A partir da próxima quinta-feira (19) e até o dia 20 de junho, o Itaú Cultural passa a receber as inscrições para a segunda edição do Prêmio Oceanos. Serão aceitas obras literárias (poesia, prosa de ficção, dramaturgia e crônicas), escritas originalmente em língua portuguesa. Pela primeira vez, o prêmio aceitará livros publicados exclusivamente em formato digital. A propósito disso, para efeito de inscrições, o prêmio inova e não aceitará livros impressos, somente livros em formato ePub. Clique no Leia Mais e veja outros detalhes da premiação.

Na corrida pelo Man Booker Prize, a sul-coreana Han Kang competia com nomes consagrados como o angolano José Eduardo Agualusa, a misteriosa best-seller italiana Elena Ferrante e o Prêmio Nobel turco Orhan Pamuk, mas no final foi ela quem ganhou. O seu livro A vegetariana (publicado no Brasil pela Devir, com tradução de Yun Jung Im) traz a história sobre uma mulher que decidiu parar de comer carne e, a partir daí, enfrenta toda a repercussão social que uma decisão deste tipo provoca naquele país. Em seu veredito, Boyd Tonkin, presidente do júri, disse que o livro é “compacto, refinado e perturbador, uma mistura excepcional de beleza e horror”. Han levou para casa o prêmio no valor de £ 50 mil (quase R$ 310 mil), que deverá ser dividido igualmente com a Deborah Smith, a tradutora do livro para o inglês.

O US Census Bureau, uma espécie de IBGE nos EUA, divulgou estimativas preliminares sobre as vendas de livrarias no primeiro trimestre de 2016. Segundo o órgão, houve um crescimento de 10,7% nas vendas em março o que levou o segmento a um crescimento de 6,2% no primeiro trimestre, isso em comparação ao mesmo período do ano passado. Em 2016, as vendas totais de livrarias alcançaram US$ 3,08 bilhões versus US$ 2,90 bilhões no mesmo período do ano passado.

Vendas unitárias de e-books publicados por editoras tradicionais (excetuando-se aqui os autopublicados) caíram 13% em 2015, se comparado com os números de 2014, disse Kempton Mooney, da Nielsen, durante um painel na BookExpo América (BEA) 2016. Em termos absolutos, em 2015 foram vendidos 204 milhões de unidades versus 234 milhões no ano passado. O auge das vendas de e-books foram em 2013, quando foram vendidas 242 milhões de unidades. Enquanto as vendas de livros digitais caíram, no mesmo período, as vendas de livros impressos cresceram 2,8%, alcançando 653 milhões de cópias. Como resultado, o market share dos e-books, em 2015, foi de 24%. Em 2014, esse número era de 27%. Mooney observa que muito do ganho do livro impresso veio graças ao fenômeno dos livros de colorir.

A inauguração do Parque Municipal Chácara Jockey, em São Paulo, consolida a popularidade do skate como prática urbana de jovens. O mais atraente é a relação dos skatistas com a cidade. Segundo Giancarlo Marques Carraro Machado, em De carrinho pela cidade: a prática do skate em São Paulo (Intermeios / Fapesp), “um corrimão não serve somente para dar segurança a quem utiliza uma escada, mas também para ser deslizado com o skate. Uma escada não é apenas para se passar de um nível ao outro, mas para ser pulada (...). Portanto, a cidade ganha novos contornos a partir da circulação dos streeteiros por distintos espaços”. Ao literalmente inventar lugares para praticar, os skatistas reinventam a cidade, seus espaços e usos, e o fazem coletivamente. No livro, um depoente, ao comentar a busca por um pico perfeito (chão de ida e de volta da manobra com superfície plana e lisa, boas condições para pegar impulso e obstáculo com materiais apropriados para mandar uma manobra), diz que a prática do skate é “tipo começar a ler um livro, onde você vai descobrindo, vai entrando cada vez mais nele e trocando ideia com a rua, vendo que tem muita coisa que você pode fazer. Na rua tem bastante opção para você ir cada vez mais procurando outros lugares”. Assim, escreve o autor, tornar-se streeteiro implica tornar-se “leitor” de picos. Depois desta, é claro que fiquei sonhando, nas minhas leituras, em mandar uma bela manobra... nem que seja uma freestyle, e basicamente conseguir ficar de pé em cima do skate. Aliás, qual editora olha para este público de jovens leitores da cidade?

