Desde 2012 e até hoje, a Kobo tinha um único parceiro no Brasil: a Livraria Cultura, que comercializa tanto os e-readers quanto os e-books da companhia nipo-canadense. Embora o acordo não previsse exclusividade, nos últimos quatro anos, a Cultura operou sozinha as vendas dos livros digitais da Kobo no País. Isso, no entanto, muda hoje. Logo mais, em São Paulo, será anunciada uma parceria da Kobo com a Blooks. Pelo acordo fechado entre as duas empresas, a livraria passará a usar a tecnologia da Kobo para fazer uma curadoria de livros digitais e direcionar as compras para a loja da Kobo na internet. “Estamos inventando histórias para sobreviver. A Blooks não vende livros físicos pela internet e a ideia é continuar assim. No entanto, vamos vender livros digitais. A ideia é fazer algo que vai além do óbvio e não replicar o que já temos. A Kobo entra como um complemento do que não temos nas nossas lojas”, explicou Elisa Ventura, quem capitaneia a livraria. Clique no Leia Mais para conhecer melhor os termos dessa parceria.

A primeira edição produzida pela LeYa, Orfanato da Srta. Peregrine para crianças peculiares já vendeu 112.736 exemplares em 2016, terceiro livro de ficção mais vendido do ano, e nessa semana ficou na vice-liderança da lista de ficção. O livro chegou a ficar no topo da lista de ficção por seis semanas consecutivas. Já a edição produzida pela Intrínseca, acaba de chegar nas livrarias e na lista, ficando em 13º lugar na lista de ficção com 860 exemplares. Além desses dois, Cidade dos etéreos e Biblioteca das almas (Intrínseca) ficaram em sétimo e 12º lugar, respectivamente. Ainda na lista de ficção, três novidades do mundo dos mangás: Naruto Gaiden e Vagabond vol9, ambos da Panini, e Fullmetall vol5, da JBC. Em não ficção, a biografia do padre-gato Fábio de Melo, Humano demais (Globo), escrita pelo jornalista Rodrigo Alvarez, estreou em oitavo lugar com 1.020 exemplares vendidos. Na mesma lista, também estreou Homo Deus (Companhia das Letras), de Yuval Noah Harari, que ficou em quinto lugar. Clique no Leia Mais e veja outros destaques da lista de mais vendidos dessa semana.

Era o ano de 2010, quando fiz a minha primeira lista. Morava no interior de São Paulo e minha internet era discada. Nessa época eu juntava as quantidades num Excel, o Carlo conferia e consolidava, e só então eu subia no site. Nessa época, era um trabalho puramente burocrático, e até chato. Em 2011, voltei para São Paulo com mala, cuia, três filhos e um endereço fixo de trabalho, o escritório do PublishNews. Aos poucos, fui ganhando autonomia e passei a ser a "dona" da lista dos mais vendidos. De 2010 até hoje, foi o trabalho que mais me ensinou. De burocrático, passou a ser um instrumento para eu entender o mercado. De números, passou a ser tendências que eu conseguia enxergar. De chato, continuou ser chato porque a lista nunca tira férias! Se, para alguns, a lista dos mais vendidos não serve para nada e, para outros, é uma das coisas mais importantes que pode acontecer com um livro, para mim foi um baita aprendizado! Aprendi até a respeitar a diversidade dos livros, mesmo quando acho que são pura baboseira. Hoje fiz minha última lista. Agora, estou bem feliz em imaginar que terei, pela primeira vez desde 2010, férias de Natal e Ano Novo sem pensar se a internet está funcionando. Mas, bate aquela nostalgia em relembrar que quando eu comecei a lista, também comecei minha caminhada no mercado editorial. A lista fica pelo caminho, agora com uma equipe incrível comandada pelo Bruno Mendes. Eu sigo minha caminhada. Mas vou dar uma espiadinha, toda sexta, na nota dos mais vendidos do PublishNews. E vou criar títulos sacanas, mesmo que seja só na minha cabeça. Clique no Leia Mais e veja a íntegra desta nota.

