O senador Lindbergh Farias (PT/RJ) foi o escolhido para a relatoria do Projeto de Lei (PL) 49/2015 na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), onde o projeto está sendo analisado desde fevereiro do ano passado. O projeto, de autoria da senadora Fátima Bezerra (PT/RN), institui a política nacional de fixação do preço do livro, estabelecendo regras para a comercialização e difusão do livro no Brasil. O senador fluminense entra em campo para substituir Ricardo Ferraço (sem partido), que deixou a relatoria do projeto na última quarta-feira (17).

US Census Bureau, uma espécie de IBGE nos EUA, reportou crescimento de 2,5% no faturamento das livrarias em 2015. Isso significa que, no ano passado, as receitas de livrarias atingiram US$ 11,17 bilhões versus US$ 10,9 bi de 2014. Agora, a American Bookstore Association (ABA) disse que, em 2015, foram abertas 60 novas livrarias independentes no País. O fenômeno reforça a tendência iniciada em 2014, quando a associação registrou o nascimento de 59 livrarias. Clique no Leia Mais e veja a íntegra desta matéria.

Harper Lee, a escritora norte-americana autora do clássico O Sol é para todos, morreu na última sexta-feira (19), aos 89 anos. A sua obra-prima foi reconhecida pelo Prêmio Pulitzer ao retratar as questões raciais no Sul dos EUA. Depois desse sucesso (foram mais de 30 milhões de exemplares vendidos), Lee se retirou da vida social e vivia, nos últimos anos, em uma casa de repouso no Alabama. Em 2014, manuscritos de o que poderia ser a continuação de O Sol é para todos foram descobertos e Harper Lee voltou aos noticiários. O livro foi publicado no ano passado, com o título Vá, coloque um vigia, que, aqui no Brasil, publicado pela José Olympio. A editora enviou nota à redação do PublishNews confirmando e lamentando a morte da autora. Clique no Leia Mais e a íntegra dessa nota.

O escritor, ensaísta, linguista e filósofo Umberto Eco morreu, na última sexta-feira (19), aos 84 anos. Escritor de títulos como O nome da rosa e O pêndulo de Focault (ambos publicados no Brasil pela Record) perdeu a luta contra um câncer e, segundo a sua família, ele morreu em casa. Em nota publicada em seu blog, o Grupo Editorial Record lamentou “profundamente a perda de um dos mais importantes autores de seu catálogo” e anunciou que prepara, para março, o lançamento de A definição da arte, livro de ensaios escritos e publicados pelo autor originalmente em 1968 e agora traduzidos e reunidos em livro pela primeira vez. Na Itália, seu editor disse que Umberto planejava lançar mais um livro para esse ano. Trata-se de uma coletânea de textos que o autor escrevia em sua coluna na revista l´Espresso desde 2000. O lançamento estava previsto para maio, mas a editora antecipou o lançamento para essa semana.

Caio Fernando Abre morreu no dia 25 de fevereiro de 1996, aos 47 anos, em Porto Alegre, pouco mais de dois anos após se descobrir portador do HIV. Hoje, 20 anos depois, escritores que conviveram com o autor de Morangos mofados falam sobre a trajetória de um dos principais autores brasileiros da segunda metade do século passado. Na opinião do também gaúcho Fabrício Carpinejar, Caio abriu uma frente para os autores de seu Estado, até então presos ao romance histórico. “Com ele, ingressamos na temática urbana, no realismo psicológico, na introspecção. Nunca ninguém foi tão catártico e confessional como Caio”, diz o poeta que estreou na literatura pouco depois da morte do autor. “Essa é a literatura em que acredito. É furiosa, passional, inconstante, mas tem a retaguarda da disciplina e da arquitetura. A busca pela simetria – nem que seja a simetria do caos. Sempre foi um artesão que trabalhava e retrabalhava seus contos”, completa. [Além de Carpinejar, Mário Prata, Marcelino Freire, Paula Dip e Marcelo Rubens Paiva estão entre os autores e personalidades que deram depoimentos para essa matéria que pode ser lida na íntegra clicando aqui].