Em pleno outono, o Rio de Janeiro terá uma Primaverinha. É que a Liga Brasileira de Editores (Libre) programou, para o próximo fim de semana (21 e 22), a 3ª edição da Primaverinha Literária, feira que reúne editores independentes e suas produções de livros infantis. O evento está marcado para o Espaço Tom Jobim (R. Jardim Botânico, 1008, Jardim Botânico, Rio de Janeiro / RJ) e ficará aberto das 10h às 17h. Além da participação de 40 editoras que venderão seus livros com a até 50% de desconto, a Primaverinha contará com uma programação paralela com lançamento de livros, oficinas, apresentações teatrais e de música. Clique no Leia Mais e veja alguns destaques da programação.

O Grupo Editorial Nacional (GEN) está com uma vaga aberta para auxiliar de produção gráfica. Exige-se formação em design gráfico, experiência com criação de capas e diagramação e conhecimento de Photoshop e InDesign. Os interessados em concorrer à vaga podem se candidatar enviando e-mail para recrutamento@grupogen.com.br.

A Escola do Livro (Rua Cristiano Viana, 91, Pinheiros, São Paulo / SP) realiza nos dias 7, 14 e 21 de junho o curso Fundamentos do design gráfico para livros. Os encontros vão abordar Produção gráfica, Cores e Design gráfico e tipografia, com condução da designer Raquel Matsushita, premiada no 56º Prêmio Jabuti, em 2014, na categoria Capa (segundo lugar) e na categoria Didáticos e Paradidáticos (primeiro lugar) e finalista do 46º Prêmio Jabuti, em 2004, categoria Capa. As aulas acontecem das 19h às 21h30.

A Casa Educação (Rua Paulistânia, 551, Vila Madalena, São Paulo / SP) está com as inscrições abertas para o curso Adobe InDesign para iniciantes - Como produzir livros digitais, que promove nos dias 1ª e 2 de julho, sexta-feira e sábado, das 9h às 18h. O objetivo é passar conhecimentos e experiências práticas relacionadas ao uso do InDesign, sua interface, ferramentas e os principais recursos voltados para editoração eletrônica para produção de livros digitais. Serão abordados conceitos, formatos, ecossistema e o mercado de livros eletrônicos no Brasil e no mundo. Os encontros serão conduzidos por Ricardo Minoru Horie, que atua há mais de vinte anos na indústria gráfica e no segmento editorial, na área de pré-impressão e mídias eletrônicas e Liliana Fusco, designer gráfica, escritora e sócia/diretora da Markelangelo Design, Consultoria e Marketing. Para mais informações e inscrições, clique aqui.

A Editora Brinque-Book contrata estudante na área de comunicação, marketing ou administração para trabalhar em São Paulo. É necessário conhecimento de Excel. Experiência em mala direta e e-commerce são diferenciais. Os interessados devem encaminhar currículo para fernanda@brinquebook.com.br.

O trabalho da tradução literária não se encerra com a finalização do texto a ser entregue à editora. O processo editorial pelo qual passa a tradução até a publicação continua requerendo, na melhor das hipóteses, a atuação do tradutor, em diálogo com os editores. Para propor uma discussão sobre o tema, a Casa Guilherme de Almeida (Rua Cardoso de Almeida, 1943, São Paulo / SP) realiza no dia 19 de maio a palestra O tradutor e suas relações com os editores (e vice-versa). A atividade inicia às 19h e será conduzida por Jiro Takahashi, que atua no mercado editorial desde 1966. O palestrante comentará a relação entre o trabalho de tradução e de edição com base em sua longa experiência como editor. Até o final do ano, o Centro de Estudos de Tradução Literária da Casa já tem uma programação mensal de palestras sobre o tema.

No momento em que completa um ano da mudança da sua marca, a FTD Educação vai marcar presença na Bett Brasil Educar 2016, na área destinada à tecnologia. O evento acontece a partir da próxima quarta-feira (18) e até sábado (21), no São Paulo Expo Exhibition & Convention Center (Rod. dos Imigrantes, km 1,5, São Paulo / SP). No local, a editora vai mostrar diversas soluções, como o FTD Sistema de Ensino e o SIM Sistema de Ensino, cujas propostas estão alinhadas ao tema do evento, Melhor Educação, Melhor Sociedade. Além disso, a editora irá apresentar a Metodologia OPEE, voltada para a construção de projetos de vida, além de plataformas digitais e sistemas de ensino que auxiliam educadores, gestores e alunos.

