O momento político que o Brasil vive é, no mínimo, turbulento. Durante essa semana – mais curta por conta do feriado – um movimento, o Manifesto de Escritores e Profissionais do Livro, ganhou forças e já angariou mais de sete mil assinaturas, dentre elas nomes como Luiz Schwarcz, Lília Moritz Schwarcz, Luis Fernando Verissimo e Ivan Pinheiro Machado. Mas essa voz está longe de ser a única. Por isso, na edição de hoje, o PublishNews convidou dois editores que estão em posições opostas. O objetivo é promover a polifonia, colaborar e contribuir para as discussões. De um lado, Luis Maffei, da Oficina Raquel, defendendo que impeachment “não pode ser resultado da desaprovação popular”. No contraponto, o nosso colunista Henrique Farinha, da Évora, defendendo o impeachment da presidente Dilma, argumenta que "a luta política não pode contaminar as pautas profissionais". Na newsletter, os artigos foram publicados em ordem alfabética para evitar qualquer beneficiamento de algum dos lados. Não deixe de ler, debater, discutir e compartilhar.

É natural que todos estejam envolvidos nas discussões acaloradas das mídias sociais e quase todos os meios. E, mais do que nunca, que assumam posições como cidadãos que são, a favor ou contra. É legítimo e democrático. Outra coisa é trazer o assunto para o âmbito profissional e, mais ainda, dar a entender que uma determinada tese representa a classe. O “Manifesto dos escritores e profissionais do livro pela democracia”, ao assumir um lado da disputa, está longe de falar por todos os escritores e profissionais do mercado editorial. Não falam por mim, bem como por muitos outros. As razões não são difíceis de entender. É inadmissível a apropriação da palavra “democracia”, a exemplo do que fazem os governistas diariamente. Quem está do nosso lado é democrata, e quem não está é fascista e quer a volta do regime militar. Essa é a divisão que se quer instituir, totalmente desconectada da realidade. Assim sendo, é preciso saber separar quem tem espírito democrático ou não. Ele não é propriedade de somente um dos lados, e ambos contam com quadros de ideias, digamos, questionáveis, para ficar por aqui. Clique no Leia Mais e veja a íntegra do artigo de Henrique Farinha.

Percebo que uma das faces da cisão que vimos testemunhando é a da paixão como defesa de uma causa versus a paixão como ódio. Como alguém que tem na paixão o modo de estar no mundo e agir nele, dentro da poesia, do magistério e da edição de livros, passo agora a opor simplesmente paixão a ódio, ainda que entenda ser o ódio uma paixão. Os que vão às ruas gritar contra o governo talvez não saibam, senão muito genericamente, o que querem. Afinal, seu discurso, movido pela negação, é o de um “fora PT” a que não sucede, em seguida, qualquer conclusão: fora PT, certo, mas, dentro, o quê? Impeachment, não percebem os que berram contra o governo, não pode ser resultado da desaprovação popular. Além disso, não faz sentido legal punir a presidente por desvios a ela alheios. Mas, como o motor é um ódio pouquíssimo refinado, os histéricos realmente não percebem muitas transparências. A paixão é o que me leva a editar livros. É como alguém que tem paixão por livros que escrevo este artigo, cujo fito é convidar à paixão inclusive os que terão dificuldade até em escutar o convite. Clique no Leia Mais e tenha acesso à íntegra do artigo.

Papeis pardo tapam as vitrines de onde, até o início do mês, funcionava a Loja de Artes da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo. O acervo que ficava ali foi transferido para o terceiro andar da loja principal, ocupando agora o espaço onde ficavam os CDs clássicos. A reorganização faz parte de uma reestruturação da Cultura do Conjunto Nacional. No fim do ano passado, a loja que era ocupada pela Companhia das Letras deu espaço para ampliação da Geek.Etc.Br, loja da Cultura dedicada ao público nerd e aos aficionados por quadrinhos e games.

No próximo dia 2, começa o curso de especialização em Edição e gestão editorial da Universidade Santa Úrsula. O curso, que tem reconhecimento do Ministério da Educação e apoio do PublishNews, vai reunir um time de primeira de professores incluindo nomes como Camila Cabete, Bruno Zolotar, Carlo Carrenho, Claudio Soares, Júlio Silveira e Mariana Teixeira Soares. O objetivo do curso é capacitar os alunos para ingressarem no mercado editorial compreendendo suas diversas funções, estando aptos a exercer qualquer uma delas: assistente editorial, coordenador editorial, produtor editorial, editor, gerente editorial ou publisher. A matriz curricular do curso, que tem a coordenação de Leandro Müller e Cibele Bustamante, é dividida em quatro módulos: "Gestão editorial e mercado"; "Processo produtivo"; "Livros digitais" e "Metodologia". Entre as disciplinas, estão "A história do livro no Brasil", "Modelos empresariais de editoras", "Tendências de mercado", "Selfpublishing", "Cálculo de custos", "Produção gráfica" e "Impressão por demanda". As aulas seguem por 20 meses, com encontros quinzenais sempre aos sábados, das 9h às 17h, na Universidade Santa Úrsula (Rua Fernando Ferrari, 198, Botafogo, Rio de Janeiro/RJ). O investimento é de 20 parcelas de R$ 650. Para mais informações, clique aqui.

