Em novembro do ano passado, a Amazon abriu a sua primeira loja física. A unidade, instalada em Seatle, cidade-sede da varejista, pode ganhar novas irmãs. Rumores se espalharam pelas redes nessa quarta-feira a partir de uma declaração de um operador de shoppings centers nos EUA. Durante uma teleconferência para apresentação dos resultados da General Growth Properties, Sandeep Mathrani, CEO da empresa, disse que a companhia de Jeff Bezos se preparava para abrir 300 ou 400 lojas físicas pelo território norte-americano. Em nota enviada às redações, a Amazon tentou abafar o boato dizendo que não comenta rumores, especulações e nem seus planos futuros. Sandeep, hoje, veio novamente a público tentando colocar panos quentes, dizendo eu a sua declaração não representava os planos da Amazon. Clique no Leia Mais e veja a íntegra dessa matéria.

Na última quarta-feira, a União Brasileira dos Escritores (UBE) indicou Lygia Fagundes Telles à Academia Sueca para concorrer ao Prêmio Nobel de Literatura. Para justificar a escolha, Durval de Noronha Goyos, presidente da entidade, disse: “Lygia é a maior escritora brasileira viva e a qualidade de sua produção literária é inquestionável”. A autora, vencedora dos prêmios Jabuti e Camões em 2005, já teve a sua obra traduzida para o alemão, espanhol, francês, inglês, italiano, polonês, sueco, tcheco, português de Portugal além de adaptações de suas obras para o cinema, teatro e televisão. A indicação é o primeiro – de muitos – passo até chegar à premiação inédita entre os brasileiros. Nessa primeira fase, a das indicações, cerca de 200 escritores estão no páreo. Em maio, ocorre a primeira peneira e os membros da Academia Sueca têm até setembro para decidirem sobre o premiado.

As editoras no Brasil do livro Minha luta, de Adolf Hitler, afirmaram que vão recorrer da decisão da 33ª Vara Criminal da Capital que proibiu a comercialização, exposição e divulgação da obra do líder nazista no estado do Rio. Nesta quarta-feira, o juiz Alberto Salomão Junior acolheu pedido do procurador-geral do Estado, Marfan Vieira, e do promotor Alexandre Themístocles, com a justificativa de que Minha luta incita o ódio contra judeus, ciganos, negros e homossexuais e contraria valores humanos e jurídicos estabelecidos pela República brasileira. O juiz também expediu mandados de busca e apreensão para a obra. Os diretores de livrarias ficarão responsáveis pela guarda dos livros. O livro de Hitler tem duas editoras no Brasil: a Centauro e a Geração Editorial. A edição da Centauro, que traz apenas o texto original traduzido e não tem comentários, chegou às livrarias no início do ano. A da Geração Editorial será lançada em março, com textos de apresentação, comentários e notas. Adalmir Caparros Fagá, sócio da Centauro, disse que já está tomando as providências e vai recorrer da decisão. Luiz Fernando Emediato, publisher da Geração Editorial, classificou a decisão da justiça do Rio como inócua e informou que a editora ainda não foi citada.

Encerra nesta sexta-feira (5), na Casa das Rosas (Av. Paulista, 37, São Paulo/SP), o período de inscrições para a quarta edição do Curso Livre de Preparação do Escritor (Clipe). As inscrições são gratuitas e os interessados deverão enviar um formulário preenchido, disponível na recepção do museu ou no site da Casa das Rosas, em PDF, acrescentando no máximo cinco páginas com texto de autoria do candidato, em qualquer gênero: poesia, conto, romance (trechos), crônica, etc. Para participar é necessário ter no mínimo 18 anos e não é exigida formação acadêmica na área de literatura. O Clipe é formado por oito módulos mensais, com dois encontros por semana, às quintas-feiras, das 19h30 às 21h30 e sábados, das 10h às 12h. Cada módulo tem seis encontros, que são ministrados por um professor diferente, enfocando temáticas relacionadas à criação literária, edição e publicação de livros, mercado editorial e oficinas de elaboração e avaliação de textos dos alunos. Para dúvidas ou mais informações, escreva para cae@casadasrosas.org.br.

A Casa do Saber (R. Dr. Mario Ferraz, 414, São Paulo/SP) realiza no dia 18 de fevereiro, quinta-feira, das 20h às 22h, o encontro Para ler Proust. A atividade vai oferecer uma introdução ao grande romance de Marcel Proust, Em busca do tempo perdido. O doutor em Filosofia Luciano Gatti vai apresentar elementos e ferramentas ao leitor interessado em se aventurar pela obra: a configuração do narrador proustiano, o papel da memória na narrativa da vida passada, a relação com tradição do romance francês e, por fim, os contornos de uma certa teoria estética esboçada por Proust no último volume do romance.

