segunda) ao dia 10 (domingo), o Pátio Unibes (Rua Oscar Freire 2500 – São Paulo / SP) estará aberto ao público das 14h às 20h com uma edição especial de Natal, que reunirá os organizadores que já ocupam o Pátio durante o ano, além de outros curadores, que representam mais de 400 empreendedores culturais e artistas independentes, em diferentes áreas como HQ, literatura independente, design, artes visuais, fotografia, música e gastronomia. O Pátio de Natal Unibes também contará com a inédita participação do Bazar Truck da Unibes, uma nova unidade móvel com uma seleção dos melhores produtos das cinco unidades físicas dos bazares da Unibes, que funcionam durante todo o ano com doações recebidas pela instituição. Os valores arrecadados com as vendas realizadas serão utilizados pela instituição centenária no atendimento de 15 mil pessoas, entre crianças, jovens, famílias e idosos de toda a cidade.

Será lançado no próximo domingo (4), em Curitiba, o livro de poemas para crianças Na casa amarela do vovô, Joaninja come jujubas (Mercadolivros, 72 p., R$ 35,00). Primeiro livro infantojuvenil da jornalista e especialista em Economia Criativa e Colaborativa, Jaqueline Conte, a obra tem uma proposta diferente. A criança é apresentada como coautora, uma vez que, ao lado de cada poema, há espaço para que ela faça sua própria leitura do texto em forma de imagem, ou seja, ela pode desenhar o poema, numa brincadeira entre diferentes linguagens. O evento de lançamento vai das 11h às 14h, no Solar do Rosário (Rua Duque de Caxias, 4, no Largo da Ordem – Curitiba / PR).

No dia 12 de maio de 2016, a presidente Dilma Rousseff foi afastada provisoriamente do cargo com a instalação do processo de impeachment que, três meses depois, culminaria com a posse de seu vice, Michel Temer. A agonia do governo foi acompanhada de perto pelos brasileiros que, contra ou a favor da permanência de Dilma no poder, grudaram seus olhos nas telas de TV e páginas de jornal em busca de mais detalhes dos acontecimentos. Agora, o público terá a chance de conhecer os bastidores de sua queda vistos de dentro do Palácio da Alvorada. Secretário de imprensa da presidente nos últimos nove meses de mandato, o cientista político e jornalista Rodrigo de Almeida acompanhou e trabalhou na administração das crises mais agudas que construíram o calvário presidencial. À sombra do poder (LeYa, 224 pp, R$ 39,90) une a força de um relato jornalístico preciso à análise arguta da sequência de problemas externos e internos enfrentados pelo governo para manter-se em pé.

Em Como matar a borboleta-azul (Intrínseca, 272 pp, R$ 39,90), a economista Monica Baumgarten De Bolle descreve com detalhes, ano a ano, a condução da política econômica durante os dois mandatos da ex-presidente afastada. Conta-se que, na década de 1970, atormentados por uma superpopulação de coelhos, os ingleses adotaram uma política tão bem-intencionada quanto equivocada, que culminou com a extinção da borboleta-azul no sul do país. O triste fim da bela borboleta é a metáfora escolhida pela autora para descrever a desconstrução do Brasil durante os anos de Dilma Rousseff. No lugar de gráficos e tabelas, o leitor encontra drama, uma história de suspense e terror, com vilãs, vilões e pouquíssimos heróis, narrada com pitadas de surrealismo e saborosas citações a filmes e obras da literatura. A dura realidade ganha contornos humanos e compreensíveis mesmo para quem não tem nenhuma familiaridade com o chamado economês.

Dois anos depois de escrever A outra história do Mensalão, o jornalista Paulo Moreira Leite publica A outra história da Lava-Jato (Geração Editorial, 448 pp, R$ 449,90). Com o olhar atento para as conexões nem sempre evidentes entre Justiça e Política, e o mesmo espírito crítico que marca mais de 40 anos de jornalismo, Paulo Moreira Leite define a investigação sobre corrupção na Petrobrás como uma apuração necessária sobre uma empresa que é orgulho dos brasileiros - mas aponta para seu caráter seletivo, que permite que seja usada para fins políticos. A obra conta com uma esclarecedora introdução de 60 páginas e ainda 45 artigos escritos no calor dos acontecimentos. A outra história Lava-Jato tem prefácio do professor Wanderley Guilherme dos Santos, um dos mais respeitados cientistas políticos do país. Na contracapa, o livro apresenta uma curta recomendação do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal: 'É ler para crer.'

Como a empresa que por tanto tempo foi espelho do que o Brasil tem de melhor se tornou sinônimo de roubo em grande escala? É o que a jornalista Roberta Paduan explica em Petrobras - Uma história de orgulho e vergonha (Objetiva, 392 pp, R$ 54,90). Fruto de um trabalho extenso de pesquisa e apuração, o livro narra como a estatal foi cenário de vários casos de mau uso político e desvio de verbas ao longo de sua existência, nos governos posteriores à ditadura militar, até se tornar totalmente refém de um esquema de corrupção bilionário. Roberta Paduan, ex-repórter e editora da revista Exame, revê a cronologia do escândalo do Petrolão através de histórias chocantes de bastidores e com informações acessíveis, ajudando o leitor a compreender a magnitude dos danos e seus desdobramentos. A Operação Lava-Jato surge como fio-condutor nos principais momentos, e forma um retrato revelador da derrocada de um dos maiores símbolos do Brasil.

Embora sua definição clássica seja “governo do povo”, a democracia sempre manteve uma relação ambígua com a igualdade. Dessa perspectiva, a obra Desigualdade e democracia (Editora Unesp, 436 pp, R$ 64), com organização de Luis Felipe Miguel, busca debater não apenas as maneiras de enquadrar a questão das desigualdades, mas as diversas compreensões do significado e do alcance da democracia. Se na Grécia Antiga imperavam múltiplas exclusões, nos regimes contemporâneos a extensão da cidadania convive com o alcance reduzido da vontade popular, cujas decisões influem menos nos rumos da vida coletiva. Para refletir sobre essas e outras questões, os ensaios presentes no livro desvelam uma radiografia plural com textos que não só apresentam possíveis enquadramentos das “desigualdades”, mas também propõem uma reflexão abrangente sobre os diversos significados do que se entende por “democracia”.