A Associação Brasileira de Editores Científicos (Abec) acaba de empossar sua nova diretoria. O coordenador do Centro de Estudos de Venenos e Animais Peçonhentos (Cevap) da Unesp, Rui Seabra Ferreira Jr foi eleito presidente da entidade. Mais de 450 associados participaram da eleição. A gestão terá mandato de dois anos, de 2016 a 2018. Dentre os objetivos da entidade destaca-se o desenvolvimento e aprimoramento da publicação de periódicos técnico-científicos. “Queremos fortalecer os periódicos consolidados e o apoio àqueles que ainda não atingiram requisitos para indexação”, afirmou Rui. A chapa Inovação e Integração ainda é composta pelos seguintes integrantes: Ana Marlene F. Morais (IAE/DCTA), como vice-presidente; Suely de Brito C. Soares (Unesp – Rio Claro), como secretária-geral; Milton Shintaku (Ibict), como primeiro-secretário; Benedito Barraviera (FMB/Unesp), como primeiro tesoureiro e Suzana Caetano S. Lannes (FCF/USP), como segunda tesoureira.

O Centro de Estudos de Tradução Literária da Casa Guilherme de Almeida (Rua Cardoso de Almeida, 1943, São Paulo/SP) começa, no dia 31 de março, mais um Ciclo especial de palestras sobre tradução literária, como parte do Programa formativo para tradutores literários. A partir deste mês, a instituição oferecerá uma programação especial de palestras com frequência mensal, que se estenderá até dezembro deste ano. Cada encontro terá um ministrante diferente, que focalizará e discutirá um tema dentro do campo de estudos a que se dedica. O encontro de março terá como palestrante o poeta, ensaísta e tradutor Marcelo Tápia. A atividade inicia às 19h e é aberta a todos os interessados. A palestra focalizará as relações entre a tradução e a criação literária, particularmente no campo da poesia. Para outras informações e inscrições, ligue para (11) 3673-1883 e (11) 3803-8525 ou escreva para casaguilhermedealmeida@gmail.com.

A Galeria Hipotética (Visconde do Rio Branco, 431, Floresta, Porto Alegre/RS) realiza no começo de abril o curso Publique livros, crie editoras, que será conduzido por João Varella, sócio da Lote 42 e um dos ganhadores do Prêmio Jovens Talentos da Indústria do Livro em 2015. Entre os dias 5 e 8 de abril, das 19h às 22h, será apresentado um panorama de como administrar a criação de um livro e uma editora. As aulas vão apresentar todo o processo de edição, da seleção de original à distribuição e as novas oportunidades oferecidas pela tecnologia. O conteúdo é de natureza teórica, porém, os alunos serão convidados a fazer exercícios práticos ao final de cada encontro. O investimento é de R$ 480. Para mais informações e inscrições, clique aqui.

Começou, na última segunda-feira (21), a troca de livros em bom estado e que não sejam técnicos ou didáticos, pelos ingressos das palestras masters do Festival Literário de Poços de Caldas (Flipoços), que acontece entre os dias 30 de abril e 8 de maio. As trocas devem ser feitas de segunda-feira à sexta-feira, entre às 08h e 18h, na GSC Eventos Especiais (Rua Prefeito Chagas, 305, sala 308, Centro, Poços de Caldas/MG). As palestras masters serão realizadas no Teatro da Urca, palco principal do evento. Pessoas de outras cidades podem reservar os ingressos pelo e-mail coordenacao@gsceventos.com.br ou pelo telefone (35) 3697-1551. Os livros arrecadados serão doados para entidades assistenciais da cidade e região. Clique aqui para conferir a programação completa, que tem como um dos destaques Nanette Koing, amiga de Anne Frank e autora do livro Eu sobrevivi ao Holocausto (Universo dos Livros).

Um projeto iniciado em 2015 em Ferraz de Vasconcelos, cidade da região metropolitana de SP, foi selecionado pelo Fundo Itaú Excelência Social e receberá um investimento de R$ 125 mil, além de suporte para a execução das ações propostas. Idealizado pela FTD Educação e realizado pelo Centro de Educação e Documentação para Ação Comunitária (Cedac), o projeto Pequenos Leitores foi escolhido entre cerca de 900 inscrições e tem como grande objetivo incentivar a leitura na primeira infância (zero a seis anos). Clique no Leia Mais e conheça mais um pouco sobre o projeto.

