Há muito tempo não havia um empate no topo do ranking das editoras, nesse ano é a primeira vez. E não é qualquer empate, foi um empate entre três casas: Grupo Companhia das Letras, Sextante e Intrínseca, que emplacaram 15 títulos cada. Clicando no Leia Mais, você poderá ver quanto cada uma vendeu e em quais áreas cada uma fez mais sucesso nessa semana. Além disso, a lista trouxe estreantes como Claro enigma (Companhia das Letras), de Carlos Drummond de Andrade (foto) e O fio do bisturi (HarperCollins Brasil), em ficção; Estranherismo (Bertrand Brasil), Assassinato de reputações II (Matrix) e Que ninguém nos ouça (Planeta), em não ficção, e Box clássico da estratégia (Aeroplano Editora), em negócios.

Depois de confirmar a presença da Prêmio Nobel de Literatura de 2015, Svetlana Aleksiévitch, a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) tem outro convidado agora anunciado para a próxima edição: Benjamin Moser. O editor, tradutor e escritor norte-americano, especialista e divulgador da obra de Clarice Lispector, vem ao Brasil com três livros que serão lançados até a Flip (29/06 a 03/07). Moser vai lançar pela editora Planeta (no novo selo Crítica) o livro Auto-Imperialismo, uma reunião de três ensaios sobre o Brasil. Os outros dois volumes que Moser lança no Brasil ainda neste semestre se referem a Clarice Lispector. A partir do dia 2 de maio, chega às livrarias, pela Rocco, a edição Todos os Contos, organizada de forma inédita pelo norte-americano. O livro foi lançado primeiro nos EUA, em julho de 2015, e ganhou destaque inédito para um escritor ou escritora brasileiro quando o The New York Times deu uma ampla cobertura para o lançamento.

No dia 23 de abril, completam-se 400 anos da morte de William Shakespeare. A data será lembrada ao redor do mundo por pesquisadores e leitores. Mas o British Council quer mais – e, com uma série de atividades artísticas e educativas, pretende mostrar que o bardo continua vivo e atual e apresentá-lo às novas gerações. Trata-se do projeto Shakespeare Lives, que pretende atingir meio bilhão de pessoas no mundo e terá dois momentos especiais no Brasil. A coluna Babel do último sábado noticiou que, durante a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip – 29/6 a 3/7), uma casa será montada no Centro Histórico para lembrar o autor. Ainda não foram confirmados debates na programação oficial. Fora isso, ele será celebrado na British House, no Rio, durante a Olimpíada.

Serão publicadas, em breve, cinco coletâneas de artigos com discussões e propostas para lidar com os principais problemas da nossa economia. Semana que vem, a FGV divulga um livro sobre a informalidade no mercado de trabalho, organizado por Fernando de Holanda Filho, Gabriel Ulyssea e Fernando Veloso. E muita coisa no prelo. Da FGV sairá ainda um livro, organizado por Regis Bonelli e Fernando Veloso, com propostas para superar a baixa produtividade da indústria e dos serviços no país. De Brasília, vem outro, sobre as pedaladas e as soluções para a crise fiscal, organizado por Felipe Salto e Mansueto de Almeida. A Casa das Garças está preparando um outro, sobre as relações entre o Tesouro e o Banco Central, com contribuições de Pedro Malan, Arminio Fraga, André Lara Resende, Ilan Goldfajn, Murilo Portugal e outros luminares. E a Universidade de Columbia (EUA) deve editar o livro Explicando o Brasil, organizado por Albert Fishlow e Sidney Nakahodo.

O roteiro da peça Harry Potter and the cursed child (Harry Potter e a criança amaldiçoada em tradução livre), escrita por J.K. Rowling (a autora original da série), Jack Thorne (diretor da adaptação teatral) e John Tiffany e que estreia em Londres no dia 30 de julho, será lançada no Brasil pela Editora Rocco. A peça é a oitava história da série do bruxo e sairá nove anos depois após o último livro. Em Harry Potter and the cursed child, Harry é casado, pai de três crianças em idade escolar e trabalha no Ministério da Magia. Enquanto tenta lidar com o passado que não o abandona, seu filho caçula, Alvo, precisa lidar com o pesado legado da família que nunca quis.

No Reino Unido, as vendas de e-books autopublicados alcançaram 22% do mercado de livros digitais no ano passado. A conclusão foi apresentada na Nielsen BookInsights Conferece que aconteceu no último dia 23. O crescimento das vendas gerais de e-books no País continuam lentas, em contraste às vendas de livros impressos que continuam em alta. Steve Bohme, diretor de pesquisa da Nielsen, disse que a participação dos títulos autopublicados saltou de 16% em 2014 para 22% em 2015. No mesmo período, as vendas de e-books cresceram 5%.

O livro Dias perfeitos, do escritor carioca Raphael Montes, será traduzido para o dinamarquês, noticiou Ancelmo Gois. A obra será lançada pela Gyldendal, o maior grupo editorial do norte da Europa. É a 14ª editora internacional a lançar a obra de Montes. Aliás, nesta segunda-feira, o escritor assina com a Companhia das Letras a publicação de seu próximo livro, O jantar está servido, e a reedição de seu livro de estreia, Suicidas, de 2012, que está sendo adaptado para o cinema, pela Camisa Treze.

