O ano de 2016 não está sendo fácil para a economia brasileira e isso, claro, se refletiu no mercado editorial de livros. Mas, de acordo com o Painel das Vendas de Livros do Brasil, realizado pela Nielsen a pedido do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), começa a aparecer uma luz no fim do túnel. Entre os dias 13 de julho e 09 de agosto, o 8º período do ano, as livrarias e os supermercados brasileiros apresentaram um crescimento nominal de 3,35% no seu faturamento com livros em comparação ao mesmo período do ano passado. Nessa conta não está computada a inflação acumulada nos últimos 12 meses, que é de 8,97%, segundo o IPCA. Em volume, no entanto, houve uma queda de 8,03%. "Há indícios de que o pior da crise ficou no retrovisor, e em 2016 ainda teremos boas chances de recuperar esses números, com a Blackfriday e Natal, por exemplo”, afirmou Ismael Borges, gestor da Nielsen Bookscan, que fez o estudo. Clique no Leia Mais e veja outros destaques do Painel.

A Verus acabou de adquirir os direitos do livro Wow: O primeiro contato, romance de estreia de Pablo Zorzi, autor nacional de sci-fi. O livro conta a história do cientista Jerry, que em uma noite qualquer no trabalho, recebe um sinal inesperado do espaço, o sinal WOW, que finalmente pode comprovar atividades extraterrestres. O sinal WOW foi recebido na vida real por um astrofísico em 1977 e o livro liga esses fatos da vida real com outros que estão só no campo da ficção. Já a Suma de Letras fechou negócio com Gabriel Requiém, para publicar o romance profético sobre a investigação de um crime bárbaro por um exorcista e uma policial. Ambientado no Rio de Janeiro e com muitas referências populares como pano de fundo, o livro ainda não tem data de lançamento definida. Os negócios foram intermediados pela agência gaúcha Increasy.

Está marcada para hoje, às 19h30, a missa de sétimo dia de Maria Amélia Rosmaninho Esperança. Amélia, que trabalhou nos últimos 43 anos nas livrarias e editoras da família Martins Fontes, morreu na última quarta-feira. A cerimônia acontece na Igreja Nossa Senhora de Achiropita (Rua Treze de Maio, 478 Bela Vista – São Paulo / SP).

Um dos destaques da edição da última segunda-feira do PublishNews trazia um balanço da 5ª edição do Festival Literário de Araxá (Fliaraxá) e falava em 12 mil visitantes. Afonso Borges, idealizador e curador do evento, e sua equipe refizeram as contas e concluíram que o festival bateu seu recorde de público, alcançando 16.732 visitantes nos cinco dias de programação. A matéria de ontem já está atualizada com os novos números.

O Folio - Festival Literário Internacional de Óbidos, que acontece em Portugal do dia 22 de setembro ao 3 de outubro, terá a participação de pelo menos oito escritores brasileiros: Bernardo Carvalho, Miguel Sanches Neto, Eucanaã Ferraz, Luiz Ruffato, Marçal Aquino, Andrea del Fuego, Marcela Dantés e Lúcia Bettencourt, vencedora da última edição do Prêmio Sesc de Literatura. Bettencourt participa da mesa Como se constrói um romance histórico, no dia 25, às 15h. O encontro reúne escritores de todo o mundo e é considerado estratégico para a divulgação da literatura brasileira no exterior.

A cidade de Nova Friburgo produz sua primeira Festa Literária, a FLINF. O evento, que acontece de 14 a 16 de outubro, tem como objetivo celebrar o fluxo, o intercâmbio e as trocas que os encontros podem proporcionar. A programação, que será simultânea na Usina Cultural Energisa (Usina Literária), na Academia Friburguense de Letras e na Fundação Dom João VI (Fundação da Memória e Outras Histórias), privilegia conversas entre autores e profissionais do livro e da leitura, de Friburgo e de fora da cidade. Entre os nomes confirmados para as mesas estão os autores Zuenir Ventura, Tina Correa, Barbara Pereira e Francisco Gregório Jr, além do professor Eduardo Coelho e da jornalista Ana Blue. A programação completa será divulgada em breve.

O Sesc Pinheiros (Rua Pais Leme, 195, Pinheiros - São Paulo – SP) dá sequência ao projeto Inconsciente Literário recebendo o psicanalista Christian Dunker. Com a mediação da psicóloga, psicanalista e poeta Fernanda de Almeida Prado, Dunker participará do bate-papo Freud Leitor de Shakespeare que irá abordar a psicanálise a partir da relação entre sexualidades e grandes nomes da literatura mundial. O encontro acontece no dia 28 a partir das 19h30, na Sala de Oficinas da unidade do Sesc. A entrada é gratuita, com retirada de ingressos com 1h de antecedência.