O livro mais recente do poeta Douglas Diegues foi lançado simultaneamente no Brasil e em mais seis países: Paraguai, México, Argentina, Chile, Peru e Espanha. A façanha, rara para um autor brasileiro que não seja Paulo Coelho, só foi possível porque a obra circula às margens do mercado tradicional. Escrito em portunhol selvagem, mistura de português, espanhol e guarani criada por Douglas, o volume de poemas Tudo lo que você non sabe es mucho más que todo lo que você sabe foi publicado por um pool de sete editoras cartoneras, que usam papelão e material reciclado para produzir livros baratos e artesanais em tiragens limitadas. Surgido na Argentina, na década passada, o movimento das cartoneras (expressão derivada da palavra em espanhol para papelão, cartón) se espalhou pela América Latina e ganha força no Brasil. O lançamento internacional de Diegues, em pool liderado pela Vento Norte Cartonera, da cidade gaúcha de Santa Maria, é um dos exemplos da articulação cada vez maior das cartoneras brasileiras. Driblando a crise com criatividade, elas publicam autores novatos e nomes conhecidos, como Manoel de Barros, Alice Ruiz e Haroldo de Campos, a preços médios de R$ 10 a R$ 20. Entre as dezenas de iniciativas no país, há desde projetos já tradicionais, como a Dulcineia Catadora, fundada em 2006 em São Paulo, aos mais recentes, como o coletivo Liga Cartonera, baseado em Pernambuco.

A Paulus Editora e o Museu de Arte Sacra de São Paulo (Av. Tiradentes, 676, Luz, São Paulo/SP) realizam, no dia 6 de abril, a partir das 19h, o lançamento da Bíblia de Veneza - Novo Testamento (Paulus, 416 pp; R$ 600). O Livro Sagrado traz em cada página uma catequese bíblica do Novo Testamento. A mensagem é expressa por meio de trabalhos refinados dos mosaicos, que ilustram as paredes da Basílica de São Marcos, a mais famosa Igreja e exemplo de arte bizantina de Veneza, na Itália. O especialista em arte sacra Cláudio Pastro estará presente no evento para explicar o significado dos mosaicos da obra. Com dimensões de 28 cm x 38 cm, a Bíblia apresenta papel especial, encadernação capa dura e folhas com o corte dourado em cada página. A edição especial contém a versão completa do Novo Testamento. Para participar do lançamento é preciso confirmar presença até o dia 1° de abril pelo e-mail eventos@paulus.com.br ou pelo telefone (11) 5087-3716.

Quais escolas filosóficas influenciaram as biografias de Jesus Cristo? Quais as consequências das ideias-mandamentos para a Filosofia, para a moral e o modo de viver do homem? Estes são alguns questionamentos que o escritor Aurélio Schommer apresenta no livro Do filósofo Jesus às ideias sobre Jesus (Record; 308 pp; R$ 42,90). O autor investiga as relações da Filosofia com o Evangelho, simbolizado como um manual de instruções para a vida, ou seja, um código moral. Passeando pelas ideias de pensadores como Heráclito, Pascal, Espinosa, Leibniz, Hobbes e Locke, Schommer aplica princípios dialéticos próprios do exercício filosófico tanto ao Evangelho em si como às filosofias e circunstâncias históricas que o inspiraram ou precederam.

Você não precisa abrir mão da carreira para viver sem estresse nem deve sacrificar suas poucas horas de lazer para ser mais produtivo. A saída é encontrar seu ponto de equilíbrio, um estado em que você é capaz de fazer mais se esforçando menos. Essa foi a conclusão a que chegou a socióloga Christine Carter. Sentindo-se sobrecarregada ao tentar conciliar os papéis de escritora, palestrante e mãe, ela lançou mão de seu vasto conhecimento sobre felicidade e alta performance e testou, em si mesma, diversas técnicas que prometiam trazer mais eficiência ou mais tranquilidade. O resultado está no livro O ponto de equilíbrio (Sextante, 256 pp; R$ 29,90), onde ela aborda temas como o excesso de trabalho, a falta de tempo e a distração causada pelo mundo virtual, apresentando técnicas para o leitor promover uma mudança significativa em sua vida.

Depois de expor sua teoria sobre o funcionamento da mente, o processo de construção dos pensamentos e a formação de pensadores há quase 20 anos no livro Inteligência multifocal, o escritor Augusto Cury esmiúça essa teoria em O funcionamento da mente (Cultrix / Pensamento; 280p, R$29,90) desvendando algumas áreas vitais dos bastidores da psique. A obra apresenta discussões e respostas – a partir da teoria proposta por Cury – para perguntas como: O que é exatamente o Eu? Como os pensamentos são construídos? De que modo emoções como o prazer, a autoconfiança, a autoestima, o humor depressivo e a ansiedade influenciam a racionalidade? Ou ainda, como as emoções libertam ou aprisionam o Eu? Como acessamos a nossa memória? A partir daí, Cury propõe novas saídas para as explicações triviais sobre os enigmas por trás do funcionamento da mente.