Em cerimônia na noite desta quinta-feira (24), foram conhecidos os Livros do Ano do Prêmio Jabuti. A resistência (Companhia das Letras), de Julián Fuks venceu na categoria Ficção e em Não Ficção, houve empate e Mário de Andrade: eu sou trezentos (Edições de Janeiro), de Eduardo Jardim, e Dicionário da história social do samba (Civilização Brasileira / Grupo Editorial Record), de Nei Lopes e Luiz Antonio Simas, foram eleitos como Livros do Ano. Além disso, foram anunciados os ganhadores do Prêmio Jabuti – Escolha do Leitor, realizado pela Câmara Brasileira do Livro em parceria com a Amazon brasileira. Os ganhadores foram Ainda estou aqui (Alfaguara / Companhia das Letras), de Marcelo Rubens Paiva, na categoria Romance; Amora (Não Editora / Dublinense), de Natalia Borges Polesso, em Contos & Crônicas; e Vertigens (Iluminuras), de Wilson Alves Bezerra, em Poesia. Clique no Leia Mais para ter acesso à íntegra desta nota.

A Academia Brasileira de Letras (ABL) se reuniu nesta quinta-feira para decidir quem passaria a ocupar a cadeira de número 22, vaga desde a morte do médico Ivo Pitanguy, em agosto passado. Mas não houve acordo. Os candidatos Antonio Cicero e Francisco Weffort tiveram o mesmo total de votos nos quatro escrutínios possíveis, obrigando a ABL a abrir novamente o período de 30 dias para novas inscrições. Para o acadêmico Domício Proença Filho, que preside a casa, “o resultado atesta a alta qualidade dos candidatos e do processo eleitoral da ABL”. O Acadêmico Marcos Vinicius Vilaça, ex-Presidente da ABL, observou que “nos 30 anos que estou na Academia, nunca vi uma eleição tão acirrada”.

Há exatamente doze meses, Marisa Moura começou a contar a história de uma funcionária misteriosa que trabalha numa agência literária fictícia. Já ligaram para ela autores já renomados, autores em início de carreira, aspirantes de autores e editores cujo ego é maior do que o império que ele construiu. Agora, quem liga é uma escritora que divide seu tempo entre escrever seu novo livro, mandar e-mails (no último semestre já foram nada mais, nada menos do que 400 mensagens trocadas) e, claro, telefonar para a agência. Clique no Leia Mais e se divirta com o 12º episódio dessa série.

A escritora cubana, bailarina e contadora de histórias Teresa Cárdenas conduzirá, neste sábado (26), a oficina Do comum ao extraordinário – Literatura infantil e juvenil. Na aula, a autora pretende explicar seu próprio método de escrita por meio de atividades que incluem a criação de personagens, escolha do tema, estrutura de capítulos e as figuras do herói e do anti-herói. O curso acontece na Estação das Letras (Rua Marquês de Abrantes, 177, Flamengo – Rio de Janeiro / RJ), das 10h às 17h. Para inscrições e mais informações é só mandar um e-mail para estacaodasletras@estacaodasletras.com.br. O curso pode ser parcelado em 2x de R$ 200.

O escritor Antonio Prata é o convidado deste mês do bate-papo Segundas Intenções. No encontro, o autor, que lançou recentemente o livro infantil Jacaré, não! (Ubu), falará sobre suas obras e trajetória artística. Nascido na capital paulista, tem 11 livros publicados, entre eles Meio intelectual, meio de esquerda (Editora 34), vencedor do Prêmio Brasília de Literatura na categoria Contos e Crônicas. Prata escreve crônicas aos domingos no jornal Folha de S. Paulo e trabalha como roteirista na Rede Globo, onde colaborou nas novelas Bang Bang (2006), Avenida Brasil (2012) e A regra do Jogo (2015). O evento gratuito e aberto ao público acontece neste sábado (26), às 11h, na Biblioteca de São Paulo (Av. Cruzeiro do Sul, 2.630, Estação Carandiru do Metrô, Linha Azul – São Paulo / SP) e será mediado pelo jornalista e escritor Manuel da Costa Pinto.