O jornalista e biógrafo Ruy Castro estará no centro do Roda Viva nesta segunda-feira (22). No programa, que vai ao ar a partir das 22h, pela TV Cultura, o escritor fala sobre o seu novo livro A noite do meu bem (Companhia das Letras), no qual reconstitui o mundo do samba-canção e das boates cariocas dos anos 1940, 50 e 60. Além disso, Ruy Castro comenta sobre seus livros anteriores e sobre os assuntos de que trata em sua coluna na Folha de S.Paulo. Para sabatinar o biógrafo, foram convidados Júlio Maria, repórter do Estadão e autor da biografia de Elis Regina; Celso Arnaldo Araújo, jornalista e escritor; Luiza Moraes, repórter do Jornal da Cultura, da TV Cultura; Roberto Sion, maestro, compositor e saxofonista; e Maurício Meireles, titular da Painel das Letras, da Folha de S.Paulo.

O Istanbul Tanpınar Literature Festival (ITEF), o festival literário turco que carrega o nome do poeta Ahmet Hamdi Tanpınar, está com inscrições abertas para o seu programa de fellowship até o próximo dia 11. O programa acontecerá entre os dias 9 e 11 de março e os selecionados vão ter a chance de conhecer escritores, editores, agentes, tradutores, jornalistas e gestores de fundos de apoio à literatura da Turquia. Podem participar profissionais do livro de todo o mundo. Para se candidatar, basta acessar a página do ITEF e fazer o download do formulário de inscrição.

A Universidade de Sorbonne realiza, de 21 a 31 de março, em Paris, a Printemps Littéraire Brésilien. A ideia do evento, já na 3.ª edição, é promover o encontro de escritores, ilustradores e quadrinistas daqui com alunos de português de lá. A curadoria é de Leonardo Tonus, coordenador do Departamento de Estudos Lusófonos na universidade, que terá a ajuda de Simone Paulino e Verônica Lessa. Os cerca de 30 convidados falarão em diversos espaços da cidade. Na lista, há nomes mais frequentes em eventos internacionais, como Roger Mello e Patrícia Melo, e ainda Lúcia Hiratsuka, Jessé Andarilho, Henrique Rodrigues, Marcello Quintanilha, Lúcia Bettencourt, Paloma Vidal, Paula Fábrio e Jéferson Assumção. Alguns deles estarão, também, no Salão do Livro de Paris. Outros passarão por Berlim (Alemanha) e Leiden (Holanda). Para conferir a lista completa dos autores convidados, acesse o blog da coluna Babel.

A Caixa Cultural Rio de Janeiro (Av. Almirante Barroso, 25, Centro) recebe, entre terça (23) e sexta (26) dessa semana, o ciclo de debates Literatura, cultura e consumo: o valor da letra. Onze convidados estão confirmados, entre escritores, pesquisadores, produtores culturais e editores. Durante quatro noites, serão discutidos temas como modos de conservação e disseminação da leitura; modelos de biblioteca pública; patrimônio literário nacional; mercado editorial; ações pela internet; eventos; formas de consumo e tipos de interesse de jovens gerações; e o espaço da crítica. As mudanças trazidas com a comunicação digital e como a literatura sobrevive nesse contexto também serão assunto de debate. O evento contará com a participação dos escritores Alberto Mussa, Marco Lucchesi, Antonio Carlos Secchin e Alexandre Faria; dos jornalistas Manya Millen e Júlio Ludemir; e dos professores João Cézar de Castro Rocha, Elisa Campos Machado e Ana Claudia Viegas. Os debates terão entrada franca mediante retirada de senha, na bilheteria, a partir de uma hora antes de cada debate.

O novo livro do jornalista Pedro Dória, autor de 1565 — Enquanto o Brasil nascia (HarperCollins), entre outros, será Tenentes, que sai pela Record. Conta a história do tenentismo que impactou o país por décadas, no século XX. As informações são de Ancelmo Gois.

A tradução feita por Sérgio Molina de Dom Quixote, já publicada pela 34, foi revista e sairá pela Nova Aguilar entre março ou abril com outras 100 páginas, nas quais estão reunidos comentários de escritores acerca do clássico de Miguel de Cervantes, noticiou a coluna Babel do último sábado. A obra foi publicada originalmente em duas partes, em 1605 e 1615. Entre os admiradores do romance, e que aparecem no volume de mais de mil páginas e que pesará um quilo, estão Fiodor Dostoievski, Rodrigo Fresán, Thomas Mann, Carlos Fuentes, Olavo Bilac, Luigi Pirandello e Gustave Flaubert. Na pré-venda, o livro vai sair de R$ 199 por R$ 149.