Ignácio de Loyola Brandão faz 80 anos no dia 31 de julho. “Nada de festejos, apenas um livro a mais, com uma coisa que gosto muito de fazer, a crônica”, disse o escrito à coluna Babel. Se for para chorar que seja de alegria , com 41 crônicas escritas para o Estadão e para a Tribuna de Araraquara, será lançado pela Global no início de agosto. Nos textos, ele aborda pequenos enigmas da vida cotidiana, cenas surreais como a de dois jovens carregando um esqueleto pela rua, de madrugada.

Em sua coluna, o “coleguinha” Ancelmo Gois adianta que a Zahar comprou os direitos de Adventures in human being (Aventuras no ser humano, na tradução livre), do premiado escritor escocês Gavin Francis, 40 anos. O autor, que é médico, faz uma viagem pela estrutura do corpo humano e sua evolução ao longo da História. A obra está na lista dos melhores livros de ciência publicados em 2015, segundo o Guardian. Por aqui, sai em 2017.

Umberto Eco, morto no dia 19 de fevereiro, deixou escrito em seu testamento que não queria celebrações nem homenagens em sua memória durante, pelo menos, dez anos. O desejo do escritor foi comunicado por sua viúva, Renate, à diretora da Escola Superior de Estudos Humanísticos da Universidade de Bolonha. O reitor da universidade, Francesco Ubertini tinha anunciado após a morte de Eco que a abertura do novo ano letivo seria dedicada à memória do escritor, um professor que enche de orgulho a instituição. No entanto, os planos tiveram que mudar depois que Renate comunicou à diretora da escola que, entre as últimas vontades de Umberto Eco, estava o desejo explícito de não receber homenagens na próxima década. “Pessoalmente, me parece uma escolha bem ao seu estilo, uma ideia genial. Eco quis evitar uma sequência de ações no momento e convidar a uma reflexão de longo prazo, ponderada”, disse Violi.

A coluna Babel informa que o Areté (Centro de Estudos Helênicos) e a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) promovem, nos dias 2 de abril, 7 de maio e 18 de junho o simpósio Celebração dos jogos olímpicos na antiguidade. As poesias de Píndaro, Ilíada, de Homero, e Eneida, de Virgilio, são algumas das obras em análise. Os encontros são gratuitos e independentes.

A Academia Sueca, que escolhe os vencedores do Prêmio Nobel, condenou a ordem iraniana de execução do escritor britânico Salman Rushdie, 27 anos depois que ela foi decretada. Dois membros da instituição renunciaram seus postos em 1989, quando a Academia se negou a condenar a ordem do aiatolá Khomeini contra Rushdie por supostamente blasfemar o Islã em seu livro Versos satânicos. Citando seu regulamento contra a participação política, ela emitiu um comunicado em que defendia a liberdade de expressão sem apoiar explicitamente o escritor. Porém, em um comunicado publicado em seu site na última quinta-feira (24), a academia se pronunciou pela primeira vez e considerou a sentença e a recompensa pela morte de Rushdie como "violações da lei internacional". Ela não explicou o que a fez mudar de atitude, mas citou uma recente decisão publicada nos meios de comunicação oficiais do Irã de aumentar a recompensa para US$ 600 mil.

Luis Fernando Verissimo, 79 anos, está internado para tratar uma pneumonia. O escritor recebe cuidados médicos desde a última sexta-feira no hospital Pró-Cardíaco, no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro. No final de 2012, Verissimo chegou a ficar 24 dias internado no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, vítima de uma infecção. Na ocasião, o escritor passou por sessões de hemodiálise e precisou da ajuda de aparelhos para respirar.

Abrir o Letreiros (Anônima / Duas Águas, 175 pp, R$ 70), livro da diretora de arte Mari Stockler e do ilustrador e designer Marcus Wagner, que acaba de chegar às livrarias, é entrar numa máquina do tempo. São 162 fotos novas e antigas, de letreiros emblemáticos que ainda existem ou que já foram retirados, mas que contam a história visual das ruas da cidade. “Eu e o Marcus já tínhamos conversado sobre essa paixão em comum pelos letreiros. De como eles eram lindos, tinham todo este apelo afetivo e sumiam sem que ninguém os registrasse. Apareceu o edital Rio 450 anos, da prefeitura, e o convidei a fazer o projeto. Durante a pesquisa, à medida que íamos garimpando as fotos, acabamos notando que aquilo era um inventário visual e tipográfico da cidade”, diz Mari Stockler.

Jô Soares diz que quer evitar o desgaste de um formato que ele mesmo ajudou a popularizar no Brasil, o talk-show. "Queria sair de forma digna e não de maneira melancólica. Deixar saudade e não incômodo", afirma o apresentador. A declaração vem a reboque do fim do Programa do Jô. A última temporada da atração estreia nesta segunda-feira. E deixa a grade definitivamente em dezembro. Depois de enfrentar problemas de saúde que o tiraram do ar por mais de um mês em 2014, Jô diz que volta “tinindo”. Por tinindo leia-se também sem receio de falar de política, assunto que o transformou em alvo de críticas no ano passado. Há 28 anos à frente de talk-shows, o humorista evita adiantar o que fará a partir do ano que vem. Atualmente, Jô dirige uma peça, prepara um livro e diz que a TV ainda é uma de suas prioridades. O livro será muito ligado a política.