Depois de publicar seis romances para adultos, a romancista premiada Maria José Silveira busca nova forma, em um momento em que a política se tornou outra vez visível no cotidiano do país. O livro Felizes poucos (ZLF Editorial, 140 pp, R$ 30, e-book R$ 19) traz onze contos – alguns publicados em antologias e na Internet - que tratam de diversos momentos dos 21 anos de ditadura: a luta no campo e nas fábricas, a luta armada na cidade, a prisão, a tortura, o exílio, a volta para o Brasil e a continuação da militância. Traz também a figura de um curinga intercalada entre os contos, que provoca e questiona a autora sobre seus métodos e objetivos, fazendo um contraponto brechtiano com os contos. O lançamento acontece no dia 10 de dezembro no Inca Headshop Café (Rua Fidalga, 504, Vil Madalena – São Paulo / SP), às 18h.

A Unibes Cultural (Rua Oscar Freire, 2500, Sumaré - São Paulo / SP) recebe, neste sábado (26), a partir do meio dia, a última edição do Pátio 42, evento que integra o Pátio Cidade. A feira é uma oportunidade para os apaixonados por literatura conversarem diretamente com editores e autores para compreender os processos criativos, a dinâmica da edição e as formas de produção gráfica pelas quais passam as publicações. Com curadoria da editora Lote 42, esta edição reúne 15 autores e editoras que apresentam seus trabalhos. Além da feira, o Pátio 42 traz o debate sobre quadrinhos com Bárbara Malagoli, Benson Chin, João Varella (Lote 42) e Mika Takahashi.

O Autor na Praça, projeto que proporciona uma tarde de bate-papo informal entre público e o artista convidado, participa pelo décimo ano seguido da Balada Literária. Neste sábado (26), a partir das 15h, no Espaço Plínio Marcos (Tenda na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto, Pinheiros – São Paulo / SP) acontece uma tarde de autógrafos e leituras de textos da poeta moçambicana Noémia de Souza e Caio Fernando de Abreu, com a participação da jornalista Paula Dip, autora do livro Para sempre teu... Caio F.. As leituras ficam por conta dos poetas convidados por Marcelino Freire: Augusto Cerqueira, Casulo, Nelson Maca e Rafa Carvalho. Na ocasião haverá o lançamento da 27ª edição da revista piauiense Revestrés, com a presença de Wellington Soares e outros colaboradores.

O Centro de Apoio ao Escritor da Casa das Rosas (Av. Paulista, 37 – São Paulo / SP) realiza, nos dias 3 e 4 de dezembro, o 1º Encontro de Escrita Criativa, reunindo profissionais de diferentes instituições que trabalham com a formação de escritores, para compartilhar e debater suas experiências. O encontro terá participação da argentina Laura Duschatzky e Nilma Lacerda, do Rio de Janeiro, que realizarão palestras; e ainda duas mesas de debates com Annita Costa Malufe, Noemi Jaffe, Roberto Taddei, Áurea Rampazzo, Nelson de Oliveira, Josephine Bourgois, Marcelino Freire e Veronica Stigger. O evento gratuito será transmitido pelo Facebook da Casa das Rosas.

Quatro vidas de um cachorro (HarperCollins Brasil, 288 pp, R$ 34,90 - Trad.: Regina Lyra) conta as histórias e aventuras de um cão que morre e reencarna várias vezes na Terra. O livro é narrado pelo próprio animal, que conta sua jornada por quatro vidas. Em cada uma delas, ele muda de dono, de raça, de nome e até mesmo de sexo. O cachorro se surpreende ao reencarnar no corpo de um Golden Retriever após uma trágica e curta vida como vira-lata. O cão, que recebe o nome de Bailey, encontra Ethan, um garoto de oito anos e sua família. Durante esse período, ele descobre as emoções de uma vida intensa e o valor da amizade. Renascido novamente, o cachorro volta como Ellie, uma fêmea que desempenha um importante papel como cão policial. Depois de vir ao mundo diversas vezes, ele se pergunta se algum dia encontrará seu propósito. Mas o verdadeiro sentido de sua vida ainda não está totalmente claro até ele voltar, dessa vez como Amigão. O livro inspirou o filme homônimo, que chegará aos cinemas em janeiro de 2017.