Futuros escritores que têm um livro inédito guardado, de romance ou de contos, mas não conseguiram lançar no mercado editorial tradicional poderão se inscrever, até o próximo dia 25, para o projeto Tutoria CAE, realizado pelo Centro de Apoio ao Escritor da Casa das Rosas. Serão selecionados dez originais, cinco no gênero romance e cinco de contos, por uma comissão formada pelos coordenadores do museu e um convidado externo. Todos os participantes serão orientados pela escritora Veronica Stigger para leitura, análise e sugestões de edição e no final do projeto, os autores serão auxiliados para realizar a publicação de seus livros. Para se inscrever, basta enviar uma cópia do original em PDF, com nome do autor, telefone e e-mail, para os endereços cae@casadasrosas.org.br ou Tutoria CAE / Casa das Rosas (Avenida Paulista, 37, Bela Vista - São Paulo / SP, CEP 01311-902).

A Matrix publicou o livro Vem Pra Rua, obra que fala sobre o movimento suprapartidário que movimentou o povo a protestar no começo do ano pelo afastamento da então presidente Dilma Rousseff. Escrito pelos fundadores do movimento, Rogerio Chequer e Colin Butterfield, a obra mostra como o conceito de corrupção era entendido por comunidades da periferia das grandes cidades e como isso as afastava dos movimentos populares. O lançamento acontece hoje (20) na Livraria Cultura do Conjunto Nacional (Av. Paulista, 2073 – São Paulo / SP), das 18h30 às 21h30.

Em seu mais recente livro, Colloríssimo - A coroação e o destronamento de Collor segundo Verissimo (Editora AGE), o escritor Breno Serafini analisa o fenômeno da candidatura Collor a partir das crônicas de Luis Fernando Verissimo, na revista Veja e no jornal Zero Hora. O conjunto das crônicas analisado tem como núcleo central as produções a partir de 21 de agosto de 1989 até 1.º de abril de 1990, no jornal Zero Hora, utilizando como contraponto as publicações do autor na revista Veja, entre 7 de junho e 19 de julho de 1989. Esse período engloba o início do processo eleitoral até os primeiros meses do Governo Collor. O lançamento da obra acontece no dia 29 de setembro, no Centro Municipal de Cultura (Av. Erico Veríssimo, 307, Menino Deus - Porto Alegre / RS). Às 19h haverá um debate com a participação do autor, do psicanalista Abrão Slavutzky e do literato Luis Augusto Fischer e às 20h inicia-se a sessão de autógrafos.

O jornalista do Novo Jornal, escritor e artista multimídia Geraldo Elísio Machado Lopes, mais conhecido como "Pica-pau", conta um pouco do que viveu em mais de 50 anos de jornalismo em Minas Gerais e mundo afora no livro Baú de repórter – Memórias do jornalismo analógico (Neutra Editora). O livro reúne as memórias de importantes acontecimentos vividos pelo autor em sua profissão, testemunhando e pesquisando fatos históricos. O desejo de registrar essas histórias veio da constatação de que elas, com o passar do tempo, vão se diluindo até chegarem a um ponto de esquecimento. O lançamento acontece hoje (20), às 19h, no Museu Inimá de Paula (Rua da Bahia, 1201, Centro - Belo Horizonte / MG).

A Editora do Brasil está colocando nas livrarias os novos títulos da série Toda Prosa. A coleção destinada para o público juvenil e que reúne obras que abordam temas como preconceito, bullying, corrupção e outros temas atuais, adiciona mais dez livros ao seu catálogo. A série apresenta um projeto gráfico atrativo, com ilustrações coloridas e de alta qualidade estética e são boas opções para a utilização por professores em sala de aula e para leitura em família. Os alguns dos títulos que fazem parte dos novos lançamentos da série estão: Corrupto! (120 pp, R$ 45,10), de Júlio Emílio Braz; Entre silêncios e gestos (120 pp, R$ 41,40), de Marcos Arthur; As outras pessoas (128 pp, R$ 50,90), de Ivan Jaf; Jubarte (128 pp, R$ 50,90), de Luís Dill; Todos os sonhos do mundo (88 pp, R$ 42,20), de Giselda Laporta Nicolelis e Uma coisa que domina o mundo (144 pp, R$ 51,80), de Franco Vaccarini. Os livros estarão disponíveis para compra a partir deste mês.