À sombra do episódio “livro de Claudia Leitte” – a revolta online da última semana contra a captação de recursos via Lei Rouanet para editar a biografia da cantora –, Juca Ferreira se organiza para reunião, em março, com a Comissão Nacional de Incentivo à Cultura, informou Sonia Racy em sua coluna. Tema do encontro? Como encaixar a Rouanet nas recomendações feitas pelo TCU no último dia 4. O tribunal pede mais equilíbrio na aplicação dos recursos e que se limite o financiamento de artistas já consagrados. Enquanto isso, o MinC faz suas contas. Espera que o ProCultura, que substituirá a lei atual, passe no Senado e vá à sanção presidencial até o final do ano.

As chuvas da última sexta-feira (19) inundaram a Biblioteca Nacional, no centro do Rio de Janeiro. A combinação de muita chuva com um cano desconectado provocou alagamentos em todos os cinco andares. O quinto pavimento, onde ficam os setores de editoração, pesquisa, eventos e o refeitório, foi o mais prejudicado. O acervo de livros e documentos escapou da inundação, segundo a direção da principal biblioteca brasileira. A biblioteca informou que, embora o acervo não tenha sido prejudicado, somente hoje será possível avaliar as perdas e prejuízos. A direção admitiu que o prédio, inaugurado em 1910 não possui alvará do Corpo de Bombeiros. Seu acervo reúne cerca de 9 milhões de itens.

A HarperCollins Itália comprou a 20lines, um aplicativo para iPhone e Android que permite que usuários escrevam, leiam e compartilhem histórias em formatos pequenos. O aplicativo, usado por 40 mil autores e 220 mil leitores, está disponível em sete línguas e foi reconhecido pela Apple como um dos "melhores aplicativos sociais de livros" em 96 países.

Na noite de 5 de fevereiro de 1916, um grupo de artistas refugiados da Primeira Guerra Mundial em Zurique, na Suíça, reuniu-se numa velha taverna e chocou a plateia com uma mescla caótica de dança, concerto, peça e sarau, pontuada por insultos ao público e uma expressão repetida aos berros: “Dadá! Dadá! Dadá!”. Nos meses seguintes, a taverna, rebatizada de Cabaret Voltaire, se tornou o epicentro do dadaísmo, movimento anárquico que expandiu o conceito de arte e alimentou a explosão de vanguardas pelo mundo na primeira metade do século XX. Um século depois, o renovado Cabaret Voltaire está no centro das celebrações pelo centenário do dadaísmo. Desde o início do mês, a casa promove 165 dias seguidos de festa, com mostras, performances, saraus e oficinas. A extensa programação internacional inclui um evento no Brasil, em setembro, em Goiânia.

O que aconteceria se um dia, sem motivo aparente, a Lua despencasse do céu? Este é o ponto de partida do belíssimo A lua perdida (SM, 120 pp; R$ 56 – Trad. Sun Lidong), escrito e ilustrado pelo chinês Jimmy Liao, recém-lançado no Brasil pela SM. O desaparecimento da Lua desencadeia uma série de alterações na localidade. As ondas param de se movimentar, o oceano se solidifica, o mundo se transforma em um lugar solitário, silencioso e frio. Uma nave some no espaço e os cientistas não sabem o que fazer. Enquanto isso, canais de televisão noticiam o fato, e o pânico se dissemina. Mas, de alguma forma, a população se conforma. Fábricas passam a produzir Luas, que são transportadas de caminhão para as cidades escuras. Satélites artificiais invadem lojas. Em casa, o garoto se envolve com a Lua. A enrola numa toalha macia, conversa, canta canções, compartilha a vida. O satélite devolve o carinho, interage com o menino. E assim o tempo corre… De forma poética, Jimmy Liao fala de desamparo e do sentimento contemporâneo de se sentir só no meio de uma cidade povoada.

Em breve a Região dos Lagos, no Rio, vai se transformar em uma grande biblioteca pública. Esse é o objetivo da escritora e jornalista Lorena Brites. Ela se inspirou no conceito de BookCrossing surgido nos EUA em 2001. A ideia é deixar livros em locais públicos para que outras pessoas tenham acesso à leitura. Na última quinta-feira (18), Lorena deu início ao projeto #Compartilhe1Livro. Todas as obras compartilhadas têm uma descrição sobre o projeto e instruções para o futuro leitor. “A proposta é que o leitor encontre o livro, faça o registro na página do Acervo de Palavras informando o local onde foi encontrado e após a leitura esse leitor passa o livro adiante, compartilhando em outro local público”, explica Lorena Brites. Segundo a escritora, o projeto pretende incentivar à leitura a população.