Em A química (Intrínseca, 496 pp, R$ 49,90), Stephenie Meyer apresenta um suspense de tirar o fôlego. Uma ex-agente especial fugindo de seus antigos empregadores precisa aceitar um novo caso para limpar seu nome e salvar a própria vida. Ela trabalhava para o governo americano, mas poucas pessoas sabiam disso. Especialista em seu campo de atuação, era um dos segredos mais bem guardados de uma agência tão clandestina que nem sequer tinha nome. E quando perceberam que ela poderia ser um problema, passam a persegui-la. A única pessoa em quem ela confiava foi assassinada. Agora ela raramente fica em um mesmo lugar ou usa o mesmo nome por muito tempo. Até que um antigo mentor lhe oferece uma saída — uma oportunidade de deixar de ser o alvo da vez. Será preciso aceitar um último trabalho, e a única informação que ela recebe a esse respeito só torna sua situação ainda mais perigosa.

Em O covil do diabo (Dublinense, 288 pp, R$ 39,90), o escritor Júlio Ricardo da Rosa resgata confrontos já clássicos dos cangaceiros e adiciona um ingrediente inédito à ficção: cangaceiros enfrentando gaúchos no sertão nordestino. Numa trama engenhosa e com muitas vozes narradoras, o capitão Valêncio Torres – considerado o bandido mais perigoso do sertão nordestino –, mata, rouba e espalha a violência, inclusive atacando a casa do coronel Ramiro Batista, o homem que detém o prestígio e o poder na região. Para detê-lo, o coronel recruta homens tão sanguinários quanto os cangaceiros: os gaúchos. E se inicia um confronto violento e inusitado. De forma criativa, Júlio Ricardo da Rosa adicionou às descrições de imagens áridas do sertão os personagens falando com as suas características regionais, reforçando a ambientação do texto. O lançamento do livro acontece na próxima terça-feira (29), às 19h30, na Livraria Cultura, no Bourbon Country (Av. Túlio de Rose, nº 80 – Porto Alegre / RS).

Cândido, ou o otimismo (Edipro, 112 pp, R$ 29,90 – Trad.: Julia da Rosa Simões), publicado em 1759, é a mais célebre obra do filósofo francês Voltaire. O autor recorre a tragédias de sua época, como o terremoto de Lisboa de 1755 e a Guerra dos Sete Anos, para compor uma obra ficcional e, ao mesmo tempo, uma crítica à visão otimista do filósofo alemão Gottfried Leibniz. O jovem Cândido acredita, seguindo os ensinamentos de seu mestre, Pangloss, que vive no melhor dos mundos possíveis. Expulso do paraíso que era o castelo de seu senhor e afastado da amada Cunegundes, ele irá encarar as piores mazelas da humanidade em uma jornada por três continentes. A fé de Cândido nas máximas de seu mestre resistirá a essa sucessão de horrores? Recheada de humor ácido, esta é uma das obras basilares da literatura ocidental e apresenta uma reflexão profunda sobre a natureza do homem.

Oliver Dalrymple é o típico “looser” americano: aos 13 anos, magro e pálido como um fantasma, está mais interessado em biologia e química do que em esportes e vida social. Um dia, enquanto se recupera de um dos frequentes episódios de bullying de que é vítima recitando a tabela periódica em frente a seu armário, ele desfalece para sempre. E é aí que sua verdadeira vida começa. O “céu” onde Oliver acorda depois do que acredita ter sido uma parada cardíaca em função de um problema congênito chama-se Cidade e é povoado por pessoas que morreram aos 13 anos, como ele e seu colega de escola Johnny Henzel, que chega dias depois de Boo à Cidade, trazendo notícias perturbadoras sobre a causa da morte deles. Notícias que mudam para sempre a percepção de Oliver Boo sobre sua personalidade e seu lugar no mundo. Elogiado pela crítica e adorado pelos leitores, Boo – minha vida após a morte (Fábrica231 / Rocco, 336 pp, R$ 39,50 – Trad.: Elisa Nazarian), de Neil Smith é um romance cativante sobre amizade, confiança, bullying e a difícil tarefa de ser adolescente.