Sem tempero não dá (Boccato e Companhia Editora Nacional, 184 pp, R$ 42,90), da chef de cozinha e dona de casa Anna Elisa de Castro, propõe um desafio ao leitor: duas semanas de transição para uma alimentação mais saudável seguindo um cardápio de fácil execução, somente com ingredientes de primeira qualidade. No livro, a chef demonstra técnicas básicas de cozinha e faz listas de utensílios essenciais. Tudo isso temperado com histórias saborosas de suas experiências como chef, amiga e mãe. Anna Elisa começa o livro dizendo como tudo começou e depois explica porque a obra é assim. Depois reserva um espaço para falar dos ingredientes, principalmente os temperos, que, para ela, não podem faltar. Ela lista ainda uma série de utensílios e dedica um capítulo inteiro para os sucos. Entre as receitas estão o tabule de quinoa, a omelete com salada verde, a mousse de manga com mamão, escondidinho de batata baroa, o veggie burguer e os bolinhos de quinoa com chutney de damasco e gengibre.

Paris-Brest (Companhia / Editora Nacional, 208 pp, R$ 29,90), do jornalista Alexandre Staut, reúne suas memórias de viagem pelas cozinhas da França. Em L’Aber Weach, pequeno vilarejo ao lado de Brest, região da Bretanha, Alexandre começou a trabalhar como cozinheiro em um pequeno restaurante, e assim começou a história que durou aproximadamente três anos e meio e que ele conta em seu livro. Junto com Alexandre, o leitor percorre paisagens bucólicas, e aprende que, não raramente, quem começa numa cozinha terá muitas pilhas de alhos para descascar, até chegar o dia que fará uma receita sua. Paris-Brest não trata apenas de cozinha, mas da razão pela qual ela tanto nos fascina. A arte de comer é também a arte do encontro, e personagens fantásticos surgem no caminho de Alexandre, em paisagens que farão o leitor rir e se emocionar.

Para o estudioso das tradições alimentares da humanidade, o italiano Massimo Montanari, toda narrativa sobre o alimento e a mesa possui uma “densidade especial”. Em seu novo livro Histórias da mesa (Estação Liberdade, 232 pp, R$ 42 – Trad.: Federico Carotti), ele reúne, em 22 capítulos, causos gastronômicos ambientados entre os séculos centrais da Idade Média e o Renascimento, para evidenciar uma premissa comum: que a comida não serve meramente para saciar a fome. Seu escopo de significados é amplo, materializando-se em formas de expressar tradições, culturas, identidades. Transformar o ato de comer em ocasiões de deleite sempre afetou a economia, a política, os paradigmas intelectuais e religiosos das sociedades ao longo dos tempos. A leitura nos permite constatar que, mais do que ter oportunizado a fome em ocasiões de deleite, a humanidade sempre utilizou a comida farta e generosa como signo de status, e para ratificar relações e comprometer para o bem ou para o mal as relações entre anfitrião e convidado.

Em Cozinhando em família (Alaúde, 192 pp, R$ 56,90), a chef e professora de gastronomia Natália Werutsky combinou sua experiência como nutricionista com o bom ânimo incessante de quem tem dois filhos pequenos para criar receitas perfeitas para quem não tem tempo, mas quer se alimentar bem. A partir de sua vivência na culinária, das preferências de seus alunos e dos gostos de seus filhos Sofia e Luca, Natália traz mais de 80 deliciosos pratos vegetarianos para café da manhã, almoço e jantar, sem se esquecer das reuniões de domingo e de celebrações como Natal e aniversários. Há opções sem glúten, sem lactose ou sem nenhum produto de origem animal, e também pratos para preparar com a ajuda das crianças, formando um livro completo que vai agradar a toda a família.

Lançado na Bienal Internacional do Livro deste ano, Como cozinhar sua preguiça (Melhoramentos, 208 pp, R$ 129) traz memórias e ideias da chef Gabriela Barretto, proprietária do restaurante paulistano Chou, imprimindo personalidade às 51 receitas deste livro. A proposta de Gabriela é cozinhar com prazer e preguiça. Para a chef não é preciso passar horas preparando um prato, por isso, no livro ela apresenta uma cozinha direta, feita com os melhores ingredientes, realçados através de técnicas como o preparo dos alimentos na grelha da churrasqueira ou na chapa, de onde saem ojos de bife, polentas cremosas, carapaus inteiros e muito mais! O livro traz três aspectos interessantes para a experiência do leitor: o funcional, que são as receitas; o estético, para que o leitor tenha o prazer e o desejo de comer aquilo que está sendo sugerido a partir da imagem; e a parte literária, que são os textos nos quais Gabriela conta suas memórias de infância no interior de São Paulo, e o passo a passo do preparo de cada prato escrito no ritmo de uma conversa.