Um dos últimos projetos de Alexandre Magno Abrão, o Chorão, líder da banda Charlie Brown Jr. era publicar um livro de fotografias com a história do grupo contada por dentro, incluindo registros dos encontros fora dos palcos, dos ensaios e das saídas de skate. O projeto -- interrompido com a morte de Chorão em 2013 -- foi retomado há cerca de dois anos por seu filho, Alexandre Abrão, em parceria com a Editora Realejo. No último dia 9 de abril, data de nascimento do Chorão, quando ele completaria 46 anos, o livro, intitulado Eu estava lá também, com fotografias dos últimos sete anos da banda, de 2005 a 2012, ganhou pré-venda em campanha de crowdfunding pela plataforma Kickante. Os registros foram feitos por Jerri Rossato Lima, seu fotógrafo por sete anos.

Em 26 de abril de 1986, uma explosão seguida de incêndio na usina nuclear de Tchernóbil, na Ucrânia - então parte da extinta União Soviética -, provocou uma catástrofe sem precedentes em toda a era nuclear: uma quantidade imensa de partículas radioativas foi lançada na atmosfera da URSS e em boa parte da Europa. Em poucos dias, a cidade de Prípiat, fundada em 1970, teve que ser evacuada. É por meio das múltiplas vozes - de viúvas, trabalhadores afetados, cientistas ainda debilitados pela experiência, soldados, gente do povo - que Svetlana Aleksiévitch constrói o livro Vozes de Tchernóbil - Crônica do futuro (Companhia das Letras; 384 pp.; R$ 49,90; e-book R$ 34,90 – Trad. Sônia Branco). O relato e testemunho de uma tragédia mostra cenas terríveis e acontecimentos dramáticos com a força das melhores reportagens jornalísticas e a potência dos maiores romances literários. Por este trabalho Svetlana, que é um dos destaques da programação da Flip, ganhou o Nobel de Literatura.

Lynsey Addario ainda tentava se estabelecer no fotojornalismo quando os atentados do 11 de Setembro sacudiram o mundo. Por ser uma das poucas profissionais da época com alguma experiência no Afeganistão, ela foi chamada para voltar ao Oriente Médio e cobrir a invasão americana. Foi quando fez uma escolha que se repetiria muitas vezes depois: abrir mão do conforto e da previsibilidade para correr o mundo com sua câmera e confrontar as mais duras verdades. No livro É isso o que eu faço - Uma vida de amor e guerra (Intrínseca; 352 pp.; R$ 69,90; e-book R$ 44,90 – Trad.: Andrea Gottlieb de Castro Neves), ela retrata os afegãos antes e depois do regime talibã, os cidadãos vitimados pela guerra, os insurgentes incompreendidos no Iraque, as aldeias incendiadas e os incontáveis mortos em Darfur.

Feito por talentosos jovens na casa dos 20 e poucos anos, o Jornal da Tarde rompia com todos os conceitos do que se conhecia por "jornal" no final dos anos 1960. Em Jornal da Tarde – Uma ousadia que reinventou a imprensa brasileira (Alpendre, R$ 13,90, lançado apenas em edição digital), o jornalista Ferdinando Casagrande resgata a história da publicação que encantou pelo menos duas gerações de leitores antes de ser encerrada, em 2012, mais uma vítima da crise global que atinge os jornais e revistas impressos em plena era digital. Entre outros fatos, o autor conta que o JT, como o veículo era chamado, criou o jornalismo de serviço como conhecemos e foi pioneiro ao abrir espaço para a publicação de cartas de leitores.

Roberto Civita, criador da Veja, dizia que a revista “existe para que os leitores entendam melhor o mundo em que vivemos”. Foi com esse conceito que a revista lançou o livro Dez anos em dez temas (Abril; 210 pp.; R$ 39,90), um resgate de notícias que contam a história do Brasil e do mundo pelos olhos da publicação. Lançado inicialmente com exclusividade para assinantes, a obra já atingiu a marca de 120 mil exemplares vendidos. Com curadoria e projeto gráfico da própria redação, a obra vem organizada com as mesmas seções da revista, utilizando os temas Brasil, Internacional, Economia, Educação, Ciência, Vida Digital, Esporte, Cultura e Memória em 34 reportagens. O livro é o primeiro de uma série que pretende explorar o melhor do conteúdo já publicado pela Veja. O segundo volume traz como tema a seção de Páginas Amarelas, reunindo algumas das melhores entrevistas concedidas à revista.