A Livraria da Vila (Al. Lorena, 1731, São Paulo) recebe hoje (4), a partir das 18h30, o lançamento de Condado macabro (Simonsen; 158 pp; R$34,90), escrito a partir do filme de mesmo nome lançado no ano passado por Marcos DeBrito. No volume, DeBrito transporta a narrativa cinematográfica para as páginas do livro. Para isso, o autor retornou ao universo criado por ele próprio e teve que administrar a tensão entre descrições muito evocativas do longa - premiado em diversos festivais nacionais e internacionais - e o espaço para a imaginação do leitor. Na história, três eixos narrativos se cruzam, partindo de clichês tradicionais do terror universal (adolescentes em apuros, assassinos mascarados, palhaços e frustração sexual) para percorrer uma trilha repleta de homenagens, subversões e reviravoltas. Na noite de hoje ainda haverá sessão de autógrafos com a presença do autor e do elenco, que inclui nomes como Francisco Gaspar e Leonardo Miggiorin.

O mercado de livros comerciais no Brasil, as dificuldades e as oportunidades, o sucesso de um livro, critérios de seleção e características de um original de alto potencial, a edição de qualidade, a descoberta de pérolas nos catálogos estrangeiros estão entre os temas que serão tratados no curso A Edição de Livros Comerciais: Como publicar com sucesso. O objetivo é apresentar a dinâmica da prospecção, escolha, edição e publicação de livros comerciais bem-sucedidos, e os fatores que influenciam no sucesso dos títulos antes, durante e depois de publicados. A realização é da Universidade do Livro (Unil) e acontece entre os dias 7 e 10 de março, das 18h30 às 21h30, com condução da publisher e editora, Alessandra J. Gelman Ruiz (Sextante). O investimento é de R$ 550. Estudantes, profissionais da Unesp e do mercado editorial pagam R$ 439.

A Associação Brasileira de Editoras Universitárias (ABEU) vai participar do Encontro Internacional de Editoras Acadêmicas em Coimbra, Portugal, nos dias 14 e 15 de abril. O evento, que está sendo organizando pela Imprensa da Universidade de Coimbra (IUC), tem como mote o questionamento "Verba volant, scripta manent?" (Palavras ditas voam, as escritas permanecem), e será dividido em quatro sessões: Publicação, disseminação e impacto do conhecimento; Publicação e boas práticas editoriais; Publicação, armazenamento e preservação do conhecimento e Publicação acadêmica lusófona: em busca de uma estratégia comum.

Uma caminhada por Praia, capital de Cabo Verde, vale por uma aula prática sobre as idas e vindas da língua portuguesa ao longo da História. Essa história de trocas culturais é o pano de fundo do sexto Encontro de Escritores de Língua Portuguesa, que terminou ontem, em Praia. Ao longo de três dias, o evento promovido pela União das Cidades Capitais da Língua Portuguesa (UCCLA) reuniu mais de 30 autores de nove países. A maioria já ratificou o acordo, em vigor desde 1º de janeiro no Brasil, mas em muitos locais ele ainda é aplicado de forma inconsistente, ou sequer foi implementado, como no caso de Angola e Moçambique. As experiências dos escritores mostram que o ideal do acordo, de aproximar os 250 milhões de falantes nativos de português, enfrenta desafios mais complexos do que a unificação da ortografia. "Grafar uma palavra com uma letra a mais ou a menos não vai resolver os problemas do português em Angola, como as dificuldades do ensino e a falta de leitura. Essas são as questões reais", diz a poeta e historiadora angolana Ana Paula Tavares, de 63 anos.

Prêmio Nobel de Literatura, o escritor peruano Mario Vargas Llosa venceu nesta terça-feira, 2, o Prêmio Internacional Pedro Henríquez Ureña, outorgado pelo Ministério de Cultura da República Dominicana. No anúncio da homenagem, o ministro da pasta disse que Vargas Llosa é um dos mais admirados romancistas e ensaístas ibero-americanos. Para o júri, ele é “um dos maiores representantes da criação literária da América Latina, com uma prodigiosa obra narrativa, ensaística e teatral, reconhecida e traduzida no mundo inteiro”. As edições passadas reconheceram o porto-riquenho Luis Rafael Sánchez (2013), o nicaraguense Ernesto Cardenal (2014) e o uruguaio Eduardo Galeano (2015).

A Fundação Dorina programou para 2016 uma série de projetos que contemplam várias formas da inclusão da pessoa com deficiência visual. No campo da leitura inclusiva, criou o projeto "Trocando Saberes", com conteúdo online para profissionais da educação a respeito da inclusão em sala de aula. Outros dois grandes projetos, "Coleção Regionais – A cultura brasileira em suas expressões" e "Semeando Leitura" também estarão em desenvolvimento. A iniciativa "Conquistando Autonomia e Independência" atenderá centenas de jovens e crianças nos serviços de reabilitação, que inclui terapia ocupacional, atividades da vida diária e orientação e mobilidade. Para saber mais sobre as novas investidas, acesse o site da Fundação Dorina.

Fotografias e gravuras raras do Brasil do século 19 foram adicionadas em janeiro deste no acervo digital da Biblioteca Pública de Nova York. São mais de 180 mil itens. Entre os novos itens relacionados ao Brasil, estão as fotos do livro The Negro in the New World, escrito pelo explorador britânico Sir Harry Johnston e publicado em Londres em 1910 e o Livro de figurinos do Exército Imperial Brasileiro de 1866, um documento do exército obtido pelo médico holandês H. J. Vinkhuijzen no século XIX. A inclusão ainda conta com documentos valiosos, como manuscritos dos escritores americanos Walt Whitman e David Thoreau. Também foram feitas mudanças no portal do acervo digital, onde os itens estão disponíveis.

A Fundação Getúlio Vargas, com organização de Samantha Viz Quadrat e Denise Rollemberg, lança dois volumes sobre as memórias das ditaduras, reunindo textos de historiadores que enfrentaram o desafio de produzir conhecimento sobre realidades da Europa e da América Latina. História e memória das ditaduras do século XX - Vol. 1 (FGV, 444 pp.; R$ 57) tem seus capítulos concentrados em historiografia; consenso; militares; intelectuais e instituições. Já em História e memória das ditaduras do século XX - Vol. 2 (FGV, 368 pp.; R$ 49), o destaque vai para as propagandas e comemorações; jovens e ditaduras; violência; disputas de memória e o ensino das ditaduras.

Fruto de uma colaboração entre o Institut Français e os ministérios franceses da Cultura e Comunicação e de Negócios Estrangeiros e Desenvolvimento Internacional, Insustentável arquitetura (Estação Liberdade, 152 pp; R$ 29), livro organizado por Angel Bojadsen, busca uma ponte entre pensamentos e práticas urbanísticas e arquitetônicas em diversos países. A discussão, realizada como parte da X Bienal de Arquitetura de São Paulo, cujo tema foi Cidade: modos de fazer, modos de usar, gira em torno das questões práticas de como planejar e de como vivenciar a metrópole. Destaque para visões do Brasil, da França, da Colômbia e do México.

No ponto de partida de Como alfabetizar? Na roda com professoras dos anos iniciais (Papirus, 112 pp., R$ 36,50), organizado pelas doutoras Cecilia M.A. Goulart e Marta Souza, estão questões formuladas por professoras em eventos e atividades de formação profissional. A proposta das autoras é colocar em discussão modos de conceber as relações de ensinar e aprender, de pensar conteúdos, e também de conversar. A obra está dividida em sete partes, entre elas, o papel decisivo que a criança exerce na atividade pedagógica; a importância de desenvolver atividades sobre a linguagem oral e a escrita, desde a mais tenra idade; atividades que podem contribuir para o trabalho com a linguagem escrita nesse início; situações de sala de aula que denotam o movimento das crianças no processo de falar, ouvir, ler, escrever e aprender o sistema alfabético; a participação da família no processo de escolarização de seus filhos; estratégias para que as crianças possam ler, mesmo quando ainda não sejam capazes de fazê-lo de modo convencional; e relatos de quatro alfabetizadoras, com muita experiência na área, e suas trajetórias de formação como professoras alfabetizadoras.

Se para as empresas privadas as atuais transformações tecnológicas e geopolíticas representam desafios que exigem respostas eficazes, as organizações públicas têm como dificuldade adicional a superação de práticas patrimonialistas ainda influentes em sua gestão. Com o objetivo de superar este impasse e melhorar a Gestão Pública, chega às livrarias o segundo volume de Gestão de Organizações Públicas: Estado, Burocracia, Ética e Economia do Setor Público – Volume 2 (EdUFSCar, 135 pp; R$ 19), organizado pelos doutores e professores José Flávio Diniz Nantes e Glauco Henrique de Sousa Mendes. O volume integra uma série que articula os conhecimentos sobre o assunto produzidos no curso de especialização de Gestão Pública da Universidade de São Carlos, criado em 2008 para fornecer instrumentos que permitam os padrões de eficiência das